Conforme prometido, deixo algumas informações suplementares sobre o conceito de LITERACIA, para a poiar as vossas reflexões escritas.
Assim:
«A importância assumida pela leitura em todos os aspectos da vida quotidiana suscitou o desdobramento de acepções e significados atribuídos ao conceito: 1. Leitura = Alfabetização
2. Leitura = Literacia
3. Leitura = Hábito Cultural»
As estatísticas demonstram que em Portugal ainda existe analfabetismo na população adulta. No entanto, verifica-se que praticamente desapareceu entre as crianças e jovens em idade escolar pois a taxa de analfabetismo para estes grupos de idade é de 0,2 % (semelhante à dos outros países da União Europeia).
Podemos portanto considerar que a escolarização universal da população portuguesa resolveu a questão da alfabetização, situando-se os maiores problemas actualmente enfrentamos no domínio da literacia.
MAS:
Na 2ª Acepção: Leitura=Literacia
Conceito de Literacia : Capacidade básica de utilizar a leitura a escrita e o cálculo para resolver questões da vida quotidiana.
Problemas:· Apesar de conseguirem descodificar palavras, frases e até textos, muitas crianças e muitos adultos não conseguem usar a informação escrita contida em livros, jornais, folhetos, etc. · Apesar de conhecerem os números uma grande parte das pessoas não consegue fazer cálculos simples.
Factores explicativos de baixos níveis de literacia / insufciente hábito de leitura
· Para explicar os baixos níveis de literacia / insufciente hábito de leitura são frequentemente referidos os seguintes factores:
· Insuficiente treino da leitura
· Insuficiente contacto com livros e outros materiais escritos
· Insuficiente experiência de prazer no contacto com livros
· Insuficiente autonomia na leitura
·Frequentemente atribui-se à escola uma grande parte da responsabilidade, referindo-se nomeadamente:
· insuficiente trabalho de leitura, escrita e cálculo· insuficiente desenvolvimento das bibliotecas escolares · ausência de relacionamento entre a escola e a família
Questões para reflexão:
Em que medida
(1) a escola
(2) a biblioteca escolar
(3) a relação entre a escola e a família
podem contribuir para alterar o panorama dos baixos níveis de literacia e os hábitos culturais da população portuguesa ?
Consultar a fonte (Escola Superior de Educação de Lisboa)
Outros elementos:
- Literacia: o Dia Mundial assinala-se a 6 de Setembro.
- A Campanha Global pela Educação em Portugal assinalou o Dia Mundial da Literacia sublinhando o "impacto da educação e da alfabetização no aumento dos rendimentos das famílias, na melhoria das condições de higiene e de saúde".
- Cerca de 75 milhões de crianças em todo o mundo continuam sem acesso ao ensino. Em Portugal, nove em cada cem portugueses continuam sem saber ler nem escrever, na maioria idosos e a viverem no Interior, segundo o último censos.
- Em Portugal, em dez anos, o número de pessoas que não sabe ler nem escrever desceu de 11 para 9 por cento, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística referentes a 2001.
Fontes: Agência Lusa; revista VISÃO, de 6/Set.
Mas os níveis de alfabetização em Portugal estão ainda “muito longe do ideal”, segundo Rui Seguro, Presidente da Associação O Direito De Aprender.
“Nos países nórdicos é um escândalo quando se encontra uma pessoa analfabeta.
(Ler aqui o resto da notícia do PÚBLICO)
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9 comentários:
Sobre estas informações não há dúvidas nenhumas?
De certeza?
Professora, será importante e interessante a informação descrita no jornal de 23 de Outubro do Público sobre estes temas, como a doutora Mª José Vitorino salientou com bastante ênfase? Essa informação (ver Público de 23 de Outubro) foi um dos apontamentos que retirei.
Agradeço desde já a atenção.
Tiago Henrique Rosado nº24 10ºB
Descrição da Visita de Estudo à Biblioteca Municipal de Torres Vedras
A Biblioteca Municipal de Torres Vedras fundada em 1934, encontrava-se no antigo Hospital da Misericórdia mas devido às más condições viu-se forçada a passar para o actual edifício, antigo Liceu D. Pedro V – secção de Torres Vedras. Só a partir de 1986, século XX, esta Biblioteca passou a ser para todos e não unicamente para os mais “opulentos”.
Referindo-nos à equipa que gere este projecto “Biblioteca para Todos”, cerca de quinze pessoas, destaca-se a Directora Goretti Cascalheira, pela sua simpatia e atenção. No decorrer da visita mostrou-se atenciosa e interessada em transmitir-nos o gosto pela leitura e incentivou-nos a visitarmos a Biblioteca Municipal frequentemente. Admitindo-nos até o sonho de digitalizar todos os livros antigos desta biblioteca.
Primeiramente a Biblioteca continha cerca de mil documentos, actualmente encontra-se com cento e cinto mil, dos quais sessenta e cinco mil são manuscritos. Esta biblioteca contém livros do século XV.
O edifício encontra-se dividido em salas adequadas às idades e preferências dos utentes, de forma a adquirir uma melhor funcionalidade.
A sala dos audiovisuais apresenta pouca luminosidade para que o ambiente seja propício ao seu fim. Visionamento de filmes e audição de músicas de todos os tipos são as actividades desta sala.
A sala central, de referência, com grande luminosidade é destinada à leitura de periódicos (revistas, jornais, por exemplo) que se encontram organizados em datas de emissão.
Outras salas são destacadas para a pesquisa de material, quer em livros, quer na Internet através dos computadores fornecidos pela própria biblioteca, para facilitar a elaboração de um trabalho de pesquisa, por exemplo.
A não esquecer dos mais novos. A sala do conto, junto às salas para crianças até aos 8/9 anos. Com cores por toda a parte. Salas cheias de vida. Livros com cheiros, com várias texturas e vários feitios para que desde logo as crianças ganhem agrado pela leitura de uma forma adaptada à sua idade. Confessamos que foi o momento mais descontraído da visita.
Os livros mais valiosos e antigos encontram-se no depósito, em estantes compactas, longe da luz e humidade que lhes causam danos. Este depósito não pode ser visitado por qualquer utente da biblioteca. Só em ocasiões especiais pode ser visitado e com acompanhamento de um funcionário entendido no assunto.
Uma Biblioteca preocupa-se com toda a gente, logo, não esquecer os estrangeiros que imigraram para o nosso País. Para que estes nunca percam o contacto com a língua materna a Biblioteca dispõe que vários livros, dicionários e gramáticas em várias línguas.
Filipe Ferreira 10ºA Nº11
Professora, aqui envio as respostas das 3 perguntas de desenvolvimento sobre a leitura, a literacia, etc. sei que envio um pouco atrasada, peço desculpa, e aqui envio.
1) Qual a relação entre os níveis de leitura de um país e o seu desenvolvimento?
- a leitura desenvolve e melhora as capacidades de escrita, a expressão oral e o vocabulário utilizado na prática desta. Em todos os anos escolares, incluindo na Universidade, precisamos de saber escrever e falar para conseguirmos ter capacidades nas várias disciplinas. Se desenvolvermos estas capacidades, vamos conseguir resumir os textos de português, fazer resumos em história, argumentar em geografia, justificar em matemática, debater em filosofia, entre outros. O país precisa de mentes inteligentes para desenvolver o país. São as Universidades que formam as pessoas, nas diversas áreas. A leitura vai ajudar-nos a reter o vocabulário importante à fala e à escrita. Um médico precisa de saber falar e escrever, um político precisa de saber falar e escrever, um professor também, um empregado de mesa também, etc etc.
(continuação nos seguintes)
Mariana Viola dos santos 10ºB Nº16
2) Quais as razões que existem para Portugal ter ainda fracos indíces de leitura?
- Ainda no tempo dos nossos avós, a leitura fazia parte dos Hobbies da juventude: Porque esse hábito não se preservou até aos dias de hoje? Como alguém dizia: "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades". Não será, de facto, uma das razões para os fracos índices de leitura em Portugal, a falta de temas, de autores e de números de livros editados. Se visitarmos uma livraria, podemos comprovar, que existem milhares de livros, com os mais variados temas, desde cozinhar, a emagrecer, a história, a matemática, a religião, tudo!
Mas de facto, os portugueses andam tão stressados com o trabalho, com a gestão das tarefas da casa, os filhos, as filas no trânsito, nos locais públicos, que algo tem de ficar para trás, neste caso, podemos exempleficar com a leitura e até com a falta de tempo que os adultos acabam por não ter para si próprios. A educação é dada em casa, e esse stress é passado, automaticamente, para os filhos, que vão criando os seus hábitos e custumes derivados do ritmo em que vivem. Como os pais não têm tempo para lhes ensinar os benefícios da leitura (não só!), vão contendo-os com bens materiais recentes, deixando-os contentes e ocupados depois dos trabalhos de casa. São lhes dado as famosas play stations, com jogos de luta, que em vez de desenvolverem capacidades de escrita, inteligência e fala, desenvolvem emoções, medos, e hábitos brutos. Colocam nas televisões da sala, canais de todo o tipo, onde as crianças ocupam outra parte do tempo. Já para não falar do computador com Internet. Estas tecnologias travam desenvolvimentos mentais, de escrita e fala. Vão ocupar o tempo que deveria ser ocupado por leitura e estudo. Automaticamente, os índices baixam. Os idosos (mesmo assim) são os que têm mais motivação para a leitura.
(resposta a 2º questão)
Mariana Viola dos Santos 10ºB Nº16
3) Qual a relação entre os novos meios audiovisuais, sobretudo a Internet e a televisão, e a leitura?
A relação entre os audiovisuais e a leitura, é infelizmente, muito fraca. As enciclopédias onde antigamente a actual geração adulta utilizava para pesquisas escolares, foram substituídas pelos programas e reportagens passados na televisão, e pela informação infinita contida na Internet. No tempo dos nossos pais, a informação para estudos e trabalhos era retirada de enciclopédias, que os obrigava a ler, e resumir o que liam, treinando assim a capacidade de escrita. Actualmente, basta-nos um computador com internet e Word, para pesquisarmos e escrevermos o que lemos. Apesar disso, presentemente, os portugueses (adultos) ainda lêem, as informações e noticiais dos jornais e revistas, apesar desse número ter vindo a baixar. Outro ponto: apesar das leituras de livros de romances, dramas etc., terem sido um pouco postas para trás, a internet, de certa forma, obriga as pessoas a lerem a informação que pesquisam, mesmo que seja noutra língua ou com vocabulário pobre. Apesar destes pontos, a relação entre os audiovisuais e a leitura é fraca.
(questão 3)
Mariana Viola dos Santos 10ºB Nº16
Professora como pedido aqui está a minha carta para a Drª Maria José vitorino.
Endereço de correio electrónico do destinatário: mariajosevitorino@gmail.com
Exmª Senhora Drª
Maria José Vitorino
Assunto: Agradecimento
A turma B do 10º ano da Escola Secundária com 3º Ciclo vem por este meio agradecer a sua presença na sessão realizada na biblioteca da nossa escola na passada sexta-feira, 23 Outubro.
Ainda pressistem algumas perguntas, a saber:
- Como se sentiu quando recebeu o prémio?
- O que achou da nossa Biblioteca?
- Acha que os jovens estão desinteresados da leitura?
- Colocar mais livros online seria vantajoso?
Sem outro assunto e aguardando a resposta que tiver a amabilidade de enviar
Respeitosamente
10ºB
Mariana Freitas nº17 10ºB
Professora como pediu, aqui encontra-se a carta que escrevi no meu exercício escrito, com as respectivas emendas.
Endereço de correio electrónico do destinatário: mariajosevitorino@gmail.com
Exmª Senhora Dr.ª Maria José Vitorino:
Vimos por este meio agradecer a sua óptima presença e a comunicação feita no dia vinte e três de Outubro, na nossa biblioteca escolar.
Na nossa opinião esta pequena sessão correu bastante bem; a doutora conseguiu “pôr-nos a pensar” com as suas interrogações constantes e com o visionamento de vídeos sobre as temáticas que temos estado a abordar, tanto na aula de Língua Portuguesa como nos meios de comunicação: as taxas de alfabetismo/analfabetismo, a questão da literacia que originou bastante polémica, a intervenção do estado com o PNL (Plano Nacional de Leitura), entre outros. No nosso ponto de vista, esta sessão foi bastante curta, razão qual foi impossível abordar com mais profundidade estes temas.
Como a doutora se lembra, existiu no final, um espaço para as questões “presas” na nossa mente”. Devido ao pouco tempo disponível continuam a subsistir algumas questões que gostaríamos de ver resolvidas: estará a nossa biblioteca com as condições ideais? Portugal estará no bom caminho para diminuir a taxa de analfabetização de 9% para 6%? São algumas destas questões que desejaríamos ver respondidas.
Voltando à nossa biblioteca: possui algumas sugestões para tornar o espaço mais cativante e funcional?
Gostaríamos também de a felicitar pelo prémio que ganhou (Librarianship Award), sendo para todos os portugueses um orgulho.
Sem mais nada a tratar e com os melhores cumprimentos.
Turma do 10ºB
Tiago Henrique Rosado nº24 10ºB
Concurso “escrever sem fronteiras”
1) Objectivo
O concurso é uma iniciativa promovida pela Biblioteca da Escola Secundária c/3º Ciclo Henriques Nogueira, e tem como objectivo divulgar e estimular a escrita e a linguagem dos alunos.
2) Concorrentes
São admitidos todos os alunos da escola, dividindo-se em duas categorias, sendo elas a categoria do 3º ciclo e a do ensino secundário.
3) Funcionamento
O concurso é trimestral, sendo que no fim de cada trimestre os textos têm de ser entregues, onde vão ser avaliados e seleccionados os melhores, para depois serem posteriormente premiados.
Os temas têm de se basear no futuro, no rapaz traumatizado e no perfeccionista.
As histórias têm que ser escritos individualmente.
3) Modalidades
Os participantes têm que escrever uma história., que tem como limite o mínimo de 500 palavras.
Os textos têm que ser entregues na biblioteca da escola. Espera-se que estejam devidamente identificados, caso contrário vão ser anulados.
4) Procedimento da selecção
As histórias vão ser avaliadas pelo júri. O júri é constituído pela directora da biblioteca e por dois professores de português.
5) Critérios de avaliação
Para a avaliação de cada texto, vai ser posta em consideração a expressão escrita e a criatividade de cada aluno.
6) Entrega de prémios
Os prémios vão ser entregues no final do ano lectivo. A entrega vai ser feita numa cerimónia pública, algo formal e os prémios vão basear-se em livros. Vai ser entregue um prémio para o vencedor de cada categoria por cada trimestre.
José Freitas e Carla Teotónio - 10ºB
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