terça-feira, 7 de junho de 2016

histórias trágico-marítimas VI

Querida Catarina,


Aportámos no porto de Amboim. A viagem está a ocorrer sem incidentes, mas por pouco: a tripulação é composta pelos marinheiros mais incompetentes de sempre. Ao saírmos de Lisboa quase naufragávamos, estes marinheiros conhecem menos os fundos que as crianças que mergulham nas águas provenientes da serra de Albarracín e que desagua na cidade lisboeta.
Quando íamos a passar por Malabo fomos atacados por índigenas que lançavam lanças em direção à nossa embarcação. Felizmente só 12 homens morreram, tivemos sorte.
Passamos os tempos mortos a jogar às cartas e se eles fossem tão bons a navegar como a jogar já tínhamos chegado.
Temo a passagem pelo Cabo da Boa Esperança porque com esta tripulação é difícil ter esperança. Estou a pensar em dar lhes algumas aulas de navegação.
Tenho saudades tuas minha princesa, de te olhar nos olhos, de sentir os teus lábios nos meus, de te abraçar, mas principalmente de comer os teus cozinhados, estes alimentos paradisíacos dão me a volta à barriga.
Infelizmente esta poderá ser a última carta que te escrevo pois temo padecer de uma febre ligeira.

Com muito amor,
Jorge de Albuquerque Coelho



Pedro Teixeira N° 24
Rodrigo Costa N° 25
Tiago Almeida N° 27
Tomás Antunes N° 28

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