sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Sermão de Santo António - a dimensão crítica e pedagógica



 Podem publicar as vossas apreciações críticas sobre a parte IV do Sermão e o seu interesse e atualidade.

 "Eu acho que este é um tipo de texto que nunca perderá o seu valor nem lição pois a ganância humana nunca desaparecerá [...]"

S. Carvalho, 11ºB

 

 Exemplos:

"Os homens com suas más e perversas cobiças"

O sermão de santo António, de Padre António Vieira, um entre as centenas de sermões realizados pelo orador, foi pregado a 13 de junho de 1654 na cidade de S. Luís de Maranhão. Este sermão retrata, com uma forte dimensão crítica, o comportamento dos peixes e, metaforicamente, o dos Homens perante certos momentos.


No capítulo IV do sermão é abordada a voracidade dos Homens, que se comem uns aos outros. Para criticar a gula e a fome dos Homens é estabelecida uma analogia com os peixes: “(…) considerai, peixes, que também os homens se comem vivos assim como vós”. É utilizado o verbo “comer” num sentido figurado para retratar esta ambição desmedida e a exploração do Homem.

O pregador apela recorre a Sto. Agostinho, como argumento de autoridade, para criticar os Homens que são cobiçosos como os peixes, que se comem uns aos outros. Esta situação transtorna-o, uma vez que são os peixes grandes que comem os pequenos, e não o contrário, pois para contentar a voracidade de um peixe grande “(…) não bastam cem pequenos, nem mil (…)”.


Padre António Vieira, neste capítulo, censura os homens diretamente, com recurso à anáfora e a longas enumerações, o que remete para a forma como os Homens vivem na procura de certos objetivos sociais, como se observa pela frase: “(…) come-o o escrivão, come-o o solicitador, come-o o advogado (…)”.

Este sermão tem uma mensagem intemporal de alertar para a cobiça dos Homens, por sentirem a necessidade de derrubarem e ultrapassarem tudo e todos, retratando a corrupção, a exploração e a ganância humana. A mensagem deste capítulo aplica-se à sociedade atual, onde tão comummente vemos os que têm poder a dominarem e a dificultarem a vida dos mais desfavorecidos, como por exemplo: na política, onde alguns com poder em vez de usarem o dinheiro público para o serviço da comunidade, utilizam-no para proveito próprio; nas autoridades, com o cancelamento de multas sem fundamentação; no futebol, quando a equipa paga aos árbitros.

Em suma, Padre António Vieira, neste capítulo IV, repreende os Homens pela sua ambição e maldade, fazendo uma analogia com os peixes. Deste modo, pretende transmitir a sua mensagem e fazer-se ouvir por todos.

Beatriz Videira 11ºD

 

19 de outubro de 2022

Os peixes e os homens

O "Sermão de Santo António aos Peixes", de Padre António Vieira, pregado a 13 de Junho de 1654, em São Luís do Maranhão, assenta numa analogia entre o comportamento dos peixes e, metaforicamente, o dos homens.
No capítulo IV o orador repreende os peixes, fá-lo com o intuito de perturbar o espírito humano, ainda que não sirva para corrigir as atitudes: "Servir-vos-ão de confusão, já que não seja de emenda". De facto, a realidade apreendida por Padre António Vieira perturba-o de tal forma que se vê na necessidade de fazer severas repreensões. Começa por repreender os peixes grandes que comem os pequenos, mas o vício é tão grande e terrível que para satisfazer a gula de um peixe grande “não bastam cem pequenos, nem mil”. Então, o orador recorre ao argumento de autoridade com as palavras de Santo Agostinho, que diz que os homens são tão cobiçosos e perversos que se “comem” uns aos outros tal qual os peixes, onde o verbo "comer" é usado em sentido metafórico, para traduzir a voracidade e ambição. 

Assim sendo, Padre António Vieira incentiva à moderação, relembrando o episódio da Arca de Noé, onde os animais não se comeram uns aos outros como forma de sobrevivência.
 

Posto isto, o sermão é uma obra intemporal, onde é retratada a corrupção, a ganância dos homens, que passam uns por cima dos outros para servir os seus interesses. O que foi denunciado há séculos, pode muito bem enquadrar-se nos dias de hoje, embora em contextos diferentes.


Concluindo, neste capítulo IV, o orador ao fazer as advertências aos peixes em geral, repreende a vida colonial, onde os grandes exploram os mais pequenos. Ao dirigir-se aos peixes, faz uma referência severa à crueldade e à desumanidade da vida em sociedade, pois, sendo todos irmãos, criados da mesma forma, na mesma pátria, como é possível que sejam tão maldosos e injustos uns com os outros?
 

Tiago Silva 11ºD

15 de outubro de 2022 às 11:29

 

39 comentários:

Anónimo disse...

O Sermão de Santo Antônio aos Peixes, de Padre António Vieira, a 13 de Junho de 1654, em São Luís do Maranhão, onde todo o sermão assenta numa analogia entre o comportamento dos peixes e metaforicamente, o dos homens.
No capítulo IV o orador repreende os peixes, fá-lo com o intuito de perturbar o espírito humano, ainda que não sirva para corrigir as atitudes: "Servir-vos-ão de confusão, já que não seja de emenda". De facto, a realidade apreendida por Padre António Vieira perturba-o de tal forma que se vê na necessidade de fazer severas repreensões. Começa por repreender os peixes grandes que comem os pequenos, mas o vício é tão grande e terrível que para satisfazer a gula de um peixe grande “não bastam cem pequenos, nem mil”. Então, o orador recorre ao argumento de autoridade com as palavras de Santo Agostinho, que diz que os homens são tão cobiçosos e perversos que se “comem” uns aos outros tal qual os peixes, onde o verbo "comer" é usado em sentido metafórico, para traduzir a voracidade e ambição. Assim sendo, Padre António Vieira incentiva à moderação, relembrando o episódio da Arca de Noé, onde os animais não se comeram uns aos outros como forma de sobrevivência.
Posto isto o sermão é uma obra intemporal, onde é retratada a corrupção, a ganancia dos homens, que passam uns por cima dos outros para servir os seus interesses. O que foi denunciado há séculos, pode muito bem enquadrar-se nos dias de hoje, embora em contextos diferentes.
Concluindo, neste capítulo IV, o orador ao fazer as advertências aos peixes em geral, repreende a vida colonial, onde os grandes exploram os mais pequenos. Ao dirigir-se aos peixes, faz uma referência severa à crueldade e à desumanidade da vida em sociedade, pois, sendo todos irmãos, criados da mesma forma, na mesma pátria, como é possível que sejam tão maldosos e injustos uns com os outros?
Tiago Silva 11ºD

Anónimo disse...

O Sermão onde o tempo não passa

No Sermão de Santo Antonio (aos peixes), cap IV, Padre António Vieira foi pregado em 13 de junho de 1654, tendo como tema a verocidade humana comparando-a a verocidade dos peixes. O autor começa o excerto por explicar que o pior aspecto dos peixes é que eles se comem uns aos outros, mas pior ainda, são os maiores que comem os mais pequenos. Isto depois também será usado para fazer uma analogia entre os humanos e os peixes onde também os homens com mais poder e dinheiro comem os mais podres e pequenos, "também os homens se comem vivos assim como vós.".
Eu acho que este é um tipo de texto que nunca perderá o seu valor nem lição pois a ganância humana nunca desaparecerá, os ricos sempre quereram mais e os podres sempre iram ser comidos. Podemos ver até 368 anos depois que os humanos não mudaram, ainda temos familiares que querem uma maior parte da herança, advogados que acham que o seu trabalho é conseguir a maior quantia de dinheiro possível, e agora até temos o governo com grandes quantidades de impostos mas com um baixo salário mínimo que quase nem as contas paga.
Por estes e mais exemplos acho que sempre teremos exemplos da verocidade humana para demonstrar que este Sermão nunca estará totalmente errado, até no futuro acredito que a ganância irá ganhar a honestidade.

S.C 11°B

Anónimo disse...

Será que as críticas deste sermão ainda se aplicam ao nosso dia a dia?

O capítulo IV do Sermão de Santo António aos peixes, que aborda o tema da voracidade humana, foi pregado pelo Padre António Vieira a 13 de junho de 1654, aos habitantes de S. Luis do Maranhão.
Neste capítulo o orador faz uma analogia entre os peixes e os homens: "também os homens se comem vivos assim como vós", expondo os seus defeitos. O autor utiliza ainda argumentos de autoridade, citando figuras religiosas, para dar credibilidade ao texto: " olhai como estranha isto Santo Agostinho (...)" e "Vivo estava job (...)". Ao longo do texto a palavra "comer" é usada no sentido literal: "os peixes comem-se uns aos outros", e no sentido conotativo: "come-o o meirinho, come-o o carcereiro (...)".
A intenção de Padre António Vieira era criticar os homens que se aproveitam e se prejudicam uns aos outros: "enfim, ainda o pobre defunto o não comeu a terra, e já o tem comido toda a terra" e "ainda não está executado nem sentenciado, e já está comido".
Hoje, estas críticas ainda fazem sentido. Infelizmente, o tema abordado neste capítulo do sermão ainda faz parte do nosso dia a dia, temos vários exemplos como a luta pelas heranças, onde, os herdeiros se "comem" uns aos outros e os lucros desmesurados das petrolíferas com o aumento dos combustíveis. Assim, este sermão é muito importante para refletir-mos sobre as nossas ações e as de todos à nossa volta.

Marta 11B

Anónimo disse...

A ganância dos homens.
No capítulo IV do Sermão de Santo António, pregado a 13 de junho de 1654, Padre António Vieira tece críticas aos habitantes do Maranhão, utilizando peixes como meio para essa reprimenda, através de uma analogia.
O pregador recorre mais que uma vez a figuras religiosas, como Santos ou o próprio Deus, que também condenam os mesmos vícios que o padre pretende criticar: "Os homens, com suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes, que se comem uns aos outros." O orador aponta nos peixes nos peixes defeitos, principalmente a sua voracidade e ambição exorbitante, transpondo-os imediatamente para os homens: considera chocante não só que os peixes se comam uns aos outros, mas também que apenas os maiores se alimentem dos mais pequenos. De seguida, dirige a sua atenção à terra, às cidades, onde demonstra que os homens mais poderosos também comem os menos importantes: "Comem-no os herdeiros, comem-no os testamenteiros (...) e os que, cantando, o levam a enterrar".
Nos seus exemplos, o autor atribui ao verbo "comer" - a palavra chave do capítulo - dois significados. Nos peixes, que se alimentam uns dos outros, é visível o sentido denotativo. Aos homens, que se prejudicam, se maltratam e tiram proveito uns dos outros, associa um sentido conotativo do verbo. Através deste jogo de sentidos, o padre concretiza a analogia entre homens e peixes, reforçando a crítica à ganância e avidez dos homens que utilizam outros como meios para atingir os seus objetivos de poder.
O Sermão de Santo António é, num todo, uma obra intemporal, sendo o capítulo em causa um ótimo exemplo disso: a sede de poder a a ganância são defeitos inerentes à humanidade, não sendo específicos do século XVII ou de qualquer outra época. Vemos, na sociedade atual, exemplos dessa situação tanto nas empresas que obtém lucros descomunais com a guerra como determinados políticos que se aproveitam dos dinheiros públicos. Estes são apenas dois exemplos menos gerais, sendo impossível negar a existência de homens "comuns" a tirar proveito de outros, como, por exemplo, herdeiros que tentam negociar partilhas ou patrões que exploram e pagam mal aos seus trabalhadores.
Assim, o capítulo IV do Sermão é um exemplo claro de que a gula prevalece na atualidade, sendo a crítica de Padre António Vieira relevante e aplicável na sociedade de hoje.
Carlota Aniceto 11B

Unknown disse...

"... o pobre defunto o não comeu a terra, e já o tem comido toda a terra"

O capítulo IV do sermão de Santo António (aos peixes) redigido por padre António Vieira, a 13 de junho de 1654. Este sermão, aborda o tema da voracidade dos homens.
António Vieira, desde o início do sermão, prega aos peixes apresento-lhes os seus vícios e virtudes, usando uma analogia como exemplo que o seu maior defeito comerem-se uns aos outros. Atualmente, continua a haver grandes diferenças sociais, tal como no tempo do orador.
Uma das causas que originam as desigualdades sociais, pode ser o salário, pessoas que trabalham dia e noite e recebem um salário mínimo enquanto outras, sem querer desvalorizar o seu trabalho, acabam por trabalhar menos e recebem um salário maior, tendo um dia menos sobrecarregado, que cidadãos comuns que trabalham 8 horas ou mais, acabando por ter menos oportunidades que, naturalmente, são adquiridas pelos seres com mais influência. Assim como no sermão do padre jesuíta, onde o mesmo diz que pessoas com mais dinheiro têm mais poder exemplificando com-"...come-o o inquiridor, come-o a testemunha, come-o o julgador, e ainda não está sentenciado, já está comido.",demonstra uma consequência da desigualdade económica, que desencadeia-se no século XXI como no século XVIII, um homem com mais poder económico tem maiores chances de estar livre de penalidades, exemplo- recentemente um jovem, cujo o pai tinha uma boa classe social, estava a conduzir o seu carro, ultrapassando o limite de velocidade permitido, acabou por atropelar uma mãe e a filha, ainda bebê, fazendo com que ambas perdessem a vida, mas mesmo assim o jovem sai ileso de qualquer problema e a família das vítimas, com menos condições, não podem fazer nada a respeito, independentemente se, continuarem a lutar pela justiça às vítimas.
Com tudo, o que o autor que prega aos peixes pode-se aplicar nos dias de hoje não só a desigualdade social/económica, mas como a ignorância, "... o pobre defunto o não comeu a terra, e já o tem comido toda a terra".

M.R. 11B

Anónimo disse...

Miséria humana proveniente da exploração dos pobres e indefesos pelos poderosos e prepotentes.

No capítulo IV do sermão de Santo António aos peixes entramos na porta das repreensões aos peixes em geral, sendo que António Vieira utiliza a analogia e a metáfora para relacionar os peixes com os homens.
Segundo Santo Agostinho, figura na qual Vieira baseia a sua argumentação, o principal defeito dos peixes é comerem-se uns aos outros, pior ainda, são os grandes que comem os pequenos.
O autor também não compreende que sendo todos irmãos se comam uns aos outros e convida os peixes a olhar para Terra para recorrer a exemplos do humanos. Segue-se um exemplo de um caso em que alguém morreu e cujos familiares querem logo “despedaçá-lo e comê-lo” (l.25).
O pregador assume um tom mais violento referindo-se aos maiores que comem os pequenos, que são comidos de qualquer modo; e ao facto de serem os grandes aqueles que têm o poder. Neste capítulo também podemos verificar que Vieira utiliza a anáfora do verbo “comer”. “Come-o meirinho, come-o o carcereiro, come-o o escrivão, come o solicitador, come-o o advogado(…)” (l.42-46).
Todo sermão é alegórico, sendo o tema deste capítulo a miséria humana proveniente da exploração dos pobres e indefesos pelos poderosos e prepotentes, situação ainda recorrente na atualidade, onde injustiças destas ainda acontecem.
Esta ideia é comprovada ainda por Santo Agostinho, efeito por Viera para dar critério e um tom de autoridade à sua opinião. “Os homens com suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes que se comem uns aos outros” (l.10-11).

Leonardo Martinho 11A

Anónimo disse...

Semelhança das realidades dos século XVII e XXI

No capítulo IV do Sermão de Santo António, Padre António Vieira começa por nos traçar o panorama de um grande vício dos peixes, que é comerem-se uns aos outros.
O autor recorre a vários argumentos de autoridade, como, por exemplo, Santo Agostinho, que era diretor da Igreja, de modo a dar mais estrutura, eficácia e veracidade ao seu discurso. Esta obra baseia-se numa analogia feita entre peixes e homens, que se suporta numa metáfora do verbo “comer”, que nos peixes é usado no sentido figurado, e nos homens no sentido literal, uma vez que estes se comem uns aos outros, e que “os grandes comem os pequenos”.
A meu ver, o orador recorre a múltiplos exemplos do quotidiano para evidenciar, junto dos ouvintes, como este é um mal que afeta a sociedade do seu tempo, e que tem muitas semelhanças com a sociedade atual.
Concluindo, considero que o Sermão é uma obra que entra por nós a dentro e que nos faz refletir sobre a sua atualidade, pois o que foi escrito à quatrocentos anos atrás, ainda se aplica no quotidiano atual.

Leonor 11A

Anónimo disse...

EM DEFESA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO NA RÚSSIA
Fonte: https://www.amnistia.pt/em-defesa-da-liberdade-de-expressao-na-russia/
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia, realidade que tem feito tremer o mundo, toca num ponto fulcral, sensível, que a todos diz respeito: a liberdade de expressão. Na verdade, esta questão está a afetar sobretudo o povo russo que quer a paz, que está nesta luta diária e constante, mas que, consequentemente, estão a sofrer castigos, por se expressarem e imporem contra esta guerra. Tudo o que seja Contra as ideologias e planos do governo russo é censurado e, no meio disto tudo, onde anda o direito à liberdade de expressão?
Tiago Silva 11°D

Anónimo disse...

Título: Apreciação crítica do Sermão
Tiago Silva 11°D

Anónimo disse...

A 13 de junho de 1654, Pde. António Vieira publica, de entre tantos, talvez o seu mais reconhecido sermão, o "Sermão de S. António", onde critica a gula e voracidade dos humanos para os humanos. Debruçar-me-ei principalmente sobreo capítulo IV, onde o orador passa a falar das "repreensões".
Mudando o rumo dos capítulos II e III, Vieira retorna agora ao seu principal objetivo: criticar a sociedade da época. A partir daqui, dá a parecer que o pregador esquece a analogia entre peixes e humanos, focando-se únicamente nos defeitos destes últimos. Logo no começo do capítulo, refere que a coisa que mais o perturba por entre os peixes "é que vos comeis uns aos outros". Dito isto, pega nessa afirmação e aplica-a à sociedade, com um jogo de troca de sentidos, de literal para figurado, que me é simplesmente fascinante. Também o uso de enumerações e anáforas sucessivas para reforçar as suas críticas é brilhante  e ainda a maneira como recorre a argumentos de autoridade, principalmente a Deus, para rematar as suas constatações, mostra o grande intelecto de Vieira.
Lendo este capítulo, comecei a pensar se o tema que o orador abordou há seculos ainda se adequa à atualidade, e vendo algumas personagens importantes a agirem de forma egoísta (ou pelo menos é o que entendo das notícias), e a divergência entre estes e o povo, antes diria que os grandes se tornaram gigantes e os pequenos foram reduzidos a minúsculos.
Apesar do "Sermão de Santo António" ter sido publicado há quase 400 anos, a sociedade dos dias de hoje ainda é digno das críticas de Vieira.

AM, 11°D

Unknown disse...

Texto crítico ao IV capítulo do "Sermão de Santo António aos peixes"
    O "Sermão de Santo António aos peixes", pregado por Padre António Vieira, é um dos muitos sermões que o orador realizou ao longo da sua vida, neste caso pregado a 13 de junho de 1654 em São Luís do Maranhão. Aborda a voracidade dos homens que, tal como os peixes, se comem uns aos outros, num sentido metafórico. António Vieira prega aos peixes de maneira a chegar aos ouvidos dos homens, já que estes não o querem ouvir. Pretende que os homens reconheçam os seus erros de modo a tornar o mundo num local mais justo.
   Trata-se de um sermão alegórico, onde é feita uma analogia entre o comportamento dos peixes (que se comem uns aos outros no sentido literal) e dos homens (que se comem uns aos outros no sentido figurado)
   O capítulo IV é caracterizado por conter uma forte intenção crítica através do uso da metáfora utilizada sobre o verbo "comer" e da sucessão de enumerações e anáforas utilizadas para apelar aos ouvintes. Estão também presentes argumentos de autoridade de Santo Agostinho, Job e Deus.
   "Os homens com suas más e preversas cobiças, vêm a ser como os peixes, que se comem uns aos outros" (Santo Agostinho)
  É possível concluir, com a extensa enumeração de animais domésticos, como o cão, cavalo, boi, bugio e tigre, que Padre António Vieira pretende demonstrar que "Quanto mais longe dos homens, tanto melhor", uma vez que, ao serem domesticados pelo homem, perdem toda a sua liberdade.
   "Comem-se os herdeiros, comem-no os testamenteiros, comem-no os legatários, comem-no os acredores, comem-no os oficiais dos órfãos e dos defuntos e ausentes; come-o o médico, que o curou ou ajudou a morrer; come-o o sangrador que lhe tirou o sangue; come-a a mesma mulher, que de má vontade lhe dá para a mortalha o lençol mais velho da casa; come-o o que lhe abre a cova, o que lhe tage os sinos, e os que, cantando, o levam a enterrar."

Ana Cruz 11°D
   

Anónimo disse...

A voracidade na atualidade:
Em sermão de Santo António, redigido por Padre António Vieira em 13 de Junho de 1654, ele vai inspirar-se em Santo António e fazer uma analogia entre eles, já que eles têm os mesmos problemas, pregam doutrinas boas e explícitas, mas as pessoas não ouvem, tendo de mudar de auditório e falar aos peixes, já que os homens não ouvem.
No decorrer do sermão, o principal conceito referido é o verbo "comer", onde Padre António Vieira explica que, os peixes comem-se uns aos outros de forma muito injusta, já que os peixes grandes é que comem os pequenos, isto ocorre de maneira igual com os homens, que também no sentido literal se comem uns aos outros, tomando proveito uns dos outros para o seu próprio bem e vaidade, sem pensar no bem comum, tornando-se os peixes grandes.
Podemos reparar que mesmo séculos depois isto ainda acontece, a voracidade dos homens vai sempre estar acima da honestidade, reforçando a ideia de Santo Agostinho que com o tom de autoridade relata no capítulo IV "os homens com suas más e preversas cobiças, vêm a ser como os peixes, que se comem uns aos outros".
Concluindo, neste capítulo o pregador passa as repreensões aos vícios dos peixes, querendo apontar os vícios dos homens.
Júlia Santo 11°D

Anónimo disse...

Apreciação crítica cap.IV

A13 de junho de 1654 na igreja de São Luís de Maranhão, Padre António Vieira orou pela primeira vez o Sermão de Santo António aos peixes, e no capítulo IV teve como intento repreender fortemente o defeito dos peixes, sendo esse a voracidade que os peixes têm uns pelos outros.
Durnaye o Sermão o autor utiliza p sentido literal -"os peixes comem-se uns aos outros"- para abordar os peixes sobre os seus pecados, pois eles sendo irmãos e vivendo no mesmo elemento o autor não compreende o motivo de eles se comerem uns aos outros, e por isso utiliza o sentido metafórico para lhes pedir que olhassem para a terra -"Olhai, peixes, lá do mar para a terra ..."- para poderem ver nos humanos os pecados que eles próprios cometem. O autor do Sermão utiliza multiplas vezes a enumeração e as anáforas ao longo do capítulo,  como por exemlo  "Come-o o meironho, come-o o carceneiro, come-o o escrivão, come-o o solicitador, come-o  o advogado, ...". Ao longo do Sermão o autor também utilizoda argumenro de autoridade, sendo eles Santo António e Deu.
É possível comparar grande parte deste capitilo com ps dias de hoje em relação aos assuntos jurídicos, à polícia, entre outros. Pois apesar de já terempassado 368 anos os homens continuam a cometer os mesmos erros e os menos pecados  tal comonos peixesque se comem una aos outros.
Podemos, por fim, concluir que António Vieira teve a intenção de demonstrar ao publico sobre quem realmente se tratavam o sermão  e sobre quem realmente se trocavs o sermão e sobre o que ele pensava acerca um dos homens, sem usar a metafórica  dos "peixes".

Rita Garrido 11°D

Anónimo disse...

Entre tantos sermões que Padre António Vieira pregou, o mais conhecido é o "Sermão de Santo António aos peixes", pregado a 13 de Junho de 1654, onde o orador critica a voracidade dos peixe e homens.
No capítulo IV do Sermão, o pregador critica a gula dos peixes se comerem uns aos outros, aqui no sentido literal, o mesmo faz com os homens, numa analogia entre o comportamento dos peixes e, no sentido figurado, o comportamento dos homens. Para edificar esta critica Padre António Vieira recorre a recursos expressivos, a sucessão de enumerações e anáforas, como se pode ver, por exemplo, na linha 42 "Come-o o meirinho, come-o carcereiro, come-o o escrivão, ...". Esta situação que o autor realça neste capítulo ainfa hoje se verifica, como por exemplo, os pobres que são "comidos" pelos impostos, ou o governo que se aproveita da situação para aumentar excessivamente os preços.
Em suma, o capítulo IV do "Sermão de Santo António aos peixes" é um excelente exemplo para retratar a voracidade dos homens.

Anónimo disse...

Crueldade dos homens

Entre todas as sermões que o Padre António pregou, o sermão aos peixes do dia 3 de junho de 1654 é mais conhecido. Todo o sermão assenta num só recurso qué é anologia entre o comportamento dos peixes e metamórficamente o dos homens.

No capítulo IV o orador crítica a voracidade dos homens, comparando com os peixes, utiliza-se o sentido literal para os peixes, por exemplo, "os peixes comem-se uns aos outros"; na mesma forma, mas no sentido metamórfico, faz a crítica aos homens. Para explicar melhor a sua ideia, o autor utiliz-se os recursos como enumerações e anafóras, "Comem-os herdeiros, comem-os testemunhas (...) "; sem dúvida que o sentido do verbo comer é para traduzir a ambição humana.

É evidente que a ideia de António Vieira representa a atualidade da nossa sociedade, pois, ainda hoje, os homens se comem uns aos outros, mais uma vez no sentido figurado. Como vemos, no dia a dia os preços estão a chegar ao pico e os lucros estão cada vez mais baixos para os pobres. Nas situações de guerra, em vez de ajudar o público, os ricos ganham cada vez mais, por exemplo, aumentando o preço do petróleo, alimentos, etc.

Neste capítulo, até o Santo Agostinho diz que " Os homens com suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes, que se comem uns aos outros"; esta citação explica a cruel realidade da nossa sociedade, que está a piorar com o tempo.

Concluíndo, o capítulo IV do sermão de Vieira é um texto perfeito para explicar a gula dos homens.

Kartik 11°D

Anónimo disse...

Apreciação Crítica do Capítulo IV

No capítulo IV do Sermão de Santo António aos peixes, pregado pelo Padre António Vieira na cidade de S. Luís do Maranhão em 1654, no século XVII, são criticados os vícios e comportamentos dos peixes e dos homens.
O autor começa por usar uma gradação, onde expõe o facto dos peixes comerem-se uns aos outros, em que os grandes comem os pequenos em vez, dos pequenos comerem os grandes, o que não seria tão grave, pois um grande dá para alimentar muitos pequenos.
António Vieira fala dos peixes no sentido literal, no qual refere as suas características reais e fala dos homens no sentido figurado comparando as suas atitudes com os aspetos dos peixes. Este usa os argumentos por analogia para comparar os homens com os peixes, demostrando que estes apresentam características semelhantes, tal como os peixes se comem uns aos outros também os homens fazem, o orador dá vários exemplos tais como: "come-o o meirinho, come-o o carcereiro, come-o escrivão , come-o o solicitador (…)" para demostrar como é que a sociedade estava organizada. Durante o sermão o pregador recorre a três argumentos de autoridade, para passar a ideia de sabedoria e de verdade.
Na minha opinião, apesar deste sermão ser do século XVII este assunto ainda está muito presente nos tempos atuais, na qual a maldade e injustiça permitem que os mais poderosos devorem os mais fracos, e uma assim passado tantos anos as pessoas continuam sem ouvir os pregadores e as suas doutrinas.
Para concluir, o orador avisa os peixes e os homens que tais injustiças podem ser toleradas entre eles mas que não passam sem castigo, pois tanto o peixe como o homem prejudicam os da sua espécie para obter os seus objetivos.

Maria Bernardes 11ºA

Anónimo disse...

"Não olhar os meios para atingir os fins"

No Século XVII foi pregado um sermão que nos faz pensar até hoje, sermão esse intitulado de "Sermão de Santo António (aos peixes)", pregado por Padre António Vieira, foi um discurso alegórico comparando peixes aos homens, dizendo que os peixes se comem uns aos outros tal como os homens, António Vieira utiliza vários argumentos para fortalecer o seu ponto de vista, tais como: argumentos de autoridade, chamando a atenção o mais possível a quem se está a dirigir, também utiliza a analogia, ele compara a realidade dos peixes com a ação dos homens para criticar de uma forma mais suave as ações dos mesmos, neste capítulo IV o padre enumera vários defeitos que os peixes apresentam optando pela metáfora, para de uma forma inteligente atingir a quem o está a ouvir.

António Vieira refere a ganância e a ambição obsessiva que os homens apresentavam naquela altura, no capitulo IV é o que Vieira refere mais, sempre dentro do quadro alegórico.
No sermão também podemos ver, que realmente existiram ouvintes que perceberam e guardaram a principal mensagem que Vieira queria transmitir, pois se isso não acontecesse, o seu sermão simplesmente teria caído no esquecimento, e não se teria mantido até aos dias de hoje, é bastante interessante esse facto porque permite-nos certamente verificar, que este tipo de problemas não surgiram só agora, mas também se podiam ver no séc. XVII, e que nessa altura já existiam pessoas que queriam fazer a diferença e mudar esse padrão de não olhar os meios para atingir os seus fins.

Concluindo, achei fascinante a inteligência e perspicácia do Padre António Vieira ao criticar tão bem a sociedade mas de forma suave e agressiva ao mesmo tempo, transmite a sua mensagem de uma forma subliminar, e vemos que é um problema que observamos no nossos dias e deveria existir mais vozes como esta.

Duarte Romão 11ºA

Anónimo disse...

Os Peixes de Vieira e a Atualidade
Padre António Vieira, no dia 13 de junho de 1654, na cidade de S. Luís do Maranhão, deu um sermão em honra de Santo António, já que era o dia deste. O pregador, em vês de falar do santo, pregou como este tinha pregado um dia: deu um sermão para os peixes já que os homens não o queriam ouvir.
Num excerto do capítulo IV, ele aponta um defeito geral a todas as espécies de peixes: estes comem-se uns aos outros e se não bastasse isso os peixes maiores comem os peixes mais pequenos. Na realidade, Padre António Vieira não se está só a referir a um defeito dos peixes, mas também a um defeito dos Homens. Quando este profere que os Homens se “comem” uns aos outros não são os canibais que habitam na floresta, mas sim os Homens que habitam na cidade. Os Homens mais poderosos “comem” os mais pobres em silencio. Este quer nos dar a ver que os Homens mesmo antes de serem “comidos” pela Terra, por outras palavras mesmo antes de morrerem, já foram “comidos”, roubados e desrespeitados pelos Homens que habitam na Terra.
Padre António Vieira, para que o seu auditório percebesse o quão certo e o quanto era verdade tudo o que ele dizia, utilizou argumentos de autoridade como o Santo Agostinho, um doutor da igreja; Usou as palavras de um personagem da Bíblia, Job; E ainda colocou as palavras da autoridade máxima da igreja, Deus, para que os seus ouvintes percebessem que tudo o que ele dizia não era mentira. Aplicou também argumentos por analogia. Padre António Vieira mostrou aos peixes que muitos dos defeitos que estes têm os Homens também os têm e para complementar e chocar ainda mais o seu auditório, este colocou argumentos universais. O orador disse aos peixes verdades que não podem ser refutadas, como estes terem sido criados no mesmo elemento; que todos são cidadãos da mesma pátria e que todos são irmãos pois todos são filhos de Deus. Estas verdades também servem para os Homens.
O pregador também utilizou diversos recursos para dar mais relevância ao seu sermão. A enumeração - “Come-o o meirinho, come-o o carcereiro, come-o o escrivão, come-o o solicitador (…)” (L. 42) – serve para reforçar a ideia de que todos “comem” a mesma pessoa; A apóstrofe ajuda a que o seu auditório tenha mais interesse no seu sermão; A interrogação retorica auxilia a que os seus ouvintes pensem e reflitam sobre aquele assunto; A metáfora pois este quer mesmo se referir aos Homens e não aos peixes mas este utiliza-os pois têm defeitos em comum com os Homens; A anáfora serve para reforçar as ideias de que estes “comem-se” uns aos outros e que estes têm varias coisas boas e também coisas mas. A gradação é o recurso chave deste capítulo – “Não só vós vos comeis uns aos outros como os grandes comem os pequenos” (L. 4) – isto ampara a indignação do assunto deste capítulo para que o auditório perceba o quão grave é aquela situação.
Na realidade este sermão é para os Homens percebam o seu grande defeito que também é comum aos peixes. A meu ver, este defeito ainda está presente nos dias de hoje, em pleno 2022, onde quem é mais pobre é roubado por quem é mais rico e que depois por não terem recursos vivem nas ruas. Na época em que estamos, isto é um assunto que já deveria de ter sido ultrapassado, já deveria de existir igualdade entre classes sociais ou até mesmo não existir classes sociais, mas as pessoas continuam egoístas, só a pensarem em si mesmas, a quererem tudo e sem pensar na vida dos outros, na felicidade dos outros. A ganância. O egocentrismo, a fome de poder e de vencer faz com que as pessoas se separem, que não se respeitem e até mesmo que façam com que as mais pobres sejam roubadas e infelizes para que as outras estejam felizes e contentes. Se eu pudesse mudar isto sozinha eu o faria, mas cabe a todos nós respeitarmo-nos e pensarmos uns nos outros também.
Milene 11ºA

Anónimo disse...

Mulheres no Afganistão

A liberdade tem um significado diferente para toda a gente. Algumas pessoas pensam que, dar o suficiente para alguém é dar a liberdade mas, realmente, ser livre não tem nada haver com o suficiente. Portanto, a definição geral de liberdade é ser independente para fazer as suas próprias escolhas.
Apesar de tantos avanços na sociedade cientifica, a comunidade humana está cheia de restrições culturais. Portanto, a notícia que vai ser analisada a partir deste texto é sobre a liberdade das mulheres no Afganistão, que é um dos assuntos mais relevantes do mundo.
Há um ano, depois de os Talibãs tomarem poder no Afganistão, que é um estado Islâmico, a situação das mulheres no estado afegão piorou muito. Segundo aos leis dos talibãs elas não têm direito a estudar e nem sair de casa sozinhas. No entanto, há alguns dias, cerca de 40 mulheres fizeram uma manifestação em frente ao ministério da educação afegão, com o objetivo de ter liberdade completa. Mas, infelizmente a reação dos talibãs ao protesto foi violenta, até as jornalistas que estiveram a reportar foram espancadas, imaginem agora a situação das mulheres. Sendo assim, as "Mulheres que levantam a voz são intimidadas, ameaçadas e mortas"; como diz o jornalistas.
Concluíndo, a sociedade está cheia de restrições e no Afganistão as mulheres têm uma vida como na prisão.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/08/17/a-luta-das-afegas-por-liberdade.ghtml

Kartik 11ºD

Anónimo disse...

Ocorreu um deslize e eu queria corrigir que na minha apreciação do sermão onde escrevi: "isto ocorre de maneira igual com os homens, que também no sentido literal se comem uns aos outros" eu queria ter escrito: "isto ocorre de maneira igual com os homens, que também no sentido metafórico se comem uns aos outros".
Júlia Santo 11°D

Anónimo disse...

A liberdade é alguém ter o direito de fazer as suas próprias escolhas, de acordo com a sua vontade.
Artyom expressou-se contra a Guerra na Ucrânia, no centro da cidade de Moscovo, sob a forma de versos. No dia seguinte, ele foi preso durante um busca domiciliária. Artyom afirma ter sido espancado e violado com um haltere durante a sua detenção.
Este foi o preço que Artyom pagou por expressar-se contra a guerra na Ucrânia. concluindo, de uma forma geral, normalmente, que se manifesta, se expressa ou luta pela liberdade acaba por sofrer, ficando preso ou nos piores casos acaba por morrer. Isto nas sociedades autoritárias, ditatoriais.
Ângelo Vieira 11ºD
Fonte:https://observador.pt/2022/09/29/tres-poetas-russos-presos-apos-lerem-texto-antiguerra/

Anónimo disse...

A luta pela liberdade:
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia é uma guerra que dura há mais de 50 dias. São dias de violações a um país democrático e independente. É impossível não se colocar no lugar dos ucranianos, e não perceber o medo e a revolta que se está a sentir.
Tendo isto em conta existe o medo de perder o seu mais fundamental direito: o direito à liberdade, ao mundo livre e ao futuro.
Claro que a liberdade tem um preço alto, nenhum se compara àquele que os ucranianos estão a pagar com a própria vida, enfrentando com coragem a rudeza da invasão, mas é sempre assim quando se defende algo tão valioso quanto a liberdade humana. Mas, mesmo assim, enquanto pisam sangue, nada mais lhes dá orgulho do que defender a liberdade e o mundo civilizado.
Em suma, os ucranianos não cedem, preferindo morrer livres a viver como escravos.
Para eles, a luta de cada indivíduo é a luta pelo futuro de quem gostam.
A Ucrânia inteira está em guerra, comandada pelo espírito de todos os cidadãos, que estão dispostos a lutar até à morte pela liberdade do seu país.
Júlia Santo 11ºD

Anónimo disse...

Apreciação do capítulo IV

Os Homens grandes pescam indiscriminadamente

O capítulo IV do "Sermão de Santo António" pretende criticar a sociedade Humana indiretamente, fazendo analogias com peixes, tendo sido pregado pelo padre António Vieira em 1654 no dia de Santo António, dia 13 de junho, em S.Luís de Maranhão em Brasil.
Este capítulo descreve os defeitos dos peixes e compara os aos Homens, referindo-se a como os peixes se comem uns aos outros, no sentido literal, sendo que os grandes comem os pequenos, e isto é realçado pela gradação feita pelo autor, comentando que para alimentar um peixe grande são precisos muitos pequenos, e compara a forma como, no sentido metafórico, os Homens também se comem uns aos outros, sendo também os Homens grandes que comem os pequenos.
O texto é finalizado com o padre dizendo aos peixes que Deus castiga os Homens por estas ações e também os castiga eles.
Este sermão é dirigido aos Homens, usando os peixes como alegoria pretendendo dizer que os Homens se usam e aos outros para alcançar os seus objetivos, sendo mais fácil para os maiores, ou seja mais poderosos ou ricos, aproveitar-se dos mais pequenos, ingénuos ou pobre, algo que ainda acontece hoje em dia como por exemplo, na corrupção dos políticos e dos donos de empresas e bancos, que usam o dinheiros de outros para os seus próprios fins, como no passado os reis, nobres e clero faziam.
No meio do texto existem enumerações de quem e quando se comem os Homens, e pensando nisso, do meu ponto de vista, faz nos relembrar como isso acontece tanto, infelizmente, que parece que podíamos criar infinitas enumerações com exemplos destas situações hoje em dia.
O pregador usa no final do texto um argumento de autoridade, dizendo que Deus punirá todos os que se comem uns aos outros, referindo que ninguém escapa ao castigo de Deus após fazer parte de tais injustiças, sem exceções.
Concluindo, o "Sermão de Santo António" é uma crítica à corrupção na sociedade, que ainda hoje nos conseguem por a pensar na nossa sociedade, o que revela como o mundo mudou tanto mas as pessoas nem por isso.

José Oliveira 11ºA

Anónimo disse...

O Sermão intemporal
O "Sermão de Santo António aos Peixes", de Padre António Vieira é o sermão mais conhecido deste orador, pregado em 13 de junho de 1654 em São Luís de Maranhão. Todo o sermão assenta numa analogia entre o comportamento dos peixes e, metaforicamente, o dos homens.
O capítulo IV do sermão é centrado na voracidade dos peixes que, no sentido literal, se "comem uns aos outros", e no sentido metafórico, temos os homens que tal como os peixes também se comem uns aos outros, ou seja, aproveitam-se, maltratam-se e abusam uns dos outros. No texto está presente uma grande variedade de recursos com ênfase, neste capítulo, na sucessão de anáforas e enumerações, com o especial uso do verbo "comer", usado no sentido figurado para traduzir a voracidade e a ambição humana, também se recorrendo muitas vezes a argumentos de autoridade para validar as suas palavras.
Penso que este sermão é uma obra que, apesar de já ter sido escrita há alguns anos, continua a fazer-nos refletir sobre muitos assuntos que ainda são uma realidade na atualidade. Estou a falar da corrupção, da ganância dos homens, que acabam por ser egoístas e a passar uns por cima dos outros para conseguirem alcançar os seus objetivos.
Podemos, assim, concluir que o sermão é uma sátira social, que através da alegoria, crítica a gula dos homens, um defeito da humanidade presente na nossa sociedade até aos dias de hoje.

Carlota Bento 11ºD

Anónimo disse...

Apreciação crítica do capítulo IV do Sermão de Santo António aos peixes

Os homens comparam-se aos peixes


No capítulo IV do Sermão de Santo António, o orador realça os defeitos dos homens através dos defeitos dos peixes, visto que tudo o que os peixes têm de bom os homens não têm.
Neste excerto do Sermão de Santo António é feita uma grande analogia entre os peixes e os homens, uma vez que ambos para sobreviverem nos seus habitats naturais têm de se comer uns aos outros; este comer nos homens, está em sentido figurativo e deve-se aos pecados, como a vingança, o poder, o cobiça, a soberba e a sensualidade, pecados estes que o pregador via em demasia. Já nos peixes o verbo comer encontra-se no sentido literal, dizendo que os peixes grandes comem os mais pequenos e nunca o contrário, pois os mais pequenos são os mais fracos, e tanto os peixes como os homens procuram a fraqueza para se sentirem mais poderosos.
Com esta parte do Sermão o pregador pretende chamar à atenção do seu auditório, pois é mais fácil ver defeitos nos outros (neste caso nos peixes) do que em nós próprios, pois os homens não veem ou tentam esquecer os seus pecados, pondo apenas os olhos no que fazem de bom. Tanto os homens como os peixes não olham a meios para atingir os fins.
Na minha opinião, este excerto do Padre António Viera permite-nos refletir sobre como vivemos na mesma sociedade praticamente sem mudanças desde o século XVII e também sobre o facto de nos considerarmos os únicos animais racionais e que não podem ser domesticados, pois temos de mudar o mundo e a mudança começa pelos homens.
Por fim, Padre António Viera com este Sermão concluiu que mesmo mudando de auditório os pecados continuam.

Rita Aires 11ºA

Anónimo disse...

Ser mulher no Irão

Nesta notícia é exposto o caso de Masha Amini, uma jovem iraniana de 22 anos, que foi detida pela polícia da moralidade no Irão por "vestir roupas inadequadas", isto é, o véu que ela trazia na sua cabeça deixava à vista um pouco de cabelo; no mesmo dia em que entrou na esquadra também saiu desta, mas em coma, dias depois acabou por morrer. Desde este acontecimento os protestos no Irão aumentaram, vêm-se mulheres a queimar os seus véus em praça pública e homens a apoiar a sua causa. Estes protestos não são contra o uso do hijab, mas sim, pela liberdade de poder escolher usá-lo ou não. À escala mundial começou um movimento solidário de apoio às mulheres iranianas pela sua liberdade, para que tenham direito a tomar as suas próprias decisões.
Como segundo a lei do Irão, as mulheres são consideradas como metade de um homem, estas continuam a lutar pela paridade. Ao longo dos últimos anos têm vindo a tentar ter o reconhecimento de direitos civis como o direito ao divórcio, ao trabalho, à custódia dos filhos, a viajar, entre muitas outras coisas. Na atualidade, uma mulher só pode usufruir destes direitos se um homem da família como um pai ou um marido assim o permitirem. O preço da luta pela paridade é, para algumas mulheres, muito elevado, no caso desta jovem iraniana e de muitas outras é a sua própria vida ou a prisão.

Fonte: https://www.tsf.pt/opiniao/o-veu-de-masha-amini-15193308.html

Carlota Bento
11ºD

Anónimo disse...

"Todo o grande come o que é pequeno"

Padre António Vieira, a 13 de junho de 1654 em Maranhão, utiliza o "Sermão de Santo António aos Peixes" para estabelecer uma analogia entre o comportamento descabido dos homens e dos peixes.
É no capitulo IV que o padre jesuíta critica o comportamento dos peixes com o intuito de avisar o ser humano dos seus pecados. O padre logo começa por avisar que as suas criticas ao não servirem para corrigir as atitudes humanas, iriam então transtornar todo o espírito e pensamento humano: "Servir-vos-ão de confusão, já que não seja de emenda". De seguida, o autor logo toca no ponto fulcral desta sua crítica: a voracidade do ser humano. Ele logo explica aos peixes que o seu grande defeito é comerem-se uns aos outros, principalmente os grandes comerem os pequenos, deixando o autor muito inquieto com esta situação. Assim, o orador utiliza um argumento de autoridade, através das palavras de Santo Agostinho, referindo que os homens são tão gananciosos e ambiciosos que se "comem" uns aos outros, sendo em todo este texto, o verbo "comer" utilizado de uma forma metafórica com a intenção de demonstrar a ambição e desonestidade humana.
Sendo assim, podemos considerar que o problema a que o padre jesuíta se pronuncia, é na verdade um assunto que se prolonga até ao nosso quotidiano mostrando-nos o lado fraco e medonho do ser humano, que muitas vezes é despertado por um simples bem material, o dinheiro.
Podemos concluir que neste capítulo, o orador repreende em geral o comportamento dos peixes com a intenção de duplamente também criticar as ações do ser humano, pois qual é o sentido de os homens se atropelarem e castigarem uns aos outros, estando todos eles unidos por uma causa, a nação?

R.S.
11ºB

Anónimo disse...

No sermão de S.António aos peixes, padre António Vieira, famoso pregador que em meio aos seus duzentos sermões no dia 13 de junho de 1654 em S. Luís do Maranhão o orador pregou o sermão de S. António aos peixes. Que pretende mostrar aos moradores de S. Luís do Maranhão e consequentemente ao mundo a voracidade das pessoas.
O sermão diz: “os peixes comem-se uns aos outros” Literalmente mas com essa citação dirigindo-se de forma figurada para os homens fazendo uma analogia entre o comportamento dos homens e o comportamento dos peixes. Também se encontram sucessões de enumerações e anáforas, tais como: “comem-no os herdeiros, comem-no os testamenteiros, comem-no os legatários (…)”.
Padre António Vieira fez essa crítica que se aplica até nos dias de hoje, como por exemplo nas grandes empresas, onde os peixes grandes comem os peixes pequenos. Dito por outras palavras onde o chefe se aproveita dos empregados e tira o maior proveito dos ganhos ou então como no estado cada vez os mais poderosos se aproveitam do cidadão os impostos ou o preço do combustível.

Vicente 11.ºD

Noémia Santos disse...

Renovo os agradecimentos a todos os que se empenharam em fazer e publicar os seus textos de apreciação do capítulo IV.

Pelo meio há 2 textos sobre o tema do cap. II - o Valor da Liberdade.
Peço à Júlia que indique a fonte da sua reflexão - notícia, reportagem...?

Anónimo disse...

Voracidade dos homens e peixes

O quarto capítulo do sermão de Santo Antônio aos peixes, pregado no dia 13 de Junho de 1654, em contraste com o anterior onde os peixes eram louvados, estariam agora a ser repreendidos pela sua voracidade.
No decorrer do capítulo o autor trata dos defeitos dos peixes, sendo o foco do texto a sua tendência de se comerem uns aos outros: "A primeira cousa que me desedifica, peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros". O maior problema deste comportamento é que são os peixes grandes que comem os pequenos, pois se os pequenos comessem os grandes seria necessário muito menos peixes, mas, diz-nos que o contrário acontece. No entanto o pregador diz-lhes também outro animal que sobre do mesmo problema, os Homens.
Ele, com argumentos de autoridade, compara estes aos peixes pois no sentido metafórico também se comem uns aos outros: "Olhai como estranha isto Santo Agostinho: "Os Homens com suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes, que se comem uns aos outros".". Seguidamente faz uma extensa enumeração com exemplos dos tipos de Homens que são comidos. Antes mesmo de serem comidos pela terra (metáfora para insinuar a morte), Padre Antônio Vieira diz que os Homens já seriam comidos uns pelos outros.
Este recursos expressivos são bastante usados para assentar a ideia ao público que, apesar do maior problema estar nos homens com mais poder, são eles que estam a ser criticados, caindo pelas mesma tentação que os peixes
Em suma , neste capítulo as representações dos peixes, utilizando-os como metáfora para os homens são as que são origem a tanta injustiça e maldade. Padre Antônio Vieira acaba por avisar também dos castigos que poderam ocorrer como consequência.

Pedro 11°A

Anónimo disse...

Apreciação Crítica: Sermão de Santo António - Cap.IV
O "Sermão de Santo António", de Padre António Vieira, é um dos múltiplos sermões que o orador realizou ao longo da sua vida. Esta obra é uma autêntica sátira, através da qual o objetivo é criticar o comportamento dos colonos que exploravam os indígenas e utilizavam a sua mão-de-obra para seu próprio benefício, sendo dirigida à sociedade de S.Luís do Maranhão, e pronunciada a 13 de junho de 1654.
Todo o sermão assenta num só recurso, a analogia entre o comportamento dos peixes e, metaforicamente, o dos homens. No capítulo IV é abordado a voracidade/gula dos homens, que tal como os peixes comem-se uns aos outros, sendo numa maioria os maiores peixes a comerem os mais pequenos – "Os homens com suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes, que se comem uns aos outros". É utilizado o verbo "comer" num sentido metafórico para traduzir a voracidade e a desmedida ambição humana. O pregador enumera imensos exemplos recorrendo a anáforas – "Comem-no os herdeiros, comem-nos os testamenteiros, comem-nos (...)", " Come-o o meirinho, come-o o carcereiro, come-o (...)"; recorrendo ainda a argumentos de autoridade como o Santo Agostinho, Job e Deus.
Na atualidade ainda é possível verificar este comportamento em situações como: a política (abuso de poder), as empresas (trabalho abusivo dos funcionários) e o marketing (controlo do subconsciente). Os atos do ser humano atual refletem que estes agem de forma egoísta em busca de poder, ficando à custa do esforço e trabalho de outros homens, enquanto vivos – "enfim, ainda o pobre defunto o não comeu a terra, e já o tem comido toda a terra".
Em suma, o autor recorre à analogia entre os peixes e os homens, com o propósito de fazer-se ouvir e de transmitir a mensagem (crítica) ao ser humano.

S.M 11°D

Anónimo disse...

Peixes iletrados

Dia de Sto António em São Luís de Maranhão, 1654. Merecedor de figurar nos livros de História, é neste dia que Vieira dá voz à sua obra-prima: sermão de Santo António aos peixes. "Peixes" que ainda hoje existem e talvez não saibam ler, pois os erros continuam os mesmos...

Ao longo do capítulo 4, Vieira aborda os defeitos destes animais, os quais necessitam repreensão. Acusa-os de se comerem uns aos outros e, pior que isso, os grandes comerem os pequenos. Não mostra receios em revelar o seu talento para a oratória: aposta eficazmente na analogia, de tal modo que, apesar de serem os peixes os ouvintes, o destinatário somos nós, e sabêmo-lo claramente ao longo de todo o discurso. Acompanhando a analogia, uma metáfora inteligente estabelece a relação entre o sentido literal do verbo "comer"- no caso dos peixes- e o seu sentido figurado, destinado ao Homem.

De certa forma, o autor ensina-nos o verdadeiro significado de um sermão. Não procura ser um "castigo" aos ouvidos de todos, mas uma repreensão humorística, uma enorme sátira a todos os comportamentos corrompidos do ser humano. Para além disso, prova ao público estar preparado, ao fazer uso de argumentos de autoridade, nos quais invoca desde Santo Agostinho, a Job, personagem bíblico. As citações em Latim parecem desnecessárias ( à época a maioria da população não saberia ler, quanto mais Latim). Todavia, a tradução que faz imediatamente a seguir garante ao auditório que o pregador é "mestre" no assunto . E funciona. Funcionava antes para aumentar o número de convertidos, funciona agora para ganhar votos e seguidores.

Uma outra característica da obra que demonstra a sensibilidade que o orador tem para com o público é notar quando os deve interpelar. Usa e abusa da apóstrofe: "irmãos!" aqui, "peixes!" além, para que ninguém perca o fio à meada no meio de tanto a dizer. Se isto provoca no leitor aquele "puxão" quase involuntário, imagino o efeito que terá tido nos ouvintes do próprio dia.

De facto, "os grandes comem os pequenos". Sempre o fizeram. Contudo, no meio de tanta degradação humana, o pregador há de ter salvado muita carne da corrupção. Com sal? Não, com pura argumentação.

Matilde Sofia 11.º A n.º 16

Anónimo disse...

Esta obra foi escrita para oratória, sendo lida por Padre António Vieira após redigida pelo mesmo em São Luís do Maranhão, para os pregadores, contendo inúmeras críticas dos costumes e sociedade da época.
  Neste capítulo quatro, Padre António Vieira pretende criticar os Homens na questão de existir algo mais horrível e desprezível entre eles. O mais forte aproveita-se do mais fraco, e a sociedade tem permanecido assim até à atualidade. Embora use a palavra "comer" para transmitir a sua ideia no sentido figurado, pretende expressar a forma de como quem está no topo consegue apoderar-se de quem lhe é inferior.
  Recorrendo à personificação dos peixes, os pregadores e membros da sociedade foram severamente criticados e expostos pelas suas ações abomináveis perante uns aos outros, similares até a uma "cadeia alimentar". O Padre António Vieira usa também figuras de autoridade para mostrar o quão desumano o próprio Homem é, tais como o Santo Agostinho, Job, uma figura da Bíblia, e a figura de maior autoridade possível, Deus. Tal como também recorre a inúmeras figuras de estilo de realce e outros tipos de argumentos para conseguir transmitir os seus pensamentos.
  Este tema é bastante atual, mesmo após séculos a sociedade ainda tem enormes contrastes e corrupção, a hierarquia social permanece e os de estatuto baixo têm de se ajoelhar e deixar-se "devorar" por quem está no topo. Todos são movidos por ganância, egoísmo e uma grande fome por poder.
  Em conclusão, Padre António Vieira conseguiu transmitir da melhor forma a triste realidade em que viviam e que ainda vivemos, pregando aos peixes e fazendo-nos autorefletir perante as nossas ações e pecados. Conclui também com um aviso, porque quem se aproveita e goza da vida boa à gana dos outros, um dia se irá tramar, Deus há de los castigar.

Yuliana Silva 11° A

Anónimo disse...

"Os homens com suas más e perversas cobiças"

O sermão de santo António, de Padre António Vieira, um entre as centenas de sermões realizados pelo orador, foi pregado a 13 de junho de 1654 na cidade de S. Luís de Maranhão. Este sermão retrata, com uma forte dimensão crítica, o comportamento dos peixes e, metaforicamente, o dos Homens perante certos momentos.
No capítulo IV do sermão é abordada a voracidade dos Homens, que se comem uns aos outros. Para criticar a gula e a fome dos Homens é estabelecida uma analogia com os peixes: “(…) considerai, peixes, que também os homens se comem vivos assim como vós”. É utilizado o verbo “comer” num sentido figurado para retratar esta ambição desmedida e a exploração do Homem.
O pregador apela a Sto. Agostinho, como argumento de autoridade, para criticar os Homens que são cobiçosos como os peixes, que se comem uns aos outros. Esta situação transtorna-o, uma vez que são os peixes grandes que comem os pequenos, e não o contrário, pois para contentar a voracidade de um peixe grande “(…) não bastam cem pequenos, nem mil (…)”.
Padre António Vieira, neste capítulo, censura os homens diretamente, com recurso à anáfora e a longas enumerações, o que remete para a forma como os Homens vivem na procura de certos objetivos sociais, como se observa pela frase: “(…) come-o o escrivão, come-o o solicitador, come-o o advogado (…)”.
Este sermão tem uma mensagem intemporal de alertar para a cobiça dos Homens, por sentirem a necessidade de derrubarem e ultrapassarem tudo e todos, retratando a corrupção, a exploração e a ganância humana. A mensagem deste capítulo aplica-se à sociedade atual, onde tão comummente vemos os que têm poder a dominarem e a dificultarem a vida dos mais desfavorecidos, como por exemplo: na política, onde os de poder em vez de usarem o dinheiro público para o serviço da comunidade, utilizam-no para proveito próprio; nas autoridades, com o cancelamento de multas sem fundamentação; no futebol, quando a equipa paga aos árbitros.
Em suma, Padre António Vieira, neste capítulo IV, repreende os Homens pela sua ambição e maldade, fazendo uma analogia com os peixes. Deste modo, pretende transmitir a sua mensagem e fazer-se ouvir por todos.

Beatriz Videira 11ºD

Anónimo disse...

O caminho da mudança



O ‘’Sermão de Santo António (aos peixes)’’ de Padre António Vieira é um dos seus cerca de 200 sermões, tendo este sido pregado no dia de Santo António de 1654, em São Luís do Maranhão (Brasil).

Neste Sermão, o Padre critica indiretamente os Homens, dirigindo aos peixes as repreensões que quer dar aos primeiros. No capítulo aqui abordado, o IV, dá-se início à parte do sermão em que os peixes, que representam alegoricamente os Homens, começam a ouvir acerca dos seus defeitos gerais.

O pregador começa por referir que pensa que o facto de os peixes se comerem uns aos outros é o seu principal defeito, e, recorrendo a gradações, que se torna mais grave pois os grandes comem os pequenos. Padre António Vieira de seguida diz aos peixes que em meio dos Brancos, também o mesmo se sucede, também estes se comem entre si, e utiliza anáforas e enumerações quando o exemplifica, dando a ideia de que tal ocorre várias vezes. O orador estabeleceu aqui uma analogia entre ambas as situações, mas sendo o sentido dado ao verbo ‘’comer’’ diferente; para os peixes, o verbo é utilizando o sentido literal, já para os Homens, é usado no sentido metafórico, referindo-se na verdade à voracidade com que os humanos prejudicam o próximo.

O excerto tido em conta termina com o Padre a dizer que tais atos são condenáveis por Deus, utilizando assim um argumento de autoridade e conferindo maior credibilidade ao seu discurso critico, e que serão devidamente punidos por este último.

O orador conseguiu demonstrar com bons exemplos como os Homens da sua sociedade eram oportunistas, injustos, ingratos, aldrabões e dissimulados, com o fim de promover na sua audiência uma introspeção acerca dos seus comportamentos e alertar para a mudança dos mesmos.

É triste ver que ainda no século XXI um tema como este, já abordado no século XVII, se mantém bastante atual. Haverá sempre maldade e corrupção no mundo, mas cabe às pessoas tentar reduzi-las, começando em si mesmas e depois instigando essa vontade nos outros. Por isso é que escritores como Padre António Vieira são importantes; espalham a sua visão do mundo disfuncional em que vivem, na esperança de que as pessoas se apercebam do mal que praticam e mudem; ajudam as pessoas a abrir os olhos e a querer dar os primeiros passos no longo caminho da mudança.

Anónimo disse...

A luta pela liberdade e o seu preço

O Irão vivencia agora uma onda de protestos em todo o país, desencadeados, a 16 de setembro, após a morte de uma jovem iraniana-curda de 22 anos, Mahsa Amini, detida pela polícia moral em Teerão acusada de usar “trajes inadequados”. Em protesto à sua morte, Iranianas e pessoas pelo mundo todo, de todas as idades, queimam véus e cortam os cabelos. Indignadas e frustradas as vítimas e opositores desta opressão divulgaram o seu descontentamento nas redes sociais e, à medida que os protestos se espalharam e rapidamente ganharam força, as demandas se tornaram mais abrangentes.
O principal slogan usado nas manifestações é “Mulher, Vida, Liberdade”, sendo este um apelo à igualdade no país. Não só as mulheres iranianas, mas também os homens lutam neste momento pelos direitos humanos, pela liberdade, pelos direitos das mulheres e pelo direito à mudança no seu país.
A multidão levanta cartazes com mensagens como “Não ao hijab obrigatório”, “O poder das pessoas é maior do que as pessoas no poder” ou “O meu corpo, as minhas escolhas”. O ato da queima do hijab não tem como objetivo desrespeitar os valores da religião, mas sim expressar o quanto as mulheres não aguentam mais a opressão, assim como serem vigiadas e controladas.
Há mais de três semanas que estes protestos duram e, em sua resposta, as forças de segurança já mataram dezenas de manifestantes e prenderam muitos mais. Nesta luta pela liberdade o preço que o povo iraniano paga é a própria vida.

Obs: Um jovem cantor iraniano, Shervin Hajipour, inspirou-se nestes recentes acontecimentos e escreveu uma música recorrendo a uma compilação de tweets sobre o tema - https://youtu.be/z8xXiqyfBg0.

S.M 11ºD

Fontes:
- https://www.rtp.pt/noticias/mundo/protestos-em-todo-o-mundo-contra-a-morte-da-iraniana-mahsa-amini_n1436882
- https://www.dn.pt/opiniao/pelas-mulheres-do-irao-15251870.html

Anónimo disse...

O capítulo IV do “Sermão de Santo António aos Peixes” foi pregado a 13 de junho de 1654 por Padre António Vieira em São Luís de Maranhão, no Brasil. Este sermão utiliza uma analogia para criticar o comportamento dos peixes ao dos homens.
O autor realça a voracidade dos peixes “comem-se uns aos outros”, sendo que o verbo “comer” está no sentido literal, e que, maioritariamente, os grandes comem os mais pequenos, sendo os pequenos os mais fracos. No comportamento humano, o mesmo acontece, pois os “maiores”, aproveitam-se dos mais fracos para se sentirem mais poderosos. A analogia presente é exatamente, quando o Padre António Vieira compara o comportamento dos peixes ao dos homens, tendo como sentido que se aproveitam e abusam uns dos outros.
O autor utiliza ao longo do excerto outros recursos, como por exemplo, enumerações, metáforas, antíteses e no final usa um argumento de autoridade “ Assim como Deus castiga nos homens, assim também por seu modo as castiga em vós”, isto quer dizer que, Deus castigará todos os que “se comerem uns aos outros”, ou seja, que qualquer homem que não tenha um comportamento adequado em relação aos outros, sairá a perder em relação a Deus.
Esta obra, embora tenha sido escrita há muito tempo, ainda hoje em dia nos faz refletir sobre os assuntos que o autor escreveu porque, o egoísmo, a corrupção, a ganância, entre outros, são exemplos de comportamentos que ainda são vividos na atualidade.
Para concluir, este sermão critica o comportamento dos peixes com intenção de criticar e alertar o comportamento humano.


Cláudia Duarte 11ºB

Anónimo disse...

É a liberdade real?
A liberdade é, de maneira geral, a condição de aquele que é livre. É um conceito que assume uma grande variedade de sentimentos e de ideias, mas e se pensares que estás livre ou que és livre mas na verdade encontraste a viver num dos países mais controlados do mundo? Esse é a realidade dos moradores da Coreia do Norte, eles vivem num país onde a liberdade social, politica, de empresa ou até mesmo a liberdade de expressão não exite, mas como não lhes é permitida a saída para fora do país ou a comunicação com os países vizinhos ou qualquer país do mundo eles não sabem como é a vida fora das fronteiras.
Na Coreia do Norte a detenção arbitrária, a tortura, as execuções e os campos prisionais são um dos assuntos que dão mais que falar nos dias de hoje, pois as prisões norte-coreanas tém condições inumanas, com risco de vida e são comparáveis a campos de concentração históricos, a a taxa de mortalidade nas prisões são elevadas devido há tortura a que os prisioneiros são submetidos, execuções públicas e secretas, mesmo sendo crianças, principalmente em caso de tentativa de fuga, são muito comuns.
A descriminação também é observado diariamente no país, principalmete em relação às mulheres que habitualmente são privadas de educação e de trabalhos laborais e sofrem regularmente de violência doméstica e abusos sexuais no trabalho. Antigamente o sistema também determinava quem vivia e quem morria, que tipo de moradia as pessoas podiam habitar, que profissões poderiam ter, se podiam ir à escola ou à universidade, a quantidade de comida aque uma pessoa tinha direito e até se a pessoa podia casar.
Os sequestros e desaparecimentos forçados, ocorrem regularmente com os estrangeiros que lá entram, e tendo em conta que quase nenhum estrangeiro pode entrar no país a taxa de desaparecimento é considerada bastante elevada. Quanto às violações de direito a mudança de residência, o sistema de discriminação é reforçado por uma política de isolamento de cidadãos, proibidos de contactar-se entre si e com o mundo exterior, o que viola todos os aspetos de liberdade de movimento.
Estes tipos de crimes já existem à vàrias décadas no país, mas desde que o atual presidente, Kim Jong-un, tomou a posse do governo, após a morte de seu pai, este tipo de atos têm vindo ser mais regulares e o país tem se fechado cada vez mais.

Rita Garrido 11°D

https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/02/140217_coreia_norte_onu_entenda_pai

Anónimo disse...

A cobiça e a "fome" pela superioridade

Neste capítulo IV, o Padre António Vieira começa, alegoricamente, a criticar os peixes, não só pelo facto destes se comerem uns aos outros, como também por os grandes comerem os pequenos.
O capítulo trata da repreensão dos vícios dos peixes e critíca, no geral, o comportamento dos homens, no sentido metafórico e dos peixes, no sentido literal, perante certas situações.
Inicialmente, o orador expõe um caso que se trata de um homem superior, que quando morto, foi comido por outros inferiores, aproveitando-se dele.
Na segunda repreensão trata-se de um homem vivo e do facto de outros "grandes" o comerem. Com isto, o autor dá-nos a entender que ambos os homens simbolizam os peixes e a fome que estes têm pelos mais pequenos, mas também pelos grandes.
No segundo caso, é apresentada a cegueira e ganância dos peixes e como são seduzidos pela superioridade.
O Padre António Vieira pede aos peixes que lhe digam se não haverá outro meio de se sustentarem e mostra que comerem-se uns aos outros não é algo natural, mas sim de verocidade.
O pregador neste capítulo utiliza recursos expressivos como a anáfora: "comem-no...comem-no..." repetindo constantemente o verbo comer, dando assim mais ênfase ao pecado cometido pelos peixes uns aos outros, a gradação: "come-o o sangrador... come-o a mesma mulher", "comem...engolem...e os devoram..." e a antítese: "pequeno/grande, fraco/forte".
Reforçando que, este aspeto de cobiça e de "fome" uns pelos outros é algo que, nos dias de hoje, ainda existe, apesar de haver sempre quem tente mudar isso.
Concluindo, o Padre António Vieira repreende os peixes pelas suas verocidades, no entanto nunca se deixou levar pela soberba do mundo, "pescando" muitos para salvação.

Beatriz Antunes 11°A