sexta-feira, 29 de maio de 2020

Cesário Verde - O Sentimento dum Ocidental - I - "Nas nossas ruas"

11º B
Lisboa numa pintura de Carlos Botelho
Vamos hoje refletir, registar, clarificar:
  • Relação entre o poema e o contexto histórico e social 
  • Os contrastes sociais
  • As figuras
  • O espaço da cidade como protagonista
  • A relação entre o sujeito e o ambiente que o rodeia
  • Dúvidas de vocabulário e de interpretação
  • Dúvidas e/ou comentários sobre o Questionário
Confirmem se perceberam os tópicos seguintes::
  • A Deambulação enquanto motivo poético
  • Objetividade e subjetividade em CV/no poema
  • Figuras de estilo relevantes no poema - exemplos
Próximas tarefas 11º B:


semana de 1 a 5 de junho
Ficha formativa – educação literária 
 
Leitura + Gramática
Manual, pp. 346-347 – Grupo I 
 
pp. 348-349
Questionário oral; discussão/partilha de reflexões e esclarecimento de dúvidas
 
Correção da ficha
  TEAMS (6a. feira , 5/06)
 
 
 
 
Cenários de resposta (blogue - a 5/06)

79 comentários:

Anónimo disse...

Bom dia professora,

Na liguagem que Cesário Verde utiliza, aparecem como exemplos de palavras cujo ritmo e sonoridade eram improváveis as palavras macadamizadas e apoplexia. Poderia esclarecer me o que significam?

Carolina Nascimento

Noémia Santos disse...


Bom dia! A semana correu bem? Todos com saúde? Oxalá!

Hoje vamos começar por algumas perguntas diretas. Eu espero um pouco para responderem. Depois vamos às dúvidas.

Então:

1 - Dá/Deem 3 exemplos de versos/expressões que permitem situar na História/na época de 1880.

2 - CV traz para a poesia as figuras mais simples e humildes da sociedade. Neste poema, quais?

3 - Para cada um de vocês, qual a melhor frase/o melhor verso para descrever a cidade?

Noémia Santos disse...


Olá, Carolina.
Posso pois.

Já digo.

Anónimo disse...

Bom dia professora,
ao realizar os exercícios obtive uma dúvida no 4.
Eu penso que no verso 18 Cesário se esteja a referir à figura dos calafates de modo quase a ridicularizar a sua aparência, mas é nessa minha interpretação que tenho dúvidas, pois sei que o autor usa sempre uma descrição mais realista e ,na minha opinião, muitas vezes impiedosa.

Obrigado,
Rodrigo Reis

Noémia Santos disse...

Mac Adam foi o engenheiro responsável por uma forma de pavimentar as ruas, constituída por uma alternância entre pedra e brita e saibro, tudo muito bem calcado. Tal era uma novidade e progresso em relação às ruas de terra.
macadamizadas = à maneiro do Mac Adam: é uma corruptela - neste caso criada a partir do nome do sr.

Apoplexia - Doença do foro nervoso.

Anónimo disse...

Bom dia professora
Relativamente à pergunta 7 do questionário da página 333, devemos referir de o sujeito poético querer "evocar um trabalho"relativamente aos portugueses e aos Descobrimentos com o intuito de contrastar os momentos de glória do passado com os momentos tristes e degradantes que a cidade oferecia naquela época para quem vivia em Lisboa?
Obrigada.

André Francisco.

Noémia Santos disse...


Rodrigo, obrigada pela dúvida. Já respondo.

Mas leste o meu pedido? Antes de irmos às dúvidas reponde aos 2 pontos que perguntei, sim...
Até já.

Anónimo disse...

Agora faz mais sentido o sentido da palavra.
Muito Obrigada

Carolina N.

Noémia Santos disse...

Rodrigo

A tua observação tem uma questão muito pertinente - de facto, a descrição que Cesário faz das profissões mais duras, das condições de pobreza, dos próprios pobres é frequentemente, dura e impiedosa.

Discordo é do «ridicularizar». Não: o que é novo e importante em CV é que ele não apresenta uma imagem romântica ou choramingas ou «fofinha» da pobreza; não tem graça nenhuma ser pobre, ter uma vida dura. Daí, ele ser direto, realista.

No verso 18 - a questão ~e a da adjetivação - enfarruscados, secos - que dá essa dimensão do trabalho, da pobreza (secura de carnes, eram magros). Também é novo a referência Às peças de roupa e ao movimento - o jaquetão ao ombro, parece um quadro vivo!

Diz se ficou claro, sim?

Anónimo disse...

1 -

2 - calafates,carpinteiro,querubim do lar (fada do lar) mulheres do povo que ficavam em casa a fazer a lida

3 - "E os edifícios, com as chaminés, e a turba
Toldam-se duma cor monótona e londrina."

João Ferreira

(duvida)
estou a ter dificuldade em encontra expressões que mostrem que o eu poético está a descrever lisboa em 1880

Noémia Santos disse...

Francisco
Quando é que este poema é escrito e onde é publicado? Lembras?

1880, exato, num nº da revista dedicado às comemorações do tricentenário da morte de Camões - 1580-1880).

A novidade e estranheza está na forma como Cesário escreve em homenagem este longo poema, onde os ecos desse tempo antigo já só são trazidos pela memória e pela vista do Tejo, que é o mesmo, mas é outro, tem uma vida diferente.

É um poema nada épico, é o contrário disso - Cesário não destaca a grandeza, as «soberbas» naus, mas «botes» uma Lisboa mercantil, cheia de contraste, de miséria, de DOR.
Dá uma espreitadela na parte IV.

Anónimo disse...

2 – Neste poema aparecem figuras mais simples e modestas que constituem um tipo social mais baixo também caraterizador desta nova poesia realista de Cesário Verde, entre elas destacam-se os calafates, as obreiras e as varinas

Bruno Azevedo

Noémia Santos disse...


João F.

«expressões que mostrem que o eu poético está a descrever Lisboa em 1880»

Na sequência do que vimos nos documentários e no texto de MFM, CV traz um tempo e um espaço muito concreto de Lx para os poemas, certo? Então, o que há aqui que nos indica esse período (não exatamente o ano, claro, a época).

O que nos remete para a 2ª metade do séc. XIX?

Anónimo disse...

1 - "O gás extravasado enjoa-me, perturba"; "Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!"; "As edificações somente emadeiradas", estes versos demonstram que ainda não existem inovações nas construções das casas e edifícios e nos sistemas de transporte mais comuns, tendendo assim para épocas mais antigas, neste caso época de 1880.

2 - Carpinteiros, calafates, querubins do lar, varinas.

3 - "Há tal soturnidade, há tal melancolia".

Carolina N.

Noémia Santos disse...



Sim, Bruno. Claro que CV também traz outras figuras da cidade - aqui, os lojistas, as donas de casa, mais os que têm posses - os «Felizes!» que vão apanhar o comboio para grandes cidades da Europa.

Mas é o modo como os descreve que também é novo. Como respondi ao Rodrigo. Viste?

Anónimo disse...

Bom dia professora,

1. “Levando à via-férrea os que se vão.”
“As edificações somente emadeiradas;”
“Embrenho-me, a cismar, por borqueirões por becos,/ Ou erro pelo cais a que se atracam botes.”

2.
Calafates, dentistas, querubins do lar e varinas.

3.
“Nas nossas ruas,(...) Há tal soturnidade, há tal melancolia,”

Catarina Vieira

Unknown disse...

Bom dia
Um exemplo de expressões que permitam situar na época de 1880 pode ser no final quando o autor fala sobre o peixe podre gerar focos de infeção, e no ano de 1880 foi descoberta que a tuberculose é contagiosa.
Alexandre Santos

Noémia Santos disse...



Certo, Carolina.

Mas na 1., há outros elementos que remetem para uma determinada época, para elementos que não existiam antes. Viste a reposta que dei ao João? Vê lá!

Noémia Santos disse...



Sim, Alexandre, muito importante.

Mas repara, na sequência de observações anteriores, acerca de meios de transporte, não há lá nada?

E de iluminação pública, também não?

E a industrialização com os seus fumos e poluição não aparecem?

Anónimo disse...

Bom dia professora!

Tenho algumas duvidas para colocar.

Vou deixar aqui resposta aos 3 tópicos que a professora aí pôs:

1-Expressões como por exemplo carros de aluguer, trem de praça e calafates, tudo coisas típicas dessa epoca.

2 - Cesario traz para este poema figuras como "dois dentistas", "calafates", "um tropego arlequim", figuras da sociedade comum. Cesario consegue inclui-las na sua poesia e fazer delas objetos poeticos

3-Para mim, o melhor verso para descrever a cidade é "há tal soturnidade, tal melacolia
(...)
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer". Esta frase por si afirma que o ambiente de Lisboa era escura e triste. Cesaeio utiliza estes adjetivos com conotação negativa para descrever os objetos que caracterizam Lisboa

Guilherme Frois

Anónimo disse...

Tudo de boa saúde professora e consigo?

1. Três exemplos que nos permitem situar na época de 1880 são por exemplo, o verso 18 " Voltam os calafates, aos magotes," e o verso 33 "Vazam-se os arsenais e as oficinas;" pois ambos falam de empregos mais populares naquela época na zona de Lisboa; e, é também o verso 41 "Descalças! Nas descargas de carvão,", pois na altura o carvão era um dos principais combustíveis e era também comum ver pessoas descalças.

2.Para este poema Cesário traz carpinteiros, dentistas, varinas, marinheiros e calafates, o autor faz destas profissões objetos poéticos.

3.Na minha opinião o verso que melhor descreveu a cidade foi o verso 2 "Há tal soturnidade, há tal melancolia," pois descreve Lisboa apenas com dois nomes, "soturnidade" e "melancolia" e ambos mostram tristeza e escuridão, sendo soturnidade algo sombrio e melancolia uma tristeza profunda.

Mais uma vez obrigado pela atenção,
Rodrigo Reis

Noémia Santos disse...



Catarina, na 1. tens elementos certos. Agora acrescenta. Vê o que disse ao João e ao Alexandre.

Anónimo disse...

OK porf. sendo assim a minha resposta para o 1 será
1-"voltam os calafates, aos magotes,
e jaquetão ao ombro,enfarruscados e secos;"
"E algumas, á cabeça, embalam nas canastras
os filhos que depois naufragam nas tormentas"

João F.

Anónimo disse...

Muito obrigado professora, fiquei esclarecido.

Rodrigo Reis

Anónimo disse...

Bom dia professora, espero que esteja tudo bem consigo!

Deixo em baixo as minhas respostas ás perguntas que nos deixou.

1- Três versos/expressões que nos podem situar temporalmente são: “E apinham-se num bairro aonde miam gatas, / e o peixe podre gera focos de infeção”, “Num trem de praça arrenegam dois dentistas” e “E os edifícios, com as chaminés, e a turba”.

2- Algumas das figuras mas modestas que Cesário Verde traz para este poema são os carpinteiros, os calafates, as obreiras e as varinas.

3- Na minha opinião o verso que melhor descreve a cidade é :“Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia”.


Pedro Duarte

Noémia Santos disse...



Guilherme e Rodrigo

Boas escolhas. Todavia, vamos fechar esta parte e na 1 era importante referir:
- os comboios - a via férrea (que era ainda uma novidade com 20 anos)
- os carros de aluguer
- os candeeiros a gás (que o texto e as imagens que publiquei mostravam bem)
- a referências às exposições internacionais, uma moda recente
- os hotéis da moda


Agora vamos às DÚVIDAS SOBRE O QUESTIONÁRIO

Noémia Santos disse...

Obrigada, Pedro.

Laura 11°B disse...

Bom dia,
Quando o sujeito poético afirma "E o fim de tarde inspira-me e incomoda-me" parece estar a contradizer-se mas eu acho que não é isso que o poeta quer transmitir... O que é que o poeta quer dizer ao certo com este verso?

Anónimo disse...

Bom dia professora.

1- "O gás extravasado enjoa-me, perturba";"As edificações somente emadeiradas";"-"voltam os calafates, aos magotes,e jaquetão ao ombro,enfarruscados e secos". Estes versosmostram como Portugal se encontrava deorganizado e um pouco pobre, situando-o na época.

2-Cesário traz figuras como os calafetes, as varinas.

3-"Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia”.

Achei interessante neste poema podermos confirmar o que tinhamos ouvido sobre Cesário anteriormente, como o uso das palavras menos poéticas e a sua empatia pelas profissões de grau mais baixo.
Ao resolver o questionário fiquei com dúvidas no exercício 6,poderia esclarecer?

Raquel Domingos

Anónimo disse...

Professora, eu tenho uma duvida na interpretação do texto.
Na 6º quadra de “o sentimento dum Ocidental” Cesário Verde menciona as crónicas navais. Esta menção é feita por admiração aos feitos de Portugal no passado ou pela necessidade de regresso aos tempos em que Portugal era o “centro do mundo”, aos tempos de ribalta?

Pedro Duarte


Anónimo disse...

3 – Para mim uma das melhores descrições da cidade é: «E apinham-se num bairro aonde miam gatas, / E o peixe podre gera os focos de infeção!», pois retrata a sociedade lisboeta do séc. XIX que está, progressivamente, a degradar-se cada vez mais e que é constituída por altos contrastes sociais, onde existe uma grande discrepância entre os que vivem amontoados em bairros imundos e quase inumanos e os outros que residem no seio do seu conforto e comodidade.

Bruno Azevedo

Anónimo disse...

(continuação da resposta 1)

"E os edifícios, com as chaminés, e a turba
toldam-se uma cor monótona e londrina."

"levando á via-férrea os que se vão"


(duvida)
fiquei com uma duvida em relação á posição das mulheres pois em muitos retratos da sociedade dessa época á retratos das mulheres trablhando tambem na clase operaria ou em mercados mas CV refere-se a elas também como querubins do lar(fadas do lar) mulheres que ficavam a fazer a lida da casa, seno que nas classes mais baixas tanto o homem como a mulher precisavam e trabalhar para sustentar a casa e nas classes mais altas asa mulheres não se prestavam a esse tipo de papeis a minha questão é a seguinte, se CV está se a referir as mulheres cujo a sua profissão era limpar as casas da população mais abastada ou se era um meio termo entre as classes mais baixas e as classes mais altas

João F.

Anónimo disse...

1. “As edificações somente emadeiradas”- v. 14
“Num trem de praça (...)”
2. Carpinteiros, dentistas, calafates e querubins do lar
3. “Nas nossas ruas, ao acontecer,/ Há tal soturnidade, há tal melancolia

Duarte Pires

Anónimo disse...

Bom dia professora,

Sobre a primeira pergunta penso que os versos que nos permitem situar o poema na época de 1880 são: Verso 6 "o gás extravasado enjoa-me,perturba;" faz referencia as candeeiros a gás instalados nas ruas de Lisboa em 1878; Verso 44 "e o peixe podre gera focos de infecção!" faz referencia as doenças que assombravam a cidade de Lisboa nesse tempo, como por exemplo, a febre amarela; e por ultimo o verso 10 "Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!" faz referencia a um dos mais novos meios de transporte, a locomotiva a vapor.
Sobre a segunda pergunta Cesário Verde traz para a sua poesia o povo pobre de Lisboa, sendo referidos neste poema, os calafates.
Sobre a terceira pergunta a frase que para mim melhor caracteriza Lisboa é o verso 7 e 8 "E os edifícios, com as chaminés, e a turba/Toldam-se duma cor monótona e londrina.

Lucas Jorge

Anónimo disse...

Eu tive duvidas na pergunta 6. Eu percebi de todo que o sujeito poetico se sentia preso a algo. O que eu não percebi era se ele se referia à "melancolia e soturnidade" de Lisboa, ou se era à Lisboa em si, porque ele de facto faz uma poesia tão realista e detalhada da cidade, que dá até ideia que ele é que não se quer libertar Não sei se expliquei bem a duvida.

Guilherme Frois

Anónimo disse...

Bom dia professora,

1- Primeiramente temos no verso 6 "O gás extravasado enjoa-me" referindo-se á utilização de candeeiros a gás que começaram a ser instalados naquela época, de seguida temos no 14 "edificações somente emadeiradas" que demonstram a construção precária da época, por último
no verso 45 "E o peixe podre gera focos de infeção!" que demonstra as péssimas condições vividas na época, principalmente nos bairros mas pobres.

2- Cesário Verde traz algumas figuras mais simples e humildes, entre elas os carpinteiros, querubins do lar e varinas, entre outras mais.

3- O verso quem melhor descreve a cidade é o verso 45 " E o peixe podre gera os focos de infeção" que demonstra as condições precárias no qual a maior parte da cidade vivia.

Afonso Claudino.

Noémia Santos disse...


Vamos às dúvidas.

Antes, só dizer ao Pedro que a ideia de referir o carvão enquanto combustível - descarregado de manhã à noite, logo em grandes quantidades, foi muito interessante.

Agora, Laura:
"Quando o sujeito poético afirma "E o fim de tarde inspira-me e incomoda-me" parece estar a contradizer-se mas eu acho que não é isso que o poeta quer transmitir... O que é que o poeta quer dizer ao certo com este verso?"

Pois é uma questão tua muito inteligente e é uma chave para compreender o poema e a forma de CV fazer poesia. Eu explico:

Anónimo disse...

Bom dia professora

1- No verso 6 da segunda quadra - "O gás extravassado enjoa-me, perturba;" este verso refere-se aos candeeiros a gás que haviam pela cidade de Lisboa; o verso 44 na última quadra - " E o peixe podre gera os focos de infeção" este verso é uma referência às doenças que haviam na altura, nomeadamente a cólera, febre alta, entre outras; e por ultimo o verso 10 na terceira quadra - "Levando à via-férrea os que se vão. Felizes! " neste verso concluímos que naquela época um dos novos meios de transporte eram as locomotivas.

2- Cesário Verde neste poema descreve as figuras mais simples e humildes, presentes na capital, tais como: os dentistas, os carpinteiros, as varinas, as obreiras.

3- Para mim os versos que melhor descrevem a cidade de Lisboa são o versos "Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia" e "e os edifícios, com as chaminés, e a turba"

João Rego

Anónimo disse...

1.
Três exemplos de expressões que nos permitem situar são: "semelham-se a gaiolas com viveiros, as edificações somente emadeiradas" a construção em gaiola surge pouco depois do terremoto de 1775 sendo em todas as casas, outra expressão que nos permite localizar nesta época é " de um couraçado inglês vogam os escaleres " altura do ultimato inglês 1890 e ainda por fim o verso 10 nas palavras " levando á via férrea os que se vão " sendo que as linhas férreas só foram concluídas no final do séc 19. Conseguimos assim localizar o poema nesta época.

2.
Cesário Verde traz para a sua poesia os mais injustiçados os mais trabalhadores e os menos valorizados: dentistas, obreiras, carpinteiros, peixeiras etc.

3.
A primeira estrofe.

Mário Ribeiro.

Anónimo disse...

Bom dia professora,
Envio a proposta de respostas ás perguntas solicitadas:
1- "O gás extravasado enjoa-me, perturba", este verso é uma referência aos candeeiros instalados na zona do Chiado na época de 1880, que como eram uma novidade e infelizmente libertavam muito gás e deixavam um perturbante mau pela cidade.
" Levando à via-férrea os que vão. Felizes!", aqui fala-nos das pessoas que andavam na via-férrea na altura, que era uma coisa comum para se deslocarem.
" As edificações somente emadeiradas" com este verso conseguimos nos localizar na época pois, demonstra a construção precária de Lisboa na altura.

2- CV nos seus poemas traz muitas figuras simples e humildes e neste poema não é diferente, entre elas estão presentes carpinteiros, mouros, dentistas, os calafates, os "querubins do lar" que eram as donas de casa, entre muitas outras personagens.

3- Na minha opinião o verso que melhor descreve a cidade na altura é o ultimo, " E o peixe podre gera os focos de infeção!" que demonstra os problemas de saúde da época, na cidade de Lisboa, e mostra que o povo enfrentava muitas infeçoes, devido à falta de higiene e apoio à saúde.

Francisco Quaresma

Noémia Santos disse...

Todo este universo, este ambiente de contrastes, de atraso em relação aos países mais desenvolvidos, de vida entre prédios, pequena, sufocante, de profissões difíceis, gente que sofre, condições miseráveis, fumo, gás, etc. dão tristeza, preocupação, desejo de deixar-se ir/sofrer.

TODAVIA

Cesário não é um analista social, um jornalista, um historiador; é um poeta.

E todo este mundo ao contrário, desequilibrado e tristonho, também dá muitas razões para a escrita. O Poeta embrenha-se, passeia, deambula, percorre estas ruas e capta o movimento, a cor, a energia, até a beleza e a alegria (repara na descrição das varinas «galhofeiras«).

Certo?

Anónimo disse...

Bom dia professora,
Antes de mais nada espero que se encontre bem!
Então vamos lá às vezes

1- 3 exemplos de versos/expressões que permitem situar na História/na época de 1880 são, "Semelham-se a gaiolas, com viveiros/ As edificações somente emadeiradas", a construção em gaiola surge após o terramoto de 1755, sendo utilizada ainda durante vários anos. Outro exemplo que permite situar na História/na época de 1880 é "De um couraçado inglês vogam os escalares" altura do ultimato de inglês. Por ultimo no verso, "Levando à via-férrea os que se vão." sabendo que as linhas férreas só foram concluídas no final do século IX.

2- As figuras mais simples e humildes da sociedade neste poema são dentistas, carpinteiros, obreiras e peixeiras.

3- Na minha opinião o melhor verso que descreve a cidade é "Desde manhã à noite, a bordo das fragatas/E apinham-se num bairro aonde miam gatas,/E o peixe podre gera os focos de infeção!

Beatriz Salgueiro 11B


Anónimo disse...

Professora surgiu-me uma dúvida quanto á transfiguração das varinas não, entendi bem essa pergunta (nº3). Obrigado. Mário Ribeiro.

Anónimo disse...

1-Semelham-se a gaiolas,com viveiros,/As edificações somente emadeiradas" 1ªestrofe pág.332 aparece a construção em gaiola após o terramoto de 1755.
"De um couraçado inglês vogam os escaleres;" altura do ultimato inglês 1890.
E por fim verso.10 " Levando à via-férrea os que vão.Felizes!" estas vias-férreas foram concluídas no final do séc.IXX.
2-Carpinteiros,varonistas,dentistas...
3-"E os edifícios, com as chaminés, e a turba/ Toldam-se duma cor monótona e londrina"

André Francisco

Anónimo disse...

Bom dia professora.
Publicarei as perguntas no próximo comentário, aqui está a respostas às perguntas divulgadas.
1-Três expressões que nos permitem situar na época de 1880 são por exemplo:" O gás extravasado enjoa-me";"Levando da via-férrea os que se vão"; "Descalças! Nas descargas de carvão".
2- Cesário Verde retrata pessoas simples e humildes neste poema tais como os calafates, os carpinteiros, as querubins do lar, as obreiras, as galhofeiras e as varinas.
3-Para mim a frase que descreve melhor a cidade é: Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia/ Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.

João Bernardote.

Anónimo disse...

Professora reparei que pus um sete a mais na minha resposta, 1755". Obrigado e desculpe. Mário Ribeiro.

Ricardo G disse...

1-No poema "O Sentimento dum Ocidental" podemos encontrar muitas das características da época de 1880, como por exemplo:" O gás extravasado enjoa-me, perturba" o que era muito frequente naquela época em que os candeeiros eram a gás, "Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!" a via férrea embora pouco usual na actualidade, teve um papel importante na época de Cesário e "As edificações somente emadeiradas", estando Cesário a passear por Lisboa, é bem provável que neste verso se refira ao sistema gaiola todo em madeira para construir as casas após o terramoto.
2-Os carpinteiro, os calafates, Os querubins do lar (A mulher domestica) e as obreiras
3-" E o peixe podre gera os focos de infecção" para mim este verso descreve a cidade, sujas e mal cheirosas onde a doença se propagava com mais facilidade.
Ricardo Garrido

Anónimo disse...

Certo professora. Obrigado!

Noémia Santos disse...

Raquel
"fiquei com dúvidas no exercício 6,poderia esclarecer?"



Viste/Viram o meu PPT - referente ao desejo de fuga?

O poeta sente-se, muitas vezes, aprisionado entre os prédios, a multidão, a falta de saluridade da cidade, o seu atraso.

Então, surgem formas de «fugir»:
- Pela imaginação, a criatividade (No poema Num Bairro Moderno está a descrever hortaliças e fruta duma vendedeira e começa a ter uma «visão de artista» e a inventar as formas dum corpo humano)
- Pela viagem, como na 3ª quadra
- pela memória - aqui associada ao tempo de Camões, às Descobertas, às soberbas naus que havia então no Tejo.

Anónimo disse...

ás perguntas* desculpe o engano

Beatriz Salgueiro 11B

Anónimo disse...

Bom dia professora

Relativamente ao questionário sobre "O Sentimento dum Ocidental" eu tenho dúvidas na questão 6, não consigo perceber como é que o "eu" se sente prisioneiro e pensa em libertar-se.

João Rego

Noémia Santos disse...

Pedro Duarte

Quanto a
"Na 6º quadra de “o sentimento dum Ocidental” Cesário Verde menciona as crónicas navais. Esta menção é feita por admiração aos feitos de Portugal no passado ou pela necessidade de regresso aos tempos em que Portugal era o “centro do mundo”, aos tempos de ribalta?"

Refiro
De certo. Agora, diz CV, no seu querido Tejo já não há «soberbas naus», há botes, atividade comercial, descargas de carvão.

Claro que no tempo de Camões também havia a miséria, os interesses comerciais, etc.

Mas o que é relevante é este poema ter sido publicado num nº especial da revista dedicado ao Tricentenário de Camões, como viram.

E Cesário reponde com um longo poema que é um quadro «anti-épico», sem grandeza, nem chama, nem arrojo, nem abertura.
É um diálogo muito desencantado e perturbador com o Camões e com Os Lusíadas.

Pedro, vai espreitar o final do poema, a parte IV - o mar agora já não é o das descobertas, o mar aberto e limpo. É um mar de fel - é a grande dor humana.

Noémia Santos disse...


João R. E Mário, obrigada pelos contributos.

Francisco, certíssimo. Só tens de rever o seguinte, mas fizeste bem lembrar o verso:

" As edificações somente emadeiradas" com este verso conseguimos nos localizar na época pois, demonstra a construção precária de Lisboa na altura."

Novos prédios estavam a ser construídos. Vimos que a população tinha duplicado. Lembras?

Anónimo disse...

Bom dia professora, espero que esteja tudo bem consigo! Envio as minhas propostas de resolução às perguntas solicitaďas.

1 - "Semelham-se a gaiolas, com viveiros,/As edificações somente emadeiradas" - Estes versos traduzem a qualidade que as habitações tinham na altura de Cesário.
"Levando à via férrea os que se vão! Felizes!" - Este verso dá a entender que é na época de Cesário pois o transporte mais utilizado eram os comboios.
"E o peixe podre gera os focos de infeção" - No meu entender este verso realça as doenças infecciosas que existiam na altura.

2 - Dentistas, obreiros, carpinteiros, peixeiras, varinas.

3 - No meu ponto de vista, o verso que melhor caracteriza Lisboa é "E o fim da tarde inspira me; e incomoda!"

Miguel Silva

Unknown disse...

1- "Voltam os calafates, aos magotes," (verso 17) - Calafates eram aqueles que cerravam as madeiras das embarcações para que não entrasse água nas mesmas; "Os querubins do lar flutuam nas janelas" (verso 31) - Mulheres que ficavam em casa o dia todo; "E o peixe podre gera os fodos de infeção" (verso 45) - Febre amarela e cólera.

2- Carpinteiros, querubins do lar e varinas.

3- "E os edifícios, com as chaminés, e a turba;"


Pedro Pinto

Otávio Domingues -- 12°A disse...

Bom dia professora e a todos os meus colegas,

Respostas das perguntas diretas:

1.- "De um coraçado inglês vogam os escaleres;", "'Descalças! Nas descargas de carvão," e "E o peixe podre gera focos de infecção!".

2.-Mestres carpinteiros, calafates, varanis, mouros, dentistas e marinheiros.

3.- "E o fim da tarde inspira-me; e incomoda!", escolhi essa frase pelo fato dela retratar a ideia de que um lado é tudo muito bonito e com muito frescor( lado onde encontra-se a população das classes mais ricas), enquanto do outro, encontra-se um lado sombrio e sufocante, que acaba por consumir as pessoas de forma física ou emocional(lado onde encontra-se a população das classes mais pobre).

Otávio Domingues - 11°B

Noémia Santos disse...



João Ferreira

Questões interessante. Todavia, nos poemas de Cesário ainda que com toda a atenção às classes mais simples - homens e mulheres - não há só varinas, engomadeiras e vendedeiras de fruta.
Cesário também traz para os poemas - as «fadas do lar», aqui «querubins do lar», as senhoras que fazem compras nas lojas da baixa, as «burguesinhas do catolicismo», como lhes chama, as coristas, bem como as mulheres belas ou diferentes ou frágeis que passam e deixam o poeta a sonhar, a imaginar impossíveis encontros.

Ou uma burguesa num piquenique, com um ramalhete de papoilas no decote.

Noémia Santos disse...


Betriz, bons contributos para a 1.

Mário, vamos à 3.

Repara - são varinas, simples, de vida dura,descalças, etc.
Mas CV é um artista e não se limita a dar o lado desgraçado e triste. Tambem as transfigura - dá-lhes dimensão, até beleza: compara-as a um cardume (andavam de negro, por luto, a taxa de mortalidade nos pescadores era grande e havia sempre um pai, um marido mortos na faina...), compara-as a Hércules, pela sua força, compara os troncos a pilastras, e até as mostras «galhoferas», com uma certa alegria de viver e estarem em conjunto.

É como uma pintura, um quadro - retrata-as com realismo mas também com «visão de artista».

Certo?

Anónimo disse...

Professora tenho uma dúvida

CV no poema diz que em Lisboa há soturnidade, sendo isto algo sombrio/escuro, e depois CV compara com a cor londrina. A minha dúvida é se Cesário quis também dizer que Londres era um sítio escuro sombrio?

Beatriz Salgueiro 11B

Noémia Santos disse...



Afonso, Lucas ...

Aos que ainda estavam com o 1º contributo, têm boas escolhas.

Mas acerca da época histórica há respostas e esclarecimentos que dão o quadro completo. Não deixem de ver e registar nos cadernos. Sim?

Anónimo disse...

Olá professora mais uma vez, tive alguns receios na minha intrepertação em ralação à terceira quadra "Batem carros de aluguer, ao fundo/ Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!/ Ocorrem-me em revista, exposições, países:/Madrid, Paris, Berlim, S.Petersburgo, o mundo!". Estaria Cesário Verde a criticar a imensa diferença social entre classes?
Também tive dúvida no exercício 7, penso que tenha como objetivo comparar Lisboa ou Portugal de antes e Lisboa de agora, gostaria que me esclarece-se em relação a essa ideia.

João Bernardote.

Noémia Santos disse...

Guilherme

" O que eu não percebi era se ele se referia à "melancolia e soturnidade" de Lisboa, ou se era à Lisboa em si, porque ele de facto faz uma poesia tão realista e detalhada da cidade, que dá até ideia que ele é que não se quer libertar"

Quer libertar mas também se serve dela enquanto motivo poético.

Os poetas não abordam só o que é belo, e são e alegre.
Mas o que os fascina, revolve, envolve, perturba.

Repara - o quadro de Lisboa é este - soturno e melancólico, mas também vivo e movimentado e perturbador.

NO entanto, Cesário é o grande poeta de Lisboa. Como nós em relação ao que amamos - também vemos os defeitos...

Noémia Santos disse...

Obrigado, João B.

Vê outras respostas para a 1.

Anónimo disse...

Professora, relativamente ao Estilo/Linguagem:

- Neste nova e inovadora poesia de Cesário Verde é utilizada uma descrição realista, uma descrição objetiva do real.
Contudo, «Cesário não é um analista social, um jornalista, um historiador; é um poeta» e por isso faz a transfiguração do real para a sua poesia, é isto?
Acha que poderia clarificar melhor a relação que ele faz entre a descrição objetiva do real e transfiguração do real.
Visto que estas duas vertentes, nunca até então, teriam sido utilizadas pelo mesmo poeta.

Bruno Azevedo

Otávio Domingues -- 12°A disse...

Professora, não estou percebendo a ideia da pergunta 7, pelo fato de não compreender a ideia da evocação do passado presente no texto. Como devo trabalhar essa ideia?

Otávio Domingues - 11°B

Anónimo disse...

Ricardo Duarte

1-"Batem os carros de aluguer"- verso 9; "As edificações somente emadeiradas:"- verso 14; "Levando a via-férrea ... /Madrid, Paris, Berlim, S.Petersburgo, o mundo!" - verso 10 e 12; "E o peixe podre gera focos de infecção"- verso 44.

2- Mestres carpinteiros, calafates, magotes, dentistas, querubins do lar, arlequim, lojistas.

3- Para mim o primeiro terceto seria o mais indicado para descrever Lisboa - "Nas nossas ruas, ao anoitecer,/Há tal melancolia,/ Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia/ Despertam-me um desejo absurdo de sofrer".

.Desculpe o atraso professora, mas pensava que a aula se iria realizar por turnos.

Noémia Santos disse...



Beatriz S.

Cá está a forma de CV arranjar adjetivos novos ou novas junções - «cor monótona», certo, pardacenta, cinzenta, vinda dos fumos, da névoa do rio, etc.

Então - o «londrina», porquê? Londres fora e era à época a cidade mais industrializada da Europa; então, os fumos das fábricas e barcos (tudo a carvão ou lenha)misturado com os nevoeiros dava aquilo que era conhecido como o famoso «fog» de Londres.

E CV compara.

Noémia Santos disse...

Quanto a
"Relativamente ao questionário sobre "O Sentimento dum Ocidental" eu tenho dúvidas na questão 6, não consigo perceber como é que o "eu" se sente prisioneiro e pensa em libertar-se."

Creio que não terás reparado na resposta que já dei.

Remete para o desejo de fuga (a cidade é bela e amada, mas também aprisiona, sufoca, limita).

Revê o PPT - fuga pela imaginação, pela viagem ou pela memória/a evocação um cenário passado ou a hipótese de um ceário futuro, imaginado)

Anónimo disse...

Muito obrigada professora, já percebi.
Bom fim de semana!

Beatriz Salgueiro

Noémia Santos disse...



Vou fechar com
"Professora, não estou percebendo a ideia da pergunta 7, pelo fato de não compreender a ideia da evocação do passado presente no texto. Como devo trabalhar essa ideia?"

Como referi a colegas (viste?), esta Lisboa de 1880 tem pouco de épico e de soberbas naus - tem navios, embarcações de carga, mercantis...«botes»

O poema foi publicado numa revista com um nº dedicado aos 300 anos da morte de Camões. Foi uma grande evocação nacional, estátua, artigos, homenagens várias. Então, o que é diferente, é a forma como Cesário parte desse momento celebratório e contrasta essa imagem de glória, grandeza, descoberta, epopeia - Os Lusíadas - e o presente.

É sobretudo o contraste não entre o real concreto de dois tempos (miséria, mercantilismo, contrastes abundavam na Lisboa camoniana, mas entre uma visão digamos mais inovadora, virada para fora, aberta ao mundo, de descoberta, energia, criatividade, grandeza - como a fixada por Camões em Os Lusíadas - e uma Lisboa pequenina, sem chama, sem alma.
O mar das Descobertas é, em Sentimento, um «sinistro mar» - o mar da dor humana.

Deve ter sido linda a reação dos leitores bem pensante e de certos críticos quando viram este poema tão anti-épico para comemorar o nosso épico!!!

Noémia Santos disse...



Aos dos Ricardos e a outros contributos, está tudo visto. Creio não terem posto dúvidas.

Poderão sempre fazê-lo depois.


6º feira é no Teams - com a Ficha feita no Cadernos. Vou ver alguns cadernos, certo?

Boa semana!

Noémia Santos disse...


Guilherme e outros

Tinha esquecido de partilhar este esclarecimento, da aula do 11º A. Creio que é útil.

«No verso 25, “E o fim da tarde inspira-me ; e incomoda!”, as palavras “inspira-me” e “incomoda” parecem contradizer-se, pois a primeira palavra tem sentido positivo e a segunda um sentido negativo.»

Superinteressante: sim, isso é não só novo na nossa poesia - os temas, as palavras, as figuras, a vida real - mas como bem observas, o que é genial é que CV - como poeta, como artista, como esteta - vê beleza poética nisso tudo; não acha a desgraça bonita, não é isso. Reconhece, isso sim, que todo este universo gigante, perturbador, contrastante, tanto enjoa e perturba como seduz, inquieta, atrai e inspira, como motivo poético, reflexão, observação.

É isso mesmo. Como na vida.
Nós somos simultaneamente observadores e influenciados/movidos pelo que observamos... A diferença do vulgo, é que CV viveu isso com grande génio e uma inovação das palavras poéticas invulgar, nova.

Noémia Santos disse...

Falta sílaba em "salubridade".

Noémia Santos disse...

Não tinha visto/corrigido o teu erro. Vai agora: onde é que foste buscar esta do Ultimato inglês? Tu e o André tresleram ou consultaram má fonte? Este poema é publicado em 1880, 10, dez anos antez do Ultimado!!!

Cuidado, esta vossa tendência para - em vez de usar os materiais recomendados e o vosso teabalho com o texto - ir buscar informação outra, dá mau resultado e retira credibilidade.

Noémia Santos disse...

Ler "antes", claro!

Noémia Santos disse...

Lucas, tens uma falha na data: os primeiros candeeiros a gás não foram instalados em 1878, mas 30 anos antes. Mas sim, persistiam em 1880. Mesmo os 1os. a eletricidsde eram só 6!

Noémia Santos disse...

Francisco
Os candeeiros a gás já não eram novidade... revê datas, no texto de Ma. Filomena Mónica.

Noémia Santos disse...

Mário, não tinha visto o teu erro (igual ao da Beatriz).
Onde foste/foram buscar o Ultimato inglês para aqui??? Leram mal? Consultaram má fonte?
Este poema é publicado em 1880. O Ultimato é de 1890, 10 anos depois!

Cuidado, porque descredibiliza o resto.

Noémia Santos disse...

Beatriz, afinal partilhas a falha relativa ao Ultimato (1890) com o Mário... o André está "inocente". Desculpas ao André!