Rock Bottom
Saímos do carro em frente ao portão. Este sítio verdadeiramente parecia uma
fortaleza: um muro altíssimo, holofotes alinhados no topo do mesmo e torres em
cada canto do perímetro. Até o portão tinha ar de que não cederia a qualquer
forma de arrombamento.
Os holofotes brilharam em nós e, após um breve silêncio, um curto acorde de guitarra soou e os portões abriram-se para mostrar o tesouro entre as altas paredes de cimento: Rock Bottom.
Os holofotes brilharam em nós e, após um breve silêncio, um curto acorde de guitarra soou e os portões abriram-se para mostrar o tesouro entre as altas paredes de cimento: Rock Bottom.
Vemos os habitantes desta fortaleza, todos eles vestidos em infindáveis combinações
de rede, ganga, e cabedal, e no meio desta azáfama, um enorme monumento estava
erguido: uma estátua do Eddie Van Halen segurando a sua guitarra acima da
cabeça. Rodeando este colosso, encontram-se estátuas de outros guitarristas de
renome: Kurt Cobain, Brian May, Slash, entre outros.
A área residencial era, simplesmente, uma repetição do mesmo edifício de
apartamentos vezes e vezes sem conta. É no distrito comercial que ocorrem as
peculiaridades: aqui, as ruas são delineadas por uma sucessão de lojas: loja de
instrumentos, Hard Rock Cafe, loja de roupa, repete ,loja de instrumentos, Hard
Rock Cafe, loja de roupas, repete , e assim era pelas ruas adentro, sem
qualquer interrupção no padrão. Agora que penso nisso, como é que esta cidade
se alimentava? Não me lembro de ver sequer um supermercado ou mercearia durante
a visita.
Passado o distrito comercial, demo-nos com o núcleo da cidade, a
Praça de Concertos, onde as bandas da cidade mostravam os seus dotes em frente
à população. Por pura sorte, lá chegámos a meio de um concerto dos System of aDown, ficando lá até ao fim.
Após esta demonstração de talento, demos connosco a voltar para
os limites da cidade e para o nosso carro. Ao conduzir de volta a casa, ouvimos
os enormes portões a fechar, tão rápido quanto abriram.
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