sexta-feira, 24 de abril de 2015

Ora Eça!



 Estamos agora na fase da análise global da obra, de conhecimento das suas personagens e do percurso que realizam, de questionar a intencionalidade do livro, de reconhecer a excelência da escrita queirosiana desta fase, de identificar processos linguísticos e estilísticos com os quais se constrói a narrativa, de relacionar o que sabemos do mundo com o que aqui aprendemos. 

Já deves ser capaz de perceber e comentar um texto como o quer segue:

 "Em A Cidade e as Serras, Eça - cansado de muito guerrear – faz pois as pazes com o país. Pena que isso aconteça nos últimos anos da sua vida, deixando a parte mais gostosa da escrita – a reescrita, precisamente - a metade. Não sei se ele previa a morte próxima, sei que se sente neste livro um bem-estar, uma felicidade, uma boa disposição contagiantes. Mesmo as personagens risíveis no livro não o são muito – não são ridicularizadas, como outrora os Palmas Cavalões, os Dâmasos Salcedes, os Primos Basílios, os Conselheiros Acácios. Em contrapartida, abundam as pessoas felizes e boas. Jacinto é mimado e poderia ser irritante de tão irritantemente rico, privilegiado e alheado da realidade? Sim, mas até eu - que sou dado a rancores de classe – o aceito como ele é, e gosto dele como é, despassarado e fútil, até crescer – em Tormes, em Portugal – e se tomar (já entrado te) um homem. E, para além de tudo, Jacinto é «bondoso». Este livro abre um mundo onde, se há personagens menores - as figuras de Paris - não há, como diria o Padre Américo, rapazes maus. Ele é «o meu bom tio», «o bom Melchior», «o bom Silvério», «o bom abade de S. José», «o bom Rebelo», «o bom D. Teotónio», «o bom Schopenhauer», o Visconde do Bom Sucesso... E até o narrador não tem problemas em dizer, com a candura de quem vê o mundo sem malícia, «mas concordei, porque sou bom, e nunca desalojarei um espírito do conceito onde ele encontra segurança". 

Rui Zink|Escritor e crítico (ver texto completo no «post» de 24 de fevereiro  

Verifica se estás em condições de cumprir estes objetivos e se estás seguro nas várias etapas percorridas. 



Objetivos

Reconhecer os propósitos críticos e estéticos da obra

Recolher, seleccionar e registar informações com alguma autonomia

Analisar excertos, integrando-os na estrutura interna 

Reconhecer o papel da descrição de ambientes para a compreensão da acção

Explicitar recursos linguísticos e estilísticos recorrentes

Identificar os contributos inovadores a nível temático, estrutural e linguístico

Refletir sobre os temas centrais do romance, detectando a intencionalidade crítica e didáctica
Questionar a obra enquanto romance de tese (ou não)

Expressar reacções pessoais à leitura, de forma fundamentada

Expressar-se com correcção, tendo em conta: a situação, a organização das ideias, a estruturação do discurso e as regras gramaticais.


LER A CIDADE E AS SERRAS
PERCURSO DE ABORDAGEM
Apropriar-se do livro como objeto pessoal
Aplicar estratégias de leitura, pessoais e/ou sugeridas
Seleccionar passagens de acordo com critérios pessoais de interesse/empatia
Utilizar recursos variados de auxílio ao estudo da obra – sublinhados, notas à margem, registos, consulta de dicionário...
Reconhecer a razão de ser do título e do sub-título
Identificar a intriga principal e as relações entre personagens
Seleccionar as passagens mais significativas para a composição do retrato das personagens principais
Registar os traços fundamentais da maneira de ser, atitudes e comportamentos de Jacinto e Zé Fernandes
Registar informação pertinente sobre temas relevantes: a tecnologia, a literatura, a sociedade, a cidade v/s o campo, Paris/Tormes
Ler em voz alta passagens seleccionadas
Refletir individualmente, em pares e no coletivo sobre as passagens lidas
Ler e seleccionar informação em textos de apoio do manual
Emitir opinião fundamentada sobre o carácter, as atitudes, os comportamentos, as ideias das personagens
Distinguir, através de exemplos, ironia de caricatura e os processos estilísticos e linguísticos em que assentam
Seleccionar/registar críticas explícitas ou implícitas às atitudes e comportamentos das personagens ou à vida social parisiense
Registar e interpretar a generalização da crítica à geração de Jacinto/Zé Fernandes aos portugueses/a Portugal
Relacionar a ruína da vida em Paris com a reflexão sobre a decadência civilizacional
Questionar a obra como concessão conservadora às virtudes campestres ou como visão esclarecida sobre uma sociedade em decadência
Identificar marcas representativas do realismo e do impressionismo, a nível temático, linguístico e estilístico
Reflectir sobre o alcance dos usos criativos da língua, a nível lexical, morfológico e sintático
Inferir dos propósitos de análise social e didatismo crítico do romance
Adquirir informação pertinente sobre o contexto social, político e cultural do Realismo literário
Conhecer alguns dos contributos de Eça para a renovação literária e linguística

quarta-feira, 22 de abril de 2015

As Ciências da Língua | O cérebro e a linguagem


Ainda não posso prometer nada sobre os pedidos de alguns de vós para participarem no ENCONTRO CIÊNCIAS DA LÍNGUA, porque o auditório só leva cerca de 100 pessoas. Mas já apresentei pedido à equipa da organização. 6ªfeira já devo ter resposta. Seria para:

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A informação essencial - oradores, temas, vídeos, imagens temáticas, etc. está em:

Ciências Da Língua Encontro para partilhar ideias, fotos, comentários...
https://www.facebook.com/profile.php?id=100009388085681

Encontro As Ciências da Língua - Página Oficial (podes fazer gosto ou seguir

https://www.facebook.com/pages/Encontro-As-Ci%C3%AAncias-da-L%C3%ADngua/1595723337380484?ref=hl


Vejam o texto de José Saramago sobre o cérebro e a linguagem! Quem avisa...



Um presente para os que querem ver a sessão do Eng.º Frederico Freitas, 
no Ciências da Língua, sobre IA, jogos, etc.

Uma preciosidade de 1982


segunda-feira, 20 de abril de 2015

Nuno Camarneiro

Nuno Camarneiro licenciou-se em Engenharia Física pela Universidade de Coimbra, onde se dedicou à investigação durante alguns anos. Trabalhou no CERN (Organização Europeia para a Investigação Nuclear) em Genebra e concluiu o doutoramento em Ciência Aplicada ao Património Cultural em Florença. Em 2010 regressou a Portugal, sendo actualmente investigador na Universidade de Aveiro. 



Excertos:
“Do sangue para fora é quase tudo uma questão de serviço, pessoas que dão para mais tarde poderem cobrar. Os sorrisos são máscaras simpáticas, como os presentes, os beijos ou o sexo. O pragmatismo foi inventado antes do prédio, pratica-se aqui como em qualquer lado, são só homens e mulheres com vidas às costas.” (pág. 28).

“Quando fui pequeno, o inferno era quente e fundo, cheio de gente má que ardia nesse avesso de céu. Mas afinal o inferno é frio e sem companhia. O inferno vai do rés-do-chão ao terceiro e cada um arde por si, as dores separadas por paredes e noite, danados todos um a um.” (pág. 33).

“Assegurar-se de que o mundo novo não funcione pela mesma razão que o velho não funcionou, porque há homens que não cabem onde os querem meter. Porque há quem nasça com uma bomba desenhada na cabeça e passe a vida toda à espera de rebentar onde possa fazer mais danos. Por dentro do poder, da igreja, do escritório, da família, das letras, de uma casa cheia de fantasmas. Nenhum mundo pode ser perfeito se não tiver lugar para homens imperfeitos. No limite, talvez o único sistema possível seja o que parta de uma humanidade toda imperfeita em todas as coisas, a excentricidade como premissa.” (pág. 53).

“Depois a difícil questão da confissão. Os votos que fiz protegem-me do juízo mas não do pensamento, não do horror. Uma mulher conta um segredo a um homem à espera de que Deus a ouça e lhe perdoe, é uma coisa que se decide entre o pecador e o inventor do pecado. A mim cabe-me ouvir, calar e viver com o horror dentro de mim, sem castigo nem perdão. Mas eu sou um homem também, de pecados por todas as partes que se fundem com os alheios e, quando sonho, quando dispo os paramentos, quando vivo como outros vivem, acho-me incapaz de distinguir o mal que fiz do mal que escutei ou imaginei ou compreendi.

O lixo sai de casa e repousa no aterro onde é tratado e transformado, ninguém se preocupa com os contentores ou os carros da recolha ou os homens que o transportam. Mas é esse lixo residual, esse que se agarra às paredes e às mãos, a diferença entre o que produzimos e o que tratamos, é esse lixo que corrói os metais e a carne.

Deus é bom mas liga pouco a pormenores.” (pág. 61).


"A narrativa de Debaixo de Algum Céu ocorre num lugar comum: um prédio encostado à praia, onde vários inquilinos vivem as suas existências singulares e, simultaneamente, conjuntas. No que diz respeito ao tempo, uma semana é o suficiente para entendermos a dinâmica dos habitantes e das suas vidas, o purgatório em que se encontram e os acontecimentos que se desenrolam desde o final do ano até ao início do outro. São várias as personagens que nos são introduzidas: uma senhora de idade que vive sozinha com o seu gato, casais com filhos que enfrentam as dificuldades de um matrimónio já longo ou de um ainda cru, um padre que enfrenta os mistérios da religião e a inquietude da alma, uma mulher que traz às costas o fardo de um grande pecado, um informático que trabalha de noite sobre o futuro que ainda há-de vir, um velho homem que faz música através dos objectos que encontra na praia. São pessoas que conseguimos facilmente reconhecer, pois cada andar é uma etapa da vida, uma divisão da existência humana e de todas as suas dimensões, medos, alegrias, vivências – ou até desistências. Aquilo que sobressai na escrita de Nuno Camarneiro é a sua capacidade de colocar em palavras sentimentos e experiências que, por diversas vezes, passam desapercebidas ou ignoradas. O leitor, através deste romance, é convidado a entrar não apenas num prédio com janelas, portas, paredes e betão, mas, e sobretudo, numa visita guiada à sua própria natureza. Quando incitado a ler as características e dúvidas das personagens, é confrontado com pensamentos que são também os seus, com dúvidas que são também as suas. No fundo, Debaixo de Algum Céu mostra-nos um retrato de uma sociedade demasiado actual, de pessoas que contam as suas histórias; histórias que, de um modo ou de outro, nos pertencem. São problemas e inquietudes actuais, mas também seculares, a natureza do Homem posta a descoberto, como se a casa que o escritor fala não tivesse paredes, só janelas, só vidro, só uma transparência viva." 

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  No Meu Peito Não Cabem Pássaros

Excertos
“Junto às tias e a esta terra, tudo volta a ser pequenino. O sufixo parece ser anterior às palavras, o menino está cansadinho, a viagem foi boazinha, está tão branquinho, coitadinho. Portugal é assim, diminutivo e manso. O que foi chegando fez-se à escala e por cá ficou, as Indiazinhas, as Americazinhas, os pretitos, pobrezinhos. Os Portugueses não querem nada que não possam meter no bolso. Como é que esta gente descobriu tanto mundo?” (pág. 24).

“Fernando sabe o que teme, conhece o seu inimigo, que se veste de cinzento e anda de mão dada com toda a gente. O inimigo de Fernando é agradável, consensual, ligeiro. O seu inimigo é o agradável, o consensual, o ligeiro e todas as outras formas de nada que são modos de saltar do berço à cova sem importar a ninguém e muito menos a si próprio. Disfarçado no banal, será finalmente livre de ser qualquer coisa escondida, a sombra imensa de um funcionário que funciona.” (pág. 78).

“Um retrato traz-nos um pedaço de mundo visto pelos olhos da realidade. É assim que eu sou, assim me vêem. Que máquina mostrará um dia o outro lado da gente? Quem há-de retratar os bastidores desarrumados das nossas poses serenas?” (pág. 113).

“Está o céu a arder e há tanto para fazer antes que chegue a noite. Os homens são curiosos e fazem difícil a vida dos deuses, não há céu que os eleve. Os homens são de baixo, do que é pequeno, da rotina e do dever, das vontades curtas, da fome, do desejo que não se adia. Se o mundo acabar, que acabe, mas que nos leve de barriga cheia e nos dispense a metafísica.” (Pág. 130).

“No mesmo corredor mora outro homem, outro sono, o mesmo não acordar como quem furta ao tempo alguns minutos. Quem nunca quis dormir até a vida ser um lugar praticável, quem não conhece o desconsolo de vestir cada dia uma pele curta nas mangas, que vá abanar este homem, que o chame com a voz cheia de realidades e diga: «Levanta-te, Karl, levanta-te à hora de viver.»” (pág. 164).

 Dois comentários sobre

 No Meu Peito Não Cabem Pássaros "Que linhas unem um imigrante que lava vidros num dos primeiros arranha-céus de nova iorque a um rapaz misantropo que chega a lisboa num navio e a uma criança que inventa coisas que depois acontecem? Muitas. Entre elas, as linhas que atravessam os livros. Em 1910, a passagem de dois cometas pela Terra semeou uma onda de pânico. Em todo o mundo, pessoas enlouqueceram, suicidaram-se, crucificaram-se, ou simplesmente aguardaram, caladas e vencidas, aquilo que acreditavam ser o fim do mundo.
Nos dias em que o céu pegou fogo, estavam vivos os protagonistas deste romance - três homens demasiado sensíveis e inteligentes para poderem viver uma vida normal, com mais dentro de si do que podiam carregar.
Apesar de separados por milhares de quilómetros, as suas vidas revelam curiosas afinidades e estão marcadas, de forma decisiva, pelo ambiente em que cresceram e pelos lugares, nem sempre reais, onde se fizeram homens. Mas, enquanto os seus contemporâneos se deixaram atravessar pela visão trágica dos cometas, estes foram tocados pelo génio e condenados, por isso, a transformar o mundo. Cem anos depois, ainda não esquecemos nenhum deles.
Escrito numa linguagem bela e poderosa, que é a melhor homenagem que se pode fazer à literatura, No Meu Peito não Cabem Pássaros é um romance de estreia invulgar e fulgurante sobre as circunstâncias, quase sempre dramáticas, que influenciam o nascimento de um autor e a construção das suas personagens."

 "Karl (Kafka) é um imigrante desajustado na enorme e impessoal Nova Iorque, solitário e em busca de referências no caos em que sobrevive. Jorge (Borges) é uma criança inadaptada e depois um adulto desiludido, não conseguindo encontrar lugar no mundo terrreno para os universos fantásticos que lhe povoam a mente. Fernando (Pessoa) é uma criança doente na casa lisboeta das tias e um adulto inconformado que vive um romance puramente intelectual com alguém que comunica consigo através das próprias palavras dos seus versos.
No entanto, este livro é muito mais do que uma evocação de três vultos literários, das suas vidas e obras. Esse é apenas o enquadramento, a moldura. Essas são as linhas que vão ser preenchidas pelo Autor com reflexões sobre a vida, a morte, o amor, o ódio, o medo, as relações humanas, os traumas, as recordações, a infância, a idade adulta."



terça-feira, 14 de abril de 2015

7?8?10?

É uma alegria...e ajude a inspirar para o trabalho seguinte - o vosso «booktrailer»

 

O livro que lhe deu o prémio

 O livro que lemos o ano passado no então 10ºA


A história infantil que as crianças do Outeiro 
recriaram para nós



David Machado vence Prémio de Literatura


Lembram-se do nosso encontro com David Machado, em 2014?

David Machado vence Prémio de Literatura 

da UE 2015

O escritor David Machado foi hoje anunciado como um dos vencedores do Prémio Literário da União Europeia de 2015 com o «Índice Médio de Felicidade» (Dom Quixote, 2013).
"A Comissão Europeia anunciou os vencedores durante a Feira do Livro de Londres. Este prémio consagra novos ou emergentes autores na Europa e está aberto a países que participam no programa Europa Criativa, programa de financiamento da UE para os sectores culturais e criativos.
«Trata-se de um romance cujo protagonista sofre os efeitos da crise que se abate sobre Portugal e a Europa, mas não desiste de lutar por um futuro digno para si e para a sua família.
 (...)
De referir que os autores do prémio são nomeados anualmente por júris nacionais seleccionados.
Cada premiado recebe 5.000 euros e beneficia, não só de uma maior promoção e visibilidade internacional, como do incentivo para concorrer às subvenções da tradução literária.
Desde o lançamento do prémio em 2009, o programa «Cultura» da UE (2007-2013) e o programa Europa Criativa (2014-2020) concederam apoio a 203 traduções em 20 línguas diferentes, das 56 obras vencedoras."

Fonte:  http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=768596

Ideal de felicidade



Reflexão sobre A cidade e as Serras de Eça de Queirós
Paris, o rio Sena, agosto 2013|Foto N.Santos
Eça de Queirós escreveu o romance que teve como base o conto "Civilização", fazendo uma comparação entre a vida atribulada da cidade de Paris com a paz e simplicidade da vida em Tormes. O narrador, José Fernandes, relata as várias fases da vida de Jacinto, a personagem principal, de quem é muito amigo. Numa primeira fase em Paris revela que Jacinto é um homem rodeado de Civilização, tanto quanto possível, no 202, a sua residência, que espelha as ideias que defende, como a de que o homem só atinge o ideal de felicidade quando conjuga o máximo de conhecimento possível com o máximo de capacidade física que se pode adquirir.

Depois de mais de trinta anos de uma vida rodeada do máximo de tecnologias, conforto, festas e da alta elite de Paris, Jacinto entra num estado de tédio e aborrecimento da vida civilizada de Paris, decide então ir a Portugal, para assistir à transladação dos restos mortais da sua família. Como vai para o campo envia para lá todos os seus aparelhos tecnológicos e confortos de que dispunha em Paris, no entanto há um engano e estes vão parar a Espanha, e quando os dois amigos chegam ao Douro  não têm nada do que estavam a espera. 
O Douro, junto a «Tormes», agosto 2009|Foto N. Santos

Começa então a grande mudança, quando Jacinto contacta com a natureza, é contagiado, renova-se, vê na natureza tudo aquilo que nunca tinha avistado na cidade, admira a liberdade que nela existe. 
Esta relação de Jacinto com a natureza evolui, passando da observação para a ação. Jacinto ao aperceber-se da pobreza e falta de conhecimento que existe no campo introduz alguns avanços tecnológicos e novas ideias. Conjugando a pacatez da vida no campo com alguns avanços tecnológicos que a tornam mais produtiva. 

O protagonista conhece uma prima de Zé Fernandes por quem se apaixona, Joaninha, que desperta um amor sincero nunca antes conhecido por Jacinto; casam-se têm dois filhos Teresinha e Jacintinho. Nesta fase apercebemo-nos de que este Jacinto já existia no seu íntimo, o contacto com a província fez despertar a sua essência, as suas origens, contribuindo para que Jacinto finalmente encontrasse a “suma felicidade” que ao contrário do que ele pensava no início estava na simplicidade e paz que há no quotidiano campestre, melhoradas por alguns progressos da tecnologia e da civilização.                                      
Douro, Estação de comboios de acesso à Fundação Eça de Queirós, agosto 2009|Foto N. Santos

Esta obra fez-me reflectir não só nas diferenças que existem entre a vida na cidade e a vida no campo, mas também sobre o modo como as tecnologias afectam a nossa vida e ainda sobre qual o ideal de felicidade.


Ana Alcântara Nº4 11ºA

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Gare das Letras

RESPEITO CONFIANÇA DIÁLOGO ATENÇÃO 

Muitos parabéns a todos os membros da equipa de monitores que participou nesta jornada, pelas qualidades cívicas, organizativas, de responsabilidade e de comunicação que souberam evidenciar ! 












 
Quando as crianças brincam
E eu as ouço brincar,
Qualquer coisa em minha alma
Começa a se alegrar


E toda aquela infância
Que não tive me vem,
Numa onda de alegria
Que não foi de ninguém.


Se quem fui é enigma,
E quem serei visão,
Quem sou ao menos sinta
Isto no meu coração.


Fernando Pessoa

 


Nesta edição, dei particular destaque à nossa equipa, mas em breve vos darei nota de outros testemunhos.