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terça-feira, 30 de abril de 2019
Camões lírico
Novo dia, novos textos sobre poemas de Camões. Venham os contributos!
7 comentários:
Anónimo
disse...
"Aquela cativa" (Página 154)
O poeta português Luís de Camões compôs ao longo da sua vida diversos poemas tanto na corrente tradicional como na corrente clássica. Nas formas poéticas tradicionais enquadram-se as cantigas, os vilancetes, as esparsas, endechas e trovas. Uma das trovas mais conceituadas da lírica camoniana é "Aquela cativa", composta por cinco oitavas (estrofe com oito versos), cada verso com cinco sílabas métricas (redondilha menor), contendo rima emparelhada e interpolada: ABBACDDC. A temática presente nesta composição poética é a representação da amada . Esta relação entre o poeta e o sentimento do amor era já retratado na poesia trovadoresca. Este poema destaca-se pois ao contrário do que era comum na época, Camões descreve uma mulher de pele e cabelos escuros, com um baixo estatuto social e que é dona de seu coração. Apesar de ser um amor improvável, o sujeito poético acaba prisioneiro do amor de uma escrava, o que nos é mostrado nos versos 1 e 2 "Aquela cativa, / que me tem cativo", com o jogo do campo semântico entre as palavras "cativa", no sentido de escrava, e "cativo", no sentido de prisioneiro do amor. A dona de seu coração é descrita como sendo bela interiormente com uma "Presença serena / que a tormenta amansa" demonstrado através de uma antítese que contrasta entre a sua serenidade, característica associada às mulheres loiras, e uma tormenta que se acalma com a sua presença, e exteriormente "Pretos os cabelos, / onde o povo vão / perde opinião / que os louros são belos", a sua beleza era tão surpreendente que seria capaz de quebrar o estereótipo de que os louros são belos. Para enaltecer a sua beleza Camões compara-a com a natureza, utilizando uma anáfora "Nem no campo flores, / nem no céu estrelas" realça que até os mais belos elementos da natureza não se comparam à sua formosura e graciosidade. Face às imensas qualidades da cativa o poeta recorre a várias adjetivações, entre elas "Rosto singular, / olhos sossegados, / pretos e cansados". Concluindo, o autor transmite ao leitor que o amor genuíno não tem cor nem fronteiras, e que vence quaisquer padrões de beleza.
A cantiga Tradicional escrita por Luís Vaz de Camões, “voltas”, retrata uma história de amor não correspondido, no qual em que a personagem principal é Lianor. Em que esta foi à fonte, sendo este o local que antigamente representava o ponto de encontros amorosos, em que neste caso em busca do amor inexistente. Lianor apesar de reconhecer que era um amor inexistente, continua á sua procura em constante e gradual mágoa. A pergunta definida no verso 12 “vistes lá o meu amor ?” expressa vários valores de dor e sofrimento da personagem em que esta não desiste do amor. Camões através da repetição da palavras “dor” e “magoa” presentes nos versos 19-20 e 23-24, respetivamente, dá ênfase à dor vivida pela sujeita que já não consegue derramar lágrimas devido ao tão grande desgosto. Nos versos 21-22 observamos que a vida tem de ter um pouco de sofrimento pois a vida não é só um mar de rosas, também com a dor vivida que se aprende e se fortalece para o futuro. Esta redondilha é designada por redondilha maior (7 sílabas métricas), composta por oito versos (oitava), em que apresenta na sua composição morfológica rimas emparelhadas e interpoladas. Com esta lírica Camoneana, observamos que muitas vezes a saudade leva ao sofrimento indesejado, e que apesar do mesmo, não deveremos desistir.
Análise do poema: O poema "lindo e sutil trançado" foi escrito por Luís Vaz de Camões e está inserido na lírica clássica. Esta obra literária é um soneto, o que significa que é constituída por duas quadras e dois tercetos (14 versos no total), dez sílabas métricas (decassílabo) e rimas interpoladas e emparelhadas. A temática é uma reflexão sobre o amor e o desejo que o sujeito poético sente pela mulher em questão e uma descrição detalhada da beleza e perfeição da amada. Uma das ideias principais do poema é dar a conhecer e realçar a beleza da mulher, sendo o exemplo disso os versos (5 e 6) "aquelas tranças de ouro que ligas-te/ que os raios de sol têm em pouco preço". Demonstrar a sua paixão pela pretendida como se pode observar no verso 3 "se só contigo, vendo-te, endoudeço", o que prova o efeito que a mulher tem no poeta. O ideal da mulher neste poema é parecido com os padrões, visto que o sujeito poético a deseja de qualquer forma, principalmente quando solta os cabelos. Um exemplo de recurso estilístico deste poema é uma hipérbole presente bo seguinte verso "se só contigo,vendo-te, endoudeço" que é usado para exagerar a atração que sentia por ela. Concluindo, a descrição feita por Luís de Camões sobre a sua amada transmite o enorme amor e desejo que sente.
O poema "Aquela triste e leda madrugada" escrito por Luís de Camões é um soneto pois apresenta 14 versos sendo eles duas quadras e três tercetos. O tema deste soneto é a despedida numa madrugada triste e leda, neste verso o autor utiliza o recurso da Antítese(recurso expressivo que dá ideia de oposição). Como assunto temos a despedida de duas pessoas que se amam durante a madrugada. Este soneto apresenta uma diversidade de recursos expressivos, por exemplo: Antítese(triste e leda), Perífrase(quando amena e marchetada); Hipérbole(só vius as lágrimas...em grande em largo rio). O sentimento predominante neste soneto é a tristeza provocada pela separação(sofrimento amoroso). Este sofrimento é testemunhado pela madrugada, com a utilização anáforica "Ela" que subistitui a palavra madrugada ao longo do poema.
O poema “Aquela triste e leda madrugada" de Luís Vaz de Camões é um soneto cuja métrica é de 10 sílabas (decassílabo) distribuídos por 14 versos estes estão divididos em 2 quadras e 2 tercetos. Nas duas quadras as rimas são interpolada e emparelhada e nos tercetos as rimas são cruzadas. O tema deste soneto é a despedida dos amantes numa madrugada simultaneamente “triste e leda” que mostra o contraste de emoções na madrugada. Esta é única espetadora da despedida dolorosa entre duas pessoas que se amam, daí a utilização da anafora (No início da 2°,3° e 4° estrofe pelo pronome “Ela") para evidenciar a presença da Natureza. No 1° terceto por meio de metáfora hiperbólica podemos entender o sofrimento dos amantes. Nesta metáfora as lágrimas são tantas que são comparadas a um grande e Largo rio. Concluindo, este soneto ajudou-nos a clarificar a ideia de uma despedida entre dias pessoas que se amam.
Mariana Mendes Raquel Melo Raul Terêncio Como pedi na aula, enquadrar na temática camoniana e no contexto literário. Reler textos de apoio; acrescentar e voltar a publicar,com texto completo. NS
7 comentários:
"Aquela cativa"
(Página 154)
O poeta português Luís de Camões compôs ao longo da sua vida diversos poemas tanto na corrente tradicional como na corrente clássica.
Nas formas poéticas tradicionais enquadram-se as cantigas, os vilancetes, as esparsas, endechas e trovas.
Uma das trovas mais conceituadas da lírica camoniana é "Aquela cativa", composta por cinco oitavas (estrofe com oito versos), cada verso com cinco sílabas métricas (redondilha menor), contendo rima emparelhada e interpolada: ABBACDDC.
A temática presente nesta composição poética é a representação da amada . Esta relação entre o poeta e o sentimento do amor era já retratado na poesia trovadoresca. Este poema destaca-se pois ao contrário do que era comum na época, Camões descreve uma mulher de pele e cabelos escuros, com um baixo estatuto social e que é dona de seu coração.
Apesar de ser um amor improvável, o sujeito poético acaba prisioneiro do amor de uma escrava, o que nos é mostrado nos versos 1 e 2 "Aquela cativa, / que me tem cativo", com o jogo do campo semântico entre as palavras "cativa", no sentido de escrava, e "cativo", no sentido de prisioneiro do amor. A dona de seu coração é descrita como sendo bela interiormente com uma "Presença serena / que a tormenta amansa" demonstrado através de uma antítese que contrasta entre a sua serenidade, característica associada às mulheres loiras, e uma tormenta que se acalma com a sua presença, e exteriormente "Pretos os cabelos, / onde o povo vão / perde opinião / que os louros são belos", a sua beleza era tão surpreendente que seria capaz de quebrar o estereótipo de que os louros são belos. Para enaltecer a sua beleza Camões compara-a com a natureza, utilizando uma anáfora "Nem no campo flores, / nem no céu estrelas" realça que até os mais belos elementos da natureza não se comparam à sua formosura e graciosidade. Face às imensas qualidades da cativa o poeta recorre a várias adjetivações, entre elas "Rosto singular, / olhos sossegados, / pretos e cansados".
Concluindo, o autor transmite ao leitor que o amor genuíno não tem cor nem fronteiras, e que vence quaisquer padrões de beleza.
Mariana R. n°17
Miguel L. n°21
Rita S. n°25
“Voltas”- Pág.159
A cantiga Tradicional escrita por Luís Vaz de Camões, “voltas”, retrata uma história de amor não correspondido, no qual em que a personagem principal é Lianor. Em que esta foi à fonte, sendo este o local que antigamente representava o ponto de encontros amorosos, em que neste caso em busca do amor inexistente.
Lianor apesar de reconhecer que era um amor inexistente, continua á sua procura em constante e gradual mágoa. A pergunta definida no verso 12 “vistes lá o meu amor ?” expressa vários valores de dor e sofrimento da personagem em que esta não desiste do amor.
Camões através da repetição da palavras “dor” e “magoa” presentes nos versos 19-20 e 23-24, respetivamente, dá ênfase à dor vivida pela sujeita que já não consegue derramar lágrimas devido ao tão grande desgosto. Nos versos 21-22 observamos que a vida tem de ter um pouco de sofrimento pois a vida não é só um mar de rosas, também com a dor vivida que se aprende e se fortalece para o futuro.
Esta redondilha é designada por redondilha maior (7 sílabas métricas), composta por oito versos (oitava), em que apresenta na sua composição morfológica rimas emparelhadas e interpoladas.
Com esta lírica Camoneana, observamos que muitas vezes a saudade leva ao sofrimento indesejado, e que apesar do mesmo, não deveremos desistir.
Trabalho realizado por:
Ines Vítor;
Mariana Santos;
Martim Miranda;
Tiago Raposo. 10°C
Poesia Clássica Camoniana
Grupo:
Mariana Mendes
Raquel Melo
Raul Terêncio
Análise do poema:
O poema "lindo e sutil trançado" foi escrito por Luís Vaz de Camões e está inserido na lírica clássica.
Esta obra literária é um soneto, o que significa que é constituída por duas quadras e dois tercetos (14 versos no total), dez sílabas métricas (decassílabo) e rimas interpoladas e emparelhadas.
A temática é uma reflexão sobre o amor e o desejo que o sujeito poético sente pela mulher em questão e uma descrição detalhada da beleza e perfeição da amada.
Uma das ideias principais do poema é dar a conhecer e realçar a beleza da mulher, sendo o exemplo disso os versos (5 e 6) "aquelas tranças de ouro que ligas-te/ que os raios de sol têm em pouco preço". Demonstrar a sua paixão pela pretendida como se pode observar no verso 3 "se só contigo, vendo-te, endoudeço", o que prova o efeito que a mulher tem no poeta. O ideal da mulher neste poema é parecido com os padrões, visto que o sujeito poético a deseja de qualquer forma, principalmente quando solta os cabelos.
Um exemplo de recurso estilístico deste poema é uma hipérbole presente bo seguinte verso "se só contigo,vendo-te, endoudeço" que é usado para exagerar a atração que sentia por ela.
Concluindo, a descrição feita por Luís de Camões sobre a sua amada transmite o enorme amor e desejo que sente.
O poema "Aquela triste e leda madrugada" escrito por Luís de Camões é um soneto pois apresenta 14 versos sendo eles duas quadras e três tercetos.
O tema deste soneto é a despedida numa madrugada triste e leda, neste verso o autor utiliza o recurso da Antítese(recurso expressivo que dá ideia de oposição). Como assunto temos a despedida de duas pessoas que se amam durante a madrugada.
Este soneto apresenta uma diversidade de recursos expressivos, por exemplo: Antítese(triste e leda), Perífrase(quando amena e marchetada); Hipérbole(só vius as lágrimas...em grande em largo rio).
O sentimento predominante neste soneto é a tristeza provocada pela separação(sofrimento amoroso). Este sofrimento é testemunhado pela madrugada, com a utilização anáforica "Ela" que subistitui a palavra madrugada ao longo do poema.
Carlos Ribeiro e Arthur Chaves - 10°C
O poema “Aquela triste e leda madrugada" de Luís Vaz de Camões é um soneto cuja métrica é de 10 sílabas (decassílabo) distribuídos por 14 versos estes estão divididos em 2 quadras e 2 tercetos.
Nas duas quadras as rimas são interpolada e emparelhada e nos tercetos as rimas são cruzadas.
O tema deste soneto é a despedida dos amantes numa madrugada simultaneamente “triste e leda” que mostra o contraste de emoções na madrugada. Esta é única espetadora da despedida dolorosa entre duas pessoas que se amam, daí a utilização da anafora (No início da 2°,3° e 4° estrofe pelo pronome “Ela") para evidenciar a presença da Natureza.
No 1° terceto por meio de metáfora hiperbólica podemos entender o sofrimento dos amantes. Nesta metáfora as lágrimas são tantas que são comparadas a um grande e Largo rio.
Concluindo, este soneto ajudou-nos a clarificar a ideia de uma despedida entre dias pessoas que se amam.
Bernardo Luz, Daniel, Rodrigo, Thiago
Ines Vítor e grupo
Desde a primeira linha que se denuncia a falta de estudo! O poema chama-se «voltas» ????
Estudar. Refazer.
Mariana Mendes
Raquel Melo
Raul Terêncio
Como pedi na aula, enquadrar na temática camoniana e no contexto literário.
Reler textos de apoio; acrescentar e voltar a publicar,com texto completo.
NS
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