terça-feira, 30 de abril de 2019

Camões lírico

Novo dia, novos textos sobre poemas de Camões. Venham os contributos!

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Camões, Rimas (os poemas escolhidos)

Vamos, então, à publicação dos vossos textos sobre os poemas de Camões selecionados por cada par/grupo.

Após a revisão de texto, publiquem, nos comentários, a vossa 1ª versão. 

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Gramática (revisões)




 Responde às questões, selecionando a opção correta

1. Atenta nas frases que se seguem. Em que alínea encontras uma frase simples?

a. Tenho pena que não possas comparecer.

b. A chuva começou a cair de amanhã.

c. Além de não ter estudado para o teste, ele ainda protestou com o professor.

d. Sempre que como chocolate fico cheia de borbulhas!


2. Assinala a alínea onde encontras uma frase complexa.

a. Sou teimosa e não me importo!

b. Vou sair de casa!

c. Tenho pena dos animais abandonados.

d. A neve caía levemente sobre os telhados solitários.


3. Em qual das frases que se seguem encontras uma oração coordenada?

a. Quando chegares, avisa.

b. Nem tenho carro, nem ando de motorizada.

c. Se fosses uma boa pessoa não me fazias isso!

d. Mesmo que me implores, não vou mudar de ideia.


4. Em qual das frases que se seguem encontras uma oração subordinada?

a. Não só falo inglês, como também sei alguma coisa de italiano.

b. O João magoou-se pois bateu com o martelo no dedo.

c. Embora conheça bem a matéria, tenho algumas dúvidas.

d. Gosto dela, mas às vezes farto-me!


5. Qual das orações referida em baixo é coordenada?

a. Temporal.

b. Disjuntiva.

c. Concessiva.

d. Comparativa.


6. Qual das orações referida em baixo é subordinada?

a. Copulativa.

b. Explicativa.

c. Conclusiva.

d. Comparativa.


7. Na frase “Gosto dela, mas às vezes farto-me!” oração sublinhada é

a. subordinada adjetiva restritiva.

b. coordenada completiva.

c. subordinada adverbial causal.

d. coordenada adversativa.


8. Na frase “Mal acordo, espreguiço-me!”, a oração sublinhada é

a. subordinada adverbial temporal.

b. subordinada adverbial causal.

c. subordinada adverbial comparativa.

d. subordinada adverbial consecutiva.


9. A oração sublinhada em “Vou ter a tua casa, a não ser que acabe tarde.” é

a. subordinada adverbial consecutiva.

b. subordinada adverbial concessiva.

c. subordinada adverbial condicional.

d. subordinada adverbial causal.


10. A oração sublinhada na frase “O João, quando o telefone tocou, deu um salto.” é

a. subordinante.

b. subordinada adjetiva explicativa.

c. subordinada adjetiva completiva.

d. subordinada copulativa.


11. Em que alínea a conjunção “que” introduz uma oração subordinada causal?

a. Ela é tão bonita que todos olham para ela.

b. Mesmo que chegues tarde, vou ficar à tua espera.

c. Ela disse que tu estavas mal vestida!

d. Vem comigo, que preciso de ajuda!

12. De entre as frases que se seguem, em que alínea a conjunção “como” introduz uma oração causal?

a. Ela fala como se mandasse!

b. Como chegaste tarde, não esperamos para jantar.

c. O Pedro é alto como (é) uma torre!

d. A minha mãe cozinha como se fosse um chef de culinária.


13. De entre as frases que se seguem, em que alínea o “como” introduz uma oração subordinada adverbial comparativa?

a. Como está a chover, vou levar gabardina.

b. Como o Manuel teve um acidente, vou visitá-lo ao hospital.

c. Ela era esguia e elegante como (é) uma serpente.

d. Como me pediste ajuda, aqui tens os meus apontamentos da aula.


14. Das frases que se seguem, em que alínea a conjunção “que” não introduz uma oração subordinada substantiva completiva?

a. A Marta disse que ia ter ao restaurante.

b. É lamentável que tenhas dito tanto disparate!

c. Choveu tanto que me molhei toda!

d. Penso que tens razão.


15. Em que alínea encontras uma oração subordinada substantiva completiva?

a. Ela é bonita, mas às vezes é tão antipática!...

b. Se ganhasse o totoloto, ia de férias!

c. Apesar de a professora explicar bem a matéria, fiquei com algumas dúvidas.

d. Perguntei-lhe se queria ir connosco ao cinema.


16. Refere qual é a oração subordinante na frase “A Margarida, como era a irmã mais velha, tomava conta dos dois irmãos mais novos.”

a. “A Margarida, como era a irmã mais velha”

b. “A Margarida tomava conta dos dois irmãos mais novos”

c. “como era a irmã mais velha”

d. “tomava conta dos dois irmãos mais novos”


17. Qual é o antecedente de “onde” na frase seguinte: “No palácio existia um quarto riquíssimo, cheio de móveis antigos, cortinados caríssimos e uma cama de dossel, onde o rei e a rainha se encontravam.”?

a. “móveis antigos”

b. “palácio”

c. “cama de dossel”

d. “quarto riquíssimo”


18. Classifica a oração sublinhada na frase “Os alunos que terminaram a prova esperaram pelo final do tempo estabelecido.”

a. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.

b. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa.

c. Oração subordinada substantiva completiva.

d. Oração subordinada substantiva relativa sem antecedente.

19. Classifica a oração sublinhada na frase “O homem, que olhava para ela insistentemente, tinha mau aspeto.”

a. Oração subordinada adverbial causal.

b. Oração subordinada substantiva relativa sem antecedente.

c. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa.

d. Oração coordenada conclusiva.

20. Refere qual é a função sintática da oração substantiva relativa sem antecedente (que está sublinhada na frase seguinte)- “Quem muito fala pouco acerta!”?

a. Complemento direto.

b. Complemento indireto.

c. Modificador da frase.

d. Sujeito.

21. Refere qual é a função sintática da oração substantiva relativa sem antecedente (que está sublinhada na frase seguinte)- “Só pagas quanto gastares.”

a. Sujeito.

b. Complemento direto.

c. Complemento indireto.

d. Complemento oblíquo.


22. Refere qual é a função sintática da oração substantiva relativa sem antecedente (que está sublinhada na frase seguinte)- “Entrego os papéis a quem tu quiseres.”

a. Sujeito.

b. Complemento direto.

c. Complemento indireto.

d. Complemento agente da passiva.


23. Que modo verbal é pedido por locuções conjuntivas como “mesmo que” e “a não ser que”?

a. Conjuntivo.

b. Indicativo.

c. Imperativo.

d. Condicional.


24. Na frase “Cão que ladra não morde.”, qual é a oração subordinante?

a. “Cão que ladra”

b. “não morde”

c. “que ladra”

d. “Cão não morde”


25. Na frase “O pai do aluno que reprovou foi à escola protestar.” qual é a oração subordinada?

a. “O pai do aluno”

b. “que reprovou”

c. “foi à escola”

d. “protestar”


terça-feira, 23 de abril de 2019

Camões - Rimas


A representação da amada.
A experiência amorosa.
Recorda os poemas trabalhados na ficha sobre a lírica de Camões. Lembra estes excertos:
"Nos seus olhos belos
tanto Amor se atreve
que abrasa entre a neve
quantos ousam vê-los
.
Não solta os cabelos
Aurora mais bela:
perco-me por ela."

"Se imaginando só tanta beleza,
De si com nova glória a alma se esquece,
Que será quando a vir? Ah quem a visse!"
Saber+/Interpretar melhor
«Os termos Amor, Beleza e Mulher, dentre outros, são grafados nos sonetos de Camões com inicial maiúscula, pois expressam o ideal absolutista desses conceitos que o poeta buscava alcançar. O que Camões pregava não era um amor a uma mulher qualquer, mas o amor à Mulher ideal que carrega em si toda universalidade do conceito de Beleza, de Perfeição. Da mesma forma o poeta busca descrever o Amor, não um amor necessariamente vivido, mas um Amor idealizado, desejado e que expresse um sentimento absoluto, superior. Analisemos um conhecido soneto de Camões:
“Amor é fogo que arde sem se ver;/ É ferida que dói e não se sente;/ É um contentamento descontente;/ É dor que desatina sem doer;”.
Como vemos, o Amor consiste num sentimento tão amplo que não se pode [definir], e por isso o poeta faz uso de várias antíteses e paradoxos para tentar descrevê-lo. Ao fazê-lo busca passar a ideia de um conceito, de um pensamento absoluto sobre o amor, mais do que expressar um sentimento íntimo, subjetivo. Ao mesmo tempo em que busca alcançar esse ideal Racionalista, Camões, ao usar as antíteses e paradoxos, expressa o Amor como um sentimento contraditório.»

«Camões descrevia a Mulher como um ser dotado de beleza tal que era vista como uma deusa, como um ser sobrenatural que não devia ser desejada fisicamente, mas amada e idolatrada como um ser superior capaz de dar vida às coisas a sua volta só com sua beleza. Essa Mulher servia de foco para onde o homem devia destinar todo aquele Amor supremo e idealizado pelo qual vivia. Vejamos um outro soneto no qual Camões fala dessa adoração


Quem vê, Senhora, claro e manifesto
O lindo ser de vossos olhos belos,
Se não perder a vista só com vê-los,
Já não paga o que deve a vosso gesto.

Este me parecia preço honesto;
Mas eu, por de vantagem merecê-los,
Dei mais a vida e alma por querê-los,
Donde já me não fica mais de resto.

Assim que a vida e alma e esperança,
E tudo quanto tenho tudo é vosso;
E o proveito disso eu só o levo.

Porque é tamanha bem-aventurança
O dar-vos quanto tenho e quanto posso,
Que quanto mais vos pago, mais vos devo.


Ora, o olhar dessa “Senhora” é tão belo que a vista seria o preço de admirá-lo. Apenas admirá-lo já seria motivo de satisfação para o homem. Está também presente nesse soneto a ideia de submissão do homem à mulher amada a quem o homem serve sem pedir nada em troca, o desejo de estar próximo mesmo que apenas para admirá-la, mesmo que ela não saiba que ele a ama, e mesmo que ela não corresponda. Esse soneto […] traz o ideal de Amor platónico que coloca a mulher como um ser iluminado que leva o homem a atingir o seu ideal de felicidade por meio do amor espiritual
«o Amor é representado em Camões de diversas maneiras: no Amor contraditório, marcado pelo uso das antíteses e pelo ideal racionalista da universalidade; nas conceções de Amor platónico e de Amor cortês, marcados pela idealização da mulher como ser divino que serve de ponte para que o homem alcance a completude da alma por meio do Amor puro; e no Amor carnal em oposição a esses primeiros, mostrando que mesmo que o homem deseje esse Amor espiritual, ele também deseja ver a sua amada corporalmente, contradição essa marcada pela própria experiência amorosa de Camões. […] Por fim, entendemos que essas várias faces do amor em Camões não aparecem exatamente separadas umas das outras; é possível notar uma mescla de mais de uma conceção nos seus poemas, causando essa contradição tão presente no homem renascentista.»


Azevedo, Marcos Paulo; Silva, M. J. Rodrigues, A REPRESENTAÇÃO DO AMOR NA LÍRICA CAMONIANA(com cortes)