Escola
Secundária Henriques Nogueira
10ºB 2015-2016
Projeto
de Leitura
Sofia
Ferreira nº19
Identificação Bibliográfica:
· Fernando
Pessoa, Carta Meu Bebé, meu Bebezinho
querido.
· Victor Hugo,
Carta a Juiette Drouet, acabei, enfim,
acabei!
Género:
Tema Geral:
Amor
e Saudades
Relação com o autor:
Cartas
Autobiográficas
Breve síntese:
Fernando Pessoa está em casa doente
e resolve escrever uma carta a Ofélia Queiroz o seu grande amor pois sente se
desolado e abandonado por esta.
Naquele dia em que se encontrava
doente sente uma saudade e tristeza pois Ofélia não se tinha importado com este
seu estado mostrando aborrecimento. Fernando Pessoa defende-a ou tenta
compreende la dizendo “uma pessoa doente é maçadora, e que é difícil ter
carinhos para ela”, mas não deixa de manifestar o quão triste se sente por
esta nem ter fingido que se importava.
O que o verdadeiramente magoou foi a mistura
do amor que ela diz ter por ele e a sua indiferença pelo seu bem-estar.
Apesar disso ele ama-a e refere que
será sempre dela, mas pede lhe que tente gostar mais dele, que se preocupe,
ou até que finja.
Victor Hugo está apaixonado por Juliette Drouet,
encontra-se tão preso por este amor que se refere a ela como sendo a sua
vida, e não consegue evitar dar lhe uma palavrinha para saber se está feliz
ou até se dormiu bem.
Diz na carta que ela pode viver
descansada enquanto o tiver porque todo o ele serve/nasceu para a proteger,
salvar, para ser submisso do seu amor, “O céu fez as minhas mãos para que
reparassem a tua vida meio desfeita, a minha alma para compreender o teu
coração, os meus lábios para beijar os teus pés”.
O amor dos dois ultrapassou a vitória, a derrota, angústias
e inquietações, mas o que prevalece no seu futuro é o destino de ambos
fundido num só, juntos para a eternidade.
Frases
Fundamentais/ Visão sobre aquele amor:
Meu
Bebé, meu Bebezinho querido
“Adeus, amorzinho, faz o possível por
gostares de mim a valer, por sentires os meus sofrimentos, por desejares o
meu bem-estar, faz, ao menos, por o fingires bem”. E “… do teu, sempre teu…”
Estas frases para mim são as fundamentais
da carta pois conseguimos perceber o que estava a sentir Fernando Pessoa e
como amava aquela mulher, sem ler mais nada.
Fernando
Pessoa transmite a ideia de que numa relação ou naquela relação não amavam os
dois por igual, ele amava a mais, mas, para ele isso não importava - ela não
precisava de o fazer, ele apenas pede que ela tente, e o simples ato de
tentar é suficiente para ele não ficar triste, até desolado.
O
amor neste caso não é correspondido de igual forma, mas ele quer ser dela
para sempre na mesma.
Acabei,
enfim, acabei!
“Preciso
que tenhas saúde, que me ames, que sejas feliz. Preciso de ti, da tua saúde,
do teu amor, da tua felicidade.”
Conseguimos
perceber o amor que o poeta sente por esta mulher visto que repete a mesma
ideia duas vezes o que realça a necessidade dele de que ela esteja bem, feliz,
e que o seu amor lhe pertença incondicionalmente.
Esta
repetição pretende também transmitir que se ela morrer, se ela for infeliz ou
se o deixar de amar é o fim dele pois ele “Precisa” dela, é como que uma necessidade
vital.
“Olho
para o nosso passado com embriaguez, mas não é com menos deslumbramento que
encaro o nosso futuro”.
O
amor que eles viveram no passado foi lindo, descontraído, momentos de pura
felicidade. Mas não é por ter sido assim tão perfeito para ele que o futuro
do seu amor não o vai “deslembrar” porque os momentos que eles vão viver não
vão ser os mesmos, nem semelhantes, mas ela estar com ele basta-lhe - “nossos
dois destinos fundidos num só”.
Reflexão
Pessoal:
Na
carta de Fernando Pessoa, ele diz que lhe pareceu que a amada não deu
importância ao facto de este estar doente. Não amamos da mesma maneira, mas
uma simples palavra pode trazer um sorriso e uma alegria que um gesto não
traz.
E
foi isso que ele me conseguiu transmitir, pois ele está triste por ela não se
ter preocupado e ter mostrado aborrecimento, apesar das saudades que este
manifesta, não foi a falta da sua presença que o desolou ou deixou infeliz.
Mostrar
que se importa é um simples gesto de amor
Na
carta de Victor Hugo surge um
grande contraste com a de Fernando Pessoa, que duvida do amor que a sua amada
lhe tem. Victor Hugo - pelo contrário - tem certezas que o seu destino e o da
amada estão fundidos num só e este espera um futuro deslumbrante.
Esta carta faz me refletir sobre o
poder do verdadeiro amor.
“Eis-nos agora …sem ansiedades, sem
inquietações, sem angústias…”, se o amor deles
superou os piores momentos sem quebrar então no futuro já não vai existir
nada que o destrua, ou seja: um amor tem altos e baixos e pelos vistos este
amor foi cheio deles, mas só o verdadeiro amor supera todas estas quedas, cada momento é uma experiência que levamos
para o futuro e que nos prepara para este, faz-nos não voltar a cair no mesmo
erro logo percebe-se que ele assuma o seu amor como eterno, e que façam parte
um do outro pois não foram só os bons momentos que os uniram ainda mais ou
maus acabaram por fazer o mesmo.
O romance mais famoso de Victor Hugo
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quarta-feira, 16 de março de 2016
Escritores e cartas de amor
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