O livro que li tem o título de Longe do meu coração e foi escritor pelo
autor português Júlio Magalhães. O tema central do livro é a emigração
de vários portugueses para França, na década de 60, à procura de
melhores condições de vida e para fugirem à miséria e à ditadura do seu país.
Na minha opinião, este livro tem vários aspetos positivos destacando-se,
assim, que mesmo sendo um livro cuja base é a História
de Portugal, mesmo quem não goste muito desta área gostará bastante do
livro pois não é exaustivo com factos históricos e ainda para quem desconhece
ou tem poucos conhecimento sobre a vida em Portugal nesta época ou os
motivos desta grande emigração é tudo explicado no livro sem ser de
forma maçadora; daí o livro poder ser lido por várias gerações. Este
livro consegue ainda reforçar a ideia de que o povo português possui uma
enorme vontade de trabalhar. Digo isto pois os portugueses tinham que
emigrar clandestinamente para França, nas condições mais precárias, para
um país novo e totalmente desconhecido mas com a ideia fixa de
trabalhar bastante e construir uma riqueza e ainda enviar dinheiro
para ajudar a família que deixara no seu país.
Outro aspeto
positivo do livro é que no início do livro a vida da personagem não se
encontra nas melhores condições, a sua vida no país que o viu crescer é
péssima, tem que emigrar para um país totalmente desconhecido, o seu pai
morre, tem que deixar a sua mãe sozinha no seu país, as condições
péssimas que enfrenta ao emigrar clandestinamente, a morte do seu melhor
amigo de infância e companheiro na viagem de emigração, as condições
que tem que enfrentar no bidonville (nome dado ao bairro de portugueses
emigrantes em França com condições péssimas – sem água canalizada, sem
eletricidade, entre outras); mas a partir do momento em que a personagem
principal começa a trabalhar neste país tudo muda radicalmente, o que dá
a ideia que graças ao trabalho todos os sonhos e ambições são
possíveis.
A forma como é descrita a emigração clandestina da
personagem principal e do seu melhor amigo é feita de forma brilhante,
com descrição de alguns dos perigos e riscos da viagem naquela época.
A escrita do autor é bastante clara, o que torna a leitura acessível a
várias idades e gerações. A meu ver este livro retrata um período da
História de Portugal em que a emigração está associada a problemas
económicos no próprio país. Atualmente, Portugal enfrenta uma crise
económica e associada a esta, está o aumento da emigração de pessoas que
procuram melhores condições de vida. O que indica que as crises e os
elevados níveis de emigração para além de estarem associados não são casos
únicos na história de um país, mas, sim, momentos que se repetem várias
vezes.
Ana Isabel Gomes, 11ºA - Nº5
1 comentário:
Ana Isabel
Reparaste que tive de fazer uma correções...é a marota da sintaxe!Vê sobretudo as estruturas com as relativas; compara, no início, onde usei o «cuja». Percebes o que estava mal?
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