terça-feira, 2 de maio de 2017

Antero - a síntese

SÍNTESE DO TEXTO
(páginas 291- 292) 
- na imagem, Antero nos tempos de Coimbra -

Numa noite, Eça de Queirós avistou, em Coimbra, nas escadarias da Sé Nova, um homem a improvisar um discurso. A face e a barba reluziam, o braço erguia-se nas alturas e a capa negra rojava nas lajes brancas. Outros homens, sentados nos degraus da igreja, escutavam-no enlevados. Seduzido por esta imagem, parou, pois o homem cantava o Céu, o Infinito. Um colega afirmou que era o Antero e Eça, como um discípulo aos pés do mestre, escutava-o com interesse.
Este episódio decorreu em 1862 ou 1863 e Antero já havia publicado Beatrice e todos conheciam as Odes Modernas. Ele era conhecido em Coimbra como o Príncipe da Mocidade, pois ninguém resumia com mais brilho os defeitos e as qualidades daquela geração. Coimbra vivia então num grande tumulto mental. Pelos caminhos-de-ferro rompiam torrentes de ideias novas.
Henrique Cavaco, 11ºA (24/04/17)

Dedicado a HC, a provar que a vontade pode muito...
 Ilustração de Terry Fan

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