quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Atualidade - Reflexão Crítica

Crianças e jovens negligenciados em Portugal


“A boa educação é moeda de ouro. Em toda a parte tem valor.”
“Nem todos os anos que passam se vivem: uma coisa é contar os anos, outra é vivê-los.”
Padre António Vieira


Tal como afirma Padre António Vieira uma coisa é contar os anos, outra coisa é vivê-los. Mas para estas 60.000 crianças e jovens é difícil viver os anos quando estas demonstram comportamentos perigosos como indisciplina, dependências de álcool ou de drogas. Os quais, muitas vezes são reflexo da infância que tiveram.

Os comportamentos dos pais são os principais responsáveis, a negligência apresenta 40% dos casos de perigo. A prostituição e o álcool são os principais problemas destes progenitores. A violência doméstica também é posta em causa, com mais de 1661 crianças sofreram este tipo de abusos.

Ao contrário do que António Vieira afirma, estas crianças não valorizam (ou não conseguem) a educação devido ao seu passado. Tendo como base as estatísticas, cerca de 2422 jovens não têm respeitado o seu direito à educação. Devido ao mau trato físico ou psicológico, abuso infantil ou abuso sexual, surge o absentismo e o abandono escolar. 

Nove em 818 crianças foram colocadas em famílias de acolhimento, sendo que este número está a diminuir de ano para ano, porque pensa-se que o problema é capaz de ser resolvido em instituições. 

Acho que não sou a única que fica transtornada ao conhecer estas tristes realidades, apesar de não escolhermos a lar em que nascemos, devemos ter a noção do que está certo e do que está errado para não cometermos os mesmos erros dos outros. Devemos tentar encontrar, apesar de ser difícil, algo que nos guie para fora deste caminho sombrio da negligência do sistema. Temos de ser superiores ao sistema, pedir ajuda a instituições ou a um amigo/familiar. Podemos não conseguir alterar o sistema assim tão depressa, mas conseguimos sem dúvida ajudar, de algum modo, o outro. 

Assim, concluo que os casos de negligência do tempo do Padre António Vieira ainda persistem, infelizmente, hoje em dia. Por isso devemos tentar fazer os possíveis (não só os envolvidos, mas sim todos os cidadãos) para mudar estas injustiças para com estas crianças e jovens, para estas terem um futuro melhor. 

Fontes:https://www.publico.pt/2019/05/22/sociedade/noticia/2018-menos-criancas-acompanhadas-estarem-perigo-819-institucionalizadas-1873723 https://www.dn.pt/edicao-do-dia/23-mai-2019/indisciplina-droga-e-alcool-comportamentos-perigosos-de-criancas-e-jovens-aumentou--10929996.html
(consultado dia 9 de novembro de 2019)

Laura T.
11ºB

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