sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

ESTEIROS (texto crítico)

ESTEIROS
Este livro é uma bela obra de Soeiro Pereira Gomes. Um livro antigo e com tanto para nos dar. Nele encontramos uma crítica que, infelizmente, ainda hoje podemos observar.

Esteiros fala-nos dos homens que nunca foram meninos, porque as suas famílias eram demasiado pobres para lhes darem condições de serem crianças. Desde muito pequenos que eram obrigados a trabalhar. Gineto é o revoltado “chefe” do grupo, Sagui, o contador de histórias e o menino de rua, Gaitinhas, o estudante, ou melhor o ex-estudante e Maquineta é aquele que sempre sonhou em trabalhar na Fábrica Grande. Todos eles encontravam esquemas para arranjar um sítio para passarem as noites como para comerem.

Neste grupo, representado em Esteiros as idades oscilavam entre os dez e os doze anos. Sem tempo nem condições para ser crianças, de Verão trabalham, como adultos, nos telhais à beira dos esteiros do Tejo, e nos restantes nove meses de fome e frio roubam ou pedem esmola para conseguirem ver chegar o Verão seguinte.

As suas vidas eram muito complicadas, sujeitas à dureza do trabalho quando o conseguiam arranjar, vadiando ou roubando para comer durante o resto do tempo, mas apesar de tudo ainda conseguem sonhar.

Para piorar ainda, esta situação dos rapazes existe a dureza das cheias vividas no Inverno, o afastamento por uns tempos de Gineto do grupo, e, no fim, o aprisionamento deste. Depois de todas as aldrabices que Gineto cometeu, este pagou por todo o mal que fez. O tempo vai passando e o “chefe” vai esperando a chegada dos seus melhores companheiros para o ajudarem a fugir da prisão, mas estes já quase não se lembram daquele que tanto fez por eles. É esta a história dos moços que parecem homens e nunca foram meninos.

O autor aborda uma realidade que muitos desconhecem, apesar de viverem no mesmo país do Gineto e do Gaitinhas. São assim tentados a subestimar a crueldade e o impacto dessa realidade, e, nalguns casos, mesmo a própria existência dessa realidade.

Português


Autores: Ana Marta Carmona, José Manuel de Freitas e Tânia Soares

3 comentários:

Anónimo disse...

«Sharpe e o Ouro» de Bernard Corowell
O livro relata o dia-a-dia dos soldados da companhia ligeira do South Essex, comandados pelo Capitão Ritchard Sharpe e pelo Sargento irlandês Patrik Harper, o braço direito de Sharpe. Este é incumbido de uma missão muito importante pelo General Wellington: ir buscar ouro a Casatejada, uma povoação sob o domínio dos guerrilheiros espanhóis, chefiados por César Moreno.
Nesta aventura Sharpe tem de enfrentar, não só os franceses, mas também El Católico, um guerrilheiro dotado que tenta impedir que Sharpe leve o ouro espanhol, e por isso, este teve, depois de encontrar o ouro escondido por El Católico, de levar Teresa, filha de Moreno e comprometida do dotado guerrilheiro, como garantia de que este último não ferisse nenhum homem da companhia. Após fugir de Casatesada já com o ouro, Sharpe dirigiu-se para Almeida, sempre seguido de perto pelos guerrilheiros e sendo confrontado pelos espanhóis no caminho, apenas sobrevivendo com a ajuda de Lossow.
Quando finalmente chegou a Almeida, Sharpe viu-se obrigado a entregar o ouro a El Católico, mas para tal não acontecer viu-se obrigado a derrota-lo e a provocar a explosão da Igreja Matriz que estava repleta de pólvora e munições, acontecimento do qual resultou uma enorme explosão e a consequente derrota de Almeida, que por esta altura estava cercada pelos franceses. Com a confusão Sharpe, que tinha sobrevivido à explosão por se ter refugiado nos fornos, fugiu com o ouro. Após de despedir de Teresa, que tinha permanecido com ele durante todo o caminho, Sharpe foi ate Wellington e entregou-lhe o ouro. Só nessa attura Sharpe soube que o destino do ouro seria para pagar a construção das Linhas de Torres que serviriam para parar a investida das tropas francesas e evitar que estas chegassem a Lisboa.

Elaborado por: Jéssica Gomes 10ºB

Noémia Santos disse...

Jéssica

A Tânia avisou da chegada (tardia) do teu trabalho.

Assim que conseguires, gostaria que acrescentasses aquilo que verdadeiramente importa (e eu pedi) - uma visão pessoal do livro, dos seus motivos, do seu alcance, daquilo que aprendeste ou gostaste ou te intrigou; em suma, mais do que o resumo, é essencial dares a tua visão como leitora.

Fico (ficamos) à espera.

Bom Natal.

Noémia Santos disse...

Raquel

Tentei ver se tinha o teu e-mail, mas não tenho.

Portanto, este é o único meio disponível para te informar da não aceitação do teu trabalho, e correspondente atribuição de zero valores ao Contrato de Leitura.

Aproveito para te deixar um "site" muito útil, que por certo já conheces: http://www.prof2000.pt/users/jsafonso/Port/existencialismo.htm#

Lá podem ler-se análises interessantes, como este excerto:

"Análise da obra

Preâmbulo da obra

Espaço: casa enorme e deserta, sala, uma jarra de flores sobre uma mesa, cinzeiro, de vidro, cadeira, varanda.

Tempo: Noite de Verão - lua quente de Verão, aragem quente.

Solidão e lembrança: "Sento-me aqui nesta sala vazia e relembro" - o "eu" vai retroceder no tempo, procurado para isso a solidão.

Angústia: "escuto o indício de um rumor de vida, o sinal obscuro de uma memória de origens... sinto nas vísceras a aparição fantástica das coisas, das ideias, de mim...alarme de vísceras..."

Questiona o absurdo da vida e da morte: "absurdo da morte... só há um problema para a vida, que é de saber, saber a minha condição... ter a evidência ácida do milagre que sou, de como infinitamente é necessário que eu esteja vivo, e ver depois, em fulgor, que tenho de morrer...

Comunhão na angústia: "... e o vulto da minha mulher... Senta-se ao meu lado...ao fim de muitos anos aprendemos a verdade, na aparição da graça, num limiar de presença, antes que sobre a Terra fosse pronunciada a primeira palavra. Tomo as suas mãos nas minhas e no deslumbramento da noite abre-se, angustiada, a flor da comunhão..."

A acção

Acção principal: ÉVORA - Alberto e a família Moura:

. Alberto chega a Évora (cap. I)

. Alberto encontra o Dr. Moura e a sua família (cap. III)

. Alberto dá lições de Latim a Sofia (cap. IV)

. Encontro com Carolino (cap. VI)

. Relação amorosa com Sofia (cap. Vll)

. Jantar com Ana e Alfredo (cap. IX)

. Alberto volta a encontrar-se com Carolino (cap. X)

. Alberto regressa a Évora (cap. XIV)

. O Reitor descobre a ligação de Alberto com Sofia (cap. XV)

. Alberto muda-se para a casa do Alto (cap. XVII)

. Morte de Cristina (cap. XVIII)

. Carolino tenta assassinar o Dr. Alberto (cap. XIX)

. Partida para férias (cap. XXII)

. Regresso a Évora e encontro com Sofia (cap. XXIII)(...)