segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Gil Vicente - Farsa de Inês Pereira - visão global

FARSA DE INÊS PEREIRA

Para apoiar as reflexões de aula e preparar as conclusões de leitura da peça, fica um PPT, cuja base foi um documento da Areal (Ed. do vosso Manual), adaptado e com introdução de informações e exemplos distintos e/ou adicionais, consonantes com o trabalho feito em aula.

O retrato das personagens principais, que tem vindo a ser construído, será para partilhar, em diálogo reflexivo, juntamente com os DIÁRIOS DAS PERSONAGENS, que vocês criaram.            Nenhuma «lista» substitui o vosso trabalho.













 

5 comentários:

Anónimo disse...

Moral da Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente

A Farsa de Inês Pereira tal como o Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente, tem várias críticas à sociedade, como por exemplo no início da obra um conflito entre diferentes gerações (entre a mãe e a filha) a falta de liberdade e de direitos que a maior parte das mulheres tinham, sendo isto representado pela Inês e pela sua falta de liberdade ficando sempre em casa a fazer tarefas domésticas a mando de sua mãe. Outra crítica era o grande materialismo e a vontade de subir socialmente que Inês tinha e também são abordadas críticas religiosas quando se fala do comportamento dos Clérigos em relação às mulheres.
Durante toda a peça Inês sofre mudanças de atitude, mas nunca de personalidade pois quando Pêro Marques aparece pela primeira vez Inês mostra-se imatura, arrogante e gozona perante um homem honesto, simples, trabalhador e bom partido. As atitudes de Inês mudam perante o Escudeiro que se apresenta como Fidalgo, Inês vê nisso uma forma de subir socialmente e de ter a liberdade que sempre sonhou pelo que se mostra bem-educada e com vontade de casar pois viu nele o que tanto ansiava não dando ouvidos aos conselhos da mãe, porque a mãe disse-lhe sempre para escolher Pêro Marques. Depois do casamento o Escudeiro revela-se agressivo e obsessivo por Inês fazendo-a viver um pesadelo pois fecha-a em casa, e toda a felicidade que Inês achava que o casamento lhe iria trazer desapareceu, viu que cometera um grande erro ao não dar ouvidos a sua mãe. Depois da morte do Escudeiro existe uma nova mudança de atitude por parte da Inês ficando arrogante e vingativa e acaba por aceitar casar logo com Pêro Marques pois percebeu que ele lhe iria fazer todas as suas vontades. Inês acha-o burro e não demonstra problemas em traí-lo pois conseguiu tudo o que queria que era ter liberdade e ter alguém que fazia tudo o que ela queria.
Com o que acabamos de descrever apercebemo-nos que Inês passa por várias fases, mas isso não altera a sua personalidade sendo uma personagem redonda tendo várias atitudes sempre com vista ao mesmo fim que era ter liberdade e ascender socialmente.
O mote “mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube” é a moral desta história sendo Pêro Marques o asno que levava a Inês fazendo-lhe as vontades e o Escudeiro o cavalo que derrubou a Inês fazendo-a sofrer.
Concluímos que Inês acabou por conseguir o que queria a nível do casamento, mas também teve uma grande lição de vida, aprendeu que devia ter ouvido os conselhos de sua mãe e não ter escolhido um homem só pelas aparências que depois se revelou mau para ela, mas mesmo assim ela consegue atingir os seus objetivos depois de ficar viúva, viu em Pêro Marques a sua salvação para ter a liberdade e a vida que sempre quis manipulando-o pois Pêro Marques tinha valores e uma simplicidade que Inês não tinha e ela aproveitou-se disso.

Filipe, Rita e Tiago 10ºA

Anónimo disse...

Na nossa opinião, Gil Vicente no século XVI, queria transmitir uma peça de comédia, mas com o passar dos anos e com a evolução da sociedade as ideias da população foram alteradas, sendo mais sensíveis e passando a ver as suas obras com outros olhos.
Assim, atingindo críticas sobre o clero e de como Inês teve de passar por uma má experiência para conseguir a sua liberdade e um marido que desejava, voltando à sua primeira opção (Pêro Marques), ou seja, Inês aprendeu a lição.
Além disso, aborda também os hipócritas, como o Escudeiro, que dizia ser o marido perfeito e só demonstrou ser agressivo e possessivo. Abordando também o facto de Inês se aproveitar da simpatia de Pêro e da sua ingenuidade, pois este não se apercebeu que estava a ser usado.
Concluindo, mesmo já tendo a resposta à frente dos nossos olhos, muitas vezes chegamos a mudar de opinião devido ao preconceito, limitando-nos de alcançar os nossos objetivos.


Afonso Abelha, Afonso Nogueira, Beatriz Antunes e Beatriz Trindade 10ºA

Anónimo disse...

Esta obra foi escrita por Gil Vicente a partir do mote " Mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube", em que o autor crítica vários aspetos da sociedade de uma forma cómica e teatral, porém com um ensinamento final.
É possível analisar a falsa religiosidade do clero em que são acusados de adultério em várias situações como no caso da Lianor de Vaz, a hipocrisia e a falsidade entre personagens como por exemplo os Judeus perante Inês, a posição das mulheres na sociedade e como os casamentos são vistos de diferentes formas, como uma forma de liberdade conforme sonhava Inês ou um negócio segundo o plano do Escudeiro.
Para concluir podemos afirmar que nem sempre aquilo que queremos é o melhor para nós, uma vez que Inês queria liberdade e casar com um homem bem falante e fino e acabou por não ter nenhuma das duas, com a pessoa que ela achava ideal, mas sim com aquele que sempre rejeitou. Sendo assim este o maior ensinamento e a moral da história.

Leonor, Maria Oliveira, Maria Bernardes e Miguel

Yuli disse...


Eu creio que a moral desta história por Gil Vicente é que nem sempre o que nos aparenta ser o caminho mais fácil e que nos dará mais privilégios é o correto, devemo-nos contentar com o que nós temos, a simplicidade poderá dar-nos mais liberdades.
Inês recusou Pêro Marques pela sua rusticidade, niglegenciando a sua igenuidade que lhe provaria muito útil, por ser demasiado ambiciosa. Após uma experiência má com o Escudeiro, alguém cujas aparências enganavam, privada de qualquer liberdade, compreendeu o erro que cometera ao recusar o Pêro Marques, que lhe daria uma vida simples mas em que ela conseguiria ser livre. Não devia ter pedido por tudo, assim acabaria sem nada.
Inês não mudou muito a sua personalidade ao longo da peça, apenas apercebeu-se que devia tomar uma decisão diferente, aprendendo com o seu erro. Alguém nobre, podia ter riquezas, mas não era necessariamente afável e a melhor escolha. O simples, monótono, mas seguro, sem muito para dar, poderia demonstrar-se o caminho certo para cumprir os seus objetivos.
Inês percebeu que o casamento não era algo que lhe devia prejudicar, pelo que optou pelo caminho mais viável no final.

Yuliana, Pedro, Milene, Leonardo, Madalena e Eva 10°A

Anónimo disse...

Na “Farsa de Inês Pereira” Gil Vicente criou um grande contraste entre momentos de grande felicidade e de grande tristeza ao sucede-los sem momentos de menor intensidade emocional, “Inês — Eu aqui diante de Deos/Inês Pereira recebo a vós/sem mais preço nem demanda/como a santa igreja manda… “ dizia Inês feliz e pouco depois o Escudeiro já reclamava: “ Oh! Quem me fora solteiro.“ e “ Ó esposa não faleis/que casar é cativeiro. “, criando assim momentos de cómico de situação e de carácter.
Inês é uma personagem redonda que se adapta. Apesar de querer casar com um homem cortês, pois acredita que isso lhe trará liberdade, descobre que isso não funciona, e, após a morte do Escudeiro, ela casa-se com Pêro Marques, que representa a pureza e honestidade, valores em declínio. Contudo o seu objetivo mantém-se, mostrando alguma ganância.

Trabalho realizado por: José Oliveira nº14, João Rodrigues nº13, Lara Ferreira nº15, Gonçalo Rodrigues nº12
10ºA