Por
mais racionais e científicos que nos tenhamos tornado, conhecedores da morte e
da segunda lei da termodinâmica, da história e do futuro do universo (e nós,
pequeninos, no meio dele), os nossos cérebros não prescindem do tempo cíclico,
de tentar emular a natureza que fenece para renascer, de procurar sentido nos
solstícios e equinócios. "Está quase, só mais uns dias, para o ano é que
vai ser..." Celebramos o nascimento de Cristo porque queremos (re)nascer
com ele, enganar a morte com luzes que piscam, com prendas embrulhadas e muitos
brindes e desejos. Que sejamos todos felizes, que renasçamos todos mais uma
vez!
Nuno
Camarneiro (Escritor)
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