Era de novo Fevereiro e um fim de tarde cinzento e poluído,
como antigamente. Desloquei-me até a rua P.Shuim Sydney, 202, na minha admirada Austrália, e
comecei a minha demanda pela casa de meu grande amigo Jacinto e foi aí que me deparei
com uma mansão delicada e elegante.
No momento em que toquei a campainha, foi-me retirada uma impressão
digital, nos segundos seguintes foi certificada a minha identidade através de
uma rápida verificação de cadastro.
As portas deslizaram e foi-me permitida a passagem para um
jardim interior; segui um caminho por entre duas
áleas bem areadas e por um relvado excêntrico. Esperando por mim estava meu
caro amigo Jacinto. Antes de o cumprimentar, uma máquina espargiu sobre mim uma
névoa desinfetante. Só então Jacinto me guiou até a sala - aquelas antigas
paredes estavam agora forradas a tecnologia, fiquei pasmado com a facilidade
com que mudavam as imagens projetada. Logo
me surpreendeu um teletransportador instalado
por Jacinto – apesar do 202 ter apenas dois andares. Teletransportamo-nos, então,
até ao 1º andar onde uma vasta legião de tecnologia super-avançada se
encontrava. Depressa me apercebi de que tudo naquela casa era controlado por
mecanismos acionados por voz. E quase que como por magia, quando pensei que o
ambiente se encontrava frio, o aquecedor, que se encontrava instalado por baixo
do chão, ligou-se.
-Eis a civilização!
- A casa está instalada com um processador que deteta a alteração
da temperatura corporal... estás com frio meu caro amigo?
-Agora encontro-me bem, Jacinto.
Apercebi-me então que o 202 era o exemplo da civilização no
seu máximo expoente.
Mariana Ramos e Marcelo
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