quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Somos o que ouvimos



A música tem um papel muito importante na atualidade, pois tal como já foi referido em aula é costume dizer-se que "somos o que comemos" mas na verdade também "somos o que ouvimos"; para além disso é também uma arte que desperta várias emoções: alegria, tristeza, raiva, nostalgia, angústia, entre outras.
A música pode mudar muito a nossa forma de pensar, de agir e de interagir com as outras pessoas, assim sendo, é capaz de mudar o nosso dia a dia e tanto pode exercer sentimentos positivos como negativos.
Tal como tudo, a música tem evoluído ao longo dos tempos; por exemplo, a Poesia Trovadoresca tem as cantigas de Amor, de Amigo e de Escárnio e Maldizer e cada uma destas cantigas tem as suas características, assim como a música hoje em dia, pois estas apesar de terem muitas diferenças também têm imensas semelhanças.
Conseguimos observar isto durante as apresentações realizadas em aula, por exemplo no caso da canção "Shape of You", do Ed Sheeran, apresentada pelo nosso grupo, é muito parecida com as Cantigas de Amor pois o sujeito é um homem apaixonado e elogia a rapariga que ama de forma hiperbólica, mas também diferem no facto de o amor ser correspondido e de não haver uma relação de hierarquização, o que não acontece nas cantigas de Amor.
Tal como acontecia com a Poesia Trovadoresca, a música é uma arte muito importante para a história da língua e da escrita que é muito valorizada pelas pessoas.
Pela importância da música, todos nós devemos ouvi-la para nos alegrarmos e não nos sentirmos sozinhos.
(autores - ....)

Nadia Schilling — Kite


Harry Styles - Sign of the Times (Video)


Música

Reflexão sobre a música nos dias de hoje
A música tem um grande impacto nas nossas vidas: afirmamos isto como jovens que somos, imaginamos a banda sonora da nossa vida consoante os momentos vividos. Não é tarefa fácil: temos de conjugar a batida com harmonia que tem de estar em perfeita sinfonia com os nossos mais profundos sentimentos.
            Não sabemos ao certo quando é que a música se tornou tão importante pois afinal nós já nascemos a ouvi-la: escutamos as suas pequenas mudanças ao longo dos anos e vemos a sociedade moldar-se e formar-se com a música.
            No séc. XII, na Península Ibérica, em língua galego-portuguesa, as pessoas exprimiam os seus sentimentos através de poesia trovadoresca, em cantigas, que podiam ser de amigo, amor, escárnio ou maldizer.
            Apesar dos tempos terem mudado muitos dos sentimentos permaneceram e ainda podemos encontrar muitos destes temas presentes na vida atual, como por exemplo o facto de ainda existirem músicas a expressarem o amor e a venerar a pessoa amada, como era feito nas cantigas de amigo e amor, ou até mesmo críticas à sociedade ou a alguém em específico como vemos presente em grande parte no rap e é uma característica das cantigas de maldizer.
            Com isto podemos concluir que o meio em que estamos se alterou muito nestes 800 anos, mas os sentimentos são difíceis de mudar ao longo dos tempos.

Trabalho realizado por:
Carolina M. nº4
Juliana G. nº12
Miguel L. nº21
Raquel M. nº23
Raul T. nº24
10ºC


Taylor Swift - Love Story


quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Fernão Lopes, Crónica


Textos de apoio[1]
Exercício Formativo
PORTUGUÊS, 10º Ano
Tema: Fernão Lopes, Crónica de D. João I
Novembro 2018


I
A
CRÓNICA n. fem. (do gr. Kronos, tempo). 1. Sequência, compilação de factos registados segundo a ordem do seu desenrolar. Se a narração se faz por ano, toma o nome de anais, se de dez em dez anos, chama-se décadas. As crónicas traçavam a história de um reinado, de uma dinastia ou de uma instituição e mesmo a história de um povo, desde os seus começos, mas sem que o autor tente determinar as causas e apontar os efeitos. […]. 3. Subgénero jornalístico de comentário a temas ou acontecimentos recentes.
B
Crónica de D. João I ou Crónica del Rei Dom Joam da Boa Memória, obra-prima da autoria do cronista português Fernão Lopes, escrita entre 1434 e 1443 e editada apenas em 1664. Compõem-na duas partes e abrange, historicamente, o período do interregno (1383-1385) e os acontecimentos que antecederam os esponsais da infanta D. Beatriz com o filho do conde de Cambridge: a aclamação do Mestre de Avis, o assassínio do conde Andeiro, a trucidação do bispo de Lisboa pela multidão, o cerco da capital e a peste no arraial castelhano e as batalhas de Aljubarrota e Valverde são alguns dos quadros que o autor aí trata com impressionante verbalismo, vigoroso e colorido.
AA. VV., 2001 “Crónica” e “Crónica de D. João I ou Crónica del Rei Dom Joam da Boa Memória”, in Nova Enciclopédia Larousse. Vol. 7. Lisboa: Círculo de Leitores (pp.2109-2110)

1. Indique, no texto A, qual das definições de crónica corresponde à obra de Fernão Lopes. Justifique.

2. Refira, a partir do texto B, a data de redação e de edição da Crónica de D. João I; o modo como a obra se estrutura; quais os quadros que a compõem.


II
Leia com atenção o texto.
A
     «D. Leonor Teles a seduzir o fraco rei D. Fernando, o Mestre de Avis a apunhalar o amante dela, conde de Andeiro, o povo de Lisboa a nomear o Mestre “regedor e defensor do reino”, o condestável Nuno Álvares Pereira a derrotar os Castelhanos em Aljubarrota e várias outras batalhas…Tudo isto é familiar a muitos Portugueses (infelizmente, não a tantos como seria desejável), mas se assim acontece o mérito é de um homem acerca do qual não sabemos muita coisa: Fernão Lopes. Nada mais, nada menos do que um dos maiores escritores portugueses de sempre.
     A bem dizer, este Fernão Lopes – que nasceu à volta de 1380 e morreu em meados do século XV – não era bem o que agora entendemos por escritor, pois não foi um ficcionista. Tudo o que ele escreveu era verdade e, se tivesse vivido hoje, chamar-lhe-íamos historiador. No tempo dele davam-lhe o nome de cronista. A missão de que estavam encarregados os indivíduos com este ofício era escrever a história dos reinados que tinham ficado para trás. Quem lhes pagava eram os reis. Eram, portanto, funcionários públicos. Compreende-se assim que os cronistas fossem naturalmente muito aduladores: para agradar aos “patrões”, diziam bem dos pais e dos avós destes, ou seja, dos reis sobre os quais escreviam.
     Não foi bem esse o caso de Fernão Lopes. A ideia que o norteou foi contar as coisas com o máximo de realismo. E, como observador atento da realidade que era, não lhe escapou o papel decisivo desempenhado pelo povo anónimo no curso da História. Como se isto não bastasse, era um artista da frase, um pintor de imagens verbais, um compositor sinfónico que utilizava as letras em vez das notas de música. O resultado foi a obra admirável que nos deixou: a Cónica de D. Pedro, a Crónica de D. Fernando e a Crónica de D. João. É graças a elas que sabemos “tudo” acerca da segunda metade do século XIV português e que consideramos esse período um dos mais fascinantes da nossa História.
     Fernão Lopes, que não tinha pergaminhos de nobreza, foi também o segundo diretor da Torre do Tombo. […]»
MARTINS, Luís Almeida, 2011. 365 Dias com histórias da História de Portugal. 
Lisboa: A Esfera dos Livros (pp 127-128)

1. Estabeleça, a partir do texto, a biografia de Fernão Lopes.
2. Explique o que significava ser cronista naquele tempo.
3. Com base no penúltimo parágrafo, apresente os traços mais marcantes do estilo lopesiano.



[1] Seleção, organização e questionários – Paula Viegas, ESHN, 2015.

Fernão Lopes


«No século XV, um cronista era um historiador. O rei encarregava um cronista de registar os feitos mais importantes do seu reinado ou dos anteriores.»

«Que acontecimentos históricos são relatados na 1.ª parte da Crónica de D. João I?
Na parte da Crónica de D. João I é relatada a crise de sucessão de 1383-85 que teve lugar no fim da primeira dinastia e que levou ao poder a dinastia de Avis. Durante esta crise, o Mestre de Avis, futuro rei D. João I, teve um papel determinante na defesa da independência de Portugal do domínio de Castela.»

«Os atores da Crónica de D. João I são personagens individuais como o Mestre de Avis ou Álvaro Pais, mas também a personagem coletiva representada pelo povo anónimo.»
«O verdadeiro protagonista da Crónica de D. João I é o povo que surge mitificado e elevado à categoria de herói. A personagem coletiva escolhe o Mestre como seu líder e luta ao seu lado pela independência nacional.»


              

EXERCÍCIO

1.Vê o documentário
2. Vai tomando NOTAS, por TÓPICOS

3. Com base nas tuas notas e revendo uma ou outra passagem, se necessário,
escreve um TEXTO EXPOSITIVO (100 a 150 palavras) sobre o Tema

FERNÃO LOPES E O SEU TEMPO

sábado, 10 de novembro de 2018

Cantigas de amor e outras músicas

Continuamos a publicar materiais (letras ou vídeos) escolhidos pelos alunos
para análise e reflexão sobre o tema A MÚSICA E AS CANÇÕES NA ATUALIDADE
Banda: Galgo

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Cantigas de amor e outras cantigas da nossa vida

 N.S.|Brooklin.NY
O PAPEL DAS CANÇÕES E DA MÚSICA NA ATUALIDADE |Começamos a publicação das letras das canções contemporâneas escolhidas pelos alunos, no âmbito desta reflexão (trabalho de aula: seleção e análise formal e de conteúdo de 'cantigas' dos séculos XX ou XXI; comparação com cantigas medievais; reflexão crítica).
António Variações - "Estou além"

Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão

Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só

Quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi


Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar

Vou continuar a procurar o meu mundo, o meu lugar
Porque até aqui eu só

Estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou

Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar

Vou continuar a procurar a minha forma, o meu lugar
Porque até aqui eu só

Estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
7 de novembro de 2018 às 08:57



Amor Electro - "A Máquina"

Saber o que fazer
Com isto a acontecer
Num caso como o meu
Ter o meu amor...
Pra dar e pra vender
Mas sei que vou ficar
Por ter o que eu não tenho
Eu sei que vou ficar...

É de pedir aos céus
A mim, a ti e a Deus
Que eu quero ser feliz
É de pedir aos céus...

Porque este amor é meu
E cedo vou saber
Que triste é viver...
Que sina, ai que amor

Já nem vou mais chorar
Gritar, ligar, voltar...
A máquina parou
Deixou de tocar

Sentir e não mentir
Amar e querer ficar...
Que pena é ver-te assim...
Já sem saberes de ti
Rasguei o teu perdão
Quis ser o que já fui
Eu não vou mais fugir
A viagem começou