Interpretação do poema “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” de Luís de Camões
O poema “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, escrito por Luís Vaz de Camões no século XVI, em medida nova caracterizando-se por ter 10 sílabas métricas cada verso, como se pode ver, por exemplo, no primeiro verso “Mu/dam/-se os/tem/pos,/mu/dam/-se as/von/ta/(des)”, daqui compreendemos que Camões escreveu este poema na época renascentista, baseando-se e centrando-se na ideia principal que é “a mudança”.
Camões compõe este poema em forma de soneto, sendo o mesmo constituído por duas quadras e dois tercetos, tendo em conta o esquema rimático que é ABBA/ABBA/CDC/DCD, em que nas quadras a rima é emparelhada e interpolada e nos tercetos é cruzada.
Na estrutura deste poema podemos identificar que algumas palavras que têm a mesma origem, ou seja, pertencem à mesma família etimológica, como conseguimos observar nestes exemplos, “muda-se”, “mudam-se", “mudança”. Para além disso existem outras palavras que tem o sentido parecido a mudança - “novas”, “novidades”, “converter”. Este processo que o poeta utiliza tem como fim reforçar ainda mais o tema chave “mudança”.
O sujeito poético encara a mudança da natureza como positiva, pois o ciclo das coisas ocorre de forma natural- “O tempo cobre o chão de verde manto, /que já coberto foi de neve fria,”, enquanto na vida do ser humano, a mudança é percebida de forma negativa, pois é imprevisível visto que a própria mudança pode mudar o destino do ser humano que nem sempre é positivo - “e enfim converte em choro o doce canto. /E, afora este mudar-se cada dia, /outra mudança faz de mór espanto: /que não se muda já como soía.”.
Interpretação do poema “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” de Luís de Camões
O poema “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, escrito por Luís Vaz de Camões no século XVI, em medida nova caracterizando-se por ter 10 sílabas métricas cada verso, como se pode ver, por exemplo, no primeiro verso “Mu/dam/-se os/tem/pos,/mu/dam/-se as/von/ta/(des)”, daqui compreendemos que Camões escreveu este poema na época renascentista, baseando-se e centrando-se na ideia principal que é “a mudança”.
Camões compõe este poema em forma de soneto, sendo o mesmo constituído por duas quadras e dois tercetos, tendo em conta o esquema rimático que é ABBA/ABBA/CDC/DCD, em que nas quadras a rima é emparelhada e interpolada e nos tercetos é cruzada.
Na estrutura deste poema podemos identificar que algumas palavras que têm a mesma origem, ou seja, pertencem à mesma família etimológica, como conseguimos observar nestes exemplos, “muda-se”, “mudam-se", “mudança”. Para além disso existem outras palavras que tem o sentido parecido a mudança - “novas”, “novidades”, “converter”. Este processo que o poeta utiliza tem como fim reforçar ainda mais o tema chave “mudança”.
O sujeito poético encara a mudança da natureza como positiva, pois o ciclo das coisas ocorre de forma natural- “O tempo cobre o chão de verde manto, /que já coberto foi de neve fria,”, enquanto na vida do ser humano, a mudança é percebida de forma negativa, pois é imprevisível visto que a própria mudança pode mudar o destino do ser humano que nem sempre é positivo - “e enfim converte em choro o doce canto. /E, afora este mudar-se cada dia, /outra mudança faz de mór espanto: /que não se muda já como soía.”.
Neste poema à uma reflexão sobre a mudança das coisas e da vida do ser humano, mudanças estas que podem ser encaradas como positivas ou negativas, fazendo o sujeito poético refletir sobre a certeza concreta de algumas e a incerteza de outras, revelando que a mudança na natureza é espontânea e positiva, pois é um ciclo constante ao contrário do que acontece com o ser humano, pois a vida é cheia de incertezas.
O poema "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", de Luís Vaz de Camões, é escrito de acordo com a lírica renascentista, sendo este um soneto. O soneto é constituído por 2 quadras seguidas de 2 tercetos, todos os versos são decassilábicos (têm 10 sílabas métricas), logo seguem a medida nova. “Mu/dam/-se os/ tem/pos,/ mu/dam/-se as/ von/ta/(des)”. Neste soneto, a rima é interpolada e emparelhada nas quadras; e interpolada nos tercetos, sendo o esquema rimático: abba/abba/cdc/dcd.
Na primeira estrofe, é nos apresentado o tema que vai ser desenvolvido ao longo do soneto: a mudança. O sujeito poético encontra-se numa fase de desilusão com a contínua generalização da mudança: dos tempos e das pessoas e, consequentemente, os seus valores, ideais e interesses evoluem, pois variam conforme a época em que se vive, como se observa no verso 1 - “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”. A forma de ser, a personalidade e a perspetiva da vida alteram-se à medida que se envelhece devido à aquisição de maior experiência, assim como a confiança em si próprio e nos outros, como se verifica no verso 2 - "muda-se o ser, muda-se a confiança". Estas mudanças têm como consequência as coisas adquirirem novas qualidades, como citado no verso 3 e 4 - “Todo o mundo é composto de mudanças, / Tomando sempre novas qualidades. Podemos ainda encontrar uma enumeração e uma anáfora - “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, /Muda-se o ser, muda-se a confiança” - onde o sujeito poético repete insistentemente palavras referentes ao verbo “mudar”, expondo a mudança.
Na segunda estrofe, o poeta desenvolve o tema apresentado na primeira e expressa vários sentimentos como, desilusão, saudade e mágoa. Utiliza a 1ª pessoa do plural, pretendendo manifestar uma proximidade com a reflexão que apresenta. A estrofe é iniciada com o advérbio de modo “Continuamente”, reforçando a ideia de que as mudanças ininterruptas do mundo são incontroláveis e que, normalmente, não correspondem às esperanças púberes. O poeta utiliza a figura de estilo antítese para expressar uma ideia de mudança - “Do mal ficam as mágoas na lembrança, /E do bem, se algum houve, as saudades.” - o “mal” e as coisas tristes permanecem como desgostos e “dor-de-alma"; enquanto que o “bem”, deixa boas lembranças em forma de “saudades”.
Na terceira estrofe o poeta confirma o desenvolvimento do tema: a “mudança” que se efetua tanto na natureza como no seu espírito. O poeta começa por falar da renovação cíclica da natureza, expressa nas estações do ano, onde tudo se renova, (…) depois do inverno "neve fria" vem a primavera "verde manto"(…) - ambas metáforas, que retratam a alegria. Mas nele, a expectativa do que se pretendeu, não acontece. Esta ideia da passagem do Tempo e de mudança, é muito importante para Camões, à qual ninguém escapa e de que todos são vítimas. No último verso - (verso 11) “E enfim converte em choro o doce canto” - o poeta fala da mudança no seu estado de espírito, onde diz que o “doce canto” é transformado (enquanto projetava o futuro em jovem) em “choro” (realidade presente).
Na última estrofe o eu lírico conclui que até a própria mudança muda. No 1º verso, retoma-se a ideia desta mudança contínua e incontornável já expressa no advérbio da 2ª estrofe. O sujeito revela também o seu espanto pelo facto de a mudança mais surpreendente é a de que já não se muda como era costume, isto é, a própria mudança está a mudar... - “que não se muda já como soía.”
Trabalho realizado por: Beatriz Videira, Carlota Bento, Sara Martinho – 10ºD
O poema que eu analisei é o "Erros meus, má fortuna" está escrito na corrente classica "medida velha" redondilha menor, o tipo de rima é emparelhada e interpolada o tema é acerca do surgimento de Camões durante a vida por causa da sua má sorte, os seus erros e o seu amor ardente, Guilherme Lucas 10 B
Este poema foi escrito por Camões, faz parte da corrente renascentista/clássica ou "medida nova", os seus versos são decassílabos e é um soneto, composto por 2 quadras e 2 tercetos com rima interpolada e emparelhada nas quadras e rima cruzada nos tercetos. O soneto é de carácter autobiográfico, onde Camões nos mostra o seu desespero e sofrimento tratando temas como: o amor, o destino, a falta de sorte e os erros cometidos por este, ao longo do poema podemos ainda perceber o estado de espírito do poeta: a dor e tristeza "(...) mas tenho tão presente a grande dor das cousas que passaram"; e o desejo de vingança, "este meu duro génio de vinganças", no poema Camões enumera as três razões para o seu sofrimento, demostrando a sua frustração com as injustiças da vida.
O poema “Erros meus, má fortuna, amor ardente” foi escrito por Camões, faz parte da corrente clássica e da medida velha, redondilha menor. É um soneto (2 quadras e 2 tercetos), com rimas interpolada e emparelhada, sendo os seus versos decassílabos. Este poema é caracterizado pelo balanço à vida e pelo seu carácter autobiográfico. Nas primeiras três estrofes o poeta mostra infelicidade perante à sua vida passada e os erros que cometeu ao longo da mesma, pelo que dá três exemplos para justificar a sua infelicidade: “Erros meus, má fortuna, amor ardente”, em que o carácter autobiográfico se insere nestas estrofes. Na última estrofe, em que se insere o balanço à vida, o poeta aborda o seu desejo de vingança: “Oh! quem tanto pudesse que fartasse/ este meu duro génio de vinganças!”. Com tudo isto, a intenção do poeta é mostrar o seu desespero pelas injustiças da vida, a falta de sorte e a sua infelicidade perante erros cometidos no passado.
“Erros meus, má fortuna, amor ardente” (página 200 do manual) O poema “Erros meus, má fortuna, amor ardente” é um soneto que se insere na corrente renascentista, sendo escrito na “medida nova”, em versos decassilábicos, como pode ser visto, por exemplo, no primeiro verso: “Er/ros/ meus,/ má/ for/tu/na a/mor/ ar/den(te)”. Tem 4 estrofes: 2 quadras e 2 tercetos e o esquema rimático da forma ABBA ABBA CDE CDE. Neste poema, Camões, enquanto sujeito poético, reflete acerca da sua vida, nomeadamente, a sua desgraça. Assim, o poeta começa por enumerar as causas da sua miséria: os seus erros, o seu azar e a sua vida amorosa, que se uniram para o levar à miséria. Segue, ainda, dizendo que a sua má sorte e os seus enganos não seriam necessários, uma vez que o amor seria suficiente para o levar a tal estado. O sujeito poético prossegue, lembrando as dores passadas, que ainda lhe são presentes e que o impedem de alcançar a felicidade. No primeiro terceto, o poeta admite nunca ter sentido o verdadeiro amor, tendo passado apenas por “breves enganos”, meramente ilusórios e revela o desejo do seu “duro génio” de obter a vingança. Carlota A. 10ºB
O poema que análisei é "Esparsa sua ao desconcerto do mundo", usa a corrente tradicional, é uma esparsa (uma estrofe, sem refrão, tom satírico e melancólico) e está escrito com a "medida velha", redondinha maior com 7 sílabas métricas e tem uma única estrofe de 10 versos. O esquema rimático é ABAABCDDCD.
Neste poema, o tema é sobre o Desconcerto do Mundo e como Camões apresenta uma visão pessoal sobre o mundo, caracterizando-o como injusto e arbitrário e exemplificando a sua reflexão com o seu caso pessoal. Na primeira parte , constituída pelos versos 1 a 5, Camões fala sobre a injustiça do mundo, já que os maus são honrados e os bons são castigados. Na segunda parte, constituída pelos versos 6 a 10, Camões confessa que decidiu mudar o seu comportamento, tornando-se “mau”, mas foi castigado, já que para ele o mundo está “concertado”.
Nos versos 4 e 5 (“os maus vi sempre nadar / em mar de contentamentos”), está presente a hipérbole, que mostra o espanto e a perplexidade de Camões ao testemunhar o facto de os maus serem recompensados, o que constitui uma grande injustiça. A repetição da expressão “vi sempre passar” (versos 1 e 4) exprime a ideia de que Camões viu pessoalmente, os acontecimentos ao longo do tempo.
O poema "Erros meus , má fortuna, amor ardente" é de corrente renascentista porque aborda um tema do humanismo sobre as complexidades do amor, da fortuna , das questões filosóficas do tempo , da mudança e do destino. É uma composição de "medida nova" , contém 10 sílabas (decassílabo) e é um soneto de 14 versos, sendo desses versos 2 quartetos e 2 tercetos. Camões neste poema reflete sobre sua vida ao falar dos erros , da fortuna e do amor , que o tornaram infeliz , " Erros meus, má fortuna, amor ardente / em minha perdição se conjuraram". Do 1 ao 12 verso o sujeito poético da a intender que viveu uma vida repleta de sofrimento devido aos erros cometidos - "Errei todo o discurso de meus anos". E nos dois últimos versos ele faz um balanço sobre sua vida , expressando raiva e desprezo que surgiram devido ao seu desejo de vingança - "Oh! quem tanto pudesse que fartasse / este meu duro gênio de vinganças"
O poema "Um mover de olhos, brando e piadoso" é um soneto pertencente à corrente clássica escrito na "medida nova". É constituído por 4 estrofes: 2 quadras e 2 tercetos onde cada verso possui dez silabas métricas e o seu esquema rimático é da forma ABBA/ABBA/CDE/CDE sendo a sua rima emparelhada e interpolada. Neste poema, Camões fala sobre a sua visão da beleza feminina em termos físicos e espirituais. Apesar das descrições físicas, Camões foca-se na descrição de um conjunto de qualidades espirituais com uma grande adjetivação significando que se encontra fascinado com a sua beleza espiritual. Podemos notar a presença de uma similaridade com Petrarca em termos de descrição das características e atributos morais da sua mulher amada. Na 1ª parte do poema, o poeta enumera e retrata as características da sua figura amada, referindo-se ao seu olhar, riso e rosto e de seguida engloba as suas qualidades: "Um mover de olhos, brando e piadoso,(...)/um sorriso brando e honesto,(...)/um doce e humilde gesto,"(estrofe 1, versos 1,2 e 3). Na 2ª parte do poema, Camões desta vez sintetiza todos os seus atributos através da expressão "celeste fermosura". Camões fala também de Circe de uma forma metafórica, referindo que a feiticeira utiliza um "mágico veneno" para encantar o poeta e modificar os seus pensamentos.
O poema “erros meus, má fortuna, amo-te ardente” escrito por Luís de Camões, encontra-se na medida nova visto que cada verso apresenta 10 sílabas métricas, para além disso é um soneto dado que é composta por 14 versos. O poema tem 4 estrofes em que duas são quadras e as restantes são tercetos, o esquema rimático é ABBA/ABBA/CDE/CDE. No seu poema o sujeito poético culpa os erros, a má fortuna e o amor pelo sofrimento na sua vida, visto quando ele usa enumeração para demonstrar a sua infelicidade “Erros meus, má fortuna, amor ardente”. Camões acrescenta que bastava o amor para ele chegar ao seu sofrimento. Nós últimos dois versos ”oh! Quem tanto pudesse que fartasse este meu duro génio de vinganças” o sujeito poético expressa o seu desespero e quer que o mal não lhe afetava mais, consequentemente leva a um desejo de vingança.
Interpretação do poema “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” de Luís de Camões
ResponderEliminarO poema “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, escrito por Luís Vaz de Camões no século XVI, em medida nova caracterizando-se por ter 10 sílabas métricas cada verso, como se pode ver, por exemplo, no primeiro verso “Mu/dam/-se os/tem/pos,/mu/dam/-se as/von/ta/(des)”, daqui compreendemos que Camões escreveu este poema na época renascentista, baseando-se e centrando-se na ideia principal que é “a mudança”.
Camões compõe este poema em forma de soneto, sendo o mesmo constituído por duas quadras e dois tercetos, tendo em conta o esquema rimático que é ABBA/ABBA/CDC/DCD, em que nas quadras a rima é emparelhada e interpolada e nos tercetos é cruzada.
Na estrutura deste poema podemos identificar que algumas palavras que têm a mesma origem, ou seja, pertencem à mesma família etimológica, como conseguimos observar nestes exemplos, “muda-se”, “mudam-se", “mudança”. Para além disso existem outras palavras que tem o sentido parecido a mudança - “novas”, “novidades”, “converter”. Este processo que o poeta utiliza tem como fim reforçar ainda mais o tema chave “mudança”.
O sujeito poético encara a mudança da natureza como positiva, pois o ciclo das coisas ocorre de forma natural- “O tempo cobre o chão de verde manto, /que já coberto foi de neve fria,”, enquanto na vida do ser humano, a mudança é percebida de forma negativa, pois é imprevisível visto que a própria mudança pode mudar o destino do ser humano que nem sempre é positivo - “e enfim converte em choro o doce canto. /E, afora este mudar-se cada dia, /outra mudança faz de mór espanto: /que não se muda já como soía.”.
10ºD
Ângelo Vieira
Kartik
Interpretação do poema “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” de Luís de Camões
ResponderEliminarO poema “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, escrito por Luís Vaz de Camões no século XVI, em medida nova caracterizando-se por ter 10 sílabas métricas cada verso, como se pode ver, por exemplo, no primeiro verso “Mu/dam/-se os/tem/pos,/mu/dam/-se as/von/ta/(des)”, daqui compreendemos que Camões escreveu este poema na época renascentista, baseando-se e centrando-se na ideia principal que é “a mudança”.
Camões compõe este poema em forma de soneto, sendo o mesmo constituído por duas quadras e dois tercetos, tendo em conta o esquema rimático que é ABBA/ABBA/CDC/DCD, em que nas quadras a rima é emparelhada e interpolada e nos tercetos é cruzada.
Na estrutura deste poema podemos identificar que algumas palavras que têm a mesma origem, ou seja, pertencem à mesma família etimológica, como conseguimos observar nestes exemplos, “muda-se”, “mudam-se", “mudança”. Para além disso existem outras palavras que tem o sentido parecido a mudança - “novas”, “novidades”, “converter”. Este processo que o poeta utiliza tem como fim reforçar ainda mais o tema chave “mudança”.
O sujeito poético encara a mudança da natureza como positiva, pois o ciclo das coisas ocorre de forma natural- “O tempo cobre o chão de verde manto, /que já coberto foi de neve fria,”, enquanto na vida do ser humano, a mudança é percebida de forma negativa, pois é imprevisível visto que a própria mudança pode mudar o destino do ser humano que nem sempre é positivo - “e enfim converte em choro o doce canto. /E, afora este mudar-se cada dia, /outra mudança faz de mór espanto: /que não se muda já como soía.”.
Neste poema à uma reflexão sobre a mudança das coisas e da vida do ser humano, mudanças estas que podem ser encaradas como positivas ou negativas, fazendo o sujeito poético refletir sobre a certeza concreta de algumas e a incerteza de outras, revelando que a mudança na natureza é espontânea e positiva, pois é um ciclo constante ao contrário do que acontece com o ser humano, pois a vida é cheia de incertezas.
10ºD
Ângelo Vieira
Kartik
O poema "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", de Luís Vaz de Camões, é escrito de acordo com a lírica renascentista, sendo este um soneto. O soneto é constituído por 2 quadras seguidas de 2 tercetos, todos os versos são decassilábicos (têm 10 sílabas métricas), logo seguem a medida nova. “Mu/dam/-se os/ tem/pos,/ mu/dam/-se as/ von/ta/(des)”. Neste soneto, a rima é interpolada e emparelhada nas quadras; e interpolada nos tercetos, sendo o esquema rimático: abba/abba/cdc/dcd.
ResponderEliminarNa primeira estrofe, é nos apresentado o tema que vai ser desenvolvido ao longo do soneto: a mudança. O sujeito poético encontra-se numa fase de desilusão com a contínua generalização da mudança: dos tempos e das pessoas e, consequentemente, os seus valores, ideais e interesses evoluem, pois variam conforme a época em que se vive, como se observa no verso 1 - “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”. A forma de ser, a personalidade e a perspetiva da vida alteram-se à medida que se envelhece devido à aquisição de maior experiência, assim como a confiança em si próprio e nos outros, como se verifica no verso 2 - "muda-se o ser, muda-se a confiança". Estas mudanças têm como consequência as coisas adquirirem novas qualidades, como citado no verso 3 e 4 - “Todo o mundo é composto de mudanças, / Tomando sempre novas qualidades.
Podemos ainda encontrar uma enumeração e uma anáfora - “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, /Muda-se o ser, muda-se a confiança” - onde o sujeito poético repete insistentemente palavras referentes ao verbo “mudar”, expondo a mudança.
Na segunda estrofe, o poeta desenvolve o tema apresentado na primeira e expressa vários sentimentos como, desilusão, saudade e mágoa. Utiliza a 1ª pessoa do plural, pretendendo manifestar uma proximidade com a reflexão que apresenta. A estrofe é iniciada com o advérbio de modo “Continuamente”, reforçando a ideia de que as mudanças ininterruptas do mundo são incontroláveis e que, normalmente, não correspondem às esperanças púberes.
O poeta utiliza a figura de estilo antítese para expressar uma ideia de mudança - “Do mal ficam as mágoas na lembrança, /E do bem, se algum houve, as saudades.” - o “mal” e as coisas tristes permanecem como desgostos e “dor-de-alma"; enquanto que o “bem”, deixa boas lembranças em forma de “saudades”.
Na terceira estrofe o poeta confirma o desenvolvimento do tema: a “mudança” que se efetua tanto na natureza como no seu espírito.
O poeta começa por falar da renovação cíclica da natureza, expressa nas estações do ano, onde tudo se renova, (…) depois do inverno "neve fria" vem a primavera "verde manto"(…) - ambas metáforas, que retratam a alegria.
Mas nele, a expectativa do que se pretendeu, não acontece. Esta ideia da passagem do Tempo e de mudança, é muito importante para Camões, à qual ninguém escapa e de que todos são vítimas. No último verso - (verso 11) “E enfim converte em choro o doce canto” - o poeta fala da mudança no seu estado de espírito, onde diz que o “doce canto” é transformado (enquanto projetava o futuro em jovem) em “choro” (realidade presente).
Na última estrofe o eu lírico conclui que até a própria mudança muda. No 1º verso, retoma-se a ideia desta mudança contínua e incontornável já expressa no advérbio da 2ª estrofe. O sujeito revela também o seu espanto pelo facto de a mudança mais surpreendente é a de que já não se muda como era costume, isto é, a própria mudança está a mudar... - “que não se muda já como soía.”
Trabalho realizado por:
Beatriz Videira, Carlota Bento, Sara Martinho – 10ºD
O poema que eu analisei é o "Erros meus, má fortuna" está escrito na corrente classica "medida velha" redondilha menor, o tipo de rima é emparelhada e interpolada o tema é acerca do surgimento de Camões durante a vida por causa da sua má sorte, os seus erros e o seu amor ardente, Guilherme Lucas 10 B
ResponderEliminarTrabalho (?) inaceitável, pelos erros e a escassez.
Eliminar"Erros meus, má fortuna, amor ardente"
ResponderEliminarEste poema foi escrito por Camões, faz parte da corrente renascentista/clássica ou "medida nova", os seus versos são decassílabos e é um soneto, composto por 2 quadras e 2 tercetos com rima interpolada e emparelhada nas quadras e rima cruzada nos tercetos.
O soneto é de carácter autobiográfico, onde Camões nos mostra o seu desespero e sofrimento tratando temas como: o amor, o destino, a falta de sorte e os erros cometidos por este, ao longo do poema podemos ainda perceber o estado de espírito do poeta: a dor e tristeza "(...) mas tenho tão presente a grande dor das cousas que passaram"; e o desejo de vingança, "este meu duro génio de vinganças", no poema Camões enumera as três razões para o seu sofrimento, demostrando a sua frustração com as injustiças da vida.
Marta Inácio 10B
"Erros meus, má fortuna, amor ardente"
ResponderEliminarO poema “Erros meus, má fortuna, amor ardente” foi escrito por Camões, faz parte da corrente clássica e da medida velha, redondilha menor. É um soneto (2 quadras e 2 tercetos), com rimas interpolada e emparelhada, sendo os seus versos decassílabos.
Este poema é caracterizado pelo balanço à vida e pelo seu carácter autobiográfico. Nas primeiras três estrofes o poeta mostra infelicidade perante à sua vida passada e os erros que cometeu ao longo da mesma, pelo que dá três exemplos para justificar a sua infelicidade: “Erros meus, má fortuna, amor ardente”, em que o carácter autobiográfico se insere nestas estrofes. Na última estrofe, em que se insere o balanço à vida, o poeta aborda o seu desejo de vingança: “Oh! quem tanto pudesse que fartasse/ este meu duro génio de vinganças!”.
Com tudo isto, a intenção do poeta é mostrar o seu desespero pelas injustiças da vida, a falta de sorte e a sua infelicidade perante erros cometidos no passado.
Cláudia Duarte 10ºB
“Erros meus, má fortuna, amor ardente” (página 200 do manual)
ResponderEliminarO poema “Erros meus, má fortuna, amor ardente” é um soneto que se insere na corrente renascentista, sendo escrito na “medida nova”, em versos decassilábicos, como pode ser visto, por exemplo, no primeiro verso: “Er/ros/ meus,/ má/ for/tu/na a/mor/ ar/den(te)”. Tem 4 estrofes: 2 quadras e 2 tercetos e o esquema rimático da forma ABBA ABBA CDE CDE.
Neste poema, Camões, enquanto sujeito poético, reflete acerca da sua vida, nomeadamente, a sua desgraça.
Assim, o poeta começa por enumerar as causas da sua miséria: os seus erros, o seu azar e a sua vida amorosa, que se uniram para o levar à miséria. Segue, ainda, dizendo que a sua má sorte e os seus enganos não seriam necessários, uma vez que o amor seria suficiente para o levar a tal estado.
O sujeito poético prossegue, lembrando as dores passadas, que ainda lhe são presentes e que o impedem de alcançar a felicidade. No primeiro terceto, o poeta admite nunca ter sentido o verdadeiro amor, tendo passado apenas por “breves enganos”, meramente ilusórios e revela o desejo do seu “duro génio” de obter a vingança.
Carlota A. 10ºB
O poema que análisei é "Esparsa sua ao desconcerto do mundo", usa a corrente tradicional, é uma esparsa (uma estrofe, sem refrão, tom satírico e melancólico) e está escrito com a "medida velha", redondinha maior com 7 sílabas métricas e tem uma única estrofe de 10 versos. O esquema rimático é ABAABCDDCD.
ResponderEliminarNeste poema, o tema é sobre o Desconcerto do Mundo e como Camões apresenta uma visão pessoal sobre o mundo, caracterizando-o como injusto e arbitrário e exemplificando a sua reflexão com o seu caso pessoal.
Na primeira parte , constituída pelos versos 1 a 5, Camões fala sobre a injustiça do mundo, já que os maus são honrados e os bons são castigados. Na segunda parte, constituída pelos versos 6 a 10, Camões confessa que decidiu mudar o seu comportamento, tornando-se “mau”, mas foi castigado, já que para ele o mundo está “concertado”.
Nos versos 4 e 5 (“os maus vi sempre nadar / em mar de contentamentos”), está presente a hipérbole, que mostra o espanto e a perplexidade de Camões ao testemunhar o facto de os maus serem recompensados, o que constitui uma grande injustiça. A repetição da expressão “vi sempre passar” (versos 1 e 4) exprime a ideia de que Camões viu pessoalmente, os acontecimentos ao longo do tempo.
Simone Carvalho 10°B
O poema "Erros meus , má fortuna, amor ardente" é de corrente renascentista porque aborda um tema do humanismo sobre as complexidades do amor, da fortuna , das questões filosóficas do tempo , da mudança e do destino.
ResponderEliminarÉ uma composição de "medida nova" , contém 10 sílabas (decassílabo) e é um soneto de 14 versos, sendo desses versos 2 quartetos e 2 tercetos.
Camões neste poema reflete sobre sua vida ao falar dos erros , da fortuna e do amor , que o tornaram infeliz , " Erros meus, má fortuna, amor ardente / em minha perdição se conjuraram".
Do 1 ao 12 verso o sujeito poético da a intender que viveu uma vida repleta de sofrimento devido aos erros cometidos - "Errei todo o discurso de meus anos". E nos dois últimos versos ele faz um balanço sobre sua vida , expressando raiva e desprezo que surgiram devido ao seu desejo de vingança - "Oh! quem tanto pudesse que fartasse / este meu duro gênio de vinganças"
Helena 10°B
Eliminar"Um mover de olhos, brando e piadoso"
ResponderEliminarO poema "Um mover de olhos, brando e piadoso" é um soneto pertencente à corrente clássica escrito na "medida nova". É constituído por 4 estrofes: 2 quadras e 2 tercetos onde cada verso possui dez silabas métricas e o seu esquema rimático é da forma ABBA/ABBA/CDE/CDE sendo a sua rima emparelhada e interpolada.
Neste poema, Camões fala sobre a sua visão da beleza feminina em termos físicos e espirituais. Apesar das descrições físicas, Camões foca-se na descrição de um conjunto de qualidades espirituais com uma grande adjetivação significando que se encontra fascinado com a sua beleza espiritual. Podemos notar a presença de uma similaridade com Petrarca em termos de descrição das características e atributos morais da sua mulher amada. Na 1ª parte do poema, o poeta enumera e retrata as características da sua figura amada, referindo-se ao seu olhar, riso e rosto e de seguida engloba as suas qualidades: "Um mover de olhos, brando e piadoso,(...)/um sorriso brando e honesto,(...)/um doce e humilde gesto,"(estrofe 1, versos 1,2 e 3). Na 2ª parte do poema, Camões desta vez sintetiza todos os seus atributos através da expressão "celeste fermosura". Camões fala também de Circe de uma forma metafórica, referindo que a feiticeira utiliza um "mágico veneno" para encantar o poeta e modificar os seus pensamentos.
Rodrigo Santos, 10ºB
O poema “erros meus, má fortuna, amo-te ardente” escrito por Luís de Camões, encontra-se na medida nova visto que cada verso apresenta 10 sílabas métricas, para além disso é um soneto dado que é composta por 14 versos. O poema tem 4 estrofes em que duas são quadras e as restantes são tercetos, o esquema rimático é ABBA/ABBA/CDE/CDE.
ResponderEliminarNo seu poema o sujeito poético culpa os erros, a má fortuna e o amor pelo sofrimento na sua vida, visto quando ele usa enumeração para demonstrar a sua infelicidade “Erros meus, má fortuna, amor ardente”. Camões acrescenta que bastava o amor para ele chegar ao seu sofrimento. Nós últimos dois versos ”oh! Quem tanto pudesse que fartasse este meu duro génio de vinganças” o sujeito poético expressa o seu desespero e quer que o mal não lhe afetava mais, consequentemente leva a um desejo de vingança.
Raquel Martins 10°B
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