domingo, 12 de junho de 2016

Relato de Viagem a Madagáscar


- ‘Tou com fome!-disse Diogo enquanto olhava para o horizonte azul.
- Estamos quase a chegar -disse eu- Madagáscar é já ali.
Aproximamo-nos da proa do barco enquanto admirávamos a brisa fresca depois de uma longa viagem.
- De avião e depois de barco. Isto sim foi um grande percurso - enunciou Miguel.
Apontei o dedo para a ilha verde que, de longe, parecia ser tão pequena e insignificante.
- ‘Tás a fazer o quê? - perguntou Miguel com uma cara surpreendida.
Não respondi e limitei-me a baixar a mão para não ter de responder à pergunta. Finalmente chegámos ao porto. Pertencia a uma grande cidade rústica com pequenas ruelas que davam a becos sem saída. O cheiro da maresia fazia-se sentir por todo o lado.
-Bem vindos a Morondava - disse um habitante local.
Já se fazia tarde logo dirigimo-nos ao hotel no qual tínhamos uma reserva. Aquela noite não foi como as típicas noites, portuguesas pois o calor abrasador fazia-se sentir até mesmo depois do pôr-do-sol.
Na manhã seguinte partimos rumo a Antananarivo (capital de Madagáscar) num táxi. Quando saímos do veículo o cheiro do mar já não se sentia, mas, sim, o cheiro exótico das plantas locais. Foi uma viagem exaustiva e cara, limitámo-nos a dirigir para o segundo hotel pois já não aguentávamos com o calor diurno.

Acordámos para mais uma manhã nesta ilha. O tempo era pouco, por isso decidimos percorrer a cidade para conhecer mais a cultura local. Fomos ao mercado Analakely, almoçámos um ramasaza (carne de porco com ervilhas), um prato cheio de arroz e verduras locais como anomamy e um prato de pescada com arroz. Andámos por várias ruas e ruelas sem fim, apreciámos a natureza local como os lémures que inesperadamente roubaram os óculos do Diogo ou as árvores baobás que parece que crescem de baixo para cima.
Infelizmente o tempo escasseava e o dinheiro encurtava, logo tivemos que deixar a ilha no dia seguinte.
Aquela experiência foi única. Voltámos para Portugal de Avião com souvenirs, conhecimentos e memórias - especialmente o Diogo que nunca mais se irá esquecer do lémure.
Autores|Diogo Vale, Miguel Lopes, Samuel Ventura (10°B)

Créditos das imagens: http://www.originaldiving.com/africa/

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