segunda-feira, 22 de março de 2010

Auto-retrato

Prosseguimos com a publicação dos textos, depois de corrigidos. Desta vez um auto-retrato.


Quadro de Amadeu Souza Cardoso, pintor modernista da 2ª década do século XX


Mas afinal o que sou eu?


Eu sou tudo e nada!

Uma leve brisa de vento na estrada.


No meu pergaminho

Guardo o meu caminho

E tudo o que lá escrevo

Pedaços de memórias

Fragmentadas, corrompidas

Pela minha mente, pelo tempo

Por tudo em mim,

Até por ti!

Por tudo o que passa, fica e muda.

Pela esponja do tempo

O crescer da idade, a maturidade.

(...)
Sou um sorriso? Uma alegria?

Como uma peste?

Alguém insuportável?

Talvez irresponsável?

Doida? Extrovertida?

Talvez isto tudo

E muito mais,

Ou então um quase nada!



Sou simplesmente,

A escritora do meu caminho

Em constante mudança.

Sei levemente quem sou

 Neste preciso momento.

Mas tenho a noção perfeita

Que amanhã já mudei.


Eu sou, afinal,

Aquilo que mais ninguém é,

E nunca poderia ser por mim!

Sou o que  (me) escrevo:

presente, passado e o início do futuro!





Tânia Soares 10ºB

2 comentários:

Noémia Santos disse...

Tânia

Como me pediste, envio as correcções. Se não corresponderem ao que pensas, diz. Tentei não interferir excessivamente, embora pense que podes ir aperfeiçoando.

Havia alguns desencontros de ritmo - versos longos e curtos - e de tom - muito metafóricos e imensamente prosaicos.Procurei evitar repetições (o "pouco", poe ex., é excessivo) e
rimas em ão.

Boas escritas.

Noémia Santos disse...

Quando disse "envio", quero significar em forma de publicação na pág. principal.