A Língua a Quem Chamo Eu
A língua a quem chamo eu, pertence ao grupo das línguas românicas, formado a partir do romanço lusitano, o léxico português tem origens latinas. Surgiu nos fins do século III a.C. (218 a.C.), data em que os Romanos chegaram à Península Ibérica e impõem a sua língua, o latim, e cultura aos povos aí existentes.
A
esta invasão, por parte dos romanos, dá-se o nome de Romanização,
processo de introdução da civilização romana na Península Ibérica,
transformando comunidades locais e o espaço em que estas habitavam. Para
além de uma nova organização administrativa, os romanos trouxeram a
língua latina, que progressivamente, os povos da Península Ibérica foram
adotando como idioma principal.
Anteriormente, à ocupação romana, a
Península Ibérica, já havia sido povoada por outros povos como, os
iberos, os celtas, os cartagineses, os fenícios, etc. deixando alguns
vestígios das suas línguas no latim - Substratos.
Do século V ao
século VIII, dá-se a queda do Império Romano do Ocidente (em 476) e
ocorre a fixação na língua portuguesa de vestígios linguísticos dos
povos germânicos (suevos e visigodos) e em seguida os visigodos, fazem
sentir a sua influência na língua nativa, o latim - Superstratos.
Estes povos deixaram alguns vocábulos germânicos, relacionados como a
temática militar, como por exemplo: aio, dardo, elmo, guerra, …,
antropónimos (Afonso, Fernando, Rodrigo, …) e os topónimos (Gondomar e
Guimarães).
Em 711, a Península Ibérica volta a ser invadida, desta vez pelos Árabes, acabando apenas por evacuar no século XIII. O léxico árabe é bastante variado, tendo vocábulos na área da alimentação (açorda, açúcar, aletria, …), do comércio, indústria e utensílios (albufeira, marfim, nora, …), de guerra (alarido, alcácer, zagaia, …), de ciências e cultura (álcool, aldeia, algarismo, …) e de antropónimos e topónimos (Albufeira, Alcântara, Alfama, …).
Por volta do século
XII até ao século XV, a língua falada em Portugal assim como na Galiza,
em Espanha, era o galego-português. No século XIII, o português é finalmente
adotado como língua nos documentos oficiais, substituindo o latim,
começando a automatizar-se progressivamente, marcando o início de uma
nova língua que se estava a formar - Português Antigo.
Do século XVI até ao século XVIII, Portugal beneficia de um grande desenvolvimento a todos os níveis, designando-se este período português clássico, surgem nesta fase as primeiras gramáticas da língua.
Com a
Expansão e com os Descobrimentos Marítimos, começam a surgir sinais,
através das palavras correspondentes a novas realidades, como por
exemplo em África (batuque, zebra, …), na Ásia (bambu, canja, …) e na
América do Sul (amendoim, ananás, …).
No decorrer dos séculos XV a
XVIII, Portugal recebe algumas influências de outras línguas europeias como: o italiano (alerta, capricho, …), o castelhano (camarada,
cordilheira, …) e do francês (blusa, envelope, …).
A parir do século XIX, mantém-se a incorporação de vocábulos de outras línguas e tem início o período designado Português Contemporâneo. Até
que, finalmente, nos séculos XX e XXI, verifica-se o enriquecimento
deste léxico, através de vocábulos vindos de muitas línguas, sendo o
inglês o predominante, introduzidos nas áreas da tecnologia, da
ciência e do espetáculo, por exemplo.
O português é, assim, uma língua de literatura, de cultura e de comunicação internacional:
-Falado em quatro continentes;
-5ª língua mais falada no mundo e a 3ª mais falada na Europa;
-Tem mais de 250 milhões de falantes nativos;
-E é largamente falado ou estudado como segunda língua em muitos países.
Esta é a língua a quem chamo eu!
M. Reis, 10ºB
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