A pedido de vários alunos - e porque a ficha anterior ficara desconfigurada com a publicação -
segue
versão corrigida. Podem recorrer agora às páginas 2 e 3; em férias e no
2º período a página 1 também fará falta, para redigirem a vossa própria
crítica, como fizeram para o filme.
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Crítica de Livros (exemplos)
Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em A
Rapariga Que Roubava Livros,
vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra
mundial, onde ela tem uma função muito activa na recolha de almas
vítimas do conflito. E é por esta altura que se cruza pela segunda vez
com Liesel, uma menina de nove anos de idade, entregue para adopção, que
já tinha passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão.
Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de muitos
pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as dificuldades da
vida, dando um sentido à sua existência. Quando o roubou, ainda não
sabia ler, será com a ajuda do seu pai, um perfeito intérprete de
acordeão que passará a saber percorrer o caminho das letras, exorcizando
fantasmas do passado. Ao longo dos anos, Liesel continuará a dedicar-se
à prática de roubar livros e a encontrar-se com a morte, que irá sempre
utilizar um registo pouco sentimental embora humano e poético, atraindo
a atenção de quem a lê para cada frase, cada sentido, cada palavra. Um
livro soberbo que prima pela originalidade e que nos devolve um outro
olhar sobre os dias da guerra no coração da Alemanha e acima de tudo
pelo amor à literatura. In Livraria Bertrand
Com os
DRAGÕES DO ÉDEN, Prémio Pulitzer, para muitos a mais bela obra do autor, os
leitores de "Ciência Aberta" irão participar numa grande
aventura... Num Éden perdido onde os dragões reinavam encontram-se as
fundações da nossa inteligência e das nossas paixões...C. Sagan conduz-nos,
numa visita guiada, até esse mundo perdido... Harmonizando informação
científica e os grandes mitos do passado, utilizando a sua incomparável
capacidade de relacionamento e de diálogo com as diversas áreas do
conhecimento científico, com a filosofia e com a história, Sagan faz o ponto
de grandes espaços do saber humano, propondo hipóteses por vezes arrojadas,
mas sempre motivadoras - Carl Sagan é o professor que todos gostaríamos de
ter, ou ter tido, e os DRAGÕES DO ÉDEN são uma obra-prima de instrutivo
prazer. "Carl Sagan tem o toque de Midas. Transforma em ouro tudo aquilo
em que toca. Assim acontece com OS DRAGÕES DO ÉDEN. Nunca li nada tão
apaixonante sobre os temas."
Isaac Asimov (físico; autor de
livros de temática científica)
Não me Guardes no Coração
de José Leon Machado
Ana
Margarida Ramos, Universidade de Aveiro
A mais recente publicação de José
Leon Machado, o romance Não me Guardes no Coração, apresenta-se como
uma obra passível de diferentes leituras, algumas delas quase contraditórias
entre si. A par da aparente linea
ridade
(e até simplicidade) da intriga – que gira em torno das aventuras de férias
de um jovem universitário português em França durante quase um mês – somos
confrontados, de forma mais ou menos implícita, com um conjunto de questões
que nos obrigam a refletir sobre valores atuais e sobre diversos aspetos da
contemporaneidade. [...] O romance, ao narrar o encontro de jovens oriundos
de diferentes países, alguns da União Europeia, como é o caso de Portugal, da
França e da Bélgica, mas também da Noruega, de Israel, da Turquia e da
Argélia, permite dar conta de alguns estereótipos culturais, uma vez que,
apesar de muito jovens, as personagens revelam inúmeros preconceitos em
relação aos outros e face às diferenças existentes entre si. [...]
Sob a aparência de uma narrativa
idílica e juvenil de uma aventura amorosa e com recurso a uma linguagem
muitas vezes irónica e afetivamente distanciada, o romance traça uma imagem
disfórica e desesperançada do comportamento juvenil, demasiado codificado,
orientado por clichés e subjugado ao culto das aparências e ao
imediatismo das sensações, das emoções e dos afetos.
O processo de crescimento e
aprendizagem do protagonista não parece resultar das experiências realizadas
nem da novidade do encontro com os outros e com a diferença, uma vez que o
seu julgamento dos que o rodeiam é sempre feito em função do mesmo ponto de
vista que não é alterado com a sua estadia e vivência em França.
Entre o diário e a crónica de
viagens, o romance juvenil e o de aprendizagem, Não me Guardes no Coração
é uma obra que estimula a reflexão sobre a identidade nacional e a tolerância
e abertura face ao outro.
NOTA: Consultar os blogues sobre livros/leituras,
indicados no “asas-da-fantasia” e no “deve-e-haver”.
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2 e 3
Escola Secundária Henriques Nogueira Português, 10º ano – A e B 2015-2016
N.S.
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PROJETO
DE LEITURA
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Identificação
Bibliográfica
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Nomes
do(s) aluno(s) leitor(es) deste livro
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Género/Subgénero
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Registo
(sério, cómico, mordaz, crítico...)
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Breve
síntese
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Tema/Problema/Situação
sobre a qual se reflete
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Aspetos
que podem gerar algumas diferenças de opinião ou controvérsia interpretativa
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Frases/passagens
preferidas [indicar página(s)]
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Contributos
do livro
(para a
compreensão do mundo, das pessoas, de ti próprio, de um tema específico)
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Aspeto
menos conseguido/menos apreciado
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Informações
com interesse sobre o autor e a fortuna do livro
(edições, recepção do
público/da crítica, possível adaptação ao cinema/teatro...)
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