TURMA 11º C
Registem dúvidas, observações ou reparos sobre vocabulário,
recursos, ideias-chave, simbologia, interpretação ou Gramática.
Atenção: também podem aproveitar muitos esclarecimentos na aula do 11º A e respostas a dúvidas que chegaram sobre a 1, a 2 e a Gramática
Se é lei, que rege o escuro pensamento,
Ser vã toda a pesquisa da verdade,
Em vez da luz achar a escuridade,
Ser uma queda nova cada invento;
É lei também, embora cru tormento,
Buscar, sempre buscar a claridade,
E só ter como certa realidade
O que nos mostra claro o entendimento.
O que há de a alma escolher, em tanto engano?
Se uma hora crê de fé, logo duvida;
Se procura, só acha... o desatino!
Só Deus pode acudir em tanto dano:
Esperemos a luz duma outra vida,
Seja a terra degredo, o céu destino.
Antero de Quental, in Soneto
Ser vã toda a pesquisa da verdade,
Em vez da luz achar a escuridade,
Ser uma queda nova cada invento;
É lei também, embora cru tormento,
Buscar, sempre buscar a claridade,
E só ter como certa realidade
O que nos mostra claro o entendimento.
O que há de a alma escolher, em tanto engano?
Se uma hora crê de fé, logo duvida;
Se procura, só acha... o desatino!
Só Deus pode acudir em tanto dano:
Esperemos a luz duma outra vida,
Seja a terra degredo, o céu destino.
Antero de Quental, in Soneto
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ResponderEliminarBom dia professora, podia disponibilizar as soluções deste questionário para fazermos comparações ?
ResponderEliminarLuana Costa
Bom dia professora, é para dividir a turma do 12:00 ao 12:30 e depois do 12:30 às 13:00 como foi referido no email, ou os alunos da segunda metade da turma também podem colocar questões agora?
ResponderEliminarRita Santos 11ºC
ResponderEliminarNão, Luana. Ainda não.
O propósito hoje é discutirmos/corrigirmos através da reflexão e dos esclarecimentos.
Na 6ª feira, depois da aula do 11ºB (9h30-10h30)disponibilizo os cenários de resposta.
Mas digo-te já que são mais pobres do que as questões já postas pelos colegas e respondidas.
ResponderEliminarRita,
Já que aqui estás, intervém. Se ficar muito difícil, depois vemos,
Bom dia professora
ResponderEliminarGostaria que me explicitasse melhor o jogo de palavras entre “luz” e “escuridão” visto que tive algumas dificuldades nessa interpretação. E também tenho dúvidas a questão 1.7 da gramática.
Mariana Ribeiro
ResponderEliminarDestaco, sobretudo, as questões 1, 2 e 5 do Grupo I e a Gramática.
Do que vi, a maioria desenvolveu pouco ou pouquíssimo na 1 e na 5, sobretudo.
ResponderEliminarMuito bem, Mariana. Boas questões.
Todavia:
A questão da LUZ/SOMBRA (ou escuridão ou noite etc.) foi posta há dias por colegas da turma e está respondida no post que indiquei. Vai lá ver, porque os colegas consideraram-se bem esclarecidos, no 11ºA.
Depois diz se ainda tens dúvidas.
Bom dia professora poderia também explicar o relação entre a primeira e a segunda estrofe? sff
ResponderEliminartive algumas dificuldades e não estou lá muito confiante no que respondi...
Catarina Tordo
Podia me explicar melhor a 1 professsora ?
ResponderEliminarLuana Costa
ResponderEliminarMariana
Quanto à 1.7, do G. II, digo-te já que o «truque» é o - «desse» sentido ......- remete para o sentido comunitário abordado antes.
Junta 2+2.
Bom dia,
ResponderEliminarReparei que já esclareceu várias dúvidas a outros colegas sobre o jogo de palavras "luz" e "escuridão", mas tive alguma dificuldade em perceber o enquadramento do verso "Ser uma queda nova em cada invento", é algo que podemos relacionar com a procura da luz/verdade e com o facto de ser inatingível?
Rita Santos
Bom dia professora, tive dificuldades em interpretar a última questão do grupo I sobre a "chave de ouro", o tópico que tínhamos de referir.
ResponderEliminarInês Coutinho
Bom dia professora, ao ler o poema na sua totalidade, deparei-me com uma duvida:
ResponderEliminarA intenção de Antero a referir que apenas Deus nos poderia acudir, era para exaltar a sua forma metafisica e da procura de uma vida futura melhor, e como apenas com a sua ajuda o alcançaremos?
António Guilherme 11C
Bom dia professora, não tenho certeza se consegui perceber bem a pergunta 5 da página 310. Quando nos pedem para interpretar a "Chave de Ouro" do poema significa que temos de dizer qual foi a solução que o poeta encontrou para o seu dilema ou existe outra interpretção possível?
ResponderEliminarRaul Terêncio, nº24.
ResponderEliminarLuana e Catarina
Vejo que não tiveram a preocupação de ir ver os esclarecimentos pedidos por colegas da turma - Raquel e Marina, creio.
Vão lá ver e digam-me se perceberam:
Na 1) está em causa o sentido mais que metafórico, até simbólico, entre LUZ e ESCURIDÃO, ambos presentes na natureza humana e na sua luta nunca resolvida pela busca do Ideal, da Verdade, do Bem, do Sentido.
ResponderEliminarNa 2.) trata-se de relacionar a lógica das duas estrofes/quadras: «Se é lei.......» e explica-se uma 1ª lei da condição humana. Depois, na 2ª quadra - «É lei também.........» vem uma segunda e aparentemente contraditória lei que também rege a humanidade.
Vão ver as respostas. SE não se considerarem esclarecidas digam aqui, que eu deixo mais explicações.
Peço desculpa professora .
ResponderEliminarjá fui ver , estou esclarecida , obrigada .
Catarina Tordo
Bom dia,
ResponderEliminarPode me explicar a questão 5? Sff
Inês Vitor
Professora, ontem à noite enviei o meu trabalho e a stora não acusou a receção do mesmo, é só para perguntar se o recebeu.
ResponderEliminarGonçalo Frutuoso 11ºC
ResponderEliminarRita
«"Ser uma queda nova em cada invento", é algo que podemos relacionar com a procura da luz/verdade e com o facto de ser inatingível?»
Questão interessante, sim.
Queda, aqui, tem naturalmente sentido figurado, enquanto - derrota, desilusão, verdade não alcançada, afinal busca «vã»/inútil. Invento é mesmo no seu sentido literal - de criação, hipótese, coisa criada pela mente, pelo pensamento.
Mas é próprio do Humano não desistir de procurar...Certo?
Bom dia professora.
ResponderEliminarAntero é influenciado pela religião acreditando em Deus; no entanto, como filósofo, questiona tudo inclusive a sua religião, coisa que poucos faziam. A "chave de ouro" mostra a conclusão inevitável a que chegou, esperando por uma outra vida para poder chegar à Verdade que procurava.
Isto mostra que de certa forma desistiu da sua busca confortando-se na ideia da existência de um Deus que lhe pode dar respostas? E de que modo isto se encaixa na sua crise contraditória entre a busca pela "luz" ser inútil, mas no entanto inevitável?
Att.
Matilde Richardo
Bom dia professora, na relação entre "luz" e "escuridão" eu associei a luz à verdade absoluta e a escuridão ao facto do ser pensante ser limitado. No entanto não fiquei totalmente seguro uma vez que também me pareceu haver uma ligação a Deus, e talvez não seja muito correto relacionar isso com a autonomia em busca da verdade pelo mesmo... Pode-me ajudar a esclarecer melhor esta ideia pfv?
ResponderEliminarTiago Raposo
Bom dia professora, de momento nao apresento nenhuma dúvida porque a unica pergunta da ficha que tinha mais receio e que me tinha deixado com mais duvidas era a 2, mas vendo as respostas que a professora foi publicando esta manha à turma anterior, conseguiu-me esclarecer.
ResponderEliminarObrigado Martim Miranda.
No último terceto, não percebi quando o sujeito poético diz que "o céu é o destino", o que realmente ele quer dizer com isso, ele está farto da sua vida ou... , pois ele diz também "Esperemos a luz duma outra vida". Agradecia se me pudesse esclarecer.
ResponderEliminarGonçalo Frutuoso 11ºC
ResponderEliminarInês Coutinho
Esta foi uma questão também colocada/esclarecida no 11º A. Mas cá vai:
A designação «chave de ouro» é normalmente usada para explicar a forma como em formas fixas, como o soneto,perto do final, geralmente no último terceto, se dá uma reviravolta ou se introduz um elemento novo, inesperado que vem trazer uma explicação, uma conclusão, um novo entendimento do tema.
Chave - porque permite abrir a compreensão do poema; de ouro porque deve ser um remate/conclusão/explicação perfeita.
Por isso é frequente, como viram noutros sonetos de Antero e Camões, haver um MAS ou ASSIM ou SOMENTE ou SÓ etc, para marcar essa reviravolta.
Inês, aqui, depois de tanta procura e tanta desilusão, o poeta vira-se para outra realidade - a divina - Deus, outra vida, talvez com a LUZ desejada...
ResponderEliminar
ResponderEliminarAntónio
Questão interessante, decorrente do poema e do que aprendemos sobre Antero.
«A intenção de Antero a referir que apenas Deus nos poderia acudir, era para exaltar a sua forma metafisica e da procura de uma vida futura melhor, e como apenas com a sua ajuda o alcançaremos?»
Sabemos sim desse pendor metafísico de Antero, que embora mais recorrente no final da sua vida, estivera lá sempre. Como vimos, em jovem até pusera a hipótese de ir para a religião.
Era a inquietação, a dimensão elevada, espiritual e metafísica que lhe interessava, não a parte da Igreja-instituição.
O João do 11ºA teve discussão interessante sobre isto. Passa lá para ver.
Certo, obrigada pela ajuda.
ResponderEliminarRita Santos
Bom dia professora, no ínicio da primeira estrofe está escrito "Se é lei, que rege o escuro pensamento,/Ser vã toda a pesquisa da verdade". Eu interpretei que não conseguimos alcançar a verdade por causa dos pensamentos "escuros", porém fiquei na dúvida se era mesmo isso que o sujeito poético queria dizer, então não referi isso diretamente nas minhas respostas.
ResponderEliminarA interpretação que tive está correta?
Daniel Albuquerque
Depois de visualizar os esclarecimentos efetuados ao 11ºA conseguir perceber
ResponderEliminarObrigada, Mariana Ribeiro
ResponderEliminarInês Vitor
A 5. já foi respondida. Vê lá se está claro.
Dei as linhas de compreensão. Agora é só melhorares o que fizeste, no caderno.
Bom dia professora, não consegui perceber e estabelecer a relação entre a primeira e segunda estrofe. Conseguiria-me explicar?
ResponderEliminarTomas Antunes 11ºC
ResponderEliminarMatilde.
«Isto mostra que de certa forma desistiu da sua busca confortando-se na ideia da existência de um Deus que lhe pode dar respostas? E de que modo isto se encaixa na sua crise contraditória entre a busca pela "luz" ser inútil, mas no entanto inevitável?»
Deus aqui enquanto espiritualidade, Verdade, talvez - perfeição, início, Pensamento puro.
Para Antero - e para aquela geração - Deus/religiosidade/espiritualidade são distintas de Igreja-instituiçao, comportamento clerical, etc.
Vê a aula do 11º A. João Matias tem questão curiosa.
Bom dia professora
ResponderEliminarA dúvida que eu tinha relativa à relação das duas primeiras estrofes a professora já me esclareceu, portanto já não tenho mais dúvidas.
Mas não estou confiante em relação ao recurso expressivo, eu coloquei interrogação retórica porque o sujeito não pretende obter uma resposta, está correto?
Mariana Mendes
ResponderEliminarRaul
Sobre o que significa em análise literária «chave de ouro» acho que ficou claro. Certo?
Agora é aplicares ao caso concreto:
«a "Chave de Ouro" do poema significa que temos de dizer qual foi a solução que o poeta encontrou para o seu dilema ou existe outra interpretação possível?»
Nem mais. Que volta deu, que novidade - hipótese de saída nos traz o terceto? Por quê o «SÓ»? É um fim de linha? Estão esgotadas outros caminhos?
Depois de visualizar a discussão realizada na secção do 11ºA entendi melhor, obrigado pela dica!
ResponderEliminarAntónio Guilherme
Está bem professora, já estive a ver.
ResponderEliminarObrigada pelo esclarecimento.
Matilde Richardo
ResponderEliminarTiago Raposo
« também me pareceu haver uma ligação a Deus, e talvez não seja muito correto relacionar isso com a autonomia em busca da verdade pelo mesmo...»
Não deixes de ir ver os esclarecimentos sobre a simbologia da luz, etc., no post da tarefa.
Mas sim, claro (vês, eu a associar claro a clareza, a entendimento, em todas as religiões, Deus/Deuses/Divino é sempre identificado com a LUZ, no sentido do entendimento, da sabedoria, da Clareza, da Verdade».
Vai lá ver a simbologia.
Esclarecido professora, obrigado
ResponderEliminarVou ver a simbologia
Tiago Raposo
Como já me tinha esclarecido a dúvida sobre a "luz" e a "escuirdão" e como já fui ver os comentários da secção do 11ªA, fiquei com as minhas questões esclarecidas.
ResponderEliminarObrigada,
Raquel Melo
ResponderEliminarGonçalo
Talvez já esteja claro. Ainda assim, «o céu é o destino", o que realmente ele quer dizer com isso (...) ele diz também "Esperemos a luz duma outra vida"»
A pesquisa, a constante busca da Verdade (noutros poemas, são a Justiça, o Sonho, o Ideal...) revela-se infrutífera, vã. Procurar a LUZ e só achar ESCURIDÃO (ignorância, falta de entendimento do sentido da vida, ausência de respostas. A procura por Deus/Espiritualidade, por outra vida é, ainda, uma tentativa de não desistência, de continuação da procura de respostas que - talvez - o poeta já só vislumbre numa dimensão divina.
ResponderEliminarDaniel
Não é bem «pensamentos escuros» só no sentido de pesados (embora também existam, nos humanos). Aqui temos a LUZ no sentido da Verdade, do Conhecimento, e o Escuro - como na Alegoria da Caverna (deram?) enquanto ignorância, incapacidade para alcançar a Verdade, o Sentido.
ResponderEliminarTomás Antunes
Questão relevante mas já muito respondida - aqui e na aula do 11º e nos esclarecimentos à Mariana e à Raquel no dia anterior. Vai ver, sim.
Se te restarem dúvidas, põe aqui quando puderes, que eu volto a explicar.
Obrigado por me esclarecer esta dúvida.
ResponderEliminarCumprimentos
Gonçalo Frutuoso
ResponderEliminarE Gonçalo
Recebi o trabalho. Obrigada. Ainda anão consegui responder a todos.
ResponderEliminar6ª feira deixo os cenários de correção.
Entretanto saem as tarefas.
Até para a semana!
ResponderEliminarMariana Mendes
Esqueci-me desta:
«Mas não estou confiante em relação ao recurso expressivo, eu coloquei interrogação retórica porque o sujeito não pretende obter uma resposta, está correto?»
É mesmo. O interessante será explicares por que razão ele se põe essa pergunta...
No 11º A, creio que ficou resposta útil.
ResponderEliminarF = A. Chaves; Freitas Ribeiro; Ramos; Fontes; Marques Lopes.
F - Th.
EliminarMuito obrigado professora!
ResponderEliminarTomás Antunes
De nada, Tomás. Não te deixes ficar. Acompanha as matérias e faz as tarefas. Se não depois custa-te mais.
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