domingo, 14 de dezembro de 2014

A voz do leitor

 
Cumprida que está a 1ª parte relativa à partilha das Leituras pessoais, deixo as referências para a FASE II - escrita sobre os livros, em que cada um, enquanto leitor, vai fazer ouvir a sua voz crítica.
 
FASE II
CRÍTICA DE LIVROS
 
Agora que já apresentaram o livro e registaram as vossas conclusões,
está na altura de pensarem no TEXTO CRÍTICO
  1. Leiam, com atenção, exemplos de CRÍTICA DE LIVROS publicadas em jornais e revistas, por ex., ler on-line:
 
  1. Decidam o tipo de crítica que desejam fazer, o registo que querem adotar e planifiquem o texto (nos cadernos).
 
  1. Escrevam o vosso texto.
 
NOTAS:
a. Se assim o preferirem, podem escrever diretamente no blogue.
 
b. Podem escrever sobre o livro que apresentaram em aula ou sobre um dos Livros do CONCURSO NACIONAL DE LEITURA
 

 

5 comentários:

Anónimo disse...

O livro que li tem o título de Longe do meu coração e foi escritor pelo autor português Júlio Magalhães. O tema central do livro é a emigração de vários portugueses para França, na década de 60, à procura de melhores condições de vida e fugirem à miséria e à ditadura do seu país.
Na minha opinião este livro tem vários aspetos positivos destacando-se assim, que mesmo sendo um livro na qual a sua base é o tema da História de Portugal mesmo quem não goste muito desta área gostará bastante do livro pois não é exaustivo com factos históricos e ainda quem desconhece ou tem poucos conhecimento sobre a vida em Portugal nesta época ou os motivos desta grande emigração é tudo explicado no livro sem ser de forma exaustiva, daí o livro poder ser lido por várias gerações. Este livro consegue ainda reforçar a ideia que o povo português possui uma enorme vontade de trabalhar, digo isto pois os portugueses tinham que emigrar clandestinamente para França, nas condições mais precárias, para um país novo e totalmente desconhecido mas com a ideia fixa de trabalhar bastante e construir uma riqueza e ainda assim enviar dinheiro para ajudar a família que deixara no seu país.
Outro aspeto positivo do livro é que no início do livro a vida da personagem não se encontra nas melhores condições, a sua vida no país que o viu crescer é péssima, tem que emigrar para um país totalmente desconhecido, o seu pai morre, tem que deixar a sua mãe sozinha no seu país, as condições péssimas que enfrenta ao emigrar clandestinamente, a morte do seu melhor amigo de infância e companheiro na viagem de emigração, as condições que tem que enfrentar no bidonville (nome dado ao bairro de portugueses emigrantes em França com condições péssimas – sem água canalizada, sem eletricidade, entre outras); mas a partir do momento em que a personagem principal começa a trabalhar neste país tudo muda radicalmente o que dá a ideia que graças ao trabalho todos os sonhos e ambições são possíveis.
A forma como é descrita a emigração clandestina da personagem principal e do seu melhor amigo é feita de forma brilhante com descrição de alguns dos perigos e riscos da viagem naquela época.
A escrita do autor é bastante clara o que torna a leitura acessível a várias idades e gerações. A meu ver este livro retrata um período da História de Portugal em que a emigração está associada a problemas económicos no próprio país. Atualmente, Portugal enfrenta uma crise económica e associada a esta, está o aumento da emigração de pessoas que procuram melhores condições de vida. O que indica que as crises e os elevados níveis de emigração para além de estar associados não são casos únicos na história de um país, mas sim momentos que se repetem várias vezes ao longo da mesma.

Ana Isabel Gomes, 11ºA - Nº5

Unknown disse...

Boa tarde professora, na crítica ao livro é necessário incluir uma pequena bibliografia ou é facultativo?
Inês Santos 11ºA

Anónimo disse...

Prometo amar-te é um relato de uma história verídica, escrita por Kim e Krickitt Carpenter (personagens principais do livro) com o auxílio de Dana Wilkerson.
Quando começamos a ler acompanhamos a história de Krickitt que sofre um grave acidente de carro que lhe provoca uma amnesia profunda e do seu marido Kim que luta com todas as suas forças pelo amor da sua que não se consegue recordar dele, deixando sempre nas mãos de Deus o seu futuro e o do seu casamento.
A autora escreveu este livro de uma forma excecional e direta permitindo-nos perceber as dificuldades entre o casal sem nunca achar-mos monótono ou previsível tudo o que se vai passando.
Uma história arrebatadora que deixa qualquer leitor crente e com uma perspetiva diferente do que é viver numa situação de grande stress, tanto a nível sentimental com a nível financeiro.
Por fim devo dizer que este é um livro principalmente religioso, onde mostra como o amor é capaz de produzir milagres.

Mariana Ramos 11ºA nº26

Unknown disse...

Já tinha ouvido falar no filme mas nunca tive grande curiosidade em vê-lo. No entanto, quando me contaram um breve resumo do livro fiquei curiosa e decidi lê-lo.
A vida de Pi é um livro que retrata a coragem, a sobrevivência, a solidão, a persistência, o autodomínio, o desespero e a crença no impossível com grande realismo.
O livro está dividido em três partes. Numa primeira parte, o autor descreve uma Índia cheia de tradições, cheiros e cores. Encontramos a família de Piscine Molitor Pattel, mais conhecido por Pi, todos eles muito cépticos em relação à religião e às crenças, à exceção de Pi que não encontrava nenhuma contradição em ter uma fé tripartida, visto que era Hindu, Muçulmano e Cristão ao mesmo tempo.
Na segunda parte do livro, o autor afasta-se do tema religião conseguindo que o tema continue a pairar, embora de uma forma mais abstrata, tendo isto a ver com a sobrevivência de Pi, após o naufrágio do navio onde seguia com a família com destino ao Canadá. Nesta segunda parte do livro Martel descreve a luta pela sobrevivência que Pi teve de travar depois de ter ido parar a um barco salva-vidas tendo apenas como companhia uma zebra, uma hiena, um orangotango e um tigre de Bengala.
Esta segunda parte oscila entre um absurdo you real onde senti necessidade de ajustar o cérebro para o "modo de leitura de fantasia" porque estava a parecer-me um livro mais próximo da fantasia do que de outro género literário qualquer. No entanto, nunca me foi possível adaptar o cérebro para a fantasia porque de repente aconteciam coisas tão reais descritas de uma forma tão vívida que acabavam por camuflar as partes em que o livro me parecia virado para um público mais juvenil. Esta foi, talvez, a parte que mais me provocou um misto de emoções porque nunca sabia o que a próxima página me traria.
Sobre a terceira e última parte, tenho a dizer que a li com um enorme nó na garganta.
Foi um golpe de mestre a segunda versão da história narrada por Pi para os japoneses que procuravam descobrir o que deu origem ao náufrago.
Adorei a escrita de Yann Martel e da forma como a história se foi desenvolvendo. É uma história que, sendo original, é ao mesmo tempo vulgar, expondo as necessidades primárias e medos que aproximam o Homem do animal quando está em causa a sobrevivência.
É um livro que, parecendo simples, é na verdade bastante complexo. É um livro que nos faz refletir sobre a vida, sobre os sonhos, sobre a perda e sobre tantas
outras coisas... É um livro que nos faz acreditar que não existem impossíveis. É um livro que não tem qualquer intenção de converter mas que me mostrou uma visão da fé e da forma como a religião pode ser vivida que achei incrível.
No final da leitura deste livro cabe-nos a nós acreditar numa das versões, e eu, acreditando ou não em Deus, prefiro a história que envolve os animais do que a história nua e cruel que Pi teve de contar para que acreditassem nele.

Inês Santos nº17 11ºA

Noémia Santos disse...


UM muito obrigada a todas, muito atrasado, mas não me esqueci de vós nem dos textos. Só de dar resposta.

ns