domingo, 8 de dezembro de 2013

Iluminar


Porque ter tudo claro é preciso, vamos dar resposta às dúvidas





Daniela
"a articulação dos atos de fala diretivos e acertivos"/assertivos

Daniela
Esta matéria não virá assim diretamente, porque ainda não fizemos revisões e temo que alguns colegas possam não saber. Ainda assim, cá vai:

Atos ilocutórios assertivos são os que se relacionam com o locutor ( a pessoa que fala), com o valor de verdade do que se diz. São, normalmente, introduzidos/identificávies por expressões como:

Acho...
Considero ...
Eu aceito...
Acredito em...
Admito que...
Coloco a questão de ...
Encaro a hipótese de...
Insisto em...
Sugiro...
 

Atos ilocutórios diretivos são aqueles em em que o locutor pretende que o ouvinte realize o ato referido no enunciado. Estão neste caso ordens, conselhos, pedidos, sugestões, como:

"Exijo que me entregues o documento!"; "Não te importas de fechar a janela, por favor?"; "Aconselho-te a não desistires"...

Outros verbos normalmente associados às ordens, pedidos, etc:

Peço
Proíbo
Quero
Aconselho
Convido
Espero
Exijo
Imploro
Lembro
Mando
 
(...) pergunta 2, a resposta ''Não acompanhar ninguém'' está correta? Não existe correção
 
Era o verso que eu escolheria.
Não há correção proque é uma pergunta aberta, em que se admite mais  do que uma resposta possível, dede que com lógica.
 
Outros versos bons
"vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem"
 
"Só vou por onde
Me levam meus próprios passos..."
 
(...) não encontrei nenhuma interjeição no poema da página 252
 
Poema Cântigo Negro, última estrofe, p. 253
"Ah, que ninguém me dê piedosas intenções"
 
Aqui está a interjeição - Ah, seguida do ponto de exclamação; traduz desabafo, espanto, indignação.
 
Liliana
"tenho uma dúvida na pergunta 4 da pag.288. não estou a perceber o que tenho de dizer para indicar a progressão textual "
 
Bastava que mostrasses perceber que ao longo do texto nunca se abandonava a ideia central - a brevidade do instante, a constante impossibilidade de fixar o tempo - marcada pela repetição anafórica «E por vezes» - mas que há uma progressão de sentido nas palavras-chave relativas ao tempo.
 
Revendo:
 
A progressão textual é o processo pelo qual o texto se constrói, com a introdução de informação nova, ligada à informação anterior. Assim, num texto tem que haver retoma dos seus elementos conceptuais e formais, mas é preciso que apresente novas informações a propósito dos elementos retomados. O estabelecimento de relações entre os segmentos textuais leva à coesão textual.
 
O uso dos conetores e a existências de elementos que marcam a sequência temporal e/ou espacial, como - em primeiro lugar, num primeiro momento, antes de, em segundo lugar, em seguida, seguidamente, então, durante, ao mesmo tempo, quando, simultaneamente, depois de, após, até que, enquanto, entretanto, logo que, no fim de, por fim, finalmente, etc.- são muito importantes.
O paralelismo, com a anáfora «E por vezes», garante a retoma de informação. Igualmente importantes, e neste caso muito relevantes, as retomas; no poema, como destaca a correção, a retoma da palavra «meses» do 1º para o 2º verso, progressivamente metafórico e com gradação - as noites duram meses/os meses [duram] oceanos (=nunca mais acabam, como um oceano). Também o jogo da repetição da palavra «lembramos», na estrofe 2.  

Bom trabalho!



12 comentários:

Anónimo disse...

professora pode me dar um exemplo de como com fazer a estrutura forma de um poema
ASS TIAGO SILVA

Anónimo disse...

Olá professora, muito obrigada pelos esclarecimentos.
Pode-me explicar qual a diferença entre uma anástrofe e um hipérbato?

Daniela

Noémia Santos disse...

Tiago Silva

Terás de escrever corretamente a frase e ser um pouco mais específico. Não cheguei a perceber o que precisas.

Até já.

Noémia Santos disse...

Daniela

A anástrofe e o hipérbato são duas figuras [de estilo] de sintaxe que têm por característica a inversão dos elemento da oração.

A diferença, segundo a maioria dos gramáticos, é de escala.
Assim:
Há uma anástrofe sobretudo quando a inversão ocorre entre o sujeito e predicado.
Ex. Aos primeieros raios de sol, abriu a flor.
(em vez de "...a flor abriu; ordem direta do português: sujeito+predicado e complementos)

No hipérbato, afirmam que a alteração é mais forte e afeta outros elementos da frase.
Ex:

Ordem inversa:
Do sol os raios se viam rebrilhantes.

(em vez da ordem direta: Viam-se os raios de sol rebrilhantes).

Ficou claro?

Anónimo disse...

um exemplo de uma estrtura formal de um poema

Anónimo disse...

Boa tarde professora, eu não estou a perceber como é isto dos conectores, na pagina 260 por exemplo.
Bianca

Filipa disse...

professora pode me explicar o que é um Modificador da frase.

Filipa disse...

professora pode me explicar o que é um Modificador da frase.

Filipa disse...

Professora não estou a perceber o que é uma locução prepositiva.

Anónimo disse...

Boa noite professora eu não estou a perceber o que e para fazer onde a professora diz :Identificar funções sintáticas das orações subordinadas substantivas completivas e adjetivas relativas (restritivas e explicativas).
Pode me dar uma frase exemplo sff?

Catarina Guerreiro

Noémia Santos disse...

Bianca

Uma observação como a do teu pedido é estranha como pedido de esclarecimento. Repara: "eu não estou a perceber como é isto dos conectores, na pagina 260 por exemplo." revela falta de estudo e cuidado. Assim:
- "Isto dos conetores" - creio que se refere aos conetores frásicos ou articuladores frásicos, que ligam as orações, garantindo a coesão interfrásica; não é nenhum «isto»;

- Desde setembro-outubro que comecámos a trabalhar esta matéria e, como apoio, publiquei no blogue o quadro dos conetores e pedi que passassem para o caderno diário;

- Na correção que publiquei indica-se quais são os conetores temporais - A seguir; Depois; ...agora.

Assim sendo, toca a estudar.


Noémia Santos disse...

Filipa

Quanto ao "Modificador da frase", vem só o que demos, que é bem simples.
Lembras-te do "Infelizmente, não posso ir à China"?

Vou pôr na página principal.

Até amanhã