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segunda-feira, 23 de maio de 2016
sexta-feira, 13 de maio de 2016
Gramática - exercício (10º ano)
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10
15
20
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A cidade de Santiago
de Compostela é um dos muitos locais de peregrinação apropriados pela
religião cristã. Escavações arqueológicas revelaram a existência de uma vila
romana sob a cidade, e de um cemitério pré-cristão e um mausoléu pagão sob a
catedral de Santiago. A prática de apropriação de locais sagrados e a
importação de lendas cristianizantes eram muito comuns. O catolicismo
aprendeu cedo que é mais difícil acabar com um foco de peregrinação, ou com
um local de devoção do que criar uma lenda que o integre no catolicismo.
Mais tarde, com os
focos de peregrinação ligados a relíquias que começam a surgir na Idade
Média, as práticas que lhes estão associadas assemelham-se bastante às
práticas dos cultos pagãos e surge então a necessidade de uma nova apropriação
destes locais de peregrinação através da imposição de práticas sacramentais
na peregrinação. […]
Não há dúvida nenhuma
que o Caminho se desenvolveu e se transformou na “autoestrada da Europa” por
causa do catolicismo e das instituições ligadas à Igreja Católica, mas o
passado mais distante, comprovado pelas escavações arqueológicas, está bem
vivo para os peregrinos New Age ou
místicos. É para o antigo templo pagão que eles caminham, seguindo a rota dos
antigos druidas que iam ver o Sol apagar-se no mar em Finisterra
(Charpentier, 1973).
O argumento de que a
Igreja se apropriou de locais de culto anteriores ao cristianismo é usado
como estandarte pelo movimento New Age,
que assim justifica a sua presença no seio de uma peregrinação
tradicionalmente católica; a herança de uma peregrinação druídica, ou mesmo
celta, transformam o caminho num percurso iniciático, místico e esotérico. Ao
aproveitar alguns argumentos sobre a sacralidade e simbolismo do caminho,
veiculados pela própria Igreja, e rejeitar outros, manipula um mecanismo
socialmente reconhecido em favor dos seus interesses. […]
Ana Catarina Mendes. Peregrinos
a Santiago de Compostela: uma Etnografia do Caminho Português. 2009.
1.1.
A
conjunção “ou” empregada na frase “ou com um local de devoção” (l. 5) tem um
valor de
(A) adição.
(B) explicação.
(C) alternância.
(D) oposição.
1.2. Os fenómenos fonológicos que
estiveram na base da evolução de sacratu>sagrado são
(A)
palatalização.
(B)
sonorização e síncope.
(C)
síncope.
(D)
sonorização.
1.3. A frase “que começam a surgir na
Idade Média” (l. 7) é uma oração
(A)
subordinada adjetiva relativa explicativa.
(B)
subordinada substantiva completiva.
(C)
subordinada adjetiva relativa restrita.
(D)
subordinada adverbial consecutiva.
1.4. O constituinte “comprovado pelas
escavações arqueológicas” da frase “mas o passado mais distante, comprovado
pelas escavações arqueológicas, está bem vivo para os peregrinos New Age ou
místicos.” (ll. 12-13) desempenha a função sintática de
(A)
modificador do nome apositivo.
(B)
modificador do grupo verbal.
(C)
complemento oblíquo.
(D)
modificador do nome restritivo.
2. Responde aos itens apresentados.
2.1. Retira do texto cinco palavras
ou expressões do campo lexical de “peregrinação”.
2.2. Identifica a função sintática do
segmento sublinhado em "A prática de apropriação de locais sagrados e a
importação de lendas cristianizantes eram muito
comuns". (ll.3-4).
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Fica mais um exercício.
A correção (para ver só no fim) está em 'comentário'
Porque não há inteligência que valha se não houver estudo!
Funções sintáticas
Isto anda tudo ligado...De preferência, não imprimas. Passa no caderno: é uma forma de cimentar a compreensão - vale a dobrar!
FUNÇÕES SINTÁTICAS[1]
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Nota: Consulta as correções em COMENTÁRIO
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1.
Classifica as seguintes afirmações
em verdadeiras (V) ou falsas (F).
a.
Na frase “O presidente
nomeou-o ministro.”, a expressão
destacada desempenha a função sintática de predicativo do complemento
direto.
b.
Na frase “Ela sentou-se perto do balcão.”, a expressão
destacada desempenha a função sintática de complemento direto.
c.
Na frase “Para minha alegria, vencemos a
partida.”, a expressão destacada desempenha a função sintática de modificador.
d.
Na frase “Eu emprestei-lhe o livro.”, a expressão destacada
desempenha a função sintática de complemento indireto.
e.
Na frase, “Mãe, posso ir ao cinema?”, a
expressão destacada desempenha a função sintática de sujeito.
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2.
Classifica as seguintes afirmações em
verdadeiras (V) ou falsas (F).
a.
O pronome “-la”, na frase “Oferecemo-la à Joana”,
desempenha a função sintática de complemento indireto.
b.
Na frase “Ele deu-lhe um livro.”, o pronome “-lhe” desempenha a função sintática de complemento indireto.
c.
Na frase, “Ela deixou-me aqui.”, o pronome “-me”
desempenha a função sintática de complemento oblíquo.
d.
Na frase “Ela comprou-me um livro.”, o pronome “-me” desempenha a função sintática de complemento indireto.
e.
Na frase “Eu encontrei-os na escola.”, o pronome “-os” desempenha a função sintática de complemento direto.
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3. Seleciona a opção correta.
Na frase “Ele dirigiu-se à cidade.”, a expressão destacada desempenha a função
sintática de...
a) complemento oblíquo.
b) complemento direto.
c) modificador do grupo verbal.
d) predicativo do sujeito.
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4. “Os perseguidores perscrutaram as sombras dos fundos.”
Mª Isabel Barreno
Na frase anterior, a expressão destacada
desempenha a função sintática de...
a)
modificador da frase.
b)
modificador do nome.
c)
predicativo do complemento
direto.
d)
complemento oblíquo.
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“Chamamos humanismo dos Descobrimentos ao movimento de ideias
acionado pelas navegações que abriram aos povos ibéricos a extensa redondez
do orbe terrestre.”
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5. Na expressão
"que abriram aos povos ibéricos a extensa redondez do orbe terrestre” está
presente um...
a)
modificador do nome com valor
apositivo.
b)
modificador de nome com valor
restritivo.
c)
predicativo do complemento
direto.
d)
complemento do adjetivo.
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6. Lê a frase
e seleciona a opção correta.
"(...) se o vento e o mar lhes fossem favoráveis (...)" João de Barros
Na frase
anterior, a expressão destacada desempenha a função sintática de...
a)
predicado.
b)
predicativo do sujeito.
c)
predicativo do complemento
direto.
d)
complemento direto.
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7. Identifica
a função sintática desempenhada pela expressão destacada na frases seguintes.
a)
O refugiado sem casa foi
acolhido por uma família.
b)
O meu carro está parado.
c)
No jardim secaram as ervas.
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quinta-feira, 12 de maio de 2016
Teste-Os Lusíadas e muito mais...
Põe-te à prova!
Relembra a matriz apresentada em aula (10º B). Para o 10º A, também já fica.
10º ANO - PORTUGUÊS
MATRIZ DO EXERCÍCIO ESCRITO |
I – A……………..75 pontos
Camões épico – Os Lusíadas
-
3 estrofes relativas a Reflexões do Poeta
-
4 itens centrados no texto: interpretação de leitura, linguagem e recursos expressivos
I – B – Leitura ………………25 pontos
-
Um texto contemporâneo - Relato de Viagem (breve)
-
2 questões – interpretação e
linguagem/recursos
II – Gramática …….50 pontos
- Identificar
processos fonológicos que ocorrem na evolução do português e/ou identificar
étimos de palavras. (2 itens)
- Identificar
processos irregulares de formação de palavras (2 itens)
- Distinguir
campo semântico de campo lexical (2 itens)
- Identificar
funções sintáticas (2 itens)
- Dividir e
classificar orações (2 itens)
III - Exposição sobre tema literário ………… 50 pontos
-
associado às temáticas de Os Lusíadas
-
120-150 palavras
-
O aluno
tem de:
ü Respeitar
o tema.
ü Mobilizar
informação adequada, revelando conhecimentos da matéria e dando exemplos
ü Escrever
um texto estruturado, com marcação correta de parágrafos e utilização
adequada de conectores.
ü Fundamentar,
justificar as afirmações.
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Fatores
de desvalorização
− Domínio da correção linguística
A
repetição de um erro de ortografia na mesma resposta
(incluindo erro de acentuação, uso indevido de letra minúscula ou de letra
maiúscula inicial e erro de translineação) deve ser contabilizada como uma
única ocorrência.
Desvalorização de 1 ponto
- Erro
inequívoco de pontuação.
- Erro
de ortografia (incluindo erro de acentuação, uso indevido de letra minúscula
ou de letra maiúscula inicial e erro de translineação).
- Erro
de morfologia.
- Incumprimento
das regras de citação de texto ou de referência a título de uma obra.
Desvalorização de 2 pontos
- Erro
de sintaxe.
- Impropriedade
lexical.
Limites de extensão
No Grupo III, a um texto com extensão inferior a
cinquenta palavras é atribuída a classificação
de zero pontos.
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Relatos de Viagem
Viram os vídeos de Relatos de Viagem que publicámos há umas semanas?
Aqui fica um exemplo de texto deste género, retirado de um dos livros
do Projeto de Leitura, para relembrar.
Capítulo 66
Após três horas de marcha cheguei ao
cume do monte SpiónKop. A meus pés, o vale do rio Valdez estendia-se para norte
ao longo de vinte quilómetros, até à linha azul do lago Kami.
Uma sombra cobriu o Sol, o ar vibrou
num silvo. Dois condores tinham feito um voo picado sobre mim. Tive tempo de me
aperceber dos seus olhos vermelhos quando me tocaram de raspão. Planavam agora
abaixo do colo da montanha, mostrando as penas cinzentas do dorso. Descreveram
um círculo e elevaram-se de novo, aproveitando as rajadas de vento, até serem
apenas dois pontos negros no céu leitoso.
Os pontos negros aumentaram de
volume. Voltavam ao ataque. Picavam a direito contra o vento, sem se desviarem,
como caças visando o alvo, as cabeças negras orladas de penas brancas, as asas
firmes e as caudas em leque rebaixadas como freio de travagem, as garras
estendidas e abertas. Mergulharam sobre mim quatro vezes e, depois, tanto eles
como eu cansámo-nos da brincadeira.
De tarde, caí mesmo no rio. Ao
atravessar uma barragem feita por castores, pus o pé num tronco que me pareceu
sólido e catrapus! Caí de cabeça na lama viscosa e levei um tempo dos diabos
para de lá sair. Tinha, agora, de alcançar a estrada antes de anoitecer.
Voltei a encontrar o atalho que
avançava a direito, como um corredor, através do bosque sombrio. Segui o rasto
ainda fresco de um guanaco. Avistei-o várias vezes à minha frente, pulando por
cima dos troncos caídos. Aproximei-me. Tratava-se de um macho solitário, com
pelo enlameado e o peito talhado de cicatrizes. Tinha lutado e perdera. Agora,
também era um vagabundo sem eira nem beira.
Chatwin, Bruce – Na Patagónia. Quetzal Editores, 2009.
Repara nas marcas próprias
deste género:
ü Uso da primeira pessoa do singular
na flexão verbal (“cheguei”, “caí”, “pus”).
ü Uso da primeira pessoa do plural na
flexão verbal (“cansámo-nos”).
ü Uso de pronomes pessoais, como “eu”
ou “mim”.
ü Uso de determinantes possessivos (“meus
pés”, “Minha frente”).
ü Apelo às sensações,
maioritariamente visuais (nomeadamente nas descrições ricas dos condores),
mas também auditivas (“o ar vibrou num silvo”).
ü Partilha de experiências vividas
pelo narrador (“Caí de cabeça na lama viscosa e levei um tempo dos diabos
para de lá sair”), mas também de reflexões (“Tinha lutado e perdera. Agora,
também era um vagabundo sem eira nem beira”).
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