segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Ricardo Araújo Pereira e o jornalismo

Texto referente à frase de Ricardo Araújo Pereira

"Antigamente, os jornais relatavam o que acontecia no mundo; hoje, relatam o que acontece nas redes sociais".

(AQUI a crónica completa. Atenção: é irónico, para ser lido «ao contrário» do que lá está...)



O cronista Ricardo Araújo Pereira é da opinião que os jornais já não se focam na vida real, mas sim em assuntos menos importantes, como muitos dos divulgados nas redes sociais.
Penso que o cronista tem razão ao proferir estas palavras, uma vez que, no passado, os jornais preocupavam-se em relatar a atualidade, ou seja acontecimentos a que podemos chamar verdadeiramente notícias, isto é, assuntos que teriam influência nas nossas vidas. Atualmente a imprensa foca-se em outros temas, como a vida dos chamados famosos, e por isso penso que Ricardo Araújo Pereira ao utilizar a expressão " redes sociais" está a referir-se ao que usualmente chamamos "coscuvilhices".
Para fundamentar o meu raciocínio posso recorrer a um tipo de revistas, as "revistas cor-de-rosa", que são dirigidas apenas para este género de jornalismo a que o cronista se refere, um jornalismo que em nada nos afeta, e que poderia na minha opinião ser abolido. Mas, muitas vezes, até os jornais ditos «sérios» já dedicam muito espaço a este tipo de informação.
O segundo argumento é um argumento que se foca no passado, e que comprova a primeira parte da afirmação do cronista. No passado os jornais focavam-se em assuntos que tinham influência na vida das pessoas, como economia, assuntos científicos, políticos, entre outros, e atualmente os jornais jornais falam do que acontece no mundo, mas de uma forma mais leviana para se poderem focar noutros temas, nomeadamente a vida dos famoso. Daí o Cronista referir que antigamente o jornalismo possuía diferentes temas, e que atualmente se foca em temas de menos importância.
O jornalismo alterou-se, como tudo no mundo, mas terá sido essa uma boa mudança? Ou será que o mundo anda a perder o interesse na realidade e a focar-se em assuntos banais?


Rafael Calçada



Estatuto do Jornalista
(Lei n.º 1/99 de 13 de Janeiro)
Artigo 1.º
Definição de jornalista
1 - São considerados jornalistas aqueles que, como ocupação principal, permanente e remunerada, exercem funções de pesquisa, recolha, selecção e tratamento de factos, notícias ou opiniões, através de texto, imagem ou som, destinados a divulgação pela imprensa, por agência noticiosa, pela rádio, pela televisão ou por outra forma de difusão electrónica. informativa pela imprensa, por agência noticiosa, pela rádio, pela televisão ou por outra forma de difusão electrónica.

2 comentários:

Anónimo disse...

Despertou em mim um misto de sentimentos, tanto de impressionante com de frustrante.
Como é possível uma ave ser tão preguiçosa ao ponto de decidir não construir o seu próprio ninho para pôr o seu ovo e depois cuidar do seu próprio bebé?
Pois é isto mesmo que o cuco faz.
O cuco procura um ninho utilizado por outra ave onde já existam ovos e na ausência da mãe, este passaroco, rouba um dos ovos hospedeiros e substitui-o por um seu, mais ou menos com a mesma coloração e tamanho que os outros.
A outra ave sem nunca se aperceber que o ovo foi trocado, choca-o como se fosse mesmo seu. Esta espécie porque tem menos tempo de gestação, nasce primeiro que os outros passarinhos e desde essa altura, a mãe trata-o mesmo como seu filho, começando a alimentá-lo pois não lhe reconhece quaisquer diferenças.
Até em pequeno , o bebé cuco é astuto. Elimina todos os ovos para não ter concorrência enquanto a mãe adotiva o continua a alimentar até que este fique MAIOR do que ela.
É impressionante a estratégia que os cucos utilizam para não terem que trabalhar!
Também alguns humanos são preguiçosos ao ponto de quererem fazer o mínimo possível. Preferem ficar em casa e receber subsídios a procurar uma atividade, pois isso dá muito trabalho. Frustante é este comportamento que enfurece outros que querem trabalhar mas que por algum motivo não o podem fazer.
Tanto o cuco como o Homem têm vícios incorrigiveis, a preguiça e a vontade de nada fazer e aproveitar o que os outros fazem em seu proveito. Faz parte da natureza de ambos.


Maria Nazaré
11ºA - Nº 19

Anónimo disse...

"Aquila non captat muscas"(águia não caça moscas).
E agora, vós, ó águias reais do céu! É possível que sendo vós as rainhas das aves, que quase nunca desceis à terra, ou inclinais a vossa majestosa figura, sejais as maiores falsas, oportunistas e peritas em enganar do Reino do Ar?
Porque vós parecei-vos com um camaleão: este muda de cor conforme a vossa vontade. Planais suavemente como quem vigia e protege lá do alto, mas à primeira oportunidade o que fazeis? Ora acontece que vai passando o inocente e indefeso coelhito e vós, qual malandrim emboscado que espera a sua oportunidade, lançais-vos sobre ele e fazei-lo prisioneiro. E essa é a arte de enganar, tal como fazem os políticos os grandes homens de negócios da nossa sociedade. Humilham, e não olham a meios para atingir fins. E o pobre que trabalha não tem recompensa. Apenas lhe vão retirando liberdade e dignidade.
E tal como vós raptais os pobres e indefesos animais, que não se podem fazer valer, roubando-lhes a vida, para satisfazer a vossa ganância e a vossa superioridade, assim os políticos deixam os homens sem dinheiro, sem trabalho e com lares destruídos.
É tal como fazeis com Fineu, o cego Rei Trácio, a quem roubáveis a comida em todas as refeições. E é este o único exemplo da vossa ganância? Não! Castigáveis Prometeu, acorrentado no cume do monte, dilacerando-lhe, diariamente, o fígado. Também ele não tinha defesa e vós atacáveis, qual carrasco impiedoso.
Por isso, Águias, a vossa hipocrisia e arte de enganar é vergonhosa!
Oh, que tão indigno elemento sois dos ares de nosso Senhor Jesus Cristo! Vede, ave vil e traiçoeira, como enganais os pobres animais inocentes com a vossa falsa suavidade e majestade. Destruir os pequenos, enganando-os e apanhando-os sem defesa possível é uma traição!
Mas já não mudais, Águias, porque isso depende da vossa natureza. E a natureza e a maneira de ser não mudam. Quantas de vós agirieis de maneira diferente se isso prejudicasse os vosso interesses? Vejo, Águias, que também nos Homens há falsidade, engano, fingimento, dissimulação. Vivemos num mundo materialista e não é nosso objetivo progredir moralmente.
Antes fosse, Águias, antes fosse!

Afonso Morgado nº1, 11ºA