terça-feira, 5 de maio de 2020

Antero de Quental - FICHA FORMATIVA

 TURMA 11º A

Pp. 310; 312-313 do Manual.

DOMÍNIOS:Educação Literária; Leitura; Gramática

Se é lei, que rege o escuro pensamento,
Ser vã toda a pesquisa da verdade,
Em vez da luz achar a escuridade,
Ser uma queda nova cada invento;

É lei também, embora cru tormento,
Buscar, sempre buscar a claridade,
E só ter como certa realidade
O que nos mostra claro o entendimento.

O que há de a alma escolher, em tanto engano?
Se uma hora crê de fé, logo duvida;
Se procura, só acha... o desatino!

Só Deus pode acudir em tanto dano:
Esperemos a luz duma outra vida,
Seja a terra degredo, o céu destino.

Antero de Quental, in Sonetos



Registar dúvidas, observações ou reparos sobre vocabulário, estilo, recursos, ideias-chave, simbologia, interpretação ou Gramática.

Atenção: já há vários ESCLARECIMENTOS DE DÚVIDAS AQUI

50 comentários:

Noémia Santos disse...

Olá, Bom dia!

Espero que estejam bem.

Clarifiquem se tiveram dificuldades - de leitura, de vocabulário, de interpretação, de relação com o que aprendemos sobre as linhas de força da poesia de Antero.

Noémia Santos disse...

Ou do Grupo II - Gramática.


E...

Sou eu que estou cegueta...ou não chegaram mesmo os trabalhos de - Alexandre, B. Júlio, C. Sousa, C. Monteiro, Diogo, Francisco, Rafael, e Rodrigos?

Anónimo disse...

Bom dia professora, eu mandei mail ontem por volta das 22:30, pode confirmar sff?
Diogo Sequeira

Anónimo disse...

Bom dia, professora.
É possível facultar as respostas ao formulário para compararmos com as que demos e tentar perceber o que falhou?

Obrigada,
Bruna Roque

Anónimo disse...

Bom dia professora, eu mandei ontem por volta das 22:30 também.
Carolina Sousa

Noémia Santos disse...


Gostariam que pusessem mesmo dificuldades, incompreensões - há pessoas que não interpretaram nada - limitaram a copiar o que existe nos livros do professor!!!

Estratégia pouco inteligente: quando houver chamadas orais ou exercício sobre o assunto, podem fraquejar, desnecessariamente.

Noémia Santos disse...

Depois da aula vou ver, Diogo. E aviso-te se não chegou.

Noémia Santos disse...


O mesmo para a Carolina. Claro que gostava que à noite estivessem a fazer outra coisa que não trabalhos da escola.... mas

Anónimo disse...

Bom dia professora, eu senti alguma dificuldade na parte de interpretação.
Carolina Oliveira

Anónimo disse...

Bom dia professora.
Na pergunta 5, quando referem a "chave de ouro", querem que digamos qual é a única solução para o problema do sujeito poético?
Obrigada.
Ema Conceição nº 12 11º A

Anónimo disse...

Bom dia professora, ontem enviei-lhe o trabalho direto da plataforma.
Catarina Monteiro

Noémia Santos disse...



Bruna, não vou libertar os cenários hoje, porque ainda há turmas a completar a tarefa.

Iremos corrigir, esclarecer tudo o que tenha sido problemático.

Por exemplo - muitas respostas À uestão 1 são muito lacunares, pouco desenvolvidas e sustentadas.

Noémia Santos disse...


à Questão............

Noémia Santos disse...



Também na Questão 5. notei alguma dificuldade - quase só repetem o texto (alguns dos que vi),

Anónimo disse...

Bom dia,professora!
Também senti algumas dificuldades na interpretação do poema especialmente na pergunta 1.
Catarina Martins

Noémia Santos disse...



Ema e Carolina

Vou referir-me à 5. Depois, Carolina, iremos a outras dúvidas.

Anónimo disse...

Bom dia, tinha a mesma dúvida do que a Ema. Não entendi muito bem.
Beatriz Silva

Noémia Santos disse...



A noção de «chave de ouro» é aplicada frequentemente nas formas fixas, como o soneto, para se referir a um fecho, uma volta, uma surpresa ou conclusão ou explicação para o desenvolvimento do tema.

Assim...

Noémia Santos disse...


como se lembram nos sonetos de Camões e nos outros de Antero, normalmente no último terceto, surge um MAS ou um APENAS ou SÓ ou SOMENTE ... etc, para percebermos que ali está uma conclusão, uma saída possível, uma via diferente de entendimento.

No caso, vejam o dilema do poeta e a saída que aqui surge como possível.

Anónimo disse...

Obrigada professora.

Ema Conceição

Unknown disse...

Então, uma vez que se aplicam as duas leis e estas não se anulam, a única forma de o sujeito de realizar é através da chave de ouro, correto?
Bruna Roque

Noémia Santos disse...



Quanto À questão 1. viram as explicações que dei no post anterior sobre a LUZ e a ESCURIDÃO?

Creio que ficou claro. Tem a ver com a simbologia destas duas palavras e com a complexidade da procura humana do Ideal, da Verdade,d da Justiça. Quando puderem vão ver.

Noémia Santos disse...



Bruna

"Então, uma vez que se aplicam as duas leis e estas não se anulam, a única forma de o sujeito de realizar é através da chave de ouro, correto?"

Não sei se optaria pelo 2não se anulam"; claro que não, são duas facetas do entendimento humano, da sua procura/pesquisa sempre incessante, da inquietação, do não encontrar respostas...
Então, o poeta põe a hipótese de a resposta/a luz/a verdade/o conhecimento ser outro, estar noutro lado.

Isto tem a ver com a faceta de Antero que também referimos, a questão da fé e da metafísica.

Anónimo disse...

Bom dia professora.
Tive dificuldade em interpretar o jogo entre a luz e a escuridão questionado na primeira pergunta da pagina 310 do manual. Será que me podia esclarecer melhor este tópico?
Miguel Teodoro

Anónimo disse...

Vou verificar!
Obrigada, professora!
Catarina Martins

Anónimo disse...

Bom dia professora,
Gostaria de colocar-lhe uma questão sobre Antero. Era Antero de Quental crente em Deus e um pouco diferente dos outros "antifrades" da sua altura? Pergunto isto devido ao desfecho do poema.

Miguel Gomes Matias, 11ºA

João G. Matias, 11°A disse...

Acho que nessa questão deu para perceber mais ou menos a símbologia.

Noémia Santos disse...



Olhem:

Do que já vi, poucos se referem ao que aprendemos de Antero, à complexidade do seu pensamento ou até à relação com os outros sonetos e os esclarecimentos da semana anterior.

A vossa preocupação não pode ser só «despachar isto»... deverão aproveitar para perceber um pouco mais a poesia deste autor.

Anónimo disse...

Já vi que respondeu a esta questão. peco desculpa pela demora da minha Internet.
Miguel Teodoro

Noémia Santos disse...



Miguel Teodoro

Creio mesmo que não ficou mal a explicação simbólica que dei no post anterior sobre a simbologia da Luz e da Sombra/Escuridão, etc. Fazes assim: quando puderes vais lá ver. Se não ficar claro (vês, claro! = conhecimento), escreves aqui que eu completo.

João G. Matias, 11°A disse...

Então teríamos de ter feito a interligação com os outros poemas? Pensei que seria mais uma análise daquele poema em especifico.

Anónimo disse...

Bom dia professora.
Tive dúvida na pergunta 5,não consegui interpretar nem perceber qual é a ''chave de ouro'' do poema.
Rita Gonçalves

Noémia Santos disse...

Miguel M.

"Gostaria de colocar-lhe uma questão sobre Antero. Era Antero de Quental crente em Deus e um pouco diferente dos outros "antifrades" da sua altura? Pergunto isto devido ao desfecho do poema."

Como referi no áudio, a questão da existência de Deus, da metafísica, de um uma outra vida/outra luz colocou-se desde cedo, em Antero (ele até pensou ir para padre, em novo).

No final da vida...

Noémia Santos disse...



estas questões reaparecem com força, talvez pela sua exigência, a busca de um Ideal nunca satisfeito, a procura de respostas não encontradas.

Mas...

Anónimo disse...

Bom dia professora, estive alguma dificuldade na pergunta 3. A meu ver, o recurso expressivo é interrogação retórica, mas depois estive dificuldade em explicar o valor expressivo, como explico? Obrigada, Bruna Cuco 11A

Noémia Santos disse...


Nada disto, nesta geração, é incompatível com o espírito «anti-frades».
Desde Garrett até Eça há essa diferenciação entre o olhar sobre a Igreja/os conventos, etc. enquanto instituições, com dinheiro e poder, que não fazem o que apregoam e a espiritualidade ou a religião.

Anónimo disse...

Encontrei a sua explicação no post anterior em comentários. Fiquei mais esclarecido.
Obrigada.
Miguel Teodoro

Anónimo disse...

Bom dia professora! Na realização da tarefa apresentei algumas dúvidas na questão 2 relativa ao poema, mas reparei que não fui a única. Reparei também que a professora respondeu a quem tinha a mesma dúvida que eu. Li a sua resposta e agradeço-lhe imenso pela forma como a estruturou, porque estou muito mais esclarecida. Relativamente às restantes questões não apresentei muitas dúvidas.

Aproveito já agora para referir que achei o soneto “A João de Deus” bastante interessante.

Gostaria ainda de saber se é possível facultar também as respostas da gramática, pois não me senti segura em algumas das minhas escolhas.

Obrigada!

Beatriz Júlio, 11.º A

João G. Matias, 11°A disse...

Uma pergunta, a luz está associada ao conhecimento, à verdade. Porém o sujeito poético apercebe-se desde cedo que a procura do ser Humano por esta é inútil no sentido que nunca chegará à luz. Continuará no seu buraco de ignorância englobado pela escuridão, porém um pouco mais próximo da luz com cada "invento". Mais tarde, no último terceto atribuí a Deus e ao pós-vida a única maneira possível da sua "alma" chegar à luz. Acabando com "Seja a Terra degredo, o céu destino.", o destino da luz que Antero dá aqui aos Homens é reconfortante porém descarta o mundo material como um lugar realmente bom de se viver. O que nos diz isto sobre Antero?

Noémia Santos disse...

Bruna, é de facto uma Interrogação Retórica.


O que é que o poeta pergunta a si mesmo? Como nós fazemos tantas vezes quando não sabemos para onde nos virarmos?

O que há de alma escolher? ou seja que caminho? que respostas? Se cada vez que procuramos, nos sentimos desiludidos?

Assim

Noémia Santos disse...


Bruna, tem a ver com esses dois lados do pensamento e da Natureza humana - o procurar sempre respostas, sonhos, ideais; e o não achar satisfação, resposta, entendimento, LUZ. Mas, o que é mais interessante, continuar à procura!


Agora ajeita a resposta,no caderno.

Noémia Santos disse...


João M.

Questão ****** questão para 1 milhão de dólares:

"Seja a Terra degredo, o céu destino.", o destino da luz que Antero dá aqui aos Homens é reconfortante porém descarta o mundo material como um lugar realmente bom de se viver.
O que nos diz isto sobre Antero?

Se me responderes, até 13 de maio (muito a propósito), levas um bónus!
Texto simples, com base nas tuas reflexões e nestas discussões e no áudio e texto de apoio.

Anónimo disse...

Professora, já tinha escrito dois comentários aqui, mas através do telemóvel não os consegui publicar e como tal reescrevi tudo no computador. Agradeço que compreenda a minha demora e agradeço também que verifique se recebeu o meu e-mail, visto que o mesmo foi entregue ontem, às 20:17.
Cumprimentos!
Beatriz Júlio, 11ºA

Noémia Santos disse...

João

"Então teríamos de ter feito a interligação com os outros poemas? Pensei que seria mais uma análise daquele poema em especifico."

Não era para partir, dissecar - aqui este poema e...agora...o que sei sobre Antero.

Um aluno que tenha tido atenção ao que ouvimos, lemos, percebemos sobre Antero, responde com mais desenvolvimento e entendimento à 1, à 2 e à 5.

Noémia Santos disse...



Beatriz Júlio e outros que eu possa já não ter reparado. Irei ver com atenção. Depois digo.

Se não vos contactar é porque está tudo bem.

&ª feira ponho os cenários de resposta.

Vão para MATEMÁTICA.

João Gomes Matias, 11ºA disse...

Entendido. Envio-lhe o texto por e-mail até dia 13. Já tenho algumas ideias.

Noémia Santos disse...

Rita Gonçalves

Questão já respondida.


Beatriz J.

Sim ponho cá a GRAMÁTICA.

Mas olha que no post anterior está uma explicação gigante e revisões sobre o «no-la». Tens mesmo de ver!

Noémia Santos disse...



Obrigada, João.

Creio que é um desafio à tua altura! Estou muito curiosa por ler a tua reflexão.

Boa semana!

Noémia Santos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Noémia Santos disse...


F - F - Umbelino; B. Silva; Dantas; F. Gabriel; Batista; I. Pereira; Paiva; Olim; T. Lourenço.