quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Leitura(s)

O livro que li tem o título de Longe do meu coração e foi escritor pelo autor português Júlio Magalhães. O tema central do livro é a emigração de vários portugueses para França, na década de 60, à procura de melhores condições de vida e para fugirem à miséria e à ditadura do seu país.
 

Na minha opinião, este livro tem vários aspetos positivos destacando-se, assim, que mesmo sendo um livro cuja base é a História de Portugal, mesmo quem não goste muito desta área gostará bastante do livro pois não é exaustivo com factos históricos e ainda para quem desconhece ou tem poucos conhecimento sobre a vida em Portugal nesta época ou os motivos desta grande emigração é tudo explicado no livro sem ser de forma maçadora; daí o livro poder ser lido por várias gerações. Este livro consegue ainda reforçar a ideia de que o povo português possui uma enorme vontade de trabalhar. Digo isto pois os portugueses tinham que emigrar clandestinamente para França, nas condições mais precárias, para um país novo e totalmente desconhecido mas com a ideia fixa de trabalhar bastante e construir uma riqueza e ainda enviar dinheiro para ajudar a família que deixara no seu país.
 

Outro aspeto positivo do livro é que no início do livro a vida da personagem não se encontra nas melhores condições, a sua vida no país que o viu crescer é péssima, tem que emigrar para um país totalmente desconhecido, o seu pai morre, tem que deixar a sua mãe sozinha no seu país, as condições péssimas que enfrenta ao emigrar clandestinamente, a morte do seu melhor amigo de infância e companheiro na viagem de emigração, as condições que tem que enfrentar no bidonville (nome dado ao bairro de portugueses emigrantes em França com condições péssimas – sem água canalizada, sem eletricidade, entre outras); mas a partir do momento em que a personagem principal começa a trabalhar neste país tudo muda radicalmente, o que dá a ideia que graças ao trabalho todos os sonhos e ambições são possíveis.
 

A forma como é descrita a emigração clandestina da personagem principal e do seu melhor amigo é feita de forma brilhante, com descrição de alguns dos perigos e riscos da viagem naquela época.
A escrita do autor é bastante clara, o que torna a leitura acessível a várias idades e gerações. A meu ver este livro retrata um período da História de Portugal em que a emigração está associada a problemas económicos no próprio país. Atualmente, Portugal enfrenta uma crise económica e associada a esta, está o aumento da emigração de pessoas que procuram melhores condições de vida. O que indica que as crises e os elevados níveis de emigração para além de estarem associados não são casos únicos na história de um país, mas, sim, momentos que se repetem várias vezes.


Ana Isabel Gomes, 11ºA - Nº5

1 comentário:

Noémia Santos disse...

Ana Isabel

Reparaste que tive de fazer uma correções...é a marota da sintaxe!Vê sobretudo as estruturas com as relativas; compara, no início, onde usei o «cuja». Percebes o que estava mal?