terça-feira, 12 de outubro de 2021

Origem e evolução do Português 2

A Língua a Quem Chamo Eu


A língua a quem chamo eu, pertence ao grupo das línguas românicas, formado a partir do romanço lusitano, o léxico português tem origens latinas. Surgiu nos fins do século III a.C. (218 a.C.), data em que os Romanos chegaram à Península Ibérica e impõem a sua língua, o latim, e cultura aos povos aí existentes.

A esta invasão, por parte dos romanos, dá-se o nome de Romanização, processo de introdução da civilização romana na Península Ibérica, transformando comunidades locais e o espaço em que estas habitavam. Para além de uma nova organização administrativa, os romanos trouxeram a língua latina, que progressivamente, os povos da Península Ibérica foram adotando como idioma principal.
Anteriormente, à ocupação romana, a Península Ibérica, já havia sido povoada por outros povos como, os iberos, os celtas, os cartagineses, os fenícios, etc. deixando alguns vestígios das suas línguas no latim - Substratos.

Do século V ao século VIII, dá-se a queda do Império Romano do Ocidente (em 476) e ocorre a fixação na língua portuguesa de vestígios linguísticos dos povos germânicos (suevos e visigodos) e em seguida os visigodos, fazem sentir a sua influência na língua nativa, o latim - Superstratos.
Estes povos deixaram alguns vocábulos germânicos, relacionados como a temática militar, como por exemplo: aio, dardo, elmo, guerra, …, antropónimos (Afonso, Fernando, Rodrigo, …) e os topónimos (Gondomar e Guimarães).

Em 711, a Península Ibérica volta a ser invadida, desta vez pelos Árabes, acabando apenas por evacuar no século XIII. O léxico árabe é bastante variado, tendo vocábulos na área da alimentação (açorda, açúcar, aletria, …), do comércio, indústria e utensílios (albufeira, marfim, nora, …), de guerra (alarido, alcácer, zagaia, …), de ciências e cultura (álcool, aldeia, algarismo, …) e de antropónimos e topónimos (Albufeira, Alcântara, Alfama, …).


Por volta do século XII até ao século XV, a língua falada em Portugal assim como na Galiza, em Espanha, era o galego-português. No século XIII, o português é finalmente adotado como língua nos documentos oficiais, substituindo o latim, começando a automatizar-se progressivamente, marcando o início de uma nova língua que se estava a formar - Português Antigo.


Do século XVI até ao século XVIII, Portugal beneficia de um grande desenvolvimento a todos os níveis, designando-se este período português clássico, surgem nesta fase as primeiras gramáticas da língua.

Com a Expansão e com os Descobrimentos Marítimos, começam a surgir sinais, através das palavras correspondentes a novas realidades, como por exemplo em África (batuque, zebra, …), na Ásia (bambu, canja, …) e na América do Sul (amendoim, ananás, …).

No decorrer dos séculos XV a XVIII, Portugal recebe algumas influências de outras línguas europeias como: o italiano (alerta, capricho, …), o castelhano (camarada, cordilheira, …) e do francês (blusa, envelope, …).

A parir do século XIX, mantém-se a incorporação de vocábulos de outras línguas e tem início o período designado Português Contemporâneo. Até que, finalmente, nos séculos XX e XXI, verifica-se o enriquecimento deste léxico, através de vocábulos vindos de muitas línguas, sendo o inglês o  predominante, introduzidos nas áreas da tecnologia, da ciência e do espetáculo, por exemplo.
 

O português é, assim, uma língua de literatura, de cultura e de comunicação internacional:
-Falado em quatro continentes;
-5ª língua mais falada no mundo e a 3ª mais falada na Europa;
-Tem mais de 250 milhões de falantes nativos;
-E é largamente falado ou estudado como segunda língua em muitos países.

Esta é a língua a quem chamo eu!

M. Reis, 10ºB

8 de outubro de 2021

 

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