sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Esclarecimento de dúvidas



VILANCETE

O vilancete é um poema construído em medida velha (redondilha) e a partir de um mote de dois ou três versos. Quando o último verso do mote é repetido no último verso do poema, temos um vilancete perfeito. Como vimos nas apresentações, o "Descalça vai para a fonte" é um famoso exemplo.
 ESPARSA
É uma composição poética de tema amoroso que não é precedida nem de glosa nem de mote, constituída por uma única estrofe de redondilha maior, com oito a dezasseis versos. Tem, por vezes, um caráter triste, lamentoso; os temas privilegiados neste género são o amor, a fortuna, a ordem ou desordem do mundo.
Generalizou-se  na Península Ibérica a partir do século XV e está presente no Cancioneiro Geral.


ENDECHA

Termo derivado do latim indicta, que era uma declaração das virtudes dos mortos, designando originalmente canção fúnebre em honra de alguém que falecera. 
Em Portugal, a endecha foi cultivada nos séculos XVI e XVII e não possui este carácter fúnebre originário. Trata-se, ainda assim, de uma composição de tom melancólico e triste. Os versos são de cinco ou seis sílabas (redondilha), e estão geralmente agrupados em quadras segundo os esquemas rimáticos ABCB, ABAB ou ABBA. 

A composição de Camões que estudámos - «Endechas a uma cativa com quem andava de amores na Índia, chamada Bárbara», vulgarmente conhecida como «Endechas a Bárbara Escrava», é exemplo de endechas. O plural endechas deve-se ao facto de a cada quadra se atribuir o nome de endecha e o poema ser constituído por mais de uma estrofe. 



1 comentário:

Ana Go disse...

Tenho uma dúvida, o que é que é um nome epiceno ?