ALMEIDA GARRETT, FREI LUÍS DE
SOUSA
Ø ACÇÃO TRÁGICA
Ø Há um conflito, sem solução, entre o passado e o
presente;
Ø As personagens são arrastadas para a destruição; a
força do destino é superior às suas forças
Ø ETAPAS/ELEMENTOS DA TRAGÉDIA
Ø desafio a forças superiores/destino
Ø pathos / sofrimento (primeiro em Madalena e Telmo, depois gradualmente em todas
as personagens)
Ø peripécia (incêndio do palácio e, sobretudo, regresso do Romeiro)
Ø reconhecimento (descoberta da identidade do Romeiro) – ponto alto da acção = climax
Ø catástrofe
Ø TEMPO
- A ação inicia-se numa fase muito adiantada dos
acontecimentos, sendo o passado apresentado nas falas, em
retrospetiva
-
Ex. 1º
casamento de D. Madalena, com 17 anos; desaparecimento de D. João há 21 anos;
procura de notícias durante 7 anos; casamento há 14 anos; nascimento de Maria
há 13. (na Cena II do Ato I)
- Há números/sinais especiais que marcam o tempo: o número
7; o número 3; a sexta-feira (cenas V, X, XIV, do ato I); a semana
(intervalo entre Atos I e II); a noite v/s o dia.
Ø LINGUAGEM
- Marcada pelo uso do falar
«natural e corrente», adequado, todavia, ao estatuto das personagens:
- Vocabulário sóbrio, mas simples, não «pomposo» ou artificial;
- Frases curtas – “Tens, filha” / “Não, Maria”;
- Expressões próprias do oral -“Está bom”; “Não: credo!” “Queres lá tu saber” “Bonito!” “Louquinha!” “Ora Deus to pague!”
- Repetições: “Veem, veem?” / “Não é isso, não é isso”
- Suspensões/hesitações próximas da nossa forma de falar, traduzidas pelas reticências; expressam emoção, dúvida; muitas vezes associadas a repetições, a frases deixadas por acabar, a interjeições:
…é que vos tenho lido nos olhos…Oh, que
eu leio nos olhos, leio, leio!...e nas estrelas também – e sei coisas
Os atores Raul de Carvalho (1901-1984) e Maria Dulce (1936-2010),
como Manuel de Sousa e Maria de Noronha
-
Emotividade – traduzida por:
o vocabulário, nomeadamente vocábulos relacionados com emoções, sentimentos (amor,
desgraça, coração, suspirar...) e as interjeições – Ah! Oh!
Credo
o pontuação : para além das reticências, as interrogações, as frases exclamativas: - A
mãe já não chora, não? Já não se enfada comigo?
-
Familiaridade - o registo de língua dominante adequa-se
à situação íntima, de diálogo afectivo entre os membros da família (incluindo
Telmo): ”Esposo da minha alma” “meu Telmo”, “Meu querido pai”, ”Ora pois,
mana, ora pois!”
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEsta síntese serve de apoio ao TPC. Mas as vossas respostas devem centrar-se nos exemplos das cenas analisadas
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarRecebido. Obrigada.
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