sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Origem e evolução do Português 4

  • Para quem teve problemas a fazer a Exposição (grupo I - C)

Carta da Língua Portuguesa para Latim:

De: Língua Portuguesa
Para: Latim
 

Olá Mãe!!!

Está tudo bem contigo? Como estás a aproveitar a reforma?
Olha, estava no outro dia a falar com o primo Castelhano e chegámos à ideia de ambos te enviarmos cartas para te contar tudo o que se passou antes e depois de cá estares. Antes de começar gostava de te agradecer por tudo aquilo que me ensinaste e pela educação que me deste.
Ao falar com uns primos afastados da Europa e com os teus senhores, atuais italianos, descobri que antes de chegares à Península Ibérica (antes do séc. III a.C, portanto), estavam cá os Gregos, os Fenícios, os Celtas e os Iberos que me ensinaram umas palavrinhas. Como me ensinaram pouquinho e vieram a desaparcer dizemos que eles são os meus substratos.
No séc. III a.C foi a tua vez de chegares à região que é hoje conhecida como Portugal, durante o período de Romanização (nome que se dá ao processo das invasões romanas e da passagem da cultura desses povos para os povos invadidos), e como foste a língua que mais me ensinou em todos os campos, aquela com que mais tive contacto dizemos que és o meu estrato, estrato principal ou base.
Quando os Germânicos do norte da Europa te expulsaram e aos teus senhores, no séc. V, aprendi muitas palavras sobre guerra e exército que realmente fazem jus a esses povos. Alguns exemplos são: elmo, guerra, esgrimir, coifa e agasalhar.
No séc. VII, os Árabes do norte de África expulsaram os Germânicos e ficaram cá até ao  séc. XII. Com eles aprendi muitas palavras sobre agricultura e matemática, tais como: quinta, quintal, algarismo e álgebra.
Como estes povos não estiveram cá tanto tempo como tu e o que fizeram foi adicionar vocabulário, diz-se que as suas línguas são os meus superstratos.
Em 1143, quando finalmente reconheceram as terras dos meus senhores como país eu era tratada por galego-português e no século XIII comecei a aparecer em documentos e tratados importantes. O termo que se usa hoje em dia para qualificar essa fase da minha vida é Português Antigo.
No fim do séc. XIV, início do XV, os meus valentes e corajosos senhores resolveram partir numa estupenda aventura, os Descobrimentos.
Durante esta viagem comecei a ensinar outros povos e línguas, mas nunca deixei de aprender. Em África aprendi palavras como banana, cachimbo, girafa e inhame. Na América descobri o abacate, a alpaca, o amendoim, a batata, entre outas coisas. E na Ásia aprendi o que era o chá, a chávena, o bambu a canja…. Hoje em dia diz-se que na altura eu era o Português Clássico.
Depois deste período continuei a aprender através de contacto com primos e amigos distantes da Europa, especialmente durante o Renascimento e com a Revolução Francesa (as redações francesas sobre os direitos dos cidadãos foram impactantes em toda a Europa). Ultimamente tenho usado muitas expressões de origem inglesa devido ao avanço tecnológico. Alguns exemplos são:
smartphone, hacker, fitness e check-in.
Espero que agora me conheças melhor e tenhas também mais noção do quão importante foste para mim!

Com muito amor e orgulho,
Uma das tuas muitas filhas:
A Língua Portuguesa.

Aluno: J. Nunes
Turma: 10ºB

8 de outubro de 2021


NOTA: HÁ MUITOS MAIS EXEMPLOS  DE TEXTOS CORRETOS E INTERESSANTES ESCRITOS PELOS ALUNOS, EM 12 DE OUTUBRO

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