segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Eça de Queirós - romance

Se ainda não encontraram em casa, e gostavam mesmo de ter um livro vosso, há muitas edições por onde escolher. Decidam-se!

A Ilustre Casa de Ramires - 1

Os Maias

Os Maias - 1       A Ilustre Casa de Ramires         

A Ilustre Casa de Ramires

«Romance de Eça de Queirós editado em volume no ano da morte do autor (1900), que o deixara pronto para publicação, e cujos primeiros capítulos tinham já saído em 1897, na Revista Moderna de Paris

 A ação decorre na província, entre a aldeia de Santa Ireneia, a Vila-Clara e a cidade de Oliveira, espaço onde se movimenta o protagonista, Gonçalo Mendes Ramires, que, crendo-se "o mais genuíno e antigo fidalgo de Portugal" e predestinado a "restaurar em Portugal o romance histórico", se divide entre o desejo de escrever um romance sobre o seu antepassado Tructesindo Mendes Ramires, alferes-mor de D. Sancho I, e a ambição política. 

A Ilustre Casa de Ramires, para além de satirizar os processos de construção do romance histórico, questiona a relação do Portugal do século XIX com as suas memórias históricas e as suas responsabilidades presentes (lembremo-nos que Eça escreve no tempo do Ultimato inglês, em 1890, e da primeira tentativa falhada de instauração da República, em 1891). 

Como bem resume a personagem João Gouveia, Gonçalo Ramires, com "a generosidade, o desleixo, a constante trapalhada nos negócios", "a esperança constante nalgum milagre", "a desconfiança terrível de si mesmo, que o acobarda, o encolhe", "aquela antiguidade de raça", "aquele arranque para a África", incarna o Portugal contemporâneo de Eça, dilacerado entre o passado glorioso e a miséria presente.»

https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$a-ilustre-casa-de-ramires

 

Os Maias

«Romance em dois volumes, publicado em 1888 com o subtítulo Episódios da vida romântica, é considerado pelos críticos a melhor obra de Eça de Queirós e uma das obras-primas da literatura portuguesa. A primeira referência ao título Os Maias terá surgido numa carta ao editor Chardron, de 1878, como uma das obras a serem incluídas na série Cenas portuguesas ou Cenas da vida portuguesa, o que indica que a gestação do romance tenha durado cerca de dez anos.

Vale principalmente pela linguagem em que está escrito e pela fina ironia com que o autor define os caracteres e apresenta as situações. É um romance realista (e naturalista) onde não faltam o fatalismo, a análise social, as peripécias e a catástrofe próprias do enredo passional.

A obra ocupa-se da história de uma família (Maia) ao longo de três gerações, centrando-se depois na última geração. Apresenta dois planos cruzados: o da intriga sentimental, com a história de amor incestuoso, marcada por ingredientes trágicos, entre Carlos da Maia e Maria Eduarda, desdobramento dos amores infelizes entre Pedro da Maia e Maria Monforte, e o da crítica social. 
 
A história é também um pretexto para o autor fazer uma crítica à situação decadente do país (a nível político e cultural) e à alta burguesia lisboeta oitocentista, por onde perpassa um humor (ora fino, ora satírico) que configura a derrota e o desengano de todas as personagens»

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