terça-feira, 3 de abril de 2018

Soneto

A síntese
Como prometido, destaco algumas das sínteses dos três pequenos textos sobre as composições de «medida nova» da lírica de Camões.
I.
«O soneto, que os clássicos souberam elevar à mais alta perfeição, consta de 4 estrofes: duas quadras e 2 tercetos, constituindo 14 versos. A rima é geralmente abba nas quadras e cde ou cdc nos tercetos, chamada rima emparelhada e interpolada, no primeiro caso, ou cruzada. Na 1ª quadra o poeta expõe a sua tese, na 2ª desenvolve-a, no 1º terceto confirma a tese, atingido o auge no último terceto.
Foi no séc. XIII que se impôs em Itália o verso de 10 sílabas, o decassílabo. (...)* Foi Sá de Miranda quem divulgou em Portugal o soneto antecamoniano, depois de passar alguns anos em Itália a conhecer de perto os mais afamados escritores italianos.
Os poetas portugueses lidavam inicialmente com alguma dificuldade com o decassílabo, mas Camões com a sua vocação lírica definiu o tom do soneto português quinhentista. »
Miguel Pinto 10ºA
 Na Imagem - Ludovico Ariosto, 1474-1533, o poeta mais famoso nos tempo em que Sá de Miranda frequentou os círculos literários em Itália.
* retirado, por conter imprecisões. 

II. 

O soneto, caracterizado por ser o mais célebre sistema estrófico, é constituído por quatro estrofes: duas quadras e dois tercetos, perfazendo, catorze versos.  O esquema rimático geralmente é abba nas quadras, e cdc ou cde nos tercetos, apresentando rima emparelhada, interpolada e cruzada. Na primeira quadra o poeta expõe o seu pensamento, na segunda explana-o e, no primeiro terceto o poeta confirma-o, concluindo o poema com "chave de ouro".
 Este estilo foi divulgado em Portugal por Sá de Miranda após regressar de Itália onde este estilo era conhecido como "dolce stil nuovo". Na sua viagem a Itália, Sá de Miranda teve a oportunidade de conhecer os grandes italianos vivos, entre eles, Bembo, Sannazzaro, Sadoletto e Ariosto.
                                                                                                                              Henrique Santos 10ªA
 Na imagem - Jacopo Sannazaro, 1455 - 1530 - poeta e humanista italiano; os seus sonetos e canções, inspirados em Petrarca, anunciam a poesia do século XVI
 III

O soneto contém quatro estrofes: duas quadras e dois tercetos, fazendo catorze versos. O esquema rimático é geralmente abba, nas quadras, e cde ou cdc, nos tercetos. Sendo assim, a rima é emparelhada, interpolada e cruzado. Na poesia clássica portuguesa, o decassílabo é o verso próprio do soneto, por ser considerado como o mais belo e grave.
Quem divulgou o género em Portugal foi Francisco Sá de Miranda (1481-1558), quando regressou de Itália. Em 1521 voltou a Itália, onde teve a oportunidade de conhecer mais de perto os grandes escritores Italianos vivos, Bembo, Sannazzaro, Sadoletto e Ariosto.
  
Na imagem - Francisco de Sá de Miranda, 1481-1558, a ele se deve a introdução do verso decassilábico, a par das novas formas poéticas. Foi o introdutor da escola italiana, do Renascimento literário em Portugal.
 Diogo Peliz 10ºA

"O soneto é composto por quatro estrofes: duas quadras e dois tercetos, perfazendo catorze versos de dez sílabas, decassílabos. Apresenta rima emparelhada, interpolada e cruzada. O ultimo terceto encerra com chave de ouro, ou seja, com um verso que encerra um pensamento elevado, uma conclusão inesperada.
   O género foi consagrado em Itália, no século XIII e trazido para Portugal por Sá de Miranda no século XVI, após voltar de uma viagem a Itália. Camões assegurou o triunfo do soneto tendo uma enorme vocação, assim como um gosto pela «análise das finezas amorosas unido à musicalidade feliz que dava ao decassílabo.»" 
Tomás Antunes

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