quinta-feira, 2 de junho de 2016

hsitórias trágico marítimas



12 de Setembro 1565
Queridos pais,
Espero que vós estejais bem de saúde.

    O vento estava calmo, mas logo começou a soprar em fúria, vós nem íeis acreditar, uma tempestade caminhava em nossa direção, de tal maneira que o mar e o vento se juntavam numa só força da natureza de destruição e desespero.
    Querida mãe, peço-vos perdão pelo que fiz naquele momento, pois para minha própria sobrevivência e a dos meus companheiros alijei tudo o que tinha comigo, e à minha volta.   
    O mar continuava violento com ondas gigantes e os homens a gritar - parecia tudo um pesadelo que se tornou realidade. Perante este furor de tempestade o leme foi derrubado, dentro de mim, sentia que não íamos ser capazes de passar por esta tormenta. Sentia-me sem esperança e sem coragem! Naquela mesma hora ajoelhei, as lágrimas escorriam-me pelo rosto e queimavam-me, e pedi a Deus uma salvação.
    Foi aí que meu amigo e capitão, Jorge de Albuquerque Coelho, meteu uma mão no meu ombro e sorriu para mim como se quisesse dizer que tudo ia ficar bem. Depois virou-se para todos dizendo que nós não íamos acabar aqui e que para isso tínhamos que ter coragem e não desistir, porque o nosso destino é continuar navegando até chegar a casa. Todos gritaram perante aquelas palavras.
    Ah, pai, os franceses estavam com tanto medo que pareciam nossos escravos; quem me dera que estivésseis ali naquele momento, eu sei que iríeis adorar.
    Queridos pais, eu não ia desistir até chegar a casa; por isso, naquela tormenta eu remei, empurrei, levei com ondas, engoli água, parecia o fim do mundo, mas aguentei, porque sabia que depois de toda esta destruição eu ia estar convosco outra vez.

Muitas felicidades do vosso querido filho
Tristão Pereira

10ºB
Trabalho de:
Daniela Monteiro
Maria Pereira
Micaela Cesário

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