sexta-feira, 13 de abril de 2012

A vida em Paris: «Uma seca!»

A vida do "Príncipe" Jacinto começou a revelar-se-lhe duramente «Uma seca!».
  «Espalhava pela mesa um olhar já farto».
  «Nenhum prato, por mais engenhoso, o seduzia». Aborrecia-se com o movimento e barulho das ruas, concordava com a apreciação do amigo quanto ao aspeto da cidade, referindo: «É feio, é muito feio!».


Desinteressava-se até do Bosque de Bolonha
(o principal bosque de Paris e lugar da moda).
Imagem do Bois de Bologne, à época um dos sítios mais animados de Paris.



}Tudo começou a ser «uma maçada amarga». E, no jantar oferecido ao Grão­Duque, «declarou que hoje a única emoção, verdadeiramente fina, seria aniquilar a Civilização. Nem a ciência, nem as artes, nem o dinheiro, nem o amor, podiam já dar um gosto intenso e real às nossas almas saciadas. Todo o prazer que se extraíra do criar estava esgotado. Só restava, agora, o divino prazer de destruir!» O elevador avariado fê-lo desabafar, ao terminar a referida festa:
«Uma maçada! E tudo falha!»

}Entretanto, três dias depois, chega a notícia da tempestade que entulhara «os ossos veneráveis dos Jacintos» em Tormes (cap. V). Em termos da narrativa vai ser muito importante porque dá o pretexto para os desenvolvimentos dos cap. seguintes, em particular a decisão do cap. VIII.  

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