Cesário Verde é um homem preocupado
pois o que o rodeia é atribulado.
O mundo lá fora quem não conhece,
é um tormento que ninguém merece.
A indiferença com que o tratamos
é a falta de importância que lhe damos.
A mudança gera alegria,
e nós com a nossa sabedoria
não a fazemos mudar
parece que o mundo não queremos ajudar.
Acho que damos muita importância
àquilo que não interessa,
estamos a ir demasiado depressa
para um mundo cheio de ignorância.
A tecnologia avançou,
mas a fome continuou
para quê sermos desenvolvidos
se nem todos somos bem sucedidos.
A dor de uns, a felicidade de outros,
acaba-se tudo num sopro.
Num mundo que vivemos
não há mais nada que esperemos.
Com isto acabo, tudo foi falado
a única coisa que quero, é o nosso cuidado
para fazer a mudança,
temos de ter esperança!
Margarida Ribeiro, 11°B
Olá, Cesário.
Depois de ler as tuas obras e de perceber o que te preocupa realmente, refleti acerca das minhas prioridades.
De há um tempo para cá, antes de ler os teus textos, pensei que a poesia
servia apenas para demonstrar o amor que se tem por alguém e os nossos
desgostos,mas tu fizeste-me mudar de ideia, pois agora percebo que a
poesia é muito mais do que amor e amizades.
Agora percebo o que disseste ao teu irmão, entendo que o que nos rodeia é digno de ser falado, sendo isto bom ou mau.
Esta
minha geração está rodeada de tecnologia, hoje em dia é quase
impossível alguém não ter um telemóvel, o que me preocupa muito, pois
sinto que cada vez menos pessoas conseguem dialogar e divertir-se sem
utilizar os seus gadjets.
Muita coisa mudou desde que te foste embora
e eu amaria ler um poema teu acerca da atualidade, acredito que irias
ter muito que falar, criticar e até mesmo experienciar.
Adeus e até mais ver!
Simão Santos 11D
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De R.Garrido
Para: Cesário Verde
Querido Cesário, após ler a tua carta fiquei a pensar nas coisas que me afligem na minha vida, no meu pais e no mundo. A primeira coisa que me vem à cabeça quando penso nisso são as guerras, pois atualmente está a ocorrer uma grande guerra, entre a Rússia e a Ucrânia, que apesar de não ser uma guerra à escala global, afeta muitos países com as diversas inflações, a falta de medicamentos e vacinas, a destruição de património mundial, etc.
Esta guerra
iniciou-se a 24 de fevereiro de 2022, já lá vai mais de um ano, e
aparenta que pode vir a durar mais um. A quantidade de pessoas de
pessoas que tiveram que fugir para a Europa, ou para fora dela, é
imensa, tendo partido com as mãos a abanar, sem os seus pertences e sem
ter a certeza se iriam ter um teto nas suas cabeças. A maioria dos
refugiados também devem ter o coração nas mãos, pois, pelo menos um, dos
seus familiares ou amigos deve ter ficado na Ucrânia, a defender o seu
país das tropas Russas.
Mas não é só a Ucrânia e a Rússia que se
encontram em guerra, a Síria também se encontra numa grande guerra civil
desde 2011, o Iémene à nove que está em guerra civil e já deixou mais de
223 mil mortes durante o percurso da guerra, cujo mais de metade foi
por desnutrição e ausência de cuidados de saúde, a República Democrática
do Congo (RDC) que devido aos vários ataques rebeldes provocaram a
migração de mais de 521 mil pessoas, o Afeganistão que se encontrou em
guerra com os Estados Unidos após ter efetuado diversos ataques em
setembro de 2001, Mianmar que sofreu um golpe de estado em 2021 e
desde então mais de duas mil e novecentas pessoas foram mortas na
repressão militar contra dissidentes e Haiti que está a viver uma crise
política de enormes proporções desde julho de 2021.
Como pode ver,
Cesário, as guerras estão a aumentar, não só o número de guerras entre
países, mas o número de guerras civis também, o mundo que conhecemos
atualmente está uma confusão, cheio de pessoas que estão dispostas a
sacrificar a vida qualquer pessoa, animal, ou qualquer espécie que se
meta no seu caminho.
RG, 11°D,
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Concordo plenamente com Cesário Verde quando exprime: " A mim, o que me rodeia é o que me preocupa", pois, de certa maneira, todas as minhas preocupações têm origem no que está à minha volta, não só no meu país como em todo o mundo.
Dessas questões preocupantes que nele existem, destaco: a lentidão da justiça e a falta de meios para combater a corrupção existente no nosso sistema político; a desvalorização da carreira docente e médica entre outras; os hospitais e centros de saúde sem capacidade para atender utentes por falta de médicos (sendo que mais de um milhão nem têm médico de família) e, por fim, a guerra atualmente existente na Europa (que provocou vários danos não só na Ucrânia mas também a nível europeu como a brutal inflação dos preços, o elevado número de refugiados e falta de estruturas básicas para os acolher).
Todos
estes meus anseios se referem a aspetos que acarretam consequências negativas na sociedade como a
fome, a morte prematura, um maior número de doenças por falta de
monitorização, uma má gestão do país entre outras...
Ainda assim, tenho a esperança que estas minhas inquietações sejam resolvidas o mais depressa possível. Sei que a minha geração vive tempos de incerteza, no entanto, tenho o olhar voltado para o futuro.
Mariana Botelho - 11ºB
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