segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Contrato de Leitura











O LIVRO DA SELVA
Ferreira de Castro


O livro d' "A Selva". Já em crianças crescemos com "O Livro da Selva" de Rudyard Kipling, aquela bem conhecida história do menino criado por lobos que vive na selva e tem como amigos um urso e uma pantera; uma selva onde tudo floresce, tudo é verde e tudo é belo..."Alberto", de Ferreira de Castro, também vive n'"A Selva", mas esta em nada se iguala à de Mogli. Esta selva aprisiona, "desumaniza" e tal como Ferreira de Castro o diz: "Daquela bárbara grandiosidade e da sua estranha beleza, uma só forte impressão ficava: a inicial, que nunca mais se esquecia e nunca mais também se voltava a sentir plenamente. Solo de constantes parturejamentos, obstinado na ânsia de criar, a sua cabeleira, contemplada por fora, sugeria vida liberta num mundo virgem, ainda não tocado pelos conceitos humanos; vista por dentro, oprimia e fazia anelar a morte."
Nunca estive numa selva, mas tal é a profundidade na descrição de Ferreira de Castro da floresta amazónica que qualquer pessoa consegue formar a imagem das suas palavras. É notável o esforço de Ferreira de Castro em conseguir "mostrar" a Selva de forma "quase- imparcial", uma vez que não a adjectiva segundo os seus gostos (bonita, feia, são adjectivos que F. Castro nunca utiliza, pois não a caracterizam verdadeiramente), mas tenta caracterizá-la de acordo com as impressões do protagonista (Alberto). Isto faz com que nós, leitores, não nos sintamos excluídos e possamos, "construir" as nossas próprias impressões.
 Um livro cujo contexto espacio-temporal em nada se assemelha ao meu e, possivelmente ao seu, mas ainda assim actual, pois impõe a questão da humanidade e da justiça: até que ponto somos influenciados por aquilo que nos rodeia? Será a "Justiça" apenas uma? É, sem dúvida, um livro meritório de apreço, pela sua história envolvente e, acima de tudo, pela forma como nos desperta e agita, não nos deixando passivos e indiferentes à realidade. Diria até o "must-read" número 502! [alusão ao livro apreciado em aula 501 MUST-READ BOOK.


Texto de Lisa Hartje Moura

6 comentários:

Anónimo disse...

Critica acerca do ''O hussardo''

'O hussardo' relata a aventura de dois jovens alferes, Federic e De Bourmont, no exercito de Napoleão de França.
Este exercito tinha como objectivo conquistar toda a Europa. Neste livro é retratado a invasao de Espanha por parte da França, na qual estao ingressados os dois amigos e soldados do esxercito Napoleonico.
Federic durante o decorrer do livro vai demonstrando uma ansiadade de conquista de glória e honra. No entanto, durante o desenrolar da guerra Federic vai vendo cadaveres mortos no chão e começa a consciacializar-se que a honra e a glória não é aquilo que leu nos livros durante a sua formação.É algo muito mais frágil do que aquilo que imaginamos, pois só fica honra e glória aqueles que conseguem sobreviver no meio de milhares de mortos.

O livro fez-me pensar no quão pavoroso pode ser uma guerra, o que esta envolve,tanto a nivel financeiro como em perdas de vida humana.

Recomendo o livro a todos aqueles que pensam que a guerra é algo banal, pois não o é.

durante o livro são-nos transmitidos cenarios de estremo horror em que o medo e o pavor, tal como a furia e o desejo de glória se apoderam dos soldados.


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E lembrem-se, se houver uma terceira guerra mundial, esta será disputada com máquinas extremamente mortais provavelmente a laiser.
Mas quarta guerra mundia garanto-vos que será disputada com paus e pedras.

Diogo Valerio 10ºB

Filipe Luna disse...

The Shawshank Redemption

Este filme foi nomeado para 7 Óscares e é considerado o melhor filme de sempre pelo IMDb. Neste filme podemos contar com a incrível participação de actores como Morgan Freeman e Tim Robbins.
The Shawshank Redemption passa-se na América do Norte, nos anos 40. É uma história de um homem chamado Andrew Dufrasne (Tim Robbins) que é traído pela sua mulher, e tenta matá-la e ao amante, mas muda de ideias antes de o fazer. No dia seguinte, a mulher e o amante são ambos encontrados mortos na cama da casa do amante. O juiz declara como culpado do crime Andrew Dufrasne. Andrew é condenado a prisão perpétua e é preso na Prisão de Shawshank. Nesta prisão, Andy conhece Ellis Boyd Redding (Morgan Freeman), e apercebe-se de que, para sobreviver em Shawshank, vai ter de fazer várias amizades.
Este filme foi-me recomendado pela minha professora de Português e eu escolhi-o porque sou um grande fã de Morgan Freeman. Para além disso, dos filmes em que ele participou, foi aquele que teve mais sucesso. Este filme não me decepcionou e é, de certeza, um dos melhores filmes que vi até hoje, senão o melhor. O filme tem uma história extremamente interessante do princípio ao fim; não há uma única parte do filme em que o espectador se sinta cansado, o que é um grande sucesso, dado que é uma longa-metragem. As personagens são todas emocionalmente cativantes. Consegue-se realmente perceber a paixão de Stephen King quando escreveu o guião. O filme, apesar de ter um carácter emocional, também tem um carácter mais realista e, de certa forma, mais violento, porque mostra como funcionam realmente as prisões e o que se passa lá dentro. Morgan Freeman transforma este filme numa lição de vida, com a sua personagem “Red”.
A única coisa que tenho a dizer em desfavor do filme é que o seu final foi um pouco apressado; acho que o filme deveria ter uma maior duração e assim, tornar-se-ia ainda mais épico.

Deixo aqui o trailer para quem estiver interessado:
http://www.youtube.com/watch?v=Ec4dGY46_1E

Filipe Luna Nº6 10ºB

José Freitas disse...

Crítica do livro "Esteiros"

Este livro é uma bela obra de Soeiro Pereira Gomes. Um livro antigo e com tanto para nos dar. Nele encontramos uma crítica que infelizmente ainda hoje podemos observar.
Esteiros fala-nos dos homens que nunca foram meninos, porque as suas famílias eram demasiado pobres para lhes darem condições de serem crianças. Desde muito pequenos que eram obrigados a trabalhar. Gineto é o revoltado “chefe” do grupo, Sagui, o contador de histórias e o menino de rua, Gaitinhas, o estudante, ou melhor o ex-estudante e Maquineta é aquele que sempre sonhou em trabalhar na Fábrica Grande. Todos eles encontravam esquemas para arranjar um sítio para passarem as noites como para comerem.
Neste grupo, representado nos esteiros as idades oscilavam entre os dez e os doze anos. Sem tempo nem condições para ser crianças, de Verão trabalham, como adultos, nos telhais à beira dos esteiros do Tejo, e nos restantes nove meses de fome e frio roubam ou pedem esmola para conseguirem ver chegar o Verão seguinte.
As suas vidas eram muito complicadas, sujeitas à dureza do trabalho quando o conseguiam arranjar, vadiando ou roubando para comer durante o resto do tempo, apesar de tudo eles ainda conseguem sonhar.
Para piorar ainda, esta situação dos rapazes existe a dureza das cheias vividas no Inverno, o afastamento por uns tempos de Gineto do grupo, e, no fim, o aprisionamento deste. Depois de todas as aldrabices que Gineto cometeu, este pagou por todo o mal que fez. O tempo vai passando e o “chefe” vai esperando a chegada dos seus melhores companheiros para o ajudarem a fugir da prisão, mas estes já quase não se lembram daquele que tanto fez por eles. É esta a história dos moços que parecem homens e nunca foram meninos.
O autor aborda uma realidade que muitos desconhecem, apesar de viverem no mesmo país dos Ginetos e das Gaitinhas. São assim tentados a subestimar a crueldade e o impacto dessa realidade, e, nalguns casos, mesmo a própria existência dessa realidade.

Também enviamos um e-mail à professora com a ficha do Contrato de Leitura. Se possível, gostaríamos de saber se a professora recebeu-o.

Estou a postar em nome de:
Ana Carmona (Turma 10ºB)
José Freitas (Turma 10ºB)
Tânia Soares (Turma 10ºB)

Anónimo disse...

O amor infinito de D.Pedro e D.Inês – Luis Rosa

Breve síntese

Este livro fala-nos de um amor impossível nomeadamente de D.Pedro e D.inês.
D.Inês era a aia da mulher de D.Pedro, D.Constança e mesmo por esse motivo é que era um amor impossível, porque D.Pedro era casado.
O pai de D.Pedro, D.Afonso IV por influência do povo mandou executar D.Inês, então o seu filho quis vingar-se.
Quando o seu pai morreu ele vingou-se de quem tinha morto a sua amada.
Mandou construir dois túmulos no mosteiro de Alcobaça para sepultar D.Inês, os túmulos estavam com a parte inferior virada um para o outro, para que quando D.Pedro morre-se o corpo de ambos erguia-se ficarem frente a frente.
E tal como era sua vontade depois de vingar a morte da sua amada acabou por morrer e ser sepultado ao lado da sua amada.

Critica

Eu achei o livro muito interessante pelo facto de nos dar a conhecer mais sobre a história do nosso país.
Também pelo facto de nos mostrar o que uma pessoa apaixonada é capaz de fazer pelo amor da sua vida.
Encontrei um aspecto um pouco negativo o facto de o livro nos confrontar com muitos nomes de reis e pessoas ilustres e também muito sobrecarregado de datas.
Mostra-nos também como era a sociedade naquela altura e a influencia que o povo tinha nas decisões da nobreza.
Mas no meu ver é um livro com bastante informação e que pode ser muito útil.

Carla Teotónio 10ºB Nº4

Anónimo disse...

Crítica acerca do livro de Arturo Pérez-Reverte "O Hussardo"

Este livro relata a história trágica de dois jovens alferes do regimento 4º de "Os Hussardos", sendo a personagem principal o jovem oficial de 19 anos Frederic Gluntz e o seu grande amigo Michel De Bourmont.
Este romance épico acontece em Espanha, mais propriamente no século XIX, durante as invasões francesas, Frederic com a sua pouca experiência militar sente-se fascinado com a guerra, mas ao longo dos dias de guerra vai sentindo que nem tudo e como nos livros que ele estudou e que a guerra em si não é digna nem gloriosa, Frederic sente isto ao ver vários cadáveres de franceses abandonados na rua, esquecidos e sem ninguem para os recordar.Face a estes problemas Frederic acaba por perder o seu amigo De Bourmont e todas as suas esperanças, acabando por se deixar matar por um grupo de guerrilheiros espanhóis.

Em geral é um livro bastante interessante e recomendo-o vivamente a quem quer descobrir o verdadeiro teor da guerra,pois ao longo desta as expectativas iniciais de patriotismo acabam por se desvanecer em mortes desnecessárias onde um mero corpo perdido deixou para trás uma família que o amava.

Rafael Pinheiro 10ºB nº18

Anónimo disse...

Crítica acerca do livro de Bernard Cornwell - "Sharpe e o ouro"

O livro retrata a história de uma companhia ligeira cujo capitão é Richard Sharpe. Esse capitão, após a Batalha em Talavera, é submetido a uma missão para salvar o exercíto de Wellington do colpaso. Essa missão é "roubar" dezasseis mil moedas de ouro que pertencem aos espanhóis. Para a cumprir tem de se op^or ao exercito francês e a um chefe da resitência do exercito espanhol, César Moreno, e à sua bela filha, Teresa, pela qual Sharpe se apaixona. O ouro estava na cidade de Casatejada e Sharpe com a sua companhia têm de o transportar até ao General Wellington.
Depois de Sharpe tem "roubado" o ouro, El Católico, um oficial espanhol, torna a viagem atribulada. Sharpe poderá mesmo ter de se virar contra os seus para consehuir atingir os seus objectivos.
O ouro destinava-se à construção das linhas de Torres para parar com a investida das tropas francesas de Napoleão.

Este livro aborda a Guerra e um dos aspectos que considero polémicos é o facto de, neste caso, ter roubado ou ouro foi certo ou errado.
o livro contribui para a a compreensao do dia-a-dia do exercito bem como de uma questão de batalha.
O único aspecto que, a meu ver, foi menso conseguido foi a demasiada esplicação e descição dos factos que se torna desconcentrante.

As passagens que mais gostei encontam-se nas págs 143: "Não se ouvia nada, sentiu erguerem-se-lhe os cabelos da nuca, e a ideia de dezasseis miil moedas de ouro escondidas na seplutura pareceu-lhe subitamente ridícula."; 150: " Poruqe se uma pessoa não sabe da existência de uma coisa, como dizia a minha mãe, não se sente a flata dela. E veja o que encontrei no estrume. (...) levantou a mão que tinha livre, e dela, gotejando comno uma cascata brilhante, caíram grossas moedas de ouro", e por fim na 155: "Na rua, com um homem rico, dá-lhe um empurrão, sabe como é? Não o magoa mas obriga-o a cambelear. E o que é uqe ele faz? Pensa que lhe tirou o dinhiro, pelo que em seguida mete a mão na carteira para ver se está no lugar. Assim o outro homeme que o está a observar vê em que bolso apalpa, e, está visto, é como se já tivesse roubado! (...) O parvo do cabrão cai que nem um patinho. Ouve o capitão a remexer os vermes, pelo que não se pode conter e escapa-se para asegurar que a merda está a salvo. E é aí que está!"

Mariana Freitas nº17 10ºB