Estrutura:
- Exórdio - capítulo I
- EXPOSIÇÃO/CONFIRMAÇÃO-Capítulos II, III, IV,V
- Peroração - capítulo VI
Características gerais - Cap. II
–Ouvem
e não falam
–Foram
os primeiros a ser criados
–São
os mais abundantes
–São
obedientes e respeitadores
–Salvaram
Jonas (mostrando-se menos “selvagens” que os humanos)
Virtudes naturais - Cap. III
-Desconfiam
dos homens, por isso fogem deles
-Louvores
particulares
-Tobias
(poder curativo)
-Rémora
(força e poder)
-Torpedo
(energia)
-Quatro-olhos
(para olhar p/ o alto e p/ baixo)
Repreensão dos defeitos dos peixes
Defeitos gerais - Cap.IV
-Voracidade
-Ignorância
e cegueira
-Vaidade
Defeitos específicos - Cap. V
-
Roncador(arrogância)
-
Pegador (oportunismo)
-
Voador (ambição)
-
Polvo (hipocrisia; traição)
******************************************
ARGUMENTAÇÃO
A.
VIEIRA na argumentação recorre a:
•Textos
bíblicos (citações)
•Experiência
pessoal
•Universalidade
(consiste na aceitação generalizada de uma ideia)
•Evocação/argumentos
de autoridade (Cristo, Santos, Evangelistas, Doutores da Igreja...)
•Referência
a conhecimentos e factos reconhecíveis
•Elementos
das Ciências Naturais
•Alusões
e Subentendidos (que convocam o reconhecimento/a cumplicidade do auditório)
•A
analogia / a semelhança (à partida, melhor compreendida/ aceite pelos ouvintes)
********************************************
O
entendimento global das ideias e propósitos deste sermão
implica perceber:
Conceito predicável
“Vós [os pregadores] sois o sal da
terra”
– O sal e os pregadores têm propriedades comuns:
-
Conservar o bom/bem
-
Impedir a corrupção/o mal
Há na terra muitos pregadores e [no entanto] a terra está corrupta, porque:
-
O sal não salga … ou
-
A terra não se deixa salgar…
A analogia entre
a situação de S. António e a de Padre A. Viera:
– ambos
pregam bem (a doutrina é a dos Evangelhos) mas não têm
bons ouvintes, pelo que decidem mudar de auditório.
Ao
pregar, tanto Vieira como Santo António, louvam o Bem e
repreendem o Mal.
Os exemplos
bíblicos funcionam como um recurso/argumento de autoridade, pois o texto
sagrado apresenta-se como irrefutável e, nesse sentido, exemplar.
A analogia
Peixes-Homens: louvar e repreender os peixes é chamar a atenção, criticar e
procurar emendar os homens;
Em síntese:
-Os
homens têm todos os defeitos criticados nos peixes;
-
Os peixes têm algumas virtudes que os homens não possuem.
Cartoon - Autor: Michael Kountouris prémio Word Press Cartoon Cascais 2015
Sem comentários:
Enviar um comentário