quinta-feira, 10 de abril de 2014

A(s) Memória (s)

Livro do contrato de leitura - reflexão crítica
Bárbara Franco

"O conhecimento do passado faz-nos compreender o presente
e prepara-nos para o futuro"

Eu li o livro “Deixem falar as pedras” de David Machado, um romance um pouco diferente. Retrata a história de um rapaz problemático, violento e imaturo que se depara com um desafio de ajudar o seu avô e que no fim aprende que deve lutar pela vida. Este rapaz, Valdemar, tinha certas atitudes violentas e fora do normal devido a passar pouco tempo com os pais, pois a mãe trabalhava fora e o pai nunca estava em casa; em pequeno o seu avô foi morar com eles e fez com que fosse a única companhia de Valdemar.
O avô era uma pessoa vivida e muito sofrida por isso tinha uma linguagem pouco usual. Valdemar ouvia com atenção todas as histórias do seu avô e quis salvá-lo da monotonia dos seus dias e, assim, foi ao encontro da sua antiga amada, que depois casara com um alfaiate. O livro tem um desenrolar muito interessante. Na minha opinião Valdemar teve de ter muita coragem para enfrentar o alfaiate numa parte do livro, defendendo o seu avô com “unhas e dentes”. Mostrou que afinal não era tão imaturo como parecia no início.
O livro faz-me pensar que as histórias do nosso país não se dão na escola, mas, sim, através dos mais velhos. O conhecimento do passado faz-nos compreender o presente e prepara-nos para o futuro. Valdemar também gosta da sua vizinha pois identifica-se muito com ela apesar de esta não o ver da mesma maneira.
Gosto muito da parte da reflexão que o livro tem como: “ (eu penso:…) ”, é como se entrássemos no pensamento do jovem. Partes do livro dão-nos uma grande curiosidade, como as palavras e as frases censuradas; achei muito criativo. Tanto Valdemar como o avô tiveram coragem: o rapaz porque quis saber as histórias horrorosas do avô e soube entendê-las e depois recontá-las a Graça do Penedo, e o avô pois relembrar a sua vida, sendo tão dura, não deve ser fácil. Foi muito curioso e impressionante como o autor conseguiu falar no passado mas com o uso da linguagem atual e conseguiu retratar o vocabulário grosseiro de muitos adolescentes de hoje em dia. Penso que o lema deste livro seja: as memórias podem não ser verdade mas é assim que nós recordamos.

Bárbara Franco Nº7 10ºA

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