quinta-feira, 28 de maio de 2020

Cesário Verde - "O Sentimento dum Ocidental" e o contexto histórico-social (esclarecimento de dúvidas)

11º C
Agora que já sabem mais sobre a época, a vida e a poesia de Cesário Verde, vamos refletir, registar, clarificar:
  • Relação entre o contexto (que vimos no vídeo, nos textos de apoio) e o poema 
  •  Apreciação global da «novidade» temática e linguística
  • Dúvidas de vocabulário e de interpretação
  • Dúvidas e/ou comentários sobre o Questionário
Confirmem se perceberam os tópicos seguintes::
  • A Deambulação enquanto motivo poético
  • Objetividade e subjetividade em CV/no poema
  • Marcas narrativas - exemplos do poema
  • Figuras de estilo relevantes no poema - exemplos
...
Próximas tarefas 11º C:

semana de 1 a 5 de junho
Ficha formativa – educação literária 
 
Leitura + Gramática
Manual, pp. 160. – Grupo I 
 
pp. 348-349
Questionário oral; discussão/partilha de reflexões e esclarecimento de dúvidas
 
Correção da ficha
  TEAMS (5ª, 4/06)
 
 
 
 
Cenários de resposta (blogue - a 5/06)

67 comentários:

Noémia Santos disse...

Bom dia turma! Todos de saúde? Oxalá!

Vamos começar por algumas perguntas. Respondam antes de irmos às dúvidas do Questionário.

1- Ao ler o poema relembraram informações do vídeo RTP e do Texto de Mª Fil.Mónica.

Quais?

Anónimo disse...

Bom dia professora, no vídeo da RTP por exemplo dizem que em Cesário verde não há musas, um exemplo disso é quando no poema fala"voltam os calafates", calafates estes que são os operários que têm a função de calafetar.
Catarina tordo

Anónimo disse...

Bom dia professora
O poema relembrou o facto de Cesário ter empatia e respeito pelas profissões de grau social mais baixo e pela dificuldade dos seus trabalhos. Relembrou também a forma real e dura, mas com vida e movimento, com que Cesário escreve.

Mariana Mendes

iiiiiiiiiii disse...

Bom dia stora, no poema podemos ver o seu estilo de estético de descrever o ambiente tal como vimos no vídeo
-Benjamik freches

Anónimo disse...

Bom dia professora
Relembro-me das palavras pouco poéticas que nos disseram que Cesário utilizava e da descrição de uma Lisboa cinzenta e melancólica.
Mariana Ribeiro

Anónimo disse...

Bom dia professora, espero que esteja tudo bem por aí!
Agora que refere isso, pareceu-me familiar a parte da Lisboa Caótica, onde os operários e os trabalhadores são a personagem principal, e também Lisboa como cidade. Também no final, no verso "E o peixe podre gera os focos de infecção!"
em que ele retrata imagens extremamente visuais de modo a dar uma dimensão realista do mundo onde os seus poemas se enquadram.
António Guilherme 11ºC

Anónimo disse...

Bom dia professora, ao ler o poema consegui associar várias informações com o vídeo RTP, uma das informações mais nítidas é a dos temas pouco poéticos como "peixe podre" e "focos de infeção"

Daniel Albuquerque

Anónimo disse...

Bom dia professora, ao fazer a leitura de O sentimento dum ocidental vi em destaque as manifestações da consciência nele presentes, seguindo a via de considerar que o texto dispõe de todos os aspectos poético-narrativos necessários para contar uma história.
Arthur Chaves

Noémia Santos disse...

Catarina e Marianas

Sim. Viram então que ajudou no enquadramento. Mas lembrem-se de questões históricos, do contexto.


Benjamik freches

Isso é conversa fiada. Concretiza!

Anónimo disse...

Boa dia professora, tal como o video da RTP afirma, Cesário Verde descreve o que vê através de metáforas e de uma adjectivação inovadora, e podemos confirmar esta escrita através da leitura deste poema.
Diogo Catarino

Anónimo disse...

Bom dia professora.

Ao ler o poema relembramos informações do vídeo RTP e do Texto de Maria Filomena Mónica tais como as condições duras e miseráveis em que trabalhavam os diferentes operários de classe social mais baixa (ex: calafates, obreiras e varinas) remetendo também para a desigualdade social e para as doenças (v.44, "E o peixe podre gera os focos de infeção!").

Matilde Richardo

Anónimo disse...

Bom dia professora, ao ler o poema relembrei que Cesário descreve tudo ao seu redor como uma câmara, mesmo o mais pequeno detalhe que aos outros pode parecer feio, mundano e pequeno,
Rita Santos

Noémia Santos disse...


António e Guilherme

DE facto, esses versos são dos mais referidos, porque duros, diretos, anti-românticos... Devem ter despertado grandes reações na época. Eram o contrário da poesia conhecida.

Arthur - Concretiza, diz versos onde esteja isso.

Noémia Santos disse...



Viram as observações do Benjamim, do Arthur e do Diogo?

O interessante será encontrar versos que mostrem isso.


Agora vamos ao vocabulário:

o que é
SOTURNIDADE
MELANCOLIA
BULÍCIO
TURBA
HERCÚLEAS
GALHOFEIRAS

Anónimo disse...

Bom dia professora,
No video da RTP exaltaram o verso "E o peixe podre gera os focos de infeção" tendo em conta que será um dos versos mais importantes do poema O Sentimento dum Ocidental e encontra se num fim para que o poema tenha um final épico.
Inês Vitor

Anónimo disse...

Bernardo Luz

Bom dia professora, ao ler este poema compreendemos, logo a partir da primeira quadra, a maneira de como Cesário Verde descreve Lisboa na sua perspetiva e de uma forma negativa tal como mencionado no vídeo da RTP.

Anónimo disse...

Bom dia professora, na resolução do questionário fiquei com dúvidas na 7 mas já estou esclarecida pois fui ao post do 11ºA e estava lá a explicação.

Raquel Melo

Noémia Santos disse...



Se não tiraram significados vão ver agora. E registem aqui.

Noémia Santos disse...



Inês V.
"...importantes do poema O Sentimento dum Ocidental e encontra se num fim para que o poema tenha um final épico. "

Atenção - esse verso é muito conhecido, claro. E diferente e brutal. Mas:
. não está no fim do poema, está a terminar a parte I, a do fim da tarde.
. É uma expressão o mais «anti-épica» possível, épico quer dizer grandioso, exaltante, elevado, heróico.

Anónimo disse...

Mariana Ribeiro
Soturnidade é algo sombrio, aterrador e silencioso
Melancolia é uma tristeza profunda
Bulício é grande quantidade de pessoas
Turba é grande ajuntamento de pessoas em desordem
Hercúleas é ter ou revelar uma força extraordinária
Galhofeiras é alegre, divertido

Anónimo disse...

Soturnidade- Sombrio, silencioso, aterrador
Melancolia- Tristeza profunda e duradoura
Bulício- Grande movimento de pessoas, inquietação
Turba- Grande ajuntamento de pessoas
Hercúleas- Relativo a Hércules
Galhofeiras- Alegre, folgazão

Daniel Albuquerque






iiiiiiiiiii disse...

Stora, podemos ver isso(Primeiro comentário) na primeira parte do poema onde se inicia a descrição angustiada sobre a cidade de Lisboa,as sombras, os sons e o cheiro a mar representam o sentimento de depressão da própria cidade
-Bejamim Freches

Anónimo disse...

SOTURNIDADE - sombrio, silencioso e aterrador.
MELANCOLIA - uma tristeza vaga, permanente e profunda
BULÍCIO - grande movimento de pessoas, motim
TURBA - Conjunto de pessoas pertencentes às classes sociais mais desfavorecidas.. Opinião do povo maioritário,
HERCÚLEAS - Relativo a Hércules, Que tem ou revela força extraordinária
GALHOFEIRAS - alegre, divertido, que gosta de galhofar (troçar, divertir)

António Guilherme 11ºC

Noémia Santos disse...


Bernardo

É verdade que aparece descrita de "uma forma negativa". Mas também cheia de vida, embora difícil, de movimento, de razões para a escrita.

Há comentários interessantes sobre isto no 11º A.

Anónimo disse...

Bom dia professora
o video da RTP faz lembrar-mo a grande diferença da vida entre o rico e os pobres
Martim Fontes

Anónimo disse...

Soturnidade – algo sombrio, aterrador;
Melancolia – tristeza profunda;
Bulício – grande conjunto de pessoas;
Turba – multidão, ajuntamento de pessoas;
Hercúleas – valente, revela força extraordinária;
Galhofeiras – divertivo, folgazão

Rita Santos

Anónimo disse...

Bom dia professora, melancolia é uma tristeza profunda e duradoura
Soturnidade é algo sombrio e aterrador;
Bulício é um grande movimento de pessoas;
Turba é um grande ajuntamento de pessoas;
Hercúleas é referente a Hércules e simboliza uma força extraordinária;
Galhofeiro significa alegre.
Raul Terêncio, nº24.

Noémia Santos disse...



Obrigada pelo vocabulário. Como veem faz muita falta.

Sim, Benjamim. É isso. O importante é relacionar sempre com as próprias palavras do poema.


Lembraram a questão dos candeeiros? Cá está o gás dos candeeiros a extravasar de gás, provocando o cheiro, o enjoo.

Anónimo disse...

SOTURNIDADE- algo sombrio/aterrador
MELANCOLIA - tristeza profunda e duradoura
BULÍCIO - grande movimento de pessoas
TURBA- multidão
HERCÚLEAS- que tem ou revela força extraordináraia
GALHOFEIRAS- alegre

Professora sobre estas palavras menos conhecidas, no video da RTP falaram que Cesário usava adjetivos FORTES mas NOVOS, é o caso ?
Martim Miranda

Anónimo disse...

Ao ler o poema relconhecemos informações do Texto de Maria Filomena Mónica e do vídeo RTP tais como as condições precarias em que as pessoas das classes baixas vivem/ trabalham indicando as grandes desigualdades sociais da epoca.
Alem disso vemos algumas caracteristicas marcantes da poesia de Cesario Verde como as descrições daquilo que ve através de metaforas e comparações e a transformação de realidades repulsivas e antipoéticas "E o peixe podre gera os focos de infecção!" em algo poetico.
Miguel Lopes

Anónimo disse...

Soturnidade é a evidência de algo sombrio, escuro.
Melancolia é é uma tristeza que se sente de forma muito profunda e intensa.
Bulício- Grande movimento de pessoas, inquietação
Turba- Grande ajuntamento de pessoas, multidões
Hercúleas- relativamente ao antigo Hercules
Galhofeiras- Alegria
Arthur Chaves

Anónimo disse...

Soturnidade - algo que está escuro e sombrio
Melancolia - tristeza profunda.
Bulício - grande movimento de pessoas.
Turba - multidão.
Hercúleas - comparativo a Hércules.
Galhofeiras - alegres.

Mariana Mendes

Noémia Santos disse...



Vimos pois que há tristeza, injustiça, vida difícil, desejo de fuga, por parte do poeta.
Mas também há vida, movimento até alegria (as varinas galhofeiras).

VAMOS ÀS DÚVIDAS:

Nas 1, 2 e 3?

Anónimo disse...

Soturnidade: Sombrio, aterrador, tristonho.
MELANCOLIA: Tristeza profunda.
BULÍCIO: Grande movimento de pessoas.
TURBA: Conjunto de pessoas pertencentes às classes sociais mais desfavorecidas.
HERCÚLEAS: Relativo a Hércules, figura mitológica grega, célebre pela sua força.
GALHOFEIRAS - alegre, divertido.
Diogo Catarino

Anónimo disse...

Soturnidade - algo sombrio, aterrador
Melancolia - tristeza profunda e duradora
Bulício - grande movimento de pessoas
Turba - grande conjunto de pessoas
Hercúleas - ter ou revelar uma força extraordinária
Galhofeiras - alegre

Bernardo Luz

Anónimo disse...

Bom dia professora, envio os significados:
Soturnidade: sombrio, aterrador e silencioso.
Melancolia: Tristeza profunda e duradoura.
Bulício: Grande movimento de pessoas.
Turba: Grande ajuntamento de pessoas/ Multidão.
Hercúlea: Que tem ou revela força extraordinária.
Galhofeiras: Alegre.

Gonçalo Frutuoso


































Anónimo disse...

Bom dia professora
Tenho algumas questões sobre a resolução do questionário.
No verso 31 não sei o que significa a expressão, “Às portas, em cabelo,”.
Em relação às varinas eu compreendi que elas eram mulheres corpulentas que executavam trabalhos pesados como os homens, o que não entendi foi o processo de transfiguração poderia explicitar-me?
E por fim gostaria de dizer que achei a escrita de Cesário extraordinária porque realmente ele transforma palavras que por si só não são muito poéticas, como “peixe podre” e “ focos de infeção”, em algo que faz muito sentido neste poema e aborda temas que precisam de ser debatidos e que nos dias de hoje ainda estão muito presentes, como as desigualdades sociais. Só mais uma questão, porque é que a primeira parte deste poema se intitula de “Avé Marias”?
Mariana Ribeiro 11ºC

Anónimo disse...

SOTURNIDADE - sem alegria, tristonho, sombrio;
MELANCOLIA - tristeza profunda e permanente/duradoura;
BULÍCIO - ruído pouco distinto e prolongado de coisas que se agitam, sussurro, murmúrio;
TURBA - excesso de pessoas aglomeradas num só lugar, multidão;
HERCÚLEAS - relativo a Hércules, que tem ou revela força extraordinária;
GALHOFEIRAS - Alegres.

Matilde Richardo

Noémia Santos disse...



Miguel

Certíssimo. O texto era muito vivo e agora temos aqui a prova.

Atenção - "daquilo que ve através de metaforas e comparações" (olhas os acentos!):

- QUAIS? Retira do texto exemplos concretos e regista-os.

Anónimo disse...

Na resolução do questionário, tive dúvidas na questão 6, como é que ele pensa libertar-se?
E também não entendi o significado da palavra "trôpego" no verso 30.

Mariana Mendes

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Relativamente à questão 8 do questionário da página 333, quando referem que Cesário consegue tornar poético o que não o é, isto significa que ele faz com que palavras desagradáveis e com um valor negativo mesmo nos dias de hoje se tornem poéticas ou é simplesmente referente à maneira como ele descreve vários temas com certas palavras e descrições que eram mal vistas na sua época? Raul Terêncio, nº24

Noémia Santos disse...



Mariana R.

Obrigada pelas questões. Cá vai:
No verso 31 não sei o que significa a expressão, “Às portas, em cabelo,”.

A maior parte dos homens cobria a cabeça em público - com chapéu, nas cidades, com barrete, nas zonas rurais.

Aqui, o logista, como só está À porta da loja, apresenta-se em cabelo, sem chapéu.


Em relação às varinas eu compreendi que elas eram mulheres corpulentas que executavam trabalhos pesados como os homens, o que não entendi foi o processo de transfiguração poderia explicitar-me?

Transfigura- as varinas porque as transforma em quadros, pinturas pinturas comparadas a «cardumes negros» a Hércules (mitologia), os troncos são pilastras... logo, são simples, rudes, descalças, mas têm «beleza», são dignas de observação, admiração.

Anónimo disse...

Bom dia stora, não percebi muito bem a questão 3.
Luana Costa

Noémia Santos disse...



Ainda para Marina M.

Avé- Marias - o toque dos sinos para a oração do final da tarde, semelhante ao que ainda hoje há, em certas terras, para o Terço.

Aqui representa uma marca temporal.

Anónimo disse...

Bom dia professora,
Em relação aos significados:
Sortunidade- algo sombrio, terrador;
Melancolia- uma tristeza profunda e duradoura;
Bulício- grande movimento de pessoas;
Turba- grande conjunto de pessoas, multidão;
Hercúleas- ter ou revelar uma força extraordinária;
Galhofeiras- alegre.

Inês Coutinho

Anónimo disse...

Obrigada pelos esclarecimentos
Mariana Ribeiro

Anónimo disse...

Soturnidade:sombrio, aterrador e silencioso;
Melancolia:tristeza profunda e duradoura;
Bulício:grande movimento de pessoas;
Turba:grande conjunto de pessoas;
Hercúleas:ter ou revelar uma força extraordinária;
Galhofeiras:alegre, divertido;

Martim Fontes

Anónimo disse...

Nao percebi muito bem a questao 3.
Arthur Chaves

Anónimo disse...

Bom dia professora,

Tenho algumas dúvidas em relação à questão 7, Cesário tem uma perceção de Lisboa muito realista, uma Lisboa envolta em desigualdades sociais e outros problemas que são enunciados na poesia de Cesário, mas eu não consegui entender a relação desta Lisboa com a necessidade de evocar o passado, poderia ajudar-me?

Rita Santos

Noémia Santos disse...



Raul

Interessante.
A questão prende-se com a forma como Cesário observa, capta e descreve ou reflete sobre esta realidade feia, dura, mal-cheirosa, pouco saudável...

Ele é um observador do real - mas não é um jornalista, nem um historiador. É um poeta.

Daí que transfigure - com metáforas, comparações, mistura de sentidos pela sinestesia, enumere, componha um quadro poético, diferente, juntando palavras nunca antes juntas.

Exemplo: vê como descreve as varinas. Ou a adjetivação e o movimento sobre os calafates.

Anónimo disse...

Acho que a professora saltou a minha dúvida, quando submeti os significados que a professora pediu, fiz com a seguinte pergunta em anexo:
Professora sobre estas palavras menos conhecidas, no video da RTP falaram que Cesário usava adjetivos FORTES mas NOVOS, é o caso ?

Martim Miranda

Anónimo disse...

Bom dia professora,
Tive duvidas a interpretar a questão 7, não percebi bem a segunda parte da pergunta, sobre o significado da evocação e relacionar a perceção de Lisboa do seu tempo. Poderia-me dar uma ajuda para perceber melhor por favor.

Gonçalo Frutuoso

iiiiiiiiiii disse...

Prof a minha dúvida e no poema em si,na quinta estrofe quando o sujeito poetico fala "ou erro pelo cais a que se atracam botes", serve para evidenciar um desejo de fuga, para reforçar o ambiente melancólico da cidade ou está relacionado com Camões e o tempo das Naus?
-Benjamim F.

Noémia Santos disse...

Mariana Mendes

"Na resolução do questionário, tive dúvidas na questão 6, como é que ele pensa libertar-se?

Cá vai:
Passaste as informações do PPT?
O poeta sente-se muitas vezes, como aqui, enclausurado, oprimido, contido dentro da cidade, no meio dos prédios, rodeado de realidades desagradáveis ou injustas.

O desejo de fuga surge de 2 formas
- pela VIAGEM (vê a 3ª quadra, toda)
- pela imaginação ou pela memória - é aqui o caso da lembrança do tempo de Camões, dos Descobrimentos, das naus no Tejo prontas a partir para o muno.

Vê comentários bons sobre isto no 11º A.

Anónimo disse...

Na resolução do questionário surgiram-me dúvidas nas questões 6 e 7, mas já vi que respondeu aqui em cima e no post relativo às dúvidas do 11ºA e fiquei esclarecida, obrigada.
Matilde Richardo

Noémia Santos disse...

Ainda Mariana M.

Não há só realidade observada e descrita poeticamente.

Também há invenção e «delírio» imaginativo nos seus poemas.
Assim, Cesário fal-nos dos lojistas ou calafates, mas também de um

«Arlequim» - uma figura do Circo/do Teatro. Neste caso imagina-o em cima de umas «andas». Trôpego - pouco firme, aos tropeções.
Cesário retira-lhe a graça, a beleza - é um ARLEQUIM, mas vai inseguro, aos tombos...

Anónimo disse...

Sim passei as informações do PPT.
Acho que já percebi, obrigada pelos esclarecimentos professora.

Mariana Mendes

Noémia Santos disse...



Luana
QUESTÃO 3

Na resposta ao Raul já está parcialmente.
Para as varinas e para o resto pena no seguinte.

Cesário é um grande observador e a sua poesia tem forte marca realista. MAS:
- ele é um poeta, um transfigurador, um esteta, alguém que observa e regista o real de forma filtrada pela sua sensibilidade estética. Repara:
As donas de casa são apresentadas como anjos - «querubins do lar» (v. 31) e não andam/estão nas varandas - «flutuam»

As varinas - pobres, rudes, com uma vida tão dura - são descritas por comparações, por metáforas que dão a sua dimensão quase «bela», grandiosa, traduzem força, energia, garra, até uma certa alegria - vão na galhofa - São como uma pintura: « num cardume negro» (vestiam-se normalmente de preto, por luto).

Percebes., é o REAL mas TRANSFIGURADO pela lente, pela câmara do olhar do artista.


Olha os verso mais violentamente belos do poema, para mim:
v.v. 39-40.

Noémia Santos disse...



Martim F
Desculpa. Saltei mesmo.

Sim, é verdade. O importante é veres exemplos.
Os adjetivos novos de que se falava no vídeo não significa que sejam palavras difíceis, adjetivos esquisitos. Quer dizer que ou não são usuais em poesia, como o «podre» ou nunca tinham sido usados junto daqueles nomes. Criam junções novas, que nos despertam a atenção.

Anónimo disse...

Obrigado pelo esclarecimento
Luana

Noémia Santos disse...


Gonçalo

Questão importante. Foi muito debatida no 11º A. Vai ver.

"interpretar a questão 7, não percebi bem a segunda parte da pergunta, sobre o significado da evocação e relacionar a perceção de Lisboa do seu tempo."

Quando é que este poema é escrito e onde é publicado? Lembras?

1880, exato, num nº da revista dedicado às comemorações do tricentenário da morte de Camões.

Então, o que é novo, é a forma como Cesário escreve em homenagem este longo poema, onde os ecos desse tempo antigo já só são trazidos pela mem´ria e pela vista do Tejo, que é o mesmo, mas é outro, tem uma vida diferente.

É um poema nada épico, é o contrário disso - Cesário não destaca a grandeza, as «soberbas» naus, mas uma Lisboa mercantil, cheia de contraste, de miséria, de DOR.
Dá uma espreitadela na parte IV.

Noémia Santos disse...


Matilde

Mas se persistirem dúvidas, diz. Eu venho aqui ver e depois respondo.


Até 6ª feira. Com a ficha feita.

Encontro no TEAMS!

Anónimo disse...

Ok professora, obrigado pela ajuda vou verificar o 11ºA assim também
Gonçalo Frutuoso

Noémia Santos disse...



Ainda

Rira e Benjamim

Viram a resposta referente à evocação do passado, de Camões?

Sim, é pelo tricentenário do poeta que este poema é publicado, num nº de homenagem.

Pois, agora no Tejo não estão «soberbas naus» mas «botes - as crónicas navais, as memórias desse tempo já só pela memória ou pela literatura (no livro que Camões salvou a nado).

Digamos que Cesário nos deixa uma Lisboa sem a energia, o vigor, a descoberta, a abertura, a grandeza - mas uma Lisboa que definha (ou, onde o poeta definha, pelo menos).

Mas o final do poema - parte IV - é mais enérgico e revoltado. Vão ver.

Anónimo disse...

Ok professora, obrigada!
Até 6ª feira.
Matilde Richardo

Anónimo disse...

Obrigado Porfessora !
Martim Miranda