“A boa educação é moeda de ouro. Em toda a parte tem valor.”
“Nem todos os anos que passam se vivem: uma coisa é contar os anos, outra é vivê-los.”
Padre António Vieira
Tal
como afirma Padre António Vieira, uma coisa é contar os anos outra coisa
é vivê-los. Mas para estas 60.000 crianças e jovens é difícil viver os
anos quando estas demonstram comportamentos perigosos como indisciplina,
dependências de álcool ou de drogas. Os quais, muitas vezes são reflexo
da infância que tiveram.
Os comportamentos dos pais são os
principais responsáveis, a negligência apresenta 40% dos casos de
perigo. A prostituição e o álcool são os principais problemas destes
progenitores. A violência doméstica também é significativa, com mais de
1661 crianças sofreram este tipo de abusos.
Ao contrário do que
António Vieira afirma, estas crianças não valorizam (ou não conseguem) a
educação devido ao seu passado. Tendo como base as estatísticas, cerca
de 2422 jovens não têm respeitado o seu direito à educação. Devido ao
mau trato físico ou psicológico, abuso infantil ou abuso sexual, surge o
absentismo e o abandono escolar.
Nove em 818 crianças foram
colocadas em famílias de acolhimento, sendo que este número está a
diminuir de ano para ano, porque pensa-se que o problema é capaz de ser
resolvido em instituições.
Acho que não sou a única que fica
transtornada ao conhecer estas tristes realidades, apesar de não
escolhermos o lar em que nascemos, devemos ter a noção do que está certo
e do que está errado para não cometermos os mesmos erros dos outros.
Devemos tentar encontrar, apesar de ser difícil, algo que nos guie para
fora deste caminho sombrio da negligência do sistema. Temos de ser
superiores ao sistema, pedir ajuda a instituições ou a um
amigo/familiar. Podemos não conseguir alterar o sistema assim tão
depressa, mas conseguimos sem dúvida ajudar, de algum modo, o outro.
Assim
concluo, que os casos de negligência do tempo do Padre António Vieira
ainda persistem, infelizmente, hoje em dia. Por isso devemos tentar
fazer os possíveis (não só os envolvidos, mas sim todos os cidadãos)
para mudar estas injustiças para com estas crianças e jovens, para estas
terem um futuro melhor.
Fontes:https://www.publico.pt/2019/05/22/sociedade/noticia/2018-menos-criancas-acompanhadas-estarem-perigo-819-institucionalizadas-1873723
https://www.dn.pt/edicao-do-dia/23-mai-2019/indisciplina-droga-e-alcool-comportamentos-perigosos-de-criancas-e-jovens-aumentou--10929996.html
(consultado dia 9 de novembro de 2019)
Laura Tomás
11º
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5 comentários:
No mundo inteiro existem crianças que são negligenciadas pelos seus pais ou responsáveis, ou seja, não recebem uma alimentação adequada, devidos cuidados, ou proteção, sendo às vezes até abusados. Em Portugal, segundo o site de notícias "público.pt", 60.493 crianças e jovens são negligenciados.
Padre António Vieira nos diz a respeito disso genericamente em sua obra (Sermão de Santo António aos Peixes), quando cita e relaciona com os homens as repreensões gerais dos peixes (capítulo IV),e uma delas é: os peixes comem-se uns aos outros. Da mesma sorte, os homens comem-se uns aos outros, isto é, aproveitam-se todos uns dos outros, buscando algum benefício próprio, seja deixando de dar a alguém alguma assistência (versos 57 ao 74: ''Morreu algum deles [...] come-o a mesma mulher , que de má vontade lhe dá para mortalha o lençol mais velho da casa), seja prejudicando a outrem. Neste mesmo capítulo, e nos versos 87 ao 89 está escrito: "Porque me perseguis tão desumanamente, vós, que me estais comendo vivo e fartando-vos da minha carne?". Desta sorte, estas mesmas crianças e jovens são comidas pelos seus pais, porquanto estes últimos se beneficiam delas em não dar-lhes adequada alimentação, quando não lhes dão devida assistência (o cuidado que toda criança merece), e principalmente quando abusam de seus filhos ou criança/jovem que está debaixo de seus cuidados.
Guilherme Lucas 11oB
Em 2017, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) acompanharam 71021 processos de crianças em risco, metade dos processos lidados pelas comissões vieram dos distritos de Lisboa, Porto e Setúbal.
A negligência, representando cerca de 40% do total dos processos, o comportamento de perigo na infância e juventude (18,3%), as situações que colocam em causa o direito à educação (17,3%), e por fim, a exposição de violência doméstica (12,5%).
Maria do Céu Machado, diretora do serviço de pediatria do Hospital Amadora-Sintra, nota que as crianças ficam meses e por vezes anos internadas nos hospitais sobretudo por falta de vagas nas instituições que as podem acolher. O problema atinge também as famílias portuguesas devido ao desemprego. “Quando aumenta o desemprego, aumentam os maus tratos”, “Os pais não podem ficar com os filhos, por falta de condições ou por maus tratos, mas também não os dão para adoção.”.
Maria do Céu Machado não tem dúvidas de que é melhor uma criança estar num hospital do que no seio de uma família negligente e que maltrata, mas considera manter o internamento durante muito tempo como algo muito negativo.
João Bernardote 11ªB
Segundo o jornal Público, dentro da matéria de pobreza e exclusão social, Portugal surge em 11.º lugar numa lista de 26 Estados para os quais estão disponíveis dados relativos a 2017, ou seja, cerca de um quarto da população portuguesa (23,3%) está “em risco de pobreza”.
De acordo com os estudos realizados pelo INE, uma pessoa que viva em Portugal corre risco de pobreza se tiver um rendimento mensal inferior a 460 euros.
Ainda que desde o ano de 2003 o risco de pobreza em Portugal tenha diminuído, entre os anos de 2013 e 2014 voltou a aumentar, chegando aos valores de 19,5%, devido a crise financeira do país.
Em 2017, Portugal registou uma melhoria significativa mantendo-se nos 17,3%. Para a melhoria do mesmo contribuíram a reposição e aumento das pensões, bem como o aumento do salário mínimo para 600 euros, permitindo assim cerca de 100 mil portugueses abandonar a situação de pobreza e segundo o gabinete de estatística da comissão europeia, Eurostat, a proporção de famílias em situação de pobreza e de exclusão social passou de 20,3% para 21,6%.
A taxa de pobreza das famílias monoparentais e das famílias alargadas, com 3 ou mais crianças, continuam a ser os grupos sociais mais vulneráveis a este problema, verificando-se, em 2017, uma descida de cerca de 4,8 e 9,8 pontos percentuais para os respetivos grupos sociais.Uma das causas para a pobreza destes grupos sociais está relacionada com a proporção familiar com a forte exclusão no mercado de trabalho ou da baixa intensidade laboral que passou de 8% para 7,2%.
Lucas Jorge 11ºB
Obrigada Guilherme, João e Lucas.
Em breve, publicarei na pg principal.
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