segunda-feira, 23 de maio de 2016

PLNM

 

6 comentários:

Anónimo disse...

Meu Rei e Senhor,escrevo-vos a última carta pois a valentia de nada serve neste desterro, neste mundo onde amigos se viram contra os seus amigos.Tenho esperança que alguém encontre esta carta e a leve até vós.
Há uma semana que o último rato do convés foi comido, não existem já algum vívere, a encardidas água escorreu pelas gargantas sequiosas dos homens que já perderam a esperança.
Hoje, uma hora antes do nascer do sol, morreu o primeiro homem, pensei que lhe tinha dado o merecido enterro. Qual não foi o meu espanto quando em vez de nos despedirmos do nosso camarada e amigo, dissemos adeus, pela ignorância, a um desesperado homem, o qual tomado pelo desejo de se livrar deste tormento pediu, em nome de Deus, ao seu camarada, que tomasse o seu corpo com o do cadáver. Aqueles homens, que perderam a esperança e a fé em Deus, tomara o cadáver e, dividindo-o entre eles participaram num macabro banquete, como prato principal,seu companheiro.
Interrompi este sinistro banquete e chamei os homens, dos quais sou capitão, para que se livrassem do desespero e confiassem nos desígnios de Deus, acrescentando no fim que se eu sucumbisse, podiam me tomar me como prato principal. Surgiu no meio da tripulação uma voz que bradou:
— Arrombem a nau para acabarmos de vez e partirmos para o Reino do Pai.
Com recurso a vários argumentos dissuadi a tripulação desta absurda e terrivel ideia. Aos poucos, os homens foram regressando á razão.
Levantou-se então um terrífico nevoeiro. A tripulação pensa que encontrou o seu fim. Brada aos céus e pede ajuda ao Rei Menino para que os guie de volta á pátria. O ambiente é de desespero...
Penso que vejo terra...

O Capitão,
Jorge Albuquerque Coelho

Diogo Peliz, nº9
Diogo Cristo, nº10
João Antunes, nº14
Maria Nazaré, nº19
10ºA

Anónimo disse...

3 de setembro de 1965
Hoje de manhã avistei uma nau portuguesa no horizonte azul. Relatei este achado ao comandante e sugeri que abordasse-mos o navio. Notei que ao início ele ficou um pouco apreensivo, mas depois de um breve debate entre a tripulação, rapidamente viramos o leme a estibordo e dirigimo-nos á nau lusitana.
Mal nos aproxima-mos, ouvimos os portugueses a gritarem pelo nosso nome, em pânico. Preparavam a sua artilharia para impossibilitar-nos de aproximar mais de modo a ancorarmos o seu navio. Se isto continuar nesta boa maré chegarei a casa mais rico que um sultão do sul!
4 de setembro de 1965
Estes portugueses são rijos como rochas, parece que têm com eles a força divina. Chegou o fim do dia e a perseguição ainda perdura. Temo que teremos de lutar o resto desta noite enquanto fazemos pequenos turnos para dormir ao som dos canhões. Esta vida de corsário não é fácil…
5 de setembro de 1965
As horas de sono não foram muitas, porém adormeci um pouco enquanto pensava em ti. No convés o cheiro da pólvora ainda se sentia e o ruído dos canhões levaram a tripulação á insanidade. O comandante encontra-se mais bravo que nunca e decide dar com tudo o que temos. Rodamos o leme umas quantas vezes e no fim da tarde os portugueses renderam-se.
Ancoramos a sua proa e conseguimos saltar para o navio. Para grande surpresa nossa, os portugueses não só tinham a bordo pelo menos duas armas de artilharia (que aparentavam ser o berço e o falcão) como tiveram a audácia de os usarem contra nós tendo sido apenas oito dos marinheiros da tripulação que estavam dispostos a lutar! A sua ousadia, não só a do capitão como a da tripulação que estava á sua mercê, agradaram ao nosso comandante que, com um sorriso na cara, admirou-os e riu-se numa gargalhada aliviante. Isto não era normal eu nunca tinha visto o comandante assim, mas o mais importante é que conseguimos os tesouros Indianos. Posso voltar para casa com algo mais do que apenas histórias!
Espero que esta página do meu diário chegue até vós, minha amada, através desta carta que irá percorrer o mundo. Não te esqueças de mim, que eu não me esqueço de ti…

Diogo Vale
Miguel Lopes
Samuel Ventura
10ºB

Noémia Santos disse...

Muito obrigada pelo cuidado.

Vou publicar, depois de corrigido.

Anónimo disse...

Minha senhora mãe, já lá vão oito meses de viagem, mas final atingimos o nosso destino.
Peço imensa desculpa por não lhe ter escrito mais cedo, mas tivemos vários atrasos e incidentes durante a viagem.
Num deles fomos atacados por uma tempestade. Primeiro, avistamos o céu escurecer, o ficou irado e os relâmpagos brandavam. Com todo o esforço controlamos a embarcação, foi a primeira vez que enfrentamos a ira do mar. Depois quando a fome apertava fomos revistar o convés do navio a procura de comida, deparamos nos com ela toda alagada e por isso inutilizável. Passamos duas semanas sem comer e quase a pensar em canibalismo, mas felizmente tivemos um capitão firme João de Albuquerque, que nos impediu. Ao fim de quarenta e oito dias encontramos terra finalmente. Outros dos acidentes bastante peculiare que nos deparamos logo quase a chegar a Índia, atingiu nos durante a noite estava grande parte da tripulação a dormir e estava eu a leme, quando de repente elevou-se um estranho cheiro a enxofre, não liguei pensei que tivesse sido um dos probes coitados que estavam a dormir, quando de súbito o mar começa a borbulhar e emergem-se grandes rochas do fundo do mar. Sabe se lá o que Neptuno estaria a tramar. Logo de seguida chegamos ao nosso objetivo, são e salvo.
Espero que esteja tudo bem aí em casa, e se tudo correr bem chego no próximo ano a casa.
Com muitas saudades,
Rodrigo da Silva

Rafael Silva
Beatriz Lucas
10°B

Noémia Santos disse...

Obrigada, Beatriz e Rafael

Até 2ª f.
ns

Anónimo disse...

Minha linda esposa,
Têm sido uns longos e duros meses sem a tua companhia, a navegar por mares bravos e perigosos, mas o nosso capitão tem-nos mantido à tona.
Passámos o Cabo da Boa Esperança há uns dias e aportámos agora em Mombaça para abastecermo-nos.
Penso que, desta vez, os mantimentos durarão mais tempo, já que grande parte dos doentes (o José; o Manuel; entre outros) não conseguiram esperar pelo próximo porto. Viemos também reparar a nau já que tivemos a rica sorte de darmos de caras com um navio pirata.
O confronto durou até o último homem deles jazir nas tábuas do convés, mas não foi sem fatalidades do nosso lado.
Os homens que substituíam os arcabuzeiros doentes que, por falta de experiência ou nervosismo, sucumbiram no meio da batalha.
No entanto, o capitão manteve a nossa moral em alta, combatendo ao nosso lado quase que ignorando a morte certa que qualquer dos arcabuzeiros lhe trazia.
Falando no nosso comandante…
Como sabes, enquanto primeiro imediato, eu passo grande parte do meu tempo com ele, logo tenho notado que ele anda… “alterado”, por assim dizer.
Enquanto se mostra confiante em frente à tripulação, já houveram noites em que entrei no seu camarote aos sons das suas lamúrias e até choros. Temo pela sua sanidade.
Resta-me assegurar-te que, assim que os nossos negócios estiverem finalizados em Calecute, meter-nos-emos no caminho de volta à rica costa Lusitana e ver-te-ei mais uma vez.
Até lá, mantém-me nos teus pensamentos…


Daniel Correia
Rúben Pedro
Tomás Santos
10ºB