Exercício Formativo
PORTUGUÊS, 10º Ano
Tema: Fernão Lopes, Crónica de D. João I
Novembro 2018
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I
A
CRÓNICA n. fem. (do gr. Kronos,
tempo). 1. Sequência, compilação de
factos registados segundo a ordem do seu desenrolar. Se a narração se faz por
ano, toma o nome de anais, se de dez
em dez anos, chama-se décadas. As
crónicas traçavam a história de um reinado, de uma dinastia ou de uma
instituição e mesmo a história de um povo, desde os seus começos, mas sem que o
autor tente determinar as causas e apontar os efeitos. […]. 3. Subgénero jornalístico de comentário
a temas ou acontecimentos recentes.
B
Crónica de D. João I ou Crónica del Rei Dom Joam da Boa Memória,
obra-prima da autoria do cronista português Fernão Lopes, escrita entre 1434 e
1443 e editada apenas em 1664. Compõem-na duas partes e abrange,
historicamente, o período do interregno (1383-1385) e os acontecimentos que
antecederam os esponsais da infanta D. Beatriz com o filho do conde de
Cambridge: a aclamação do Mestre de Avis, o assassínio do conde Andeiro, a
trucidação do bispo de Lisboa pela multidão, o cerco da capital e a peste no
arraial castelhano e as batalhas de Aljubarrota e Valverde são alguns dos
quadros que o autor aí trata com impressionante verbalismo, vigoroso e
colorido.
AA.
VV., 2001 “Crónica” e “Crónica de D. João I ou Crónica del Rei Dom Joam da Boa
Memória”, in Nova Enciclopédia Larousse. Vol.
7. Lisboa: Círculo de Leitores (pp.2109-2110)
1.
Indique, no texto A, qual das definições de crónica corresponde à obra de
Fernão Lopes. Justifique.
2.
Refira, a partir do texto B, a data de redação e de edição da Crónica de D. João I; o modo como a obra
se estrutura; quais os quadros que a compõem.
II
Leia
com atenção o texto.
A
«D.
Leonor Teles a seduzir o fraco rei D. Fernando, o Mestre de Avis a apunhalar o
amante dela, conde de Andeiro, o povo de Lisboa a nomear o Mestre “regedor e
defensor do reino”, o condestável Nuno Álvares Pereira a derrotar os
Castelhanos em Aljubarrota e várias outras batalhas…Tudo isto é familiar a
muitos Portugueses (infelizmente, não a tantos como seria desejável), mas se
assim acontece o mérito é de um homem acerca do qual não sabemos muita coisa:
Fernão Lopes. Nada mais, nada menos do que um dos maiores escritores
portugueses de sempre.
A
bem dizer, este Fernão Lopes – que nasceu à volta de 1380 e morreu em meados do
século XV – não era bem o que agora entendemos por escritor, pois não foi um
ficcionista. Tudo o que ele escreveu era verdade e, se tivesse vivido hoje,
chamar-lhe-íamos historiador. No tempo dele davam-lhe o nome de cronista. A
missão de que estavam encarregados os indivíduos com este ofício era escrever a
história dos reinados que tinham ficado para trás. Quem lhes pagava eram os
reis. Eram, portanto, funcionários públicos. Compreende-se assim que os
cronistas fossem naturalmente muito aduladores: para agradar aos “patrões”,
diziam bem dos pais e dos avós destes, ou seja, dos reis sobre os quais
escreviam.
Não
foi bem esse o caso de Fernão Lopes. A ideia que o norteou foi contar as coisas
com o máximo de realismo. E, como observador atento da realidade que era, não
lhe escapou o papel decisivo desempenhado pelo povo anónimo no curso da
História. Como se isto não bastasse, era um artista da frase, um pintor de
imagens verbais, um compositor sinfónico que utilizava as letras em vez das
notas de música. O resultado foi a obra admirável que nos deixou: a Cónica de D. Pedro, a Crónica de D. Fernando e a Crónica de D. João. É graças a elas que
sabemos “tudo” acerca da segunda metade do século XIV português e que
consideramos esse período um dos mais fascinantes da nossa História.
Fernão
Lopes, que não tinha pergaminhos de nobreza, foi também o segundo diretor da
Torre do Tombo. […]»
MARTINS,
Luís Almeida, 2011. 365 Dias com
histórias da História de Portugal.
Lisboa: A Esfera dos Livros (pp 127-128)
1.
Estabeleça, a partir do texto, a biografia de Fernão Lopes.
2.
Explique o que significava ser cronista naquele tempo.
3.
Com base no penúltimo parágrafo, apresente os traços mais marcantes do estilo
lopesiano.
Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão
Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só
Quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar
Vou continuar a procurar o meu mundo, o meu lugar
Porque até aqui eu só
Estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar
Vou continuar a procurar a minha forma, o meu lugar
Porque até aqui eu só
Estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Amor Electro - "A Máquina"
Saber o que fazer
Com isto a acontecer
Num caso como o meu
Ter o meu amor...
Pra dar e pra vender
Mas sei que vou ficar
Por ter o que eu não tenho
Eu sei que vou ficar...
É de pedir aos céus
A mim, a ti e a Deus
Que eu quero ser feliz
É de pedir aos céus...
Porque este amor é meu
E cedo vou saber
Que triste é viver...
Que sina, ai que amor
Já nem vou mais chorar
Gritar, ligar, voltar...
A máquina parou
Deixou de tocar
Sentir e não mentir
Amar e querer ficar...
Que pena é ver-te assim...
Já sem saberes de ti
Rasguei o teu perdão
Quis ser o que já fui
Eu não vou mais fugir
A viagem começou