domingo, 24 de outubro de 2021

Poesia Trovadoresca

Republica-se a informação do início do mês, agora para sintetizar
 
O Cancioneiro da Ajuda é uma coletânea de poemas em galego-português datada do final do século XIII.
Conserva-se na biblioteca do Palácio Nacional da Ajuda. É um códice de pergaminho escrito por uma única pessoa em escrita gótica com miniaturas que representam os músicos e as bailadeiras.  

Ficou incompleto: aparecem os textos, mas não se terminaram as miniaturas iniciais nem se copiou a música — para a qual há um espaço reservado.
Possui 310 composições poéticas, todas cantigas de amor. 

 
Pergaminho Vindel é um texto copiado no final do século XIII ou começo do XIV e possui características similares ao Cancioneiro da Ajuda
Contém as sete Cantigas de Amigo do jogral galego Martim Codax, seis das quais musicadas. 
 
A primeira cantiga é «Ondas do mar de Vigo».
Vê aqui a estranha história deste pergaminho.


Graças a uma equipa de cientistas e investigadores da Universidade Nova de Lisboa, dirigidos pela especialista em Literatura Medieval Profª Doutora Graça Videira Lopes, foi possível, após anos de trabalho, termos ao nosso dispor uma base de dados com toda a produção dos poetas medievais em galego-português e as versões musicadas das canções, para além de muitos outros recursos, como um Glossário dos arcaísmos

CANTIGAS MEDIEVAIS GALEGO-PORTUGUESAS (apresentação) 

CANTIGAS MUSICADAS: Índice e ligações para todas as Cantigas 

Ondas do Mar de VigoCompositor: Martim Codax, Interpretação - Grupo La Batalla

Bailemos nós já todas três, Compositor: Afonso X. Interpretação - Grupo vocal e instrumental: The Dufay Collective

Cancioneiro da Ajuda - 2 cantigas

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Cantigas de Amigo - guião de trabalho

 

PORTUGUÊS, 10º ANO – A, B, D                                    2021-2022

 

CANTIGAS DE AMIGO

ANÁLISE COMPARATIVA

 

ASPETO EM ANÁLISE

 

DESCRIÇÃO/CARACTERIZAÇÃO

EXEMPLOS

 

Sujeito

 

 

 

 

 

Tema geral

 

 

 

 

Assunto específico

 

 

 

 

Ambiente/Espaço

 

 

 

 

Presença de confidentes

 

 

 

 

Sentimentos

 

 

 

Existência de diálogo – cantiga dialogada –

 

 

 

 

Refrão – nº versos/lógica interna

 

 

 

 

 

Presença de arcaísmos

 

 

 

 

Paralelismo

 

 

 

CONCLUSÕES

 

 

Origem e evolução do Português 6

«comecei a aprender-te [...] no 8°ano»


Querida língua portuguesa,

Sei que és muita velha mas espero que estejas de boa saúde. Estou a escrever esta carta para ti, porque como sou Indiano, e vim para Portugal no ano 2019 e comecei a aprender-te, quando fui para a escola no 8°ano, mas por causa de pandemia, em inicio do segundo período, as portas das escolas fecharam, por isso não consegui saber muito sobre ti.

Mas aprendi que tu pertences ao grupo das línguas neolatinas. A viagem de tua história é muita longa, no fim de Séc. III a.c. quando os Romanos chegaram à Península Ibérica e impuseram a sua língua e a sua cultura aos povos que habitam aqui. De forma lenta e progressiva depois do longo do período de romanização, e juntando os substratos Celtas, Fenícios, Gregos e Iberos
, constituiu-se o galego-português,.

Do Séc. V ao Séc. XII, verifica-se a fixação na língua portuguesa incorporando vestígios linguísticos dos povos que invadem a Península Ibérica, os superstratos; assim, neste período de tempo ocorreu a fixação na língua de vocábulos germânicos, em que vários se relacionavam com a temática militar por exemplo aio, dordo, guerra...

No Séc. XII, as pessoas começaram a falar as tuas palavras em forma de galego-português (tal como na Galiza, Espanha)

As tuas palavras viajavam por todo o mundo depois do século XV e os navegadores descobriram novos culturas e especialmente novas palavras como chá, batata, ananás e muitas mais.

O meu principal objetivo de escrever esta carta é que gostaria de saber novos vocábulos que as pessoas vão usar no futuro.

Melhores comprimentos...


Kartik, 10°D

Origem e evolução do Português - 7

Autobiografia da Língua Portuguesa


Eu sou em primeiro lugar de Portugal e de todos os que foram influenciados pelos nossos exploradores, sou o Português, a Língua Portuguesa, não preciso de dizer a minha idade, pois é incerta e não quero que pensem que sou só uma velhinha que se vem para aqui queixar dos velhos tempos.

 

Mesmo antes de nascer já várias pequenas e algumas grandes línguas circulavam pela Península Ibérica criadas ou trazidas por vários povos, até mesmo na pré-história, e foram continuando a aparecer devido ao grande fluxo de seres humanos nesta península. Mas houve povos com maiores influências como os Celtas que eram mais avançados, pois já utilizavam ferro, enquanto na Península Ibérica ainda só se usava o cobre.

 
Apesar de os Celtas terem tido grande influência no fim do século III a.C chegaram Romanos que tomaram conta de todo o território da Península Ibérica. Isto levou à romanização, que é o desenvolvimento ,causado pelos romanos, em todas as áreas, tais como a arquitetura, com a construção de pontes e estradas, nas leis, que foram impostas a todos os habitantes nestes territórios, e na agricultura, com novas técnicas que levavam ao aumento da produção, isto levou à necessidade da utilização da sua língua, o Latim, que para além de tornar o trabalho e comércio mais práticos era também desejo dos Romanos que o Latim fosse a língua falada nos seus territórios, para afirmarem a sua superioridade.

O Latim tornou-se o meu estrato principal, tal como foi o do Francês, Italiano e Castelhano, entre outras, pois foi a língua que foi modificada para criar a maioria das minhas palavras e destas outras línguas, logo foi a que teve mais influência em nós, e por essa razão somos chamadas línguas românicas.Mas a influência de línguas anteriores, como o Celta, com palavras como caminho e camisa, e o Grego, com palavras como banho e hino, não desapareceram de mim, estas tornaram-se os meus substratos, pois influenciaram me antes da minha criação mas não foram tão importantes como o Latim.
 

No século V d.C os romanos perderam vários territórios, incluindo a Península Ibérica, e várias Invasões que se seguiram influenciaram o meu eu mais novo e antigo que tinha acabado de ser fixado nalguns territórios da Península Ibérica, sendo as línguas influenciadoras, por exemplo, o Árabe, que troce palavras incluindo açorda, açúcar e alface, tornando-se assim meus super-estratos, porque foram línguas que me influenciaram depois de eu ser criada.
 

No século XII d.C. surge o galego-português, que é como a minha infância, uma das minhas fases de evolução mais prematuras, era falado em Portugal e na Galiza (...), mais tarde este eu dividir-se-ia em duas vertentes o Português e o Galego.
Com um grande desenvolvimento geral de Portugal, eu também evoluí para aquilo que é chamado Português Clássico no século XVI d.C., e também recebi grande influência das línguas europeias até XVIII d.C.

 
O Português Contemporâneo, que é como me chamam até aos dias de hoje, é uma evolução devida à incorporação de vocabulário de outras línguas, começando no Século XIX d.C, e também nos séculos XX e XXI fui modificada pelo grande desenvolvimento da tecnologia, continuando a incorporar palavras outras de outras línguas, mas o meu nome manteve-se.
 

Por isso penso que, com esta grande evolução que o mundo está a passar e que se está sempre a modificar, eu também vou ter de mudar com o tempo, mas espero continuar a ser o Português, a ser uma língua única.

11 de outubro de 2021

(escrito por: José Oliveira nº14 10A)

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Origem e evolução do Português 5

A vida de uma língua 

Portugal, 05 de outubro de 2021


Caros alunos do 10º ano,

Decidi ceder ao vosso pedido e contar-vos um pouco da história da minha longa vida.

Como devem saber, sou uma língua românica, tal como o castelhano, o catalão, o italiano, o francês e o romeno; ou seja, a minha origem remonta ao latim. “Porquê o latim?”, perguntam-se vocês. E eu respondo: por causa da Romanização.

No século III a.C. os romanos chegaram à Península Ibérica e, apesar de alguma resistência por parte dos que nela habitavam, conseguiram impor-lhes a sua língua (o latim), a sua cultura, os seus hábitos, as suas leis, etc. O período de Romanização durou mais de seis séculos, deixando o seu grande e notável impacto. Podemos então dizer que o latim é o meu estrato principal.

Obviamente, havia necessidade de comunicar mesmo antes da chegada dos romanos. Aos vestígios linguísticos pré-romanos chamamos substratos. Estes vestígios foram deixados pelos povos que habitavam a Península Ibérica antes dos romanos: os Iberos (que deixaram palavras como cama, cavalo, …), os Celtas (caminho, camisa, …), os Fenícios (barca, mapa, …) e os Gregos (banho, gramática, …).

Após a queda do Império Romano, os povos germânicos (Suevos e Visigodos) invadiram a Península Ibérica e ao longo dos séculos V e VII d.C., também estes me deixaram a sua contribuição (dardo, guerra, …). Já no século VIII d.C. a Península Ibérica foi invadida pelos Árabes, que também me deixaram muitas marcas, sobretudo palavras começadas por –al (álcool, algarismos, …), só saindo no século XIII d.C. Aos vestígios linguísticos deixados por estes povos chamamos superstratos.

Em meados do século XII d.C., a língua portuguesa falada em Portugal é o galego-português (ou galaico-português). Entrei então no português antigo, o período da minha história em que se escreveram os primeiros documentos em “língua vulgar”, que vai até o século XV d.C.

Já a minha fase de português clássico abrange os séculos XVI a XVIII d.C., e foi nela que surgiram as minhas primeiras gramáticas. Foi também nesta altura que se deram os Descobrimentos, onde ganhei novas palavras de origem africana (batuque, zebra, …), asiática (bambu, chá, …) e sul americana (ananás, cacau, …). Ao longo desses séculos também recebi algum vocabulário italiano (alerta, capricho, …), castelhano (granizo, pastilha, …) e francês (blusa, envelope, …).

A partir do século XIX d.C. iniciei a minha fase de português contemporâneo, onde continuei a incorporar vocábulos de outras línguas.

Mesmo hoje em dia, ainda recebo influência de outras línguas, especialmente do inglês na área da tecnologia (internet, …). As línguas estão em constante desenvolvimento, apesar de ser um processo demorado.

É tudo o que tenho a contar, por agora.

Atenciosamente,

A Língua Portuguesa



Autoria: L. Ferreira 10ºA

Origem e evolução do Português 3

Carta da língua portuguesa aos jovens

Caros jovens portugueses, 

Senti necessidade de vos escrever porque reparei que perderam o gosto e a curiosidade que tinham em relação a mim há uns séculos. Venho, portanto, contar-vos a minha história para que, possivelmente, mudem essa opinião.
Comecemos. Provavelmente lembram-se dos Romanos como o início, mas não foi. Os Celtas e os Iberos já estavam na Península ibérica antes e realizavam trocas comerciais com os Fenícios e os Gregos e ainda existem, hoje em dia, palavras vindas desses povos. É o chamado Substrato da língua.
Agora sim, os Romanos. Eles chegaram à Península Ibérica em 218 a.C e iniciaram o processo de romanização: impuseram a sua cultura, costumes e modo de vida, mas principalmente a língua- o latim. Podemos dizer que o latim foi "a mãe" de todas as línguas românicas, inclusive a portuguesa, porque a maioria das palavras que conhecemos hoje derivam de outras de origem latina.
Quando o Império Romano do Ocidente caiu, em 476 d.C, a Península Ibérica foi invadida pelos povos germânicos, mas o latim já estava tão intricado na população que os Suevos e os Visigodos conseguiram apenas deixar palavras, maioritariamente relacionadas com a guerra. Este seria o Superstrato da língua.
Em 711, os Árabes ocupam a Península Ibérica. Também não conseguiram destronar o latim. Permaneceram tanto tempo em certas regiões e eram tão especializados nas áreas das ciências, da agricultura e do comércio que deixaram para o futuro uma imensidão de palavras relacionadas com estes temas. A partir do século XII, devido à influência do rei D. Dinis, que além de rei era poeta, a "língua portuguesa" tornou-se a oficial do reino. Portuguesa assim entre aspas porque ainda não era bem o português que conhecemos hoje- era o galego-português. Podemos dizer que esta foi a primeira fase da língua.
Com os Descobrimentos, no século XV, aparecem palavras provenientes dos países afetados pela expansão portuguesa, nomeadamente países da África, Ásia e América do Sul. Nota-se também a influência de outros países europeus no vocabulário português, por exemplo Itália, França, Castela, Inglaterra e Alemanha. A este período chamamos o Português Clássico.
Atualmente fala-se o chamado Português Contemporâneo, que envolve palavras "emprestadas" de várias línguas, especialmente o inglês, na área das tecnologias.
São vários séculos de história e de evolução, com uma diversidade de autores que só tiveram o seu reconhecimento anos ou até mesmo séculos após a sua morte e agora vocês, jovens, não lhes dão valor.

Espero ter conseguido fazer-vos ver que a língua portuguesa não é recente e toda ela conta uma história.

Com carinho e esperança, a língua portuguesa

 

Autora: C. Aniceto, 10B . 8 de outubro de 2021