segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Fernando Pessoa e Frederico Garcia Lorca

Por ocasião da visita de professores espanhóis à nossa aula, uma pequena lembrança de dois dos maiores poetas das duas literaturas.

Bienvenidos!


(1888-1935)

 

(1898-1936)


Federico García Lorca - Aurora


Em plena “capital do mundo”, o que o poeta constata na urbe é a desolação e a ausência de esperança em seus habitantes, desumanizados pela escuridão, pelo barulho, pela ganância e pela insónia, como se saídos fossem de “um naufrágio de sangue”.

J.A.R. – H.C.



La Aurora

La aurora de Nueva York tiene
cuatro columnas de cieno
y um huracán de negras palomas
que chapotean las aguas podridas.

La aurora de Nueva York gime
por lãs inmensas escaleras
buscando entre las aristas
nardos de angustia dibujada.

La aurora llega y nadie la recibe em su boca
porque allí no hay mañana ni esperanza posible.
A veces las moneda sen enjambres furiosos
taladran y devoran abandonados niños.

Los primeros que salen comprenden com sus huesos
que no habrá paraíso ni amores deshojados;
saben que van al cieno de números y leyes,
a los juegos sin arte, a sudores sin fruto.

La luz es sepultada por cadenas y ruidos
em impúdico reto de ciência sin raíces.
Por los Barrios hay gentes que vacilan insomnes
como recién salidas de um naufragio de sangre.

Central Park - New York
(Leonid Afremov: artista israelense)

Aurora

A aurora de New York tem
quatro colunas de lodo
e um furacão de pombas
que explode as águas podres

A aurora de New York geme
nas vastas escadarias
a buscar entre as arestas
angústias indefinidas

A aurora chega e ninguém
em sua boca a recebe
porque ali a esperança
nem a manhã são possíveis
e as moedas como enxames
devoram recém-nascidos

Os que primeiro se erguem
em seus ossos adivinham:
não haverá paraíso
nem amores desfolhados
só números, leis e o lodo
de tanto esforço baldado

A barulheira das ruas
sepulta a luz na cidade
E as pessoas pelos bairros
vão cambaleando insones
como se houvessem saído
de um naufrágio de sangue


Fonte: https://blogdocastorp.blogspot.com/2017/07/federico-garcia-lorca-aurora.html

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Aluna do Curso Profissional organiza Palestra sobre Alergias Alimentares

Realizou-se no dia 20 de novembro, no grande Auditório da Escola Secundária Henriques Nogueira, uma Palestra sobre o relevante tema das Alergias Alimentares.

A oradora foi Sofia Rubina Fernandes, especialista nesta área, fundadora e dinamizadora da Missão Arco-Íris. Para além das informações e alertas que transmitiu, deixou-nos ainda a sua experiência pessoal de responsabilidade e envolvimento cívico e social, através do voluntariado, das petições na Assembleia da República - que produziram alterações  legislativas - , no Parlamento Europeu e também junto de grande distribuidores alimentares.

A palestra foi organizada pela aluna Mariana Fonte, do Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde, da HN, no âmbito do desenvolvimento da sua Prova de Aptidão Profissional.


Os alunos das turmas participantes e os professores acompanhantes intervieram com muitas perguntas e puderam experimentar o manuseamento de caneta de adrenalina para intervenções de urgência para salvar vidas. Preencheram ainda questionários on-line antes e depois da intervenção da oradora, sobre o conhecimento/ compreensão do tema.




 Parabéns pela organização!

 

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Fernando Pessoa inspira memórias de infância -«outrora agora»

Começamos hoje a publicação dos textos da nossa oficina de escrita, inspirada pelos poemas de Fernando Pessoa sobre a infância; olhámos para os nossos brinquedos favoritos ou as nossas fotos antigas e tentámos lembrar/relembrar/recriar a criança que fomos ou que julgamos que fomos - «outrora agora».

     (...)

                      Com que ânsia tão raiva

                   Quero aquele outrora!

                     E eu era feliz? Não sei:

                   Fui-o outrora agora.


                         Fernando Pessoa


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Quando as crianças brincam
E eu as ouço brincar,
Qualquer coisa em minha alma
Começa a se alegrar

E toda aquela infância
Que não tive me vem,
Numa onda de alegria
Que não foi de ninguém.

Se quem fui é enigma,
E quem serei visão,
Quem sou ao menos sinta
Isto no meu coração.

                                                                                Fernando Pessoa
                                                                                                      05/09/1933


 Tobi, O Panda


Vivia na preocupação, despreocupada
tempo em que tinha tudo, sem ter nada.
Mas tempo que não volta
é tempo de (m)água passada.

Reinventei o já inventado
meu querido peluche, hoje voltaste a ser acordado.
Nunca te esqueci, e creio que nunca vou
dormes comigo só para fingir que ainda não acabou.

E como sol na noite escura
e nunca me perdendo em aventura.
Hoje lembro-me para te relembrar
como a vida contigo era mais fácil de suportar.

Não me lembro como me foste dado
mas lembro-me bem do tempo contigo passado.
Tempo que não volto a ter igual
até a infância parece ter de ser mortal.

Panda, o encanto em mim guardado
ficará na memória e no coração.
Apesar de tudo por vezes parecer atribulado
paro e em ti vejo a salvação!

Micael Reis, 12.ºB

02 novembro, 2023


Lá estava eu, pequenina, feliz e super-entusiasmada por estar, mais uma vez, na melhor altura do ano, no meu lugar favorito. Estava na Serra da Estrela, num dia branquinho, lindíssimo e perfeito para fazer bonecos de neve e andar no meu trenó com os pais e o meu irmão. Foi nesse dia, que ainda me recordo através de fotos que me fazem sentir nostálgica, que me ofereceram o que se tornou durante toda a minha infância, o meu melhor amigo.
O inverno sempre foi a minha altura favorita do ano, o frio, as roupas quentinhas, o Natal e as viagens ao Norte para ver a minha família paterna que sempre lá viveu. Era a altura do ano em que eu visitava a minha tia Alice que eu tanto admirava, era uma pessoa com um coração tão bonito, uma senhora que sempre se preocupou imenso com o bem-estar de todos, com uma personalidade muito bonita; tinha um cabelo branco como a neve que foi sempre uma das características que mais me fascinou. Infelizmente não me recordo de muitos momentos passados com ela ao certo, no entanto recordo-me que me trazia uma felicidade imensa vê-la!                                                                                          Sempre gostei muito dela e ela adorava que a fôssemos visitar, sempre me deu peluches mas houve um em específico que se destacou e que de facto marcou para sempre a minha infância. Foi um pequeno cãozinho, de pelo branco e bege, com um ar triste mas que me fazia imensamente feliz, andava sempre com ele atrás, dormia com ele, levava-o para todo o lado, era uma companhia fiel nos meus momentos de alegria e de tristeza. Era mais do que um simples peluche, era o meu melhor amigo e o confidente das minhas histórias.
À medida que os invernos se sucediam, o meu amor pela Serra da Estrela e pelas memórias com a tia Alice cresciam. Cada floco de neve era como uma página em branco à espera para ser preenchida com novas aventuras. No entanto, à medida que o tempo avançava, as estações mudavam, e com elas, também mudavam as circunstâncias da vida.
Hoje, ao folhear os álbuns de fotografias antigas, revivo não apenas as imagens congeladas no tempo, mas as emoções que aqueles momentos especiais me proporcionaram. O inverno e o meu pequeno cãozinho continuam a ser as âncoras da minha infância, recordações que aquecem o coração, mesmo nos dias mais frios da minha vida “adulta”. Assim, guardo não apenas um peluche, mas um tesouro de lembranças preciosas que moldaram quem sou hoje.

Catarina Henriques, 12B

19 novembro, 2023

 

Old London Street Scenes (1903)

Paris Life in 1915

[60 fps] A Trip Through Paris, France in late 1890s / Un voyage à trave...

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Cartas de amor

Como combinado, na sequência da reflexão sobre o tema do amor em Camões, ficam reproduzidas algumas CARTAS de AMOR de escritores portugueses e estrangeiros, de diferentes épocas. 

Em breve, Poemas sobre o tema.

Para ler, apresentar e refletir nas aulas de Leitura

 

Almeida Garrett 






Que suprema felicidade foi hoje a minha, querida desta alma! Como tu estavas, linda, terna, amante, encantadora! Nunca te vi assim, nunca me pareceste tão bela! Que deliciosa variedade há em ti, minha Rosa adorada! Possuir-te é gozar de um tesouro infinito, inesgotável. Juro-te que já não tenho mérito em te ser fiel, em te protestar e guardar esta lealdade exclusiva que te hei-de consagrar até ao último instante da minha vida: não tenho mérito algum nisso. 

Depois de ti, toda a mulher é impossível para mim, que antes de ti não conheci nenhuma que me pudesse fixar. E o que eu te estimo e aprecio além disso. A ternura de alma verdadeira que tenho por ti. Onde estavam no meu coração estes afectos que nunca senti, que só tu despertaste e que dão à minha alma um bem-estar tão suave? 

Realmente que te devo muito, que me fizeste melhor, outro do que nunca fui. O que sinto por ti é inexplicável. Bem me dizias tu que em te conhecendo te havia de adorar deveras. É certo, assim foi, e estou agora seguro deste amor, porque repousa em bases tão sólidas que já nada creio que o possa destruir. Deixaste-me hoje num estado de felicidade tal, com tanta serenidade no coração, que não creio em toda a minha vida que ainda tivesse um dia assim. A minha imaginação foi exaltada, tão difícil, nunca foi além das doces realidades que tu me fazes experimentar. 

 Tinha desesperado de encontrar a mulher que Deus formara à minha semelhança – achei-a em ti, e já não desejo a vida senão para gozar contigo e para me arrepender a teus pés do mal que fiz, do tempo que perdi, do que te roubei da minha existência para o mal empregar nas misérias de que me tenho querido ocupar. Digo – que me tenho querido, porque não consegui nunca: o meu espírito rebelava-se, o meu coração ficava indiferente, nunca foram de ninguém senão teus. Não penses que exagero: por Deus te juro que assim é, e que me podes crer: eu a ninguém amei, a ninguém hei-de amar senão a ti.

Almeida Garrett, em Carta a Rosa Barreiros.


 (Rosa de Montúfar y Infante, fidalga espanhola filha do 3º Marquês de Selva Alegre, mulher de Joaquim António Velez Barreiros, 1º Barão e 1º Visconde de Nossa Senhora da Luz, mulher a quem celebrou no seu último livro de poemas, Folhas Caídas)




Machado de Assis

Diz a Madame de Stael que os primeiros amores não são os mais fortes porque nascem simplesmente da necessidade de amar. Assim é comigo; mas, além dessa, há uma razão capital, e é que tu não te pareces nada com as mulheres vulgares que tenho conhecido. Espírito e coração como o teu são prendas raras; alma tão boa e tão elevada, sensibilidade tão melindrosa, razão tão recta não são bens que a natureza espalhasse às mãos cheias (…). 

Tu pertences ao pequeno número de mulheres que ainda sabem amar, sentir, e pensar. Como te não amaria eu? Além disso tens para mim um dote que realça os mais: sofreste. É minha ambição dizer à tua grande alma desanimada: «levanta-te, crê e ama: aqui está uma alma que te compreende e te ama também». A responsabilidade de fazer-te feliz é decerto melindrosa; mas eu aceito-a com alegria, e estou certo que saberei desempenhar este agradável encargo. Olha, querida; também eu tenho pressentimento acerca da minha felicidade; mas que é isto senão o justo receio de quem não foi ainda completamente feliz? 

Obrigado pela flor que mandaste; dei-lhe dois beijos como se fosse a ti mesma, pois que apesar de seca e sem perfume, trouxe-me ela um pouco de tua alma. Sábado é o dia da minha ida; faltam poucos dias e está tão longe! Mas que fazer? A resignação é necessária para quem está à porta do paraíso; não afrontemos o destino que é tão bom connosco. (…) 

Depois… depois querida, queimaremos o Mundo, porque só é verdadeiramente senhor do Mundo quem está acima das suas glórias fofas e das suas ambições estéreis. Estamos ambos neste caso; amamo-nos; e eu vivo e morro por ti.

Machado de Assis, em  Carta a Carolina de Novais (1869).

 (M. de Assis - grande romancista brasileiro, contemporâneo de Eça de Queirós. Carolina de Novais, senhora portuguesa de grande cultura, foi mulher do escritor até morrer.)

Fernando Pessoa

Meu Bebé, meu Bebezinho querido:



Sem saber quando te entregarei esta carta, estou escrevendo em casa, hoje, domingo, depois de acabar de arrumar as coisas para a mudança de amanhã de manhã. Estou outra vez mal da garganta; está um dia de chuva; estou longe de ti — e é isto tudo o que tenho para me entreter hoje, com a perspectiva da maçada da mudança amanhã, com chuva talvez e comigo doente, para uma casa onde não está absolutamente ninguém. Naturalmente (a não ser que esteja já inteiramente bom e arranje as coisas de qualquer modo, o que faço é ir pedir guarida cá na Baixa ao Marianno Sant’Anna, que, além de ma dar de bom grado, me trata da garganta com competência, como fez no dia 19 deste mês quando eu tive a outra angina. Não imaginas as saudades de ti que sinto nestas ocasiões de doença, de abatimento e de tristeza. O outro dia, quando falei contigo a propósito de eu estar doente, pareceu-me (e creio que com razão) que o assunto te aborrecia, que pouco te importavas com isso. 
Eu compreendo bem que, estando tu de saúde, pouco te rales com o que os outros sofrem, mesmo quando esses «outros» são, por exemplo, eu, a quem tu dizes amar. Compreendo que uma pessoa doente é maçadora, e que é difícil ter carinhos para ela. Mas eu pedia-te apenas que «fingisses» esses carinhos, que «simulasses» algum interesse por mim. Isso, ao menos, não me magoaria tanto como a mistura do teu interesse por mim e da tua indiferença pelo meu bem-estar. Amanhã e depois, com as duas mudanças e a minha doença, não sei quando te verei. Conto ver-te à hora indicada amanhã — às 8 da noite ou de aí em diante. Quero ver, porém, se consigo ver-te ao meio-dia (embora isso me pareça difícil), pois às 8 horas quem está como eu deve estar deitado.

Adeus, amorzinho, faz o possível por gostares de mim a valer, por sentires os meus sofrimentos, por desejares o meu bem-estar; faz, ao menos, por o fingires bem.
Muitos, muitos beijos, do teu, sempre teu, mas muito abandonado e desolado.

Fernando Pessoa, em  Carta a Ofélia Queiroz


Florbela Espanca 

Então tu pensas que há muitos casais como nós por esse mundo? Os nossos mimos, a nossa intimidade, as nossas carícias são só nossas; no nosso amor não há cansaços, não há fastios, meu pequenito adorado! Como o meu desequilibrado e inconstante coração d’artista se prendeu a ti! Como um raminho de hera que criou raízes e que se agarra cada vez mais. 

Vim para os teus braços chicoteada pela vida e quando às vezes deito a cabeça no teu peito, passa nos meus olhos, como uma visão de horror, a minha solidão tamanha no meio de tanta gente! A minha imensa solidão de dantes que me pôs frio na alma. Eu era um pequenino inverno que tremia sempre; era como essa roseira que temos na varanda do Castelo que está quase sempre cheia de botões mas que nunca dá rosas! Na vida, agora há só tu e eu, mais ninguém. De mim não sei que mais te dizer:como bem mas durmo mal; falta-me todas as manhãs o primeiro olhar duns lindos olhos claros que são todo o meu bem.

Florbela Espanca, em Correspondência (1921)


 Benjamim Constant


Perdoe-me se me apaixonei por si a este ponto. Mas não passarei daqui, nem ninguém me verá! Fechado num quarto da pousada, espero a sua resposta. Esperarei seis horas por umas linhas suas e depois volto para Paris. Já nem sei viver, vagueio por aí, ferido de morte. Prefiro cansar-me em longos passeios a cavalo, a consumir-me na solidão, ou no meio de pessoas que deixaram de me entender… Ordene-me que parta e não  tornará a ser atormentada por um homem a quem um mês bastou para perder a razão. 

Muito gostaria de surpreender o seu primeiro pensamento ao acordar; não posso descrever-lhe o reconhecimento que me enche o coração, este coração que reclama apenas a sua amizade, que saberá conquistá-la através de todos os sacrifícios, que é completamente vosso até ao seu último alento. Não me conformo com a ideia de ser abandonado. O seu interesse é-me mil vezes mais preciso do que a própria vida, mas saberei moderar a expressão dos meus sentimentos e não terei outras aspirações do que as que me forem permitidas; também saberei esconder-lhe os meus temores; respeitarei o seu repouso – mas vê-la-ei, e nunca mais haverá felicidade na minha vida se não puder consagrar-lha inteiramente.

Benjamim Constant, em Carta a Madame Récamier (1814).

(Benjamim Constant - pensador, escritor e político francês, de origem suiça. Jeanne-Françoise Julie Adélaïde Récamier - senhora da sociedade francesa, cujo salão era frequentado por figuras da arte e da cultura parisienses)


















Acabei, enfim, acabei! E logo me precipito a enviar-te uma palavrinha! Amo-te, és a minha vida, toda a minha vida. Aqui estou, pois, liberto! Que alegria! Até logo! Amo-te mais do que nunca. E tu, como te sentes esta manhã, minha alegria? Passaste bem a noite, ao menos? Irei encontrar o teu belo rosto radioso como o céu, que ontem chorava e hoje sorri? Preciso que tenhas saúde, que me ames, que sejas feliz. Preciso de ti, da tua saúde, do teu amor, da tua felicidade. Sabes, pobre querida, que podes viver descansada enquanto eu viver. O céu fez as minhas mãos para que reparassem a tua vida meio desfeita, a minha alma para compreender o teu coração, os meus lábios para beijar os teus pés. (…) Olho para o passado com embriaguês, mas não é com menos deslumbramento que encaro o nosso futuro. Eis-nos, agora, um do outro para todo o sempre, sem ansiedades, sem inquietações, sem angústias. Atravessámos e vencemos tudo o que era mau e que poderia ser fatal. Estamos na plena posse dos nossos dois destinos fundidos num só.(...)

Victor Hugo, em Carta a Juliette Drouet.
 (Victor Hugo -  romancista, poeta, dramaturgo, ensaísta francês; Juliette Drouet. - atriz francesa, companheira de Victor Hugo durante c. de 5 décadas)


Fonte:  http://homoliteratus.com/10-cartas-de-amor-de-grandes-escritores/

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

12º ano - panorama geral

 40+ Reading Nook Ideas to Create the Perfect Cozy Space | LoveToKnow 
O nosso espaço de apoio do 12º ano
- para ler, escrever, rever, estudar - será o blogue 
 
Para as revisões do 10º e 11º 
podes sempre contar com o asas-da-fantasia
 
 Mas, para já, fica aqui a primeira informação.
 
Lembras-te de termos dito, em junho,  que o 12º ano  vai necessitar de um equilíbrio desafiante.  Mas que vais ficar mais perto do céu... do teu céu, àquela altura a que escolheres voar.
 
É um programa exigente e muito, muito estimulante da reflexão, do pensamento sobre nós, a História, a relação com os outros, os problemas do mundo. 
 
Sei que vais dar o teu melhor!


 
 Retoma e consolidação de conhecimentos

1. Expressão Escrita - escrita para consolidação e treino de modelos dos géneros:
  • apreciação crítica (de uma imagem)
  • exposição sobre um tema (de educação literária - do 11º ano)
  • síntese (de texto s/ Os Lusíadas)

2. Gramática
  • Tempos e Modos verbais
  • Regência das preposições
  • Funções Sintáticas - Complementos e Modificadores

Tempo
 
 
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
- Distribuição anual dos autores/obras 
 
 
Autores/obras
Suportes




1ºsemestre    




Fernando Pessoa



Fernando Pessoa, Mensagem
 
 
Articulação com 
Os Lusíadas, de Camões
  6 poemas
 
 
Estrutura externa e interna
Finais dos cantos - Reflexões do Poeta
Fernando  Pessoa ortónimo 
 
Articulação com Antero de Quental
(Retoma e consolidação de conhecimentos) 
6 poemas
 
 
 
 
 
2 poemas


Alberto Caeiro
 
 
 Articulação com Cesário Verde
 (Retoma e consolidação de conhecimentos)
2 poemas
 
 
 
"O Sentimento dum Ocidental"
Álvaro de Campos
3 poemas
 
Ricardo Reis
3 poemas
 

1ºsemestre (final) 
 
 
2º semestre
(fevereiro, março)

-   Romance -  
O ano da morte de Ricardo Reis, de José Saramago, sob 2 linhas temáticas:
. Intertextualidade
. O lugar da História
 
 Leitura sumária de passagens do romance Memorial do Convento, de José Saramago
- os protagonistas da História - a «arraia miúda»
 
 Articulação com Fernão Lopes
 (Retoma e consolidação de conhecimentos)
 
Leitura integral do romance

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Excertos selecionados 



semestre 
(abril, maio)
 
Articulação com Gil Vicente - imagens da mulher
 (Retoma e consolidação de conhecimentos)
 
Poetas contemporâneos
Três ou mais dos poetas seguintes - 
Alexandre O’Neill, 
Eugénio de Andrade, 
Luiza Neto Jorge, 
Miguel Torga, 
Manuel Alegre, 
Ruy Belo.
 
 
 Articulação com a lírica de Camões
 (Retoma e consolidação de conhecimentos)
 
Leitura integral
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Poemas selecionados

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Os temas da [nossa] vida e do Portugal que fomos e sonhamos são muitos, mas destacaria:
 
Epopeias e vontades - sonhar o impossível
Quem somos: sujeito e máscara(s)
 O Mundo ao contrário| as mudanças
 O amor, a amizade
A Liberdade: eu e o mundo | ser livre no séc.XXI
 O nosso lugar | a procura de sentido(s)

Um excelente ano letivo!

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MANUAL
Marca a página - Português - 12.º ano 
 
 
Marca a página - Português - 12.º ano
de Ricardo Cruz, Isolete Sousa, Bárbara Tavares, Daniela Pinheiro
ISBN: 978-972-0-40151-9
Edição/reimpressão: 07-2023
Editor: Porto Editora
 Preço: 36,12€