Jo
Escritor João Reis no Auditório da Escola Secundária Henriques Nogueira
21 de março de 2023,14h30
Turmas 11º A, B e D
https://www.joaoreisautor.com/
https://www.instagram.com/joaoreis.author/
“Cadernos da Água”, a distopia climática de João Reis:
Podcast sobre CADERNOS DA ÁGUA -entrevista com o escritor
https://www.publico.pt/2022/10/06/azul/noticia/cadernos-agua-distopia-climatica-joao-reis-2022762
«A obra oferece-nos uma janela para um mundo distópico, assolado pela seca hidrológica, pelas guerras da água e pelo rescaldo de uma pandemia. Ao longo das 248 páginas do livro, encontramos um Portugal desidratado, que perdeu soberania, obrigando uma grande fatia da população a transformar-se em refugiados climáticos no Norte da Europa. Um texto que se situa num futuro mais próximo e menos auspicioso do que gostaríamos.
Há cerca de duas semanas, o Azul publicava uma notícia intitulada “Chegou o Outono e o conflito da água com a Espanha está à vista”. Num dos comentários deste texto, que discorre sobre a disputa ibérica pelo acesso à água dos rios internacionais, um leitor escreveu: “Está tudo descrito nos Cadernos da Água, de João Reis”. Mas o autor do romance não ficou nada surpreendido por ter imaginado um mundo que, agora, as pessoas reconhecem nas páginas dos jornais.
“É um livro de ficção especulativa, não é um presságio. Não sou vidente. Mas é uma forma de reflectirmos sobre um futuro [sem água]. As personagens são ficcionais mas baseei-me em factos científicos e políticos que têm sido noticiados. Muitos deles passam despercebidos pela maioria da população - e talvez seja por isso que as pessoas ficam surpreendidas”, afirmou o autor neste episódio.
O autor de Cadernos da Água estudou Medicina Veterinária, mas acabou por licenciar-se em Filosofia. Além de escritor, João Reis já desempenhou diversos ofícios em Portugal e nos países para onde emigrou. Foi cozinheiro na Noruega e na Suécia e ajudante num armazém de vinhos na Inglaterra. Fundou a editora Eucleia, em 2010, ao lado da irmã, projecto editorial pelo qual foi responsável até 2012. Fala seis línguas. Hoje, dedica-se inteiramente à escrita e à tradução.»
«Um jovem autor português instala-se numa residência para escritores em
Seul para escrever o seu próximo romance. Em vez disso, deambula pela
cidade com a namorada, possivelmente grávida, e entrega-se a todo o tipo
de fait divers mais ou menos absurdos, não obstante a pressão dos
editores. (...)
Ao deixar-se levar pelo fluxo dos acontecimentos, detendo-se obsessivamente num e noutro pormenor irrelevante, Rodrigo encarna o protótipo do anti-herói desencantado e imperfeito, derrotado à partida pela ficção da vida. Se com Pétalas ou Ossos retoma a ideia iniciada com o seu primeiro livro, A Noiva do Tradutor, levando-a ao paroxismo, para lá do qual a inércia se confunde com a redenção.»
Gil Vicente, figura insigne do Teatro e das Letras portuguesas, de vida incerta e misteriosa, e alvo de admiração e honrarias ao longo dos séculos. Menos afamado, talvez, seja seu servo, Anrique de Viena, homem humilde e leal que conheceu em batalha o mundo, e que regressou para o lado de seu senhor para o acompanhar no inverno de sua vida e o ajudar na escrita da sua última peça. E através da pena de Anrique, ágil e dedicada, veremos o mestre como nunca antes foi visto: completa e profundamente humano.
Irónico, divertido e comovente, Quando Servi Gil Vicente é um exercício extraordinário de estilo e invenção que, prestando homenagem a um dos maiores autores portugueses, nos permite acesso ao que, para o bem e para o mal, poderia ser Gil Vicente no seu tempo e mundo.
https://www.penguinlivros.pt/loja/elsinore/livro/quando-servi-gil-vicente/
«A noite levava-nos a pensar, a imaginar comida, a nossa casa,
mais comida, terríveis cenas de infância, essa época
abominável, misturavam-se com imagens de comida e
exponenciavam o nosso suplício (…) tornava-se incomodativo
e alguns choravam, para em seguida se rirem. Terminadas as
lamúrias, tudo corria melhor, fazia-se silêncio, podia-se
dormir.»
A Grande Guerra assola a Europa do início do século XX. Um
capitão do Corpo Expedicionário Português encontra-se num
campo de prisioneiros alemão, sem documentos que atestem a
sua patente de oficial, obrigado a partilhar a vida e o destino dos
seus conterrâneos mais pobres. Tem fome, ouve detonações
constantes, observa, sonha, procura um sentido para tudo aquilo
que o rodeia, tenta terminar o relato de uma estranha história
sobre cientistas alemães e gravações de voz, procura
desesperadamente o silêncio e, acima de tudo, a paz das coisas
simples.
https://www.wook.pt/livro/a-devastacao-do-silencio-joao-reis/21717317
https://www.fnac.pt/A-Avo-e-a-Neve-Russa-Joao-Reis/a1015683
- Estreou-se como autor em 2015, com a novela A Noiva do Tradutor (Companhia das Ilhas; reeditada em 2019 pela Elsinore).
- Em 2017, publicou A Avó e a Neve Russa (Elsinore; romance finalista do prémio Fernando Namora 2018) e, em 2018, A Devastação do Silêncio (Elsinore; semifinalista do Prémio Oceanos 2019).
- O seu quarto romance, Quando Servi Gil Vicente (Elsinore; finalista do Prémio Fernando Namora 2020) foi publicado em 2019.
- O seu quinto romance, Se com pétalas ou ossos, foi publicado pela Minotauro em 2021. Cadernos da Água (Quetzal, março de 2022) é o seu novo romance.
- A novela A Noiva do Tradutor está publicada nos Estados Unidos, através da Open Letter Books, sob o título The Translator’s Bride (2019). No Brasil, foi publicada, em 2020, pela DBA Literatura. No verão de 2021, este livro foi também publicado na Geórgia (Academic Press) e na Sérvia (Rio Magnus).
- O romance Bedraggling Grandma with Russian Snow (Corona/Samizdat, junho de 2021), uma pseudo-tradução de A Avó e a Neve Russa para inglês, foi nomeado para o Dublin Literary Award 2022. O escritor português João Reis foi um dos 79 nomeados para o este Prémio
Literário Internacional de Dublin 2022. O autor português fez parte da lista longa escolhida por bibliotecas de
todo o mundo, da qual constam autores oriundos de 40 países.
- O romance The Devastation of Silence foi publicado nos EUA, pela Open Letter Books, em novembro de 2022.
- Também tradutor, de línguas escandinavas, João Reis já passou para o
português obras de autores como Knut Hamsun, August Strindberg e Patrick
White.
Sem comentários:
Enviar um comentário