O poema “Pastora
da Serra” está inserido no contexto da representação da amada, um tema
recorrente na poesia de Camões. Neste poema o poeta não se cansa de elogiar a
sua amada ao recorrer a comparações e metáforas como formas de a elevar a um
nível quase sobre-humano. Esta relação entre o poeta e a sua amada chega a ser
quase como uma relação de adoração, visto que o sujeito poético caracteriza a
sua amada, a pastora, por comparação com aspetos da natureza. Na seguinte passagem o
poeta descreve a inveja alheia das outras mulheres para com a pastora:
“ Se flores deseja,
(por ventura delas)
das que colhe, belas,
mil morrem de enveja.”
Sendo, portanto, estas “mil” as outras senhoras.
“ Se flores deseja,
(por ventura delas)
das que colhe, belas,
mil morrem de enveja.”
Sendo, portanto, estas “mil” as outras senhoras.
Este poema
Camoniano é constituído por seis estâncias, todas estas têm sete versos, são,
portanto, sétimas. O poema está escrito em redondilha menor (5 sílabas
métricas).
O tema do poema foi inspirado no mote já existente (cantiga alheia):
“ Pastora da serra,
da serra da Estrela
perco-me por ela.”.
O tema do poema foi inspirado no mote já existente (cantiga alheia):
“ Pastora da serra,
da serra da Estrela
perco-me por ela.”.
Camões faz
referência ao mote ao longo do poema nos dois últimos versos de cada estrofe. Na
volta (desenvolvimento do poema) o sujeito poético exprime a sua admiração e
paixão pela pastora, à qual o poema é dirigido, cada estrofe serve para
enaltecer uma qualidade da figura feminina, frequentemente comparada à
natureza:
” Se na água corrente
seus olhos inclina,
faz luz cristalina
parar a corrente.”
” Se na água corrente
seus olhos inclina,
faz luz cristalina
parar a corrente.”
Esta estância
provavelmente faz referência a alguma situação observada por Camões em que este
admirou a beleza dos olhos da pastora ao se debruçar perante um curso de água. As
estrofes terminam com o verso: “perco-me por ela” ou a variação (que ocorre uma
única vez - “sei morrer por ela”) nas quais o poeta exprime a sua paixão.
O poema será resultado de uma das muitas paixonetas de Camões, às quais este tinha costume de dedicar poemas e, tal como em muitos dos seus outros poemas, o poeta coloca bastante ênfase nas qualidades da figura feminina, especialmente os olhos que parecem ser um dos elementos que Camões mais utiliza para caracterizar a figura feminina na sua poesia, de acordo com os cânones poéticos da época . A pastora de quem o poeta fala seria, talvez, uma jovem com grandes qualidade físicas, e por esta mesma razão, os homens (“pastores”) das redondezas e, claro, Camões a admiravam e a perseguiam:
“ Sendo entre pastores
causa de mil males,
não se ouvem nos vales
senão seus louvores”.
O poema será resultado de uma das muitas paixonetas de Camões, às quais este tinha costume de dedicar poemas e, tal como em muitos dos seus outros poemas, o poeta coloca bastante ênfase nas qualidades da figura feminina, especialmente os olhos que parecem ser um dos elementos que Camões mais utiliza para caracterizar a figura feminina na sua poesia, de acordo com os cânones poéticos da época . A pastora de quem o poeta fala seria, talvez, uma jovem com grandes qualidade físicas, e por esta mesma razão, os homens (“pastores”) das redondezas e, claro, Camões a admiravam e a perseguiam:
“ Sendo entre pastores
causa de mil males,
não se ouvem nos vales
senão seus louvores”.
Posto isto, concluímos que este poema é mais uma obra de Camões que merece ser reconhecida pela sua criatividade e inovação, para a época, no contexto da caracterização da amada; esta na sua poesia surge tanto nos sonetos como nas redondilhas que apresentam retratos físicos e psicológicos da mulher amada. Apesar de a mulher não ser sempre uma figura angelical na poesia de Camões, neste poema isso verifica-se. O sujeito poético utiliza este poema como forma de se declarar à figura feminina.
Grupo:
Beatriz Silva, n°3
Carolina Sousa, n°8
João Matias, n°19
Pedro Santos, n°24
Vítor Santos, n°28
Beatriz Silva, n°3
Carolina Sousa, n°8
João Matias, n°19
Pedro Santos, n°24
Vítor Santos, n°28
Imagem: pintura de Camille Pissarro - Pastora e ovelhas
5 comentários:
ganda fixe
"Anónimo disse...
ganda fixe" ganda rei
altas lendas aqui
"Unknown disse...
altas lendas aqui" só máquinas
verdade
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