sábado, 8 de março de 2014

O Velho e o Mar

Para os que irão participar na inicativa - Dos Kamishibai às Novas Tecnologias e para os que apenas precisam de exemplos de crítica, aqui fica um dos grandes livros da literatura universal 

 O velho e o mar - Ernest Hemingway

"O velho e o mar começa por ser uma bela história de amor, compaixão e respeito entre um jovem e um velho. É algures em Cuba, numa terra de pescadores envolta em pobreza, que ambos vivem. Manolin é um jovem pescador que passa os seus dias a pescar e a cuidar do seu bom amigo, o velho Santiago.

Santiago é um pescador com provas dadas. O seu passado fala por si. Porém os últimos tempos não têm corrido de feição e há já quase três meses que não consegue pescar um único peixe.

Com o incentivo de Manolin, Santiago volta ao mar e vai bater-se durante quatro dias, em condições muito atrozes, com um enorme espadarte (cerca de 700 quilos). Só por si, pescar um peixe destes já é uma grande obra, mas se pensarmos que é um velho sozinho, num barco pouco maior que uma canoa, o cenário ainda se torna mais impensável. Ainda assim consegue capturá-lo mas como se afastou imenso da costa, o regresso é demorado. O sangue do espadarte atrai vários tubarões e o esforço de vários dias de luta dá em nada. Quando finalmente chega a terra apenas existe a carcaça e o que resta da cabeça do peixe.

A grande mensagem deste pequeno livro é que, por muitas adversidades que nos possam aparecer no caminho, nunca devemos desistir. Ernest Hemingway consegue escrever poesia em forma de prosa e singelamente fazer passar a sua mensagem. Embora não seja um exercício fácil, se eu tentasse arranjar um adjetivo para descrever a mensagem deste livro, penso que persistência espelha relativamente bem.

Outra mensagem implícita na obra é a nobreza de respeitar o animal que utilizamos para comer. Por várias vezes o pescador como que pede desculpa ao pescado, embora nunca haja sentimento de culpa pois sabe que irá honrar o fim a que se destina.

Depois de ter lido há algum tempo "O adeus às armas", O velho e o mar serviu essencialmente para recordar como se pode escrever com intensidade, descrever com precisão e imensa simplicidade. Gostei bastante de ler esta obra, por várias vezes senti-me no barco à deriva, com dores nas costas e as mãos em ferida. Tudo isto sem água... "

In Conspiração das Letras,  http://conspiracaodasletras.blogspot.pt/2013/09/o-velho-e-o-mar-ernest-hemingway.html

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