Terça e quarta (11ºA e C, horas da aula) e terça e quinta (11ºB, horas da aula), deverão proceder à leitura, análise e registo de ideias-chave das Crónicas de Miguel Esteves Cardoso, escrevendo em «Comentários» todas as dúvidas e contributos. ...........Produzir um registo-síntese, no caderno.
Quinta (11º A) sexta-feira (11º B e C) devem ler os excertos de A CIDADE E AS SERRAS; estarei disponível à hora das aulas, para para esclarecimento de dúvidas. ...........Produzir uma breve caracterização de Jacinto e suas mudanças, no caderno.
Ao longo da semana de 23 a 27 devem ler os excertos do Capítulo XVIII de Os Maias e fazer um registo sobre as ideias-chave: críticas, balanço à vida, imagem de uma geração (para, no 3º período, compararmos com Gonçalo).
Ideias Chave: Crónica de Miguel Esteves Cardoso - Amo-te, Portugal
-Apaixonou-se por Portugal "de um dia para o outro" -Custa-lhe justificar o seu amor pelo seu país -Portugal é difícil, bonito e doce, mas pouco dado a retribuir o amor de quem o ama, dá por isso a impressão de ser indiferente se for amado ou odiado -Após encontrarmos razões para amar Portugal "começamos a sentir-nos, muito estúpida e secretamente, vaidosos por te amarmos. Como se fôssemos nós que tivéssemos sido escolhidos" -Estamos todos "tragicamente" um bocadinho apaixonados por Portugal -Razões que o levam a amar Portugal: -Por não ser outro país: por ser Portugal e estar cheio de portugueses a falar português -Única verdadeira prova de amor: "fazer tudo para que sobreviva quem se ama" -Não é preciso nenhuma razão para amar Portugal -Ama Portugal incondicionalmente: "Amo-te sem razão. Amo-te às cegas, antes sequer de olhar para ti, Podes ser o pior país do mundo ou o melhor, ou o mais monotonamente assim-assim. Não me interessa. Amo-te. Amo-te à mesma. Amo-te antes de falarmos nisso." -Portugal é impossível de descrever ou conhecer: "Isto é muito importante. O Portugal que eu conheço e descrevo é apenas o Portugal que eu julgo, se calhar, conhecer (pouco) e descrever (mal) -Cada pessoa ama Portugal de forma diferente -O sujeito ama o clima do país, não interessa se é bom ou mau, podendo estar tudo a ser ignorado e ele errado -Ama-o por seu "o melhor país do mundo" -Teve sorte de nascer em Portugal -Pede-lhe "Desculpa" -Portugal é vaidoso e preguiçoso mas não é orgulhoso: "A tua vaidade é tanta que até te permites um grande desleixo. (...) Deus e o tempo trabalham por tua conta." -Portugal muda menos que os outros países: "Graças ao desleixo que a tua vaidade consente, mudas menos do que os outros países. As pessoas acham que és conservador, que és contra a mudança. Mas não é isso. És vaidoso e preguiçoso porque achas que não precisas de grandes esforços ou mudanças: sabes que continuas encantador." -Portugal gosta de ser um país de segunda categoria: "dizes que queres ser um país de primeira categoria. Mas sabemos todos que não queres. Gostas de ser de segunda, como gostas de não ser de terceira" -"Tu não queres nada a não ser que gostem de ti. E não estás disposto a fazer nada por isso." -Portugal tem qualidades e é por isso que é simples amá-lo: "Preferias ser amado por quem tem razões para te odiar? Isso sei eu. Paciência. Eu amo-te porque mereces. Eu amo-te pelas tuas qualidades. Preferias não tê-las. Para que o amor fosse mais puro, mais contraditório, mais injustificável. Mas tens qualidades. Desculpa lá dizer-te isto, Portugal, mas amar-te é uma coisa simples."; -Amor imenso e inigualável: "é tão grande o meu amor por ti que até consigo amar-te sem dar por isso."
-Os Portugueses têm medo, vergonha e culpa de serem portugueses mas é isso que os salva: "É isto que vai salvando os Portugueses: têm vergonha, culpa, nojo, medo de serem portugueses mas «também não vão ao ponto de quererem ser outra coisa»."; -"Têm o defeito de querer pertencer ao maior e ao melhor país do mundo. -"Revela-se aqui o que nós temos de mais insuportável e de comovente: só nos custa sermos portugueses por não sermos os melhores do mundo." -O verdadeiro patriotismo: "não é aquele de quem diz “Portugal é o melhor país do mundo” (esse é simplesmente parvo ou parvamente simples), mas, sim, de quem acredita, inocentemente, que Portugal «podia ser» (ou ter sido) o melhor país do mundo e (eis a parte fundamental, que separa os insectos dos cicofantas) «tem pena que não seja», uma pena daquelas que ardem para toda a vida nos peitos profundos das pessoas boas."; -"Ser português é um «jeito que se aprende»". -"Ser português é «difícil». O resto do mundo não compreende que os Portugueses são especiais, diferentes, bastante giros, bem-educados, antigos, espertos, casos sérios. O resto do mundo acredita sinceramente que o mundo seria exactamente o mesmo sem os Portugueses."; -"Para o resto do mundo, os feitos dos Portugueses não pertencem à história fundamental do Universo"; -"Ser português é um ser delicado. Ser português não é «ser humano». É ser que tem muito para fazer só para ser «vivo»"; -Portugal "não presta": "Ninguém está contente com o que é, ou com onde está, ou com o que tem."; -"O que é preciso é «continuar» Portugal": "Continuar Portugal não é uma acção delicada, ou uma campanha urgente, ou uma tarefa que exija o sacrifício de todos os cidadãos. É simplesmente continuar a perguntar, a barafustar, a amaldiçoar o dia em que se nasceu desta cor, nesta pele, com este coração mole e fácil de apertar e espremer. Continuar Portugal é acreditar que a vida seria pior sem ele, pior se a Europa começasse pela Espanha, pior se fôssemos suíços ou belgas ou finlandeses. Continuar Portugal é ser português e dizer “Pronto, que se lixe, o que é que eu hei-de fazer?”. E acreditar na diferença que faz a nossa maneira de ser, e de sermos portugueses, como um cardiologista acredita que o coração foi feito para continuar a bater. E foi. E, o que é mais engraçado, continua!".
Sim, podem ser registados logo aqui, porque é mais rápido para corrigir/republicar. Todavia, se for um trabalho maior ou noutro formato, mandem para o e-mail.
Notas: a) Eu já tenho os necessários elementos/trabalhos vossos relativamente a este período; b) Estes textos e sua interpretação são a base para o início do 3º período (ao vivo ou doutra forma) e reforçam o Projeto de Leitura literária; c)É muito útil irmos percebendo se está a correr bem, se percebem os textos e a relação com o tema; d) no caso de alguns alunos (com resultados menos seguros), serve para reforçar a apreciação das suas práticas de leitura, interpretação e escrita.
Fiquem bem! Saúde e bom espírito. Mantenham-se ativos!
Para quem se esqueceu de ir à caixa do correio:
ResponderEliminarTerça e quarta (11ºA e C, horas da aula) e terça e quinta (11ºB, horas da aula), deverão proceder à leitura, análise e registo de ideias-chave das Crónicas de Miguel Esteves Cardoso, escrevendo em «Comentários» todas as dúvidas e contributos.
...........Produzir um registo-síntese, no caderno.
Quinta (11º A) sexta-feira (11º B e C) devem ler os excertos de A CIDADE E AS SERRAS; estarei disponível à hora das aulas, para para esclarecimento de dúvidas.
...........Produzir uma breve caracterização de Jacinto e suas mudanças, no caderno.
Ao longo da semana de 23 a 27 devem ler os excertos do Capítulo XVIII de Os Maias e fazer um registo sobre as ideias-chave: críticas, balanço à vida, imagem de uma geração (para, no 3º período, compararmos com Gonçalo).
Ideias Chave: Crónica de Miguel Esteves Cardoso - Amo-te, Portugal
ResponderEliminar-Apaixonou-se por Portugal "de um dia para o outro"
-Custa-lhe justificar o seu amor pelo seu país
-Portugal é difícil, bonito e doce, mas pouco dado a retribuir o amor de quem o ama, dá por isso a impressão de ser indiferente se for amado ou odiado
-Após encontrarmos razões para amar Portugal "começamos a sentir-nos, muito estúpida e secretamente, vaidosos por te amarmos. Como se fôssemos nós que tivéssemos sido escolhidos"
-Estamos todos "tragicamente" um bocadinho apaixonados por Portugal
-Razões que o levam a amar Portugal: -Por não ser outro país: por ser Portugal e estar cheio de portugueses a falar português
-Única verdadeira prova de amor: "fazer tudo para que sobreviva quem se ama"
-Não é preciso nenhuma razão para amar Portugal
-Ama Portugal incondicionalmente: "Amo-te sem razão. Amo-te às cegas, antes sequer de olhar para ti, Podes ser o pior país do mundo ou o melhor, ou o mais monotonamente assim-assim. Não me interessa. Amo-te. Amo-te à mesma. Amo-te antes de falarmos nisso."
-Portugal é impossível de descrever ou conhecer: "Isto é muito importante. O Portugal que eu conheço e descrevo é apenas o Portugal que eu julgo, se calhar, conhecer (pouco) e descrever (mal)
-Cada pessoa ama Portugal de forma diferente
-O sujeito ama o clima do país, não interessa se é bom ou mau, podendo estar tudo a ser ignorado e ele errado
-Ama-o por seu "o melhor país do mundo"
-Teve sorte de nascer em Portugal
-Pede-lhe "Desculpa"
-Portugal é vaidoso e preguiçoso mas não é orgulhoso: "A tua vaidade é tanta que até te permites um grande desleixo. (...) Deus e o tempo trabalham por tua conta."
-Portugal muda menos que os outros países: "Graças ao desleixo que a tua vaidade consente, mudas menos do que os outros países. As pessoas acham que és conservador, que és contra a mudança. Mas não é isso. És vaidoso e preguiçoso porque achas que não precisas de grandes esforços ou mudanças: sabes que continuas encantador."
-Portugal gosta de ser um país de segunda categoria: "dizes que queres ser um país de primeira categoria. Mas sabemos todos que não queres. Gostas de ser de segunda, como gostas de não ser de terceira"
-"Tu não queres nada a não ser que gostem de ti. E não estás disposto a fazer nada por isso."
-Portugal tem qualidades e é por isso que é simples amá-lo: "Preferias ser amado por quem tem razões para te odiar? Isso sei eu. Paciência. Eu amo-te porque mereces. Eu amo-te pelas tuas qualidades. Preferias não tê-las. Para que o amor fosse mais puro, mais contraditório, mais injustificável. Mas tens qualidades.
Desculpa lá dizer-te isto, Portugal, mas amar-te é uma coisa simples.";
-Amor imenso e inigualável: "é tão grande o meu amor por ti que até consigo amar-te sem dar por isso."
Ema Conceição nº12 11ºA
Ser Português é difícil:
ResponderEliminar-Os Portugueses têm medo, vergonha e culpa de serem portugueses mas é isso que os salva: "É isto que vai salvando os Portugueses: têm vergonha, culpa, nojo, medo de serem portugueses mas «também não vão ao ponto de quererem ser outra coisa».";
-"Têm o defeito de querer pertencer ao maior e ao melhor país do mundo.
-"Revela-se aqui o que nós temos de mais insuportável e de comovente: só nos custa sermos portugueses por não sermos os melhores do mundo."
-O verdadeiro patriotismo: "não é aquele de quem diz “Portugal é o melhor país do mundo” (esse é simplesmente parvo ou parvamente simples), mas, sim, de quem acredita, inocentemente, que Portugal «podia ser» (ou ter sido) o melhor país do mundo e (eis a parte fundamental, que separa os insectos dos cicofantas) «tem pena que não seja», uma pena daquelas que ardem para toda a vida nos peitos profundos das pessoas boas.";
-"Ser português é um «jeito que se aprende»".
-"Ser português é «difícil». O resto do mundo não compreende que os Portugueses são especiais, diferentes, bastante giros, bem-educados, antigos, espertos, casos sérios. O resto do mundo acredita sinceramente que o mundo seria exactamente o mesmo sem os Portugueses.";
-"Para o resto do mundo, os feitos dos Portugueses não pertencem à história fundamental do Universo";
-"Ser português é um ser delicado. Ser português não é «ser humano». É ser que tem muito para fazer só para ser «vivo»";
-Portugal "não presta": "Ninguém está contente com o que é, ou com onde está, ou com o que tem.";
-"O que é preciso é «continuar» Portugal": "Continuar Portugal não é uma acção delicada, ou uma campanha urgente, ou uma tarefa que exija o sacrifício de todos os cidadãos.
É simplesmente continuar a perguntar, a barafustar, a amaldiçoar o dia em que se nasceu desta cor, nesta pele, com este coração mole e fácil de apertar e espremer.
Continuar Portugal é acreditar que a vida seria pior sem ele, pior se a Europa começasse pela Espanha, pior se fôssemos suíços ou belgas ou finlandeses.
Continuar Portugal é ser português e dizer “Pronto, que se lixe, o que é que eu hei-de fazer?”. E acreditar na diferença que faz a nossa maneira de ser, e de sermos portugueses, como um cardiologista acredita que o coração foi feito para continuar a bater.
E foi. E, o que é mais engraçado, continua!".
Ema Conceição nº12 11ºA
Obrigada, Ema
ResponderEliminarDesejo que tu e a família estejam bem.
Como vês, ontem como atualmente pensar sobre o país e os portugueses é uma preocupação e um tema recorrente para os nossos escritores.
Agora, vamos ao Eça: creio que os excertos da Cidade e as Serras dão para perceber o percurso de Jacinto e a intenção do autor.
Cuida-te!
Olha, vou ver os teus textos e publicar, depois.
ResponderEliminarBom dia professora, é necessário enviar-lhe os nossos registos por aqui?
ResponderEliminarObrigada professora, espero que também esteja tudo bem consigo e com a sua família.
ResponderEliminarBeijinhos virtuais.
Ema
Sim, podem ser registados logo aqui, porque é mais rápido para corrigir/republicar.
ResponderEliminarTodavia, se for um trabalho maior ou noutro formato, mandem para o e-mail.
Notas:
a) Eu já tenho os necessários elementos/trabalhos vossos relativamente a este período;
b) Estes textos e sua interpretação são a base para o início do 3º período (ao vivo ou doutra forma) e reforçam o Projeto de Leitura literária;
c)É muito útil irmos percebendo se está a correr bem, se percebem os textos e a relação com o tema;
d) no caso de alguns alunos (com resultados menos seguros), serve para reforçar a apreciação das suas práticas de leitura, interpretação e escrita.
Fiquem bem! Saúde e bom espírito. Mantenham-se ativos!