segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

"A memória é a história do mundo"


Imagem*: René Magritte, O Falso Espelho, 1928

A memória é uma imagem do passado menos nítida do que a verdade
Bruno 10ºA

A memória é desgastada, erodida e desfaz-se, transformando o que era outrora uma rocha sólida , em pequenos grãos de areia que, a pouco e pouco, formarão novas rochas, tendo estas diferentes recordações, mas ainda pequenas partículas das anteriores, as quais não podem ser destruídas...


Maria Silva .10ºA

A memória é um vulcão, que a partir do momento em que explode deixa para sempre vestígios de cinzas.
Patrícia 10ºA

A memória é como uma agulha no palheiro: está lá, mas poderemos nunca a encontar

Luís G. Gomes 10ºA


A memória é tal como um hotel, no qual as pessoas se alojam, umas só por uma noite e outras por meses, acabando todas por sair um dia.

Gonçalo Arsénio 10ºA


A memória é uma estação de via-férrea inactiva, pois o comboio passa mas nós não o conseguimos apanhar.

Sebastião 10ºA


A memória é uma praia deserta. Os ventos do esquecimento diariamente varrem os grãos de areia das dunas, substituindo-os por novos. Torna-se um ciclo vicioso, entre o esquecimento... e o aparecimento de novas memórias.

Tiago Henrique Rosado nº24 10ºB


Memórias ... as nítidas, as que marcam... permanecem, são guardadas e recordadas de forma a que o tempo passe e não destrua a imagem a cores que são e que as mantêm acesas como fogo e firmes e sólidas em mim.

Memórias ... as a preto e branco ... essas já marcaram, mas sem querer, mesmo sem querer ... deixei que o tempo as levasse. Deixei que passassem de perto a longe. Mas não as esqueço facilmente: são estações de ano em mim, voltam em períodos, de tempo em tempo ... ou simplesmente, voltam, quando toco na ferida que não sarou.

Memórias ... outras já esquecidas ... sem porto de abrigo. Já não me lembro de quais eram, nem sei se eram ... ou se vieram! São enigmas não descifráveis. Já não as reconheço.

Mariana Viola 10ºB nº16



Salvador Dali, Persistência da memória (1954)

A memória é um computador. Os ficheiros são guardados e só se perdem quando são apagados de propósito ou sem ele.
Mariana Freitas 10ºB nº17


A memória é um livro. Contém muita informação, mas para a conseguir tem que se estar na página correcta.

A memória é a história do mundo. Apenas consegue registar o passado e o presente, mas nunca o futuro, acentuando em si os episódios mais importantes.
José Freitas, 10ºB

A memória é um armário desarrumado que tem camisolas velhas e novas, umas já com buracos, outras ainda com etiquetas.

Inês Vieira, 10ºB, nº8




MEMÓRIA (S)
Estes contributos foram dados entre 12 de 24 de Janeiro de 2010.
 
Quem desejar pensar e escever outras sugestões, pode fazê-lo. A memória tem sempre uma porta berta para novas entradas...
 
 


8 comentários:

Anónimo disse...

TPC de LP, 25/01/2010

Voltando atrás e relembrando a minha infância… as vozes mais marcantes foram de algum modo as vozes dos meus familiares e amigos como é natural. Não me recordo o que me diziam mas ainda consigo lembrar-me das suas vozes naquela altura como se fossem momentos recentes, e posso ainda acrescentar que grande parte do que sou hoje foi graças a essas, que me conduziram, apesar de não me recordar das citações. As caras e os lugares… estão relacionados com o mesmo espaço e tempo visto que a passei a minha infância inteira, infantário e escola primária, no mesmo local e com os mesmos amigos. O pormenor mais marcante que me consigo lembrar agora foi no dia em que aprendi definitivamente a andar de bicicleta. Tinha descido uma estrada bastante inclinada que por sua vez continuava por uma rua ainda um pouco inclinada, e, não tinha travões, logo, com uma idade infantil e sem dominar por completo a habilidade não tinha controlo sobre a bicicleta. Continuei pela rua abaixo e só não parei no chão, penso eu, porque me ouviram gritar rua abaixo e se puseram a frente da bicicleta e parar-me de vez. Foi um grande susto… mas aprendi a andar de bicicleta.

Luís G. Gomes 10ºA

Anónimo disse...

Passei praticamente toda a minha infância na creche, com os meus colegas e com as minhas educadoras. Adorei. Foram sem dúvida os melhores anos da minha vida. Lembro-me das caras deles, exactamente como eram, e como são agora, poucas foram as que mudaram, até o sorriso do nosso motorista ficou gravado no meu pensamento!
Relembro o toque e a maneira carinhosa como todas as educadoras me trataram. Tal como os meus colegas, são nomes e caras que nunca esquecerei.
É engraçado, olhar para o passado e recordar-me dos espaços: a casinha das bonecas, o canto das trapalhadas, o cabeleireiro, o hospital, o parque infantil, no fundo o mundo de fantasia que nos foi criado para proporcionar um crescimento saudável. Tenho bastante presente na memória as traquinices que fiz e os avisos que recebi nos últimos anos de creche, marcaram-me no bom sentido!
Na creche aprendi a escrever o meu nome, a fazer o primeiro laço (que daria nos meus sapatinhos!), a realizar as tarefas de sala, a ter espírito de equipa, a tomar conta de animais, mas essencialmente fui ensinada a respeitar os outros. Todos os que permanecem nas minhas memórias são importantes.

Patrícia 10ºA Nº18 TPC para 27-01-2010

Anónimo disse...

Tive uma infância normal como todas as crianças. Brinquei e fiz as traquinices como toda a gente. Mas do que me recordo melhor da minha infância, quando tinha 4 ou 5 anos é de estar em casa dos meus avós e irem lá senhores falar com o meu avô. Eu punha sempre conversa com eles, e eles achavam muito engraçada a forma como eu me dirigia a eles. Lembro-me bem das vozes deles e das suas feições. Provavelmente ainda consigo reconhecer alguns ainda hoje. Quando lá iam varias vezes e eu não sabia os seus nome inventava-os. Eles achavam muita graça e até chegaram a dar-me presentes pelo Natal.

Emanuel Antunes Nº9 10ºA

Anónimo disse...

As importância das minhas irmâs na minha infância

Há grandes pormenores que me influenciaram e me marcaram na minha infância e que eu provavelmente nunca esquecerei.
Eu tenho três irmãs mais velhas e elas ajudaram-me muito em pequeno, e em toda a minha vida. A minha irmã mais velha era como se fosse minha mãe, cuidava muito bem de mim e preocupava-se muito comigo.
Lembro-me muito bem de uma vez quando tinha por volta dos 6 anos estar em casa com muita febre e estar só com a minha irmã mais nova e ela tratou de mim e estava só a tentar que eu ficasse melhor até que a nossa mãe pudesse chegar e levar-me ao hospital. Também me lembro de no verão as minhas irmãs quererem ir para a praia com os amigos e eu convencê-las sempre a levarem-me com elas, e eu gostava muito, divertia-me imenso.
As minhas irmãs foram muito importantes para mim na minha infância, e sempre serão.

Luís Henriqueta Gomes, nº15, 10ºC

Anónimo disse...

A minha memória é pouco nítida, não há muito que contar ao contrário do que as pessoas podem pensar visto que sou estrangeiro.
Nasci na Russia na cidade Ijevsk. Acho que as primeiras imagens foram de mim à andar numa canoa familiar com os meus pais e outros amigos deles nos rios daquela região, que nascem dos montes Urais. Aproximadamente naquela idade (4 ou 5 anos) lembro-me de ter um gato espertíssimo, que brincava e até dormia comigo.
Lembro os anos em que andei no jardim de infância a aprender a ler e escrever lá, mas a pessoa que me ensinou essas coisas foi, na verdade a minha irmã.
A escola lembro ainda melhor, aqueles corredores gigantes para mim naquela altura, e a iniciação à matematica e russo (entre outras disciplinas).
Lembro o pai de me comprar algum doce ou gelado ao levar me para a casa entre suas viagens à Europa. Portanto na Russia vivi com a minha mãe e irmã.
Penso que naquela altura o meu pai foi para Portugal, não conseguiu habituar-se à Russia novamente (já que tinha vindo do Israel, e muito na hora porque meio ano mais tarde tinha começado a guerra alí).
Entre o Infantário e a escola a mãe comprou um gato muito original que apareceu da cruzagem da espécie Persa com angorá. Foi um gato grande e todo branco, selvagem (até os cães tinham medo dele), mas respeitava a família.
Aproximadamente no final do 2º ano escolar fomos para Portugal. Primeiro para Santarém, mais tarde para Torres Vedras. Naquele tempo a vida para mim não mudou muito, como se diz em russo “o jarro é vazio”, portanto foi fácil de habituar, mas os meus pais achavam que a vida era muito diferente. Só começei a perceber mais tarde e a notar os aspectos positivos e negativos.
Entretanto a quantidade de acontecimentos tem aumentado com o passar o tempo. Parece que apenas nos últimos anos houve mais eventos/acontecimentos que no resto da vida.

Alexander R 10A nº1

Anónimo disse...

Lembro-me vagamente da minha infância mas como acontece com a maior parte das pessoas, houve lugares, nomes, caras que me marcaram e será bastante complicado esquecê-los.
Recordo aquelas manhãs que passava a brincar com a linda cadela castanha do meu avô. Adorava meter-me em cima dela como se de um cavalo se tratasse fingindo que era um cowboy como aqueles que via na televisão.
Relembro hoje as feições de um humilde agricultor, e sempre que este me via brincar sorria, nunca irei esquecer aquela pessoa que marcou a minha infância e a minha vida.
Outra das coisas que mais amava fazer era ir à Serra da Estrela, andar de trenó com o meu pai, eram sem dúvida momentos excelentes que irei relembrar para toda a minha eternidade.
São estes pequenos grandes pormenores que nos ajudam a crescer por isso é muito bom viver uma infância feliz e disfrutar ao máximo.

Bernardo Brasil
10ºA, nº5

Noémia Santos disse...

Caros alunos

Obrigada pela colaboração.

Vejo que temos aqui contributos com muito interesse.

Anónimo disse...

Boa tarde professora,

vejo que já há aqui trabalhos de alunos sobre metáforas para definir memória. Se bem que se lembra, numa aula passada, avisei-a que tinha enviado para o seu mail, um trabalhinho feito por mim sobre o mesmo tema. Gostaría de saber se já o viu e se o achou interessante.

Obrigado,
Susana Ribeiro 10ªB nº22